OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 3 de janeiro de 2015

SERÃO OS JOVENS DE HOJE MAIS INDIVIDUALISTAS QUE NO PASSADO?

Jovens com menos amigos do que há 20 anos

Correio da Manhã

Os adolescentes de hoje têm menos amigos do que os de há vinte anos, de acordo com um estudo recentemente publicado. Uma sondagem da equipa de investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriu que há duas décadas os adolescentes não se sentiam tão sozinhos.
O estudo, que decorreu entre 1991 e 2012, período durante o qual foram entrevistados 285 mil estudantes do secundário dos Estados Unidos, chegou à conclusão que os jovens tinham menos pessoas com quem interagir, mas também menos vontade de ter mais amigos. Esta pesquisa, agora publicada no jornal Personalidade e Psicologia Social, sugere que as mudanças económicas podem ter aumentado o individualismo entre os adolescentes.
             
Os autores justificam estas conclusões afirmando que "melhores oportunidades económicas oferecem aos indivíduos uma maior margem de manobra para gerirem o seu dinheiro, decidirem com quem querem estar e com quem casar, reduzindo a influência dos familiares e dando mais autonomia às pessoas".
Esta descoberta surge depois de uma série de estudos terem mostrado que o crescente uso das redes sociais tem um efeito negativo na qualidade das amizades. Também em 2006 já tinha sido publicado um estudo que mostrava que os adultos tinham, em média, apenas duas pessoas com quem podiam falar acerca dos assuntos mais importantes das suas vidas. Um quarto dos inquiridos não tinha confidentes próximos de todo.
 
© Correio da Manhã/Cofina Media Correio da Manhã/Cofina Media

A VERDADE VIROU MENTIRA PARA OS ILUMINADOS DO MUNDO!

Protegei a Minha Palavra. Falai a Minha Palavra
 Domingo, 28 de Dezembro de 2014, 18:30 h.


Minha querida e amada filha, a maior dor da tribulação é aquela  que existe nas Leis das vossas nações, que se opõem às Leis de Deus por todas as formas,  visíveis e invisíveis. Cada Lei de Deus quebrada por aqueles que dirigem as vossas nações, é agora substituída por um silencioso assassínio de alma. Cada transgressão será apresentada como sendo uma coisa boa. Quanto mais perverso for o acto mais será aplaudido. Nenhuma guarida será dada aqueles que proclamam a Verdade - a Verdadeira Palavra de Deus –, a falar. As suas vozes serão ignoradas, na sua maioria. Mas, quando eles forem ouvidos, serão denunciados como sendo maus.
Chegou verdadeiramente o tempo para que a Verdade seja virada do avesso e apresentada como sendo uma mentira. A Palavra será considerada, agora, pela maioria como uma obra de ficção - uma mentira. As Leis de Deus, no entanto, são difíceis de ignorar e será por isso que, quando aqueles que dirigem as vossas nações forem solicitados a responder pelos seus actos perversos, irão declarar que a Palavra de Deus é falhada e desactualizada.
A astúcia do demónio resulta em que, para garantir que a sua maldade é aceite, cada acto e acção moral serão declarados como desumanos e contra as liberdades civis. Mas, aqueles que são abençoados com o Dom do Espírito Santo, serão ainda capazes de diferenciar entre o certo e o errado. Nunca antes, desde os dias de Noé, o mundo foi coberto com tamanho engano. Nunca antes o homem pecou como agora. E, exactamente como nos dias de Noé, a auto-obsessão do homem é alcançar certos limites, porque ele acredita que tem poder sobre o seu próprio destino, tamanha é a extensão do seu narcisismo.
EIS O CASTIGO DO ALTÍSSIMO NOS DIAS DE NOÉ... E HOJE!?  DEUS, O QUE FARÁ AO MUNDO???  
Hoje, o pecado é abraçado com prazer e promovido como sendo um direito civil e, portanto, espera-se que vós o respeiteis. Se vós não mostrais respeito para com os actos pecaminosos, então vós podeis achar que ireis ser culpados de um crime. O vosso crime será o de defender a Palavra de Deus e, por isso, vos farão sofrer. 
 
Como o homem é facilmente enganado pelo plano global para banir qualquer tipo de culpa pelos actos pecaminosos, os quais estão a ser escritos nas leis das vossas nações. Todas estas coisas foram preditas e muito em breve nenhum acto ilegal, incluindo o assassinato, a eutanásia e o aborto, será considerado errado. Virá um tempo em que à introdução de tais leis, as quais serão destinadas a legalizar a morte legal daqueles que sofrem deficiência e outras condições físicas, sucederá o genocídio em grande escala 
Leis perversas, consagradas nas vossas nações, conduzirão a maiores leis, as quais colocarão todo o poder longe de vós. Vós destes autoridade aqueles que Me negam - que desprezam as Leis de Deus – e, por isso, eles irão introduzir mais actos perversos, o que causará um sofrimento inimaginável. O que pode parecer serem leis do país, que promoverão os direitos civis e humanos, conduzirá a uma forma de ditadura que tornará uma ofensa ser Cristão.
Protegei a Minha Palavra. Falai a Minha Palavra. Não caiais na armadilha de abraçar toda a campanha pelos direitos civis globais, que é projectada para converter o mundo a uma nova religião mundial. Aos Meus servos sagrados, Eu chamo-vos para proclamardes a Palavra de Deus e negardes os actos perversos, que aprisionam quase todas as nações que negam a Palavra de Deus.
É muito fácil apelar à difusão dos direitos humanos, mas é preciso serdes bravos servos Meus para vos levantardes e declarardes que os actos - que são abomináveis a Deus – são contra Mim. Porque ao fazê-lo, atrairíeis enormes críticas e tornar-vos-íeis impopulares.
Lembrai-vos do que Eu disse - o homem que verdadeiramente Me serve, honestamente, nunca terá medo de falar a Verdade e nunca procurará ser popular. O seu único objectivo será o de salvar almas.
 O vosso Jesus

Mãe da Salvação: a Vontade de Deus é insuperável
 Segunda, 29 de Dezembro de 2014, 17:30 h.

Meus queridos filhos, não tenhais medo das Promessas de Cristo, porque elas serão o vosso factor de redenção. O meu Filho, Jesus Cristo, está presente entre vós e Ele nunca vos abandonará ou sairá do vosso lado. A Sua Promessa de salvar o mundo completar-se-á, uma vez que é a Vontade do meu Pai Eterno.
Vós deveis saber que a Vontade de Deus é insuperável e não importa o quão grande sejam os obstáculos colocados diante de vós, Deus, através da Sua Divindade, esmagará todos os Seus inimigos. Vós nunca deveis pensar que o mal triunfa, porque isso é impossível. Através do grande Amor de Deus, vós sereis guiados em direcção à Salvação Eterna e nada terá sucesso ao bloquear o vosso caminho. Quando os inimigos do meu filho tentarem forçar-vos a aceitar as leis que não são de Deus, então vós deveis resistir-lhes. Pode ser difícil para vós, mas ser-vos-á dada a força para continuardes a vossa jornada e toda a espécie de ajuda do Céu vos será dada.
Aprendei a reconhecer o trabalho do maligno pelas guerras que vós vedes a surgir em toda parte; pelas leis iníquas introduzidas em quase todas as nações que negam a Palavra de Deus; e na traição a Jesus Cristo por aqueles que dizem representá-Lo, quando eles ficam sentados e nada fazem para proclamar a Sua Santa Palavra. Aprendei também a reconhecer o ódio demonstrado pelas almas escolhidas de Deus, porque então vós reconhecereis a difícil missão que lhes foi dada, para que eles possam recordar ao mundo que o Amor de Deus ainda está vivo.
Vós deveis, também, dar graças a Deus, o Altíssimo, pela vida que Ele deu à humanidade através do Seu único Filho, Jesus Cristo. Se não fosse pelo nascimento do meu Filho e a Sua Crucificação, não teria havido nenhuma Nova Aliança para vos trazer a vida gloriosa que espera por vós, se assim escolherdes aceitá-la. 
Estes são os tempos de preparação para o novo mundo, o novo Céu e a nova terra. Não desperdiceis, agora, tempo a tentar argumentar sobre o que o meu Filho está a dizer-vos. Em vez disso, aprendei a aceitar a Verdade, com boas graças.

 Eu, a vossa querida Mãe, guiar-vos-ei para o meu Filho e as vossas orações fortalecer-vos-ão por todas as formas, para que vós possais ser dignos das Promessas de Cristo.
 
A vossa amada Mãe.   Mãe da Salvação

http://www.elgranaviso-mensajes.com/pt/  1/2

O MUNDO DESDE A SUA CRIAÇÃO, NUNCA OFENDEU TÃO VILMENTE O SEU CRIADOR! A SUA DESTRUIÇÃO  SERÁ LENTA E DOLOROSA, PRINCIPALMENTE, PARA OS QUE SE INTITULAM  MESTRES E DONOS DO MUNDO E DAS CRIATURAS QUE AO PAI CRIADOR, PERTENCEM!...
Nema, escrava de Maria

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

SOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE : UM PEDIDO DE AJUDA

DIVULGAÇÃO


O grande objetivo deste email é tentar arranjar maneira de contactar
pessoalmente, familiares ou amigos de pessoas que sofram da mesma ou semelhante doença - degeneração da mácula.
SÓ PARA REENCAMINHAR. Não é para pedir dinheiro... Pelo teor de
caracter de ajuda agradeço que leiam e divulguem pelos contactos.
Obrigada e bem hajam.
 


Exmo(a) Senhor(a)
Vivo nos arredores de Lisboa e sou pai de uma menina, agora com 7
anos, que é portadora da doença de TARGARDT (degeneração da mácula), o que faz com que perca a visão central, doença essa que é actualmente incurável, mesmo no estrangeiro.
Como não é fácil obter informações a nível nacional, resta-me a
Internet para adquirir um conhecimento mais profundo que me ajude a
lidar com esta doença, pois mesmo em Lisboa a única ajuda que me foi
facultada foi de uma associação (mais concretamente a Associação de
Retinopatias de Portugal), associação essa que também padece do
problema de falta de apoio, pois é uma entidade privada.
O grande objetivo deste email é tentar arranjar maneira de contactar
pessoalmente, familiares ou amigos de pessoas que sofram da mesma ou
semelhante doença, para fazer um rastreio, com um único pensamento:
Difundir e trocar informações acerca desta doença. POR FAVOR divulguem
este email pelos vossos contactos e/ou se tiverem conhecimento pessoal
de um caso semelhante, agradecia.

rgoncalves@creditoagricola.pt

MUITO E MUITO OBRIGADO
Rui Gonçalves
P.F., não ignorem a mensagem. Ler e reencaminhar não custa nada.
Obrigado.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015 É UMA CRIANÇA!

TERMINOU MAIS UM ANO E OUTRO NASCEU!
O ruído dos foguetes e de outros instrumentos cessou lá fora. A criança tem pouco mais de uma hora!
Penso que todos nós desejamos um novo tempo!
Mas para isso, nós próprios deveríamos consciencializarmo-nos   da importância que é viver em comunidade Fraterna! Será que isso é possível onde  o homem vive cada vez mais per si, para fortalecer o seu próprio Ego!?
 
 
EIS O QUE EU DESEJO A TODOS OS LEITORES E VISITADORES DESTE MEU BLOG
 
 
Nema, escrava de Maria

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

ANDREAS VESALIUS, MÉDICO FLAMENGO, NASCEU HÁ 500 ANOS

Andreas Vesalius: O precursor da TAC nasceu há 500 anos

Hoje, as modernas tecnologias digitais – TAC e ressonância magnética – permitem ao médico observar a estrutura anatómica do corpo humano em todos os seus detalhes. Isto torna-se fundamental no âmbito da saúde porque o corpo humano é, ao mesmo tempo, objeto e sujeito da medicina: objeto enquanto os órgãos, os tecidos, as células de que é composto são a sede dos processos patológicos sobre os quais a medicina intervém para curar; sujeito porque representa o trâmite psicofísico através do qual a pessoa vive e exprime a sua condição de doente, dimensão existencial de que a medicina deve igualmente ter em conta se quer restituir a plena saúde ao paciente.

Durante quase 1500 anos, a ideia que o médico tinha do corpo humano foi aproximativa e distorcida, baseada apenas na descrição de textos “eminentes” dos antigos médicos, o grego Hipócrates (c. 460-337 a.C.) e o romano Galeno (c. 129-199 d.C.). A anatomia era apresentada com palavras, redigida essencialmente a partir das investigações efetuadas sobre animais e depois transferidas, por analogia, para o ser humano. Só no Renascimento a renovação cultural da arte e da ciência envolve também a medicina.
Há cinco séculos, a 31 de dezembro de 1514, nascia em Bruxelas o protagonista desta revolução do conhecimento do corpo humano, que abriu as portas ao nascimento da medicina moderna. O flamengo Andreas van Wesel, mundialmente conhecido com o nome latinizado de Andreas Vesalius, é considerado o pai da anatomia pelo seu inovador modo de estudar e ensinar esta disciplina: não só, como até então, por conhecimento indireto (por analogia, dos animais ao homem) e escrita (através da palavra), mas direta (mediante a execução de dissecações de cadáveres) e visual, utilizando a imagem (desenho) como modo de investigação e transmissão do saber.
Após a formação de base realizada em Lovaina e Paris, iniciou em 1537 os estudos em Pádua, cuja faculdade de medicina era considerada a mais importante da Europa. Aqui obtém o doutoramento a 1 de dezembro daquele mesmo ano, e poucos dias depois, reconhecendo a sua mestria, o senado académico confere-lhe a docência de cirurgia. O ensinamento compreendia também as dissertações de anatomia.
Vesalius não se contentou com as tradicionais lições “ex cathedra”, como professor que explicava o corpo humano lendo os antigos textos de medicina. As suas lições provinham sempre do real, com as dissecações que ele próprio executava, evidenciando os detalhes anatómicos observados e sublinhando os erros e incongruências dos escritos do passado. A verdade, frisava, não estava naquilo que durante séculos os textos de Galeno tinham transmitido, mas naquilo que cada um, com os seus próprios olhos, podia diretamente observar no corpo anatomizado que estava diante de si.
Fiel a este princípio, começou a desenhar ilustrações anatómicas a partir das suas dissecações. Depois, para tornar mais eficaz este sistema de transmissão do saber, confiou a tarefa às mãos mais especializadas de verdadeiros artistas, formados no ateliê de Tiziano Vecellio, como Jan Sephan van Calcar, entre outros. Nasce assim o primeiro livro de anatomia moderna, o “De humani corporis fabbrica” (“A fábrica do corpo humano”), completado em 1542 e publicado em sete volumes nos anos seguintes em Basileia, o mais importante centro de difusão livresca do tempo.

 
O texto era complementado com mais de trezentas grandes xilografias, cada qual comentada sinteticamente com poucas palavras explicativas. A utilização das ilustrações como ajuda visível e o uso da impressão como meio de divulgação das suas descobertas são parte essencial da estratégia comunicativa vencedora da obra de Vesalius. A correção dos múltiplos erros de Galeno e a consolidação da dissecação de cadáveres como modos de pesquisa anatómica e de rigorosa verificação da estrutura do corpo humano representam a metodologia inovadora da sua obra científica.
Como bom professor, deu-se conta de que a obra era demasiado extensa e cara para os estudantes. Por isso publicou, com o mesmo editor, um compêndio didático – “De humani corporis fabbrica librorum epitome” – em que as descrições da anatomia humana eram resumidas em poucas páginas e as xilografias foram concebidas de maneira a poderem destacar-se e sobrepor-se.
Contestador, antecipador, inovador, Andreas Vesalius morre a 15 de outubro de 1564 em Zaquintos, próximo da Grécia, na sequência de um naufrágio ocorrido no regresso de uma peregrinação a Jerusalém. Sem o seu trabalho e a sua obra, a medicina moderna teria tardado a nascer e a crescer.
 
Uma mostra patente até 1 de fevereiro de 2015 no Museu de Anatomia da Universidade de Basileia, “De Vesalius à anatomia virtual”, recorda e percorre as etapas históricas do conhecimento do corpo humano, iniciadas precisamente com a impressão, naquela mesma cidade, da obra do investigador. Da exposição do texto do revolucionário médico flamengo até às extraordinárias imagens que se obtêm hoje com os equipamentos que permitem explorar ao vivo e nos mais pequenos detalhes a estrutura anatómica macro e microscópica do ser humano, percorre-se uma viagem fascinante para conhecer, a partir de dentro, a nossa complexa e maravilhosa realidade corpórea.

Vittorio A. Sironie In "Avvenire" Trad.: Rui Jorge Martins Publicado em 30.12.2014

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

 
 
 
A QUEM O MENINO DEUS DERIGIU O SEU PRIMEIRO OLHAR?
 
 
 
 A quem, Senhor Deus menino,
Dirigir vosso primeiro olhar?
A quem, senão ao rosto quase divino
Da criatura vossa mais perfeita,
A primeira a Vos contemplar:
Vossa Mãe que nos braços Vos estreita
Junto a seu Imaculado Coração,
No ato mais sublime de adoração?
Natal é Deus excelso feito menino,
Deus imenso contido na manjedoura,
Acessível a nós, acolhedor, pequenino.

É a Inocência em missão redentora.
É Deus eterno vivendo no tempo,
Criador de tudo, nascido ao relento,
Olhos humanos, vendo o invisível!
Ó condescendência incompreensível!
Exultemos! O Rei da Glória é nosso irmão:
Sua Mãe é também nossa, na pessoa de João!
Mil coisas antes inexcogitáveis
Tornaram-se agora indagáveis!
Senhora, não Vos surpreende a semelhança
Que Jesus quis ter convosco, por herança?
Senhor, não Vos surpreende a graciosidade
De vossa Mãe, que mais parece uma divindade?
Ao contemplar vosso próprio rosto
Nesse espelho criado a vosso gosto
Para refletir em seu imenso conjunto
Todas as vossas infinitas perfeições,
Dizei-nos quais sentimentos e afeições
Experimentam vossos corações tão juntos,
Olhando-se enlevados e querendo-se bem
Como jamais alguém quis alguém!
Amor materno jamais houve tão ardente!
Filho algum amou sua mãe tão plenamente!
Como se algo no Céu Vos faltasse,
Deus fez da Virgem vosso Paraíso
Para que Ela tanto Vos deleitasse
Que o exílio fosse vantagem, não prejuízo!
Para surpreender-Vos no primeiro olhar,
Deus só não fez vossa Mãe mais perfeita
Porque mais perfeição seria Vos igualar!
E isto, a unidade da Trindade rejeita.
Dissestes que vossas delícias consistem
No convívio com os filhos do homem!
Em vosso convívio inefável com Maria,
Que em vossa humanidade Vos delicia,
Já saboreais as doces e afáveis primícias
Do vosso indizível convívio com os Santos
Que os filhos dos homens Vos darão tantos!
Nas intimidades dessas primeiras carícias
Encontrais, deveras, o que faz vossas delícias!
Ele próprio A criou no Espírito Santo
E A representou maravilhosamente
Em todas as suas obras, certamente
Para, neste olhar, ser Ela vosso encanto!
Dizem que Deus Pai, ao criar Maria,
Esgotou sua inesgotável imaginação.
Ao excogitar a Mãe de vossa dileção,
Teria esgotado também sua fantasia!
É em vossa humanidade, unida à divindade
Na mais perfeita e sublime intimidade
De vossa natureza humana com a divina,
Que essa indizível convivência se sublima!
Sois homem, sem prejuízo da divindade,
Sois Deus, sem prejuízo da humanidade!

  Este sois Vós, ó glorioso Cristo Jesus!
Verdadeiro homem, podeis morrer na Cruz,
Verdadeiro Deus, podeis retomar a vida
E proclamar a inocência redimida!
Um Deus assume a miséria humana
Em tão íntima e profunda união
Que, ao assumir, redime a miséria e sana!
Quisestes nascer de nossa descendência,
Para elevar-nos à inexprimível condição
De pertencermos à vossa divina ascendência!
Nosso gáudio é o do prisioneiro indultado;
Nossa alegria é a do doente incurável, curado!
Nossa gratidão é cantar vossos louvores,
Como outrora cantaram anjos e pastores! 

(Revista Arautos do Evangelho, Dez/2004, n. 36, p. 50-51)

domingo, 28 de dezembro de 2014

QUEM FOI JESUS HISTORICAMENTE FALANDO

Sete perguntas sobre Jesus
 
1. Jesus existiu?; 2. Os Evangelhos são “fiáveis”?; 3. Jesus nasceu no ano zero?; 4. Jesus tinha irmãos e irmãs?; 5. Jesus era um rabi como os outros?; 6. Jesus foi crucificado?; 7. O sudário de Turim é uma “fotografia” de Jesus?
 
1. Jesus existiu?
Sim. A sua historicidade é comummente admitida. Se o Novo Testamento e os escritos dos primeiros Padres da Igreja constituem o material mais abundante para os historiadores, estes apoiam-se também nos testemunhos de autores profanos. Nas "Antiguidades judaicas", o historiador judeu Flávio Josefo (que morreu cerca do ano 100) alude a Jesus no âmbito do processo de Tiago, «irmão de Jesus, chamado o Cristo».
Arquivista na corte do imperador Adriano, Suetónio evoca em "As vidas dos doze césares" «judeus que não cessavam de perturbar a cidade (Roma) por causa de um certo "Christus"». Tácito, outro historiador romano, descreve o incêndio que destruiu Roma em 64, causado, segundo o imperador Nero, pelos cristãos: «Este nome de cristão vem-lhes do nome de Cristo, que foi condenado no reino de Tibério, pelo procurador Pôncio Pilatos (...)».
Encontram-se outras alusões a Cristo e aos seus seguidores no governador Plínio, o Jovem (61-114), no filósofo romano Celso (séc. II) e também no Talmude de Babilónia, que reteve por escrito, no séc. IV, toda a tradição judaica oral: «Na véspera da Páscoa, suspendeu-se Yeshu (...)».
Esta acumulação de testemunhos judaicos e romanos, insuspeitos de simpatias, e até mesmo hostis ao cristianismo, sustenta a convicção dos cientistas quanto à existência histórica de Jesus.
 
2. Os Evangelhos são "fiáveis"?
Sim. «Mas na condição de os analisar com critérios históricos», sublinha Jean-Christian Petitfils, autor de "Jesus", obra que procura esboçar o seu retrato histórico a partir dos recursos da ciência. Com efeito, os Evangelhos apresentam entre si importantes diferenças.
O fio cronológico de Lucas, Marcos e Mateus, por exemplo, não segue o de João. Os primeiros obedecem a um plano linear: a pregação de João Batista, o batismo de Jesus, a pregação na Galileia durante um ano, a subida a Jerusalém, a crucificação e ressurreição; João, por seu lado, refere várias idas e regressos de Jerusalém e a pregação de Jesus dura três anos.
«Os textos de Lucas, Marcos e Mateus foram, na verdade, redigidos por vários autores e relatam a vida de Jesus com um fim didático», sustenta Petitfils. «João, testemunha ocular direta dos acontecimentos, surge como o mais fiável aos olhos dos historiadores.»
Recentemente, descobertas arqueológicas vieram corroborar a existência de personagens e práticas citadas nos Evangelhos. A base de uma estátua com os nomes de Tibério e Pôncio Pilatos foi exumada em Cesareia, atual Israel, em 1961.
«É o primeiro documento epigráfico que diz respeito ao que os cristãos consideram uma referência história maior porque o seu nome é o único mencionado no Credo - "crucificado sob Pôncio Pilatos"», destaca o teólogo Michel Quesnel. Foram também descobertos numerosos túmulos semelhantes ao de Jesus, segundo a descrição dos Evangelhos, escavados em encostas e fechados com uma pedra rolada até à entrada; o corpo envolvido em pano e deposto num leito de pedra.
Jean-Christian Petitfils sublinha também que «numa sociedade em que os textos sagrados se transmitiam oralmente, as técnicas de memorização rabínicas eram suficientemente eficazes para que se possa creditar os Evangelhos com um alto grau de fidelidade».
 
3. Jesus nasceu no ano zero?
Não. Em primeiro lugar porque a contagem dos anos a partir do nascimento de Cristo não comporta um ano zero. Depois porque o monge Denys le Petit (que morreu em 545), a quem se deve o calendário, errou nos cálculos.
Ao definir o nascimento de Jesus no ano 753 da fundação de Roma, entra em contradição com o que é referido por Lucas e Mateus, que situam a natividade durante o reino de Herodes, o Grande, morto em 750 - ou seja, três anos mais cedo.
«Se se considerar que os seus pais só poderiam fugir para o Egito, para escapar à repressão de Herodes, quando Jesus tivesse alguns meses, senão mesmo alguns anos, o seu nascimento remonta ao ano 5 ou 6 da nossa era», explica Michel Quesnel.
Historiadores há que colocam a hipótese do ano 7 a.C., apoiando-se em cálculos astrológicos para explicar a aparição de uma grande estrela na noite do nascimento.
 
4. Jesus tinha irmãos e irmãs?
Quatro homens são designados como os «irmãos de Jesus» no Novo Testamento: Tiago, o mais conhecido, que se tornará chefe da Igreja de Jerusalém nos anos 50, José, Simão e Judas.
Os seus nomes são citados duas vezes nos Evangelhos: Marcos 6, 3 e Mateus 13, 55. Quanto às «irmãs» de Jesus, os textos nada dizem.
Há três explicações, sintetiza Michel Quesnel. Primeira hipótese: tratar-se-iam de filhos que José e Maria teriam tido após Jesus. Defendida por Helvidius, no séc. IV, é contrariada por uma passagem de Marcos que narra a presença, aos pés da cruz, de «Maria, mãe de Tiago Menor e de José» (15, 40).
Marcos apresenta estes personagens como os «irmãos» de Jesus. Mas para os exegetas, se Tiago e José tivessem nascido da mesma mãe de Jesus, o evangelista teria simplesmente escrito: «Maria, a mãe de Jesus». Tratar-se-ia de outra Maria que não a mãe do Crucificado.
Segunda teoria: os irmãos e irmãs de Jesus designariam parentes próximos. Fortemente defendida no seu tempo por S. Jerónimo, foi sempre a privilegiada pela Igreja católica. O termo "anepsios" remete para o substrato aramaico "hâ", que significa sobrinho, primo, membro de uma mesma família ou de um mesmo clã.
«Na Palestina, naquele tempo, todos eram "irmãos", um pouco como numa aldeia africana», explica Jean-Christian Petitfils.
Por outro lado, antes de morrer na cruz, Jesus confia a sua mãe a João - um dos seus discípulos; se houvesse irmãos ou irmãs de sangue, seria a eles que o cuidado de Maria seria entregue.
Terceira hipótese: os «irmãos» e «irmãs» de Jesus designariam os filhos que José teria de um primeiro casamento. «Várias tradições apócrifas apresentam José como idoso quando toma Maria por esposa», lembra Michel Quesnel. O que a iconografia confirma ao representar José como homem maduro, até envelhecido, ajoelhado diante do presépio.
Esta interpretação goza do favor das Igrejas cristãs orientais.

5. Jesus era um rabi como os outros?
Não. Se Jesus era espiritualmente próximo dos fariseus, uma das três correntes dominantes do pensamento judaico do primeiro século, a sua atitude transgride todas as convenções estabelecidas.
A começar pela maneira de utilizar as «parábolas» - narrativas imagéticas extraídas da vida quotidiana - para apresentar o seu ensinamento moral e religioso. «À exceção de alguns casos no Antigo Testamento, esta forma de expressão não se tinha espalhado. A sua utilização fazia de Jesus um rabi (mestre) inovador aos olhos dos seus contemporâneos», assinala Michel Quesnel.
Os fariseus falavam já da ressurreição e do amor ao próximo. Mas Jesus retoma a mensagem e vai muito mais longe. «Eis alguém que pede, pela primeira vez, para amar os inimigos», realça Jean-Christian Petitfils.
Diferentemente dos profetas que o precederam, Jesus apresenta-se como o Reino que anuncia: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (João 14, 6).
A sua autoridade extraordinária assombra as multidões e escandaliza os meios sacerdotais. «Moisés disse-vos... Mas Eu digo-vos...», insiste publicamente o carpinteiro de Nazaré. Outra transgressão inconcebível aos olhos de um judeu foi a maneira como Jesus chamou a Deus: «Abba» («Pai», em hebraico).
«O que torna o seu ensinamento credível é a sua atitude misericordiosa para com todos aqueles - inimigos, párias - que Ele encontra: uma prostituta, um coletor de impostos, um legionário romano...», aponta Michel Quesnel. Numa palavra, Jesus perdoa. E é isto que faz a diferença aos olhos dos seus contemporâneos.
«Crente ou não, o historiador acaba por ser confrontado com o mistério da sua pessoa», conclui Jean-Christian Petitfils.
 
6. Jesus foi crucificado?
Sim. Neste ponto, os Evangelhos são corroborados tanto por autores profanos como pelo Talmude.
No primeiro século havia duas formas de condenação à morte no Império Romano: a decapitação, reservada aos notáveis, e a crucificação, para as pessoas do povo, suplício particularmente terrífico.

 
Em 1968 foram encontrados os restos de um crucificado num bairro de Jerusalém cujo calcanhar tinha sido atravessado por um prego em ferro com 17 cm.
«Pernas fletidas, tíbias partidas... O estado do esqueleto permitiu reconstituir uma forma precisa de execução aproximadamente correspondente ao suplício descrito nos Evangelhos», afirma Michel Quesnel. Em matéria de crucificação, prática que os romanos teriam tomado dos Partos, existiam muitas variantes. A morte ocorria, geralmente, por asfixia.

7. O sudário de Turim é uma "fotografia" de Jesus?
A incerteza permanece. Muito foi escrito sobre este pano de linho branco de 4,36 x 1,10 m conservado em Turim, atual Itália, que apresenta o desenho de um crucificado que, de acordo com a tradição, teria envolvido o corpo de Jesus no túmulo.
 
Sobre o "Santo Sudário", que será novamente exposto em 2015 e venerado pelo papa Francisco a 21 de junho, os especialistas confrontam-se com duas questões essenciais: a datação - Idade Média ou primeiro século da nossa era? - e o processo como foi feito, em particular a impressão em "negativo", que nunca se conseguiu reproduzir.
Em 1988, a técnica do Carbono 14, bíblia dos arqueólogos, apresentou o seu veredito: o lençol teria sido fabricado entre 1260 e 1390, período que corresponde à sua primeira aparição comprovada (1357) numa igreja de Lirey, no atual departamento de Aube, em França.
Mas a controvérsia não se ficou por aqui. Para os opositores à tese da origem medieval, o sudário remontaria ao século I devido às técnicas de costura, ao fio utilizado e aos detalhes históricos que o sudário revela quanto ao modo como a crucificação foi executada.
Os defensores da autenticidade salientam, ainda, que o material sujeito ao teste do Carbono 14 foi extraído de pontas do sudário, provenientes de um restauro tardio.
E ainda que se trate da "fotografia" de um crucificado, como é verosímil, falta provar, com dados científicos, a quem pertenceu. A devoção, que tem atraído sempre mais pessoas a Turim aquando das ostensões, é outra história.

In "Pèlerin"
Trad. / edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 27.12.2014