OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 2 de maio de 2015

QUANDO NOS TORNAMOS INVISÍVEIS???



QUANDO ME TORNEI INVISÍVEL!


 
não sei em que data estamos. Lá em casa não há calendários e na minha memória as datas estão todas misturadas. Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores, ilustradas com imagens dos santos que colocávamos no lado da penteadeira. Já não há nada disso. Todas as coisas antigas foram desaparecendo. E sem que ninguém desse conta, eu me fui apagando também....
Primeiro me trocaram de quarto, pois a família cresceu. Depois me passaram para outro menor ainda com a companhia de minhas bisnetas.
Agora ocupo um desvão, que está no pátio de trás. Prometeram trocar o vidro quebrado da janela, porém se esqueceram, e todas as noites por ali circula um ar gelado que aumenta minhas dores reumáticas.

Mas tudo bem...

Desde há muito tempo tinha intenção de escrever, porém  passava semanas procurando um lápis. E quando o encontrava, eu mesma voltava a esquecer onde o tinha posto. Na minha idade as coisas se perdem facilmente: claro, não é uma enfermidade delas, das coisas, porque estou segura de tê-las, porém sempre desaparecem.
Mais tarde dei-me conta que minha voz também tinha desaparecido. Quando eu falo com meus netos ou com meus filhos não me respondem. Todos falam sem me olhar, como se eu não estivesse com eles, escutando atenta o que dizem. Às vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer não ocorrera a nenhum deles, e de que lhes vai ser de grande utilidade.
Porém não me ouvem, não me olham, não me respondem. Então cheia de tristeza me retiro para meu quarto e vou beber minha xícara de café.

E faço assim, de propósito, para que compreendam que estou aborrecida, para que se dêem conta que me entristecem e venham  buscar-me e me peçam perdão …Porém ninguém vem....

Quando meu genro ficou doente, pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei um chá especial que eu mesma preparei. Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que  o  tomasse, só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento me indicou que se dera conta da minha presença. O chá pouco a pouco foi esfriando……e junto com ele, meu coração...

E faço assim, de propósito, para que compreendam que estou aborrecida, para que se dêem conta que me entristecem e venham  buscar-me e me peçam perdão …Porém ninguém vem.
Então noutro dia lhes disse que  quando  eu morresse todos iriam se arrepender. Meu neto menor disse: “Ainda estás viva vovó? “. Eles acharam tanta graça, que não pararam de rir. Três dias estive chorando no meu quarto, até que numa manhã entrou um dos rapazes para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.
Foi então quando me convenci de que sou invisível...Parei no meio da sala para ver, se me tornando um estorvo me olhavam. Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar, os meninos correram em minha volta, de um lado para o outro, sem tropeçar em mim.
Um dia se agitaram os meninos, e me vieram dizer que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo. Fiquei muito contente. Fazia tanto tempo que não saía e mais ainda ia ao campo!
No sábado fui a primeira a levantar-me. Quis arrumar as coisas com calma. Nós os velhos tardamos muito em fazer qualquer coisa, assim que adiantei meu tempo para não atrazá-los. Rápido entravam e saíam da casa correndo e levavam as bolsas e brinquedos para o carro. Eu já estava pronta e muito alegre, permaneci no saguão a esperá-los.
Quando me dei conta eles já tinham partido e o carro  desapareceu envolto em algazarra, compreendi que eu não estava convidada, talvez porque não coubesse no carro...
Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais caminhassem a seu gosto pelo bosque. Senti claro como meu coração se encolheu e a minha face ficou tremendo  como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar.
Eu os entendo, eles vivem o mundo deles. Riem, gritam, sonham, choram, se abraçam, se beijam.
 
 
 E eu, já nem sinto mais o gosto de um beijo.
Antes beijava os pequeninos, era um prazer enorme tê-los em meus braços, como se fossem meus.
Sentia sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim. A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade de cantar canções que nunca acreditara me lembrar.
Porém um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebê disse que não era bom que os anciãos beijassem os bebês, por questões de saúde...
 
Desde então já não me aproximo deles, não quero lhes passar algo mal por minhas imprudências. Tenho tanto medo de contagiá-los !
Eu os bendigo a todos e lhes perdôo, porque...
 QUE CULPA  EU TENHO  DE  TER   ME  TORNADO INVISÍVEL?’
///////
Fonte: Tornei-me invisível- Hamiltonslide


sexta-feira, 1 de maio de 2015

1º DE MAIO O QUE É HOJE?

 
 
 
 

Conhece a história por detrás do 1 de maio?

O 1 de maio nasceu num protesto em Chicago. Os trabalhadores revoltados com o seu horário que chegava a 18 horas diárias exigiam: "Oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de repouso".


No século XIX o respeito pelos direitos laborais eram praticamente inexistentes
 Autor
“Oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de repouso”. Foi por esta reivindicação que a 1 de maio de 1886, milhares de trabalhadores do estado de Chicago saíram às ruas. Numa altura que os direitos laborais eram consideradas uma miragem, os trabalhadores da então maior cidade dos Estados Unidos anunciaram uma greve geral pelos seus direitos. Na altura o resto do país seguiu-lhe o exemplo. E hoje celebra-se o 1 de maio em todo o mundo.
No século XIX o respeito pelos direitos laborais era praticamente inexistente. A sociedade vivia exclusivamente para dormir e trabalhar, sendo que o horário laboral podia mesmo estender-se até às 18 horas por dia.
Mas o primeiro protesto de 1 de maio de Chicago continuou durante mais dois dias com cerca de 50.000 trabalhadores a juntarem-se à manifestação. A polícia, sem aviso prévio, disparou sobre a multidão, matando 10 pessoas e fazendo dezenas de feridos.
Apesar do caos que reinava em Chicago, o Presidente da Câmara permitiu, a 4 de maio, a concentração de vários trabalhadores naquela que ficou conhecida como a revolta de Haymarket, localizada na praça com o mesmo nome.
Nessa manifestação, que contou com a presença de cerca de 20.000 trabalhadores, o presidente quis garantir a segurança dos protestantes. Mas em vão: o inspetor da polícia John Bonfield ordenou a 180 agentes que interviessem contra os manifestantes. De repente, rebentou uma bomba que matou um polícia. Revoltados, os seus companheiros abriam fogo contra os trabalhadores. Desconhece-se o número de vítimas.
Perante o sucedido, tocou imediatamente o toque para recolher. Nos dias seguintes terão sido feitas centenas de buscas e detenções. Foram também encontradas armas, munições e esconderijos secretos.
Um mês depois, foram julgados 31 trabalhadores acusados de serem os autores dos motins. Mais tarde, o número foi reduzido para oito. O julgamento feito na altura ainda hoje é considerado uma farsa. Isto porque não se respeitou nenhuma norma processual nem se conseguiram provar as acusações. Três dos acusados foram presos e cinco foram condenados à forca.
E o mundo passou a celebrar a data em homenagem.

A luta pelos direitos laborais foi acesa e desenrolou-se ao longo da História

A revolta de 1886 não foi, contudo, a primeira vez em que se lutou pelos direitos de trabalho.

Em 1829, foi aprovada em Nova Iorque uma lei que proibia que se trabalhasse mais de 18 horas por dia, “salvo caso de necessidade”. Se a ressalva se verificasse, o trabalhador podia então trabalhar mais do que o estabelecido mas os patrões teriam que pagar uma multa de 25 dólares.Uns anos mais tarde já após a revolta de Haymarket, em 1868, o presidente norte-americano Andrew Johnson promulgou finalmente uma lei proibia que se trabalhasse mais de 8 horas por dia. Foram 19 os estados que adotaram práticas semelhantes com um limite máximo de 10 horas de trabalho diárias.Na Rússia, em janeiro de 1905, camponeses e operários juntaram-se para protestar contra a opressão vivida no império do czar Nicolás II e exigir melhores condições laborais. Contudo, as manifestações acabaram em violência com confrontos entre protestantes e a Guarda Imperial que fez centenas de mortos. Os historiadores batizaram esse dia como “Domingo Sangrento”.
Tempos que ficam  na lembrança de quem viveu intensamente os primeiros tempos da mudança, mas fica o amargo das consequências da vitória deste povo devido às tiranias do governo para desacreditar aqueles que  estavam  à frente deste movimento como Lech Walesa! Ainda hoje penso nos amigos que lá deixei...
Também na Polónia se lutou pelos direitos laborais. A 14 de agosto de 1980, cerca de 17.00 trabalhadores tomaram controlo do estaleiro Lenin para protestar, entre outros assuntos, contra o aumento dos preços de alimentos. O líder do protesto, Lech Walesa, fez com que vários trabalhadores de uma dúzia de fábricas na região fizessem greve.Umas semanas depois, Lech Walesa conseguiu negociar com o Governo comunista da Polónia a criação de um sindicato independente. Foi a primeira vez que um Governo comunista pôs em prática a defesa dos direitos laborais.
Fonte: Observador
 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

A BELEZA DA ARTE!

A beleza salvará o mundo
Louis Goyard - 2010/05/19
      
Contrariamente aos meus costumes, fui obrigado pelas circunstâncias a ir ao shopping, no domingo, para fazer umas poucas compras - caindo assim numa imperdoável concessão ao consumismo. E esse tempo que não pude dedicar ao Sainte_Chapelle_2.jpgdescanso dominical, como nos recomendam os sábios preceitos da Igreja, serviu-me para tomar contato com determinada realidade, na qual nem sempre prestamos atenção. Talvez minhas observações coincidam com as do simpático e perspicaz leitor. Cada um dirá...

Ao entrar no imenso edifício, onde uma brisa fresca me aliviou dos ardores de um causticante sol, procurei logo com decisão a loja onde pensava encontrar os artigos que me faziam falta.

Na primeira não encontrei o que desejava. Na segunda estava tudo muito caro. Por fim achei o que queria. Mas tanto tinha andado dentro do shopping que ao sair da loja já não sabia situar-me naquele imenso edifício, onde uma multidão perambulava vagarosamente de um lado para o outro.

Ao tentar localizar-me, fui obrigado a parar, por uns instantes, e a prestar atenção no público que lotava aquelas galerias. Tive a impressão de que estavam como eu: sem rumo. Todos caminhavam sem pressa, vagarosamente, quase arrastando os pés... Uns paravam diante das vitrines, olhavam sem muita atenção, prosseguiam seu lento passeio. Poucos entravam para fazer alguma compra. Talvez por não terem dinheiro, talvez por não saberem bem o que queriam...

E pensei com os meus botões: "Como a atitude dessas pessoas reflete bem a situação geral do mundo! Caminham sem rumo, não sabem bem o que querem, nem têm finalidade na vida... Afastaram-se de Deus, e a Igreja já não é o farol da sua existência. Que tristeza!"

De volta para casa, folheando um livro de um conhecido autor católico francês do início do século XX, caiu-me sob os olhos um trecho que parecia iluminar meu pensamento. Tratava sobre o papel da arte no apostolado. Parecia até que Huysmans tinha previsto o que anos mais tarde o Concílio Vaticano II e o próprio Papa João Paulo II ressaltariam, com tanto acerto, sobre o papel da cultura na evangelização.

Vou traduzi-lo aqui, caro leitor, para que juntos o possamos saborear, tão interessante ele é:

[Na Igreja,] todas as obras confluem para Deus, exceto a da arte. As congregações repartiram entre si todas as outras, salvo aquela. Algumas, efetivamente, como os jesuítas, os franciscanos, os redentoristas, os dominicanos, os missionários, pregam, organizam retiros, evangelizam os infiéis; outras mantêm pensionatos e escolas; outras, como os sulpicianos e os lazaristas, seminários; a maioria delas inclusive desempenha essas diferentes funções; outras, ainda, cuidam de doentes, ou, como os cartuxos e os cistercienses, reparam os pecados do mundo, são reservatórios de expiação e de penitência; outras, enfim, como os be¬neditinos da Congregação da França, se consagram mais especialmente ao serviço litúrgico, ao ofício divino dos louvores.

Mas nenhuma, nem mesmo a dos beneditinos aos quais ele pertence de direito, tem reinvidicado os direitos sobre a arte religiosa, que ficou sem herdeiros desde o desaparecimento de Cluny ....

Além disso, é preciso ser bem ignorante para negar, mesmo apenas do ponto de vista prático, o poder da arte. Ela foi a auxiliar mais segura da mística e da liturgia, durante a Idade Média; foi a filha amada da Igreja, sua intérprete, que ela encarregava de exprimir seus pensamentos, de expô-los nos livros, sobre os pórticos das catedrais, nos retábulos, na arquitetonia dos edifícios.

Era ela que comentava os Evangelhos e abrasava as multidões; que as lançava, sorrindo em alegres orações, ao pé dos presépios, ou as sacudia com soluços diante dos conjuntos lacrimosos dos calvários; que as fazia ajoelhar, estremecidas, quando em maravilhosas Páscoas, Jesus, ressuscitado, sorria, apoiado sobre sua enxada, para Madalena,ou que as erguia,Saint Chapelle_3.jpg ofegantes, gritando de alegria, quando, em extraordinárias Ascensões, Cristo, subindo para um céu dourado, levantava sua mão perfurada, de onde corriam rubis, para as abençoar!

Tudo isso está distante, infelizmente! Em que estado de abandono e de anemia se encontra a Igreja, depois que Ela desinteressou-se da arte, e que a arte retirou-se dEla! Ela perdeu seu melhor modo de propaganda, seu mais seguro meio de defesa.

Pareceria que agora, quando é assaltada e faz água de todos os lados, Ela deve suplicar ao Senhor que lhe envie artistas... (J. K. Huysmans, L'Oblat, Stock Éditeur, 8ª ed., 1903, pp. 348 a 350).

O Papa João Paulo II teve extraordinária sensibilidade para o papel da arte na evangelização. Por isso, na sua Carta aos Artistas, referiu-se aos problemas de nossa época dizendo: "a beleza salvará o mundo".

Da consideração admirativa dos esplendores da arte católica, nasce para os Arautos do Evangelho um ideal: fazer surgir de entre as luzes matizadas e sublimes dos vitrais medievais uma aurora de novo brilho e fulgor dentro da Santa Igreja.
Levar o belo a pobres e ricos, a todos os carentes do maravilhoso, é a alta missão evangelizadora decorrente deste novo Carisma.
 (Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2002, n. 1, p. 26-27

quarta-feira, 29 de abril de 2015

CELEBRA-SE HOJE A MEMÓRIA DE SANTA CATARINA DE SENA!

Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa

 
Diálogos, 167 «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.»


Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu sacias-nos sem fim a alma, pois nas tuas profundezas sacias de tal modo a alma, que ela se torna indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...].
Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das tuas profundezas e a beleza da tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, me tornaria tua imagem (Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, uma participação no teu poder e na tua sabedoria, nessa sabedoria que é o atributo do teu Filho unigénito. E o Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do teu Filho, concedeu-me a vontade que me tornou capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, és o Criador, e eu a criatura. Deste modo,iluminada por Ti na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do teu Filho unigénito, soube que foste tomado de amor pela beleza da tua criatura.



domingo, 26 de abril de 2015

A NATUREZA EM FÚRIA!

sismo no nepal

Peritos já tinham alertado para o risco de um novo sismo em Katmandu

Há uma semana, 50 sismólogos tinham estado reunidos em Katmandu para falar precisamente dos riscos que a cidade corria e de como se podia preparar para um desastre como o de 1934.
As construções de má qualidade e o forte crescimento populacional faziam prever consequências desastrosas, dizem peritos
NARENDRA SHRESTHA/EPA
 Autor
Os especialistas sabiam que estavam numa corrida contra o tempo, mas os 50 sismólogos e investigadores sociais que, há uma semana, chegaram a Katmandu, capital do Nepal, para estudar as maneiras de preparar a cidade para um sismo como o de 1934, nunca pensaram que esse dia, e esta desgraça, chegassem tão rápido.
“Era uma espécie de pesadelo que [sabíamos que] ia acontecer”, disse o sismólogo James Jackson, chefe do departamento de ciências da terra na Universidade de Cambridge, em Inglaterra. “O que ocorreu física e geologicamente foi exatamente o que tínhamos pensado que aconteceria”, rematou, embora admitindo que nunca pensou que chegasse tão rápido esse dia.
Há muito tempo que se falava que um sismo iria abalar Katmandu e com consequências graves, desde logo porque a cidade se encontra numa falha sísmica natural. Mas a dimensão dos estragos estão mais relacionados com as características do próprio local: uma cidade pobre, congestionada, excessivamente urbanizada e com construções de má qualidade.
“São os edifícios que matam as pessoas, não são os terramotos”, defendeu Jackson, que é também o cientista-chefe do grupo Terramotos sem Fronteiras, que tem por objetivo tentar reforçar a capacidade dos países asiáticos se recuperarem deste tipo de catástrofes.
O governo do Nepal tem feito esforços para melhorar a construção, mas, dizem os peritos, tal progresso é dificultado pela pobreza e pela corrupção e, por isso mesmo, ficam muito aquém do que é necessário.
A ONG californiana Geohazards International, que promove projetos para reduzir o impacto das catástrofes naturais em países pobres, estimou, num relatório de 2001 que um terramoto semelhante ao de 1934 mataria 40 mil no Nepal e, num relatório atualizado este mês, alertou para os riscos crescentes que os habitantes do Vale de Katmandu corriam. Esta mesma ONG avisou que mais ou menos a cada 75 anos o Vale de Katmandu seria cenário de um terramoto intenso.
Os nepaleses foram afetados, no sábado, por um sismo de 7,8 na escala de Richter. O balanço deste desastre natural já vai em mais de 2.500 mortos e mais de 6.000 feridos, com uma situação de emergência decretada e os serviços de saúde em colapso.
Fonte: Observador