OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 15 de julho de 2017

OS TEMPLOS DO PASSADO E A NOSSA RELIGIOSIDADE!


A igreja mais bonita do mundo?
 
Redação (Quarta-feira, 12-07-2017, Gaudium Press)

 "Olhe, visitei templos em todo o mundo e definitivamente esta é a igreja mais bonita do mundo", disse uma vez uma senhora emocionada.
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Foi outro dia, quando o encarregado de guiar a um visitante entrou na nave do templo gótico sem encontrar o que deveria ser guiado. O busca com o olhar em um lugar, em outro, mas não o encontra. Entretanto, suave como um murmúrio, como o correr de um riacho emocionado e delicado, o Arauto escuta uns quase imperceptíveis soluços. Levado por eles encontra, atrás de uma coluna, uma senhora banhada em lágrimas que ao ser 'descoberta' lhe diz com pena e o coração na mão: "Desculpe-me. Veja você, durante 40 anos jurei que Deus não existia. E quando entro nesta igreja evidencio que sim, Deus existe...".

O que produziu a anterior quase fulminante conversão?
A graça sim, ajudada pela sublimidade. Trata-se da Basílica Nossa Senhora de Fátima, dos Arautos do Evangelho, dedicada no ano 2014, maravilhoso templo neogótico localizado entre os municípios de Cotia e Embu das Artes, no estado de São Paulo, Brasil.
Dizemos neogótico por tentar localizar em uma categoria conhecida o estilo. Mas é mais que neogótico. É claro que os arcos ogivais, as abóbadas que puxam para cima, as torres floridas, os afrescos do Fra Angélico e demais elementos são particulares deste estilo nascido na grande Idade Média. Mas realmente a Basílica de Fátima dos Arautos do Evangelho é mais que gótica, é de um transgótico, um gótico de mais além. E o que mais impacta é o colorido. Bem, é o conjunto, mas particularmente o colorido.
As proporções de suas três naves não são gigantescas, são grandes e perfeitas, com abóbada central muito alta. Mas novamente é a cor o que nos ajuda a subir, uma cor que nessa cúpula central é de um azul não 'minuit' nem 'crepusculaire', mas entre água-marinha e celeste, com lindas estrelas de ouro.
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"Du sublime au ridicule il n'y a qu'un pas": O sublime está a um passo do ridículo, repetem os franceses. Quer dizer, procurar o sublime -que muitas vezes deve ter a característica de novidade, porque o belo mas comum é menos belo- é algo que fascina mas arriscado: se não se consegue se fica no ridículo e o ridículo é feio, vergonhoso. Combinar tons laranjas com azuis e com verdes, e com vermelhos? Só Deus, em algumas de suas aves, também nos entardeceres, mas porque é Deus, autor das cores. Entretanto a Basílica de Nossa Senhora de Fátima dos Arautos do Evangelho tem a mais magnífica combinação de cores que tenhamos visto, contrastantes, harmônicos, alguns não tão contrastados mas sequenciais, talvez com predominância dos pastéis, mas não só deles. Como se conseguiu isto? Almas inspiradas, inocentes, guiados pelo seu fundador Monsenhor João Clá Dias. Almas inspiradas por Deus.
As colunas têm apliques de flores-de-lis ('o gótico é florido' nos disse nosso cicerone) e de outras figuras. Os vitrais são também muito floridos, salvo alguns como o do imponente Carlos Magno ao final da nave direita. Os frescos representam diversos momentos da vida do Senhor, relacionados com o calendário litúrgico. Mas por todas as partes cores, formas sim, mas que quase não são capazes de conter cores, cores que sirvam de fundo às chamas, a lírios estilizados, às estrelas de diversos tamanhos, a frescos também coloridos, cores que impregnam os arcos, as colunas.
Digno de nota é o chão da Igreja, de mármores e outras maravilhosas pedras do Brasil, constituído por belas figuras, também muito coloridas, com a própria força da cor que emana da pedra.
O chão... se nos esquecemos de dizer que precede a Basílica o pátio talvez -e também- mais belo do mundo... À Basílica se chega pisando com cuidado, com um respeito que introduz o espírito em outra chave; antes do átrio é este pátio maravilhoso o que prepara a alma para encontrar-se com Jesus sacramentado.
Jesus sacramentado. A capela do Santíssimo Sacramento, por trás do presbitério é cheia de luz e paz. O fundo da parede é branco de ressurreição e feliz e serena quietude, com toques de chamas douradas. Por cima do altar um retábulo gótico realizado igualmente com as maravilhosas pedras do Brasil, na qual se incrusta um inédito sacrário, também no magnífico estilo dos Arautos do Evangelho. Ainda que o Santíssimo Sacramento não estivesse exposto, o que ocorre com frequência, o desejo que surge espontâneo é de ficar e rezar, rezar, meditar, deixar-se purificar pela atmosfera sobrenatural. Particularmente belas são ali as fortes pontas de arcos góticos que como chuva de graças caem sobre os adoradores.
Cada detalhe na Basílica foi realizado com esmero. Isso se percebe, por exemplo, nas figuras decorativas que se sobrepõem aos tons prata e bronze de certos arcos. Mas realmente os detalhes estão em tudo.
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Foi maravilhoso chegar à Basílica. Foi maravilhoso estar nela por quase três horas. Foi abençoadíssimo rezar o rosário no pátio de entrada enquanto ia caindo o sol, em um límpido entardecer que podíamos contemplar quase em 360 graus.
Foi maravilhoso rezar na Basílica, e depois adorar a Jesus Hóstia na capela do Santíssimo. Foi extremamente amável nosso Arauto guia. Foi maravilhosa a Missa que pudemos assistir, com todo o cerimonial característico dos Arautos do Evangelho, com suas vozes, que nesse ambiente pareciam de anjos. Foi doloroso partir, mas se ia fazendo tarde.
Com a ajuda de Nossa Senhora voltaremos, ao talvez mais sacral e sublime templo do mundo.
Por Saúl Castiblanco
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

O HOMEM DO PASSADO QUE IMPORTÂNCIA TEM PARA O MUNDO DE HOJE!?

Arqueólogos de Atenas investigam mortes violentas ocorridas há mais de 2500 anos

14 jul 2017 15:38
A Escola Americana de Estudos Clássicos, em Atenas, está a investigar as mortes violentas dos oitenta esqueletos com mais de 2500 anos, encontrados acorrentados na zona costeira de Faliro, no sul da cidade.
Os cadáveres foram encontrados de mãos atadas, nas costas ou no abdómen, tendo alguns os pés algemados ou a cara virada para o chão.
O local da descoberta, na zona do antigo porto grego de Faliro, foi usado como necrópole, do século VIII ao século V a.C., e não continha monumentos nem epígrafes com cerâmica ateniense elaborada, mas apenas jarras e urnas de crianças.
Tem havido escavações no local desde 2012, mas foi na primavera de 2016 que as descobertas atingiram o auge, com a abertura de um túmulo que continha 80 homens acorrentados.
A arqueóloga encarregada das escavações, Stella Chrysoulaki, defende que esta foi uma descoberta “sem paralelo” na Grécia, de acordo com a agência de notícias francesa, Frande Presse.
Os dentes indicam que os cadáveres eram jovens e bem alimentados, tendo sido alinhados em três filas. Uns estavam de costas, outros de barriga para baixo e mais de metade tinha os braços alongados.
Chrysoulaki explica que, por terem sido mortos com um golpe no crânio, os cadáveres encontrados foram quase de certeza vítimas de uma "execução política", que se estima ter acontecido entre 675 e 650 a.C., com base nos vasos encontrados no túmulo.
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A bioarqueóloga Eleanna Provedorou está a conduzir a investigação forense às mortes, na Escola Americana de Estudos Clássicos, em Atenas, e salienta que este foi o período “da formação da cidade-Estado e da transição para a democracia, com forte agitação política e tensões entre tiranos, aristocratas e classes de trabalhadores".
Segundo a hipótese considerada pelos arqueólogos, baseada nos relatos de autores clássicos como os historiadores Heródoto e Tucídides, os mortos podem ter sido partidários do aristocrata Cylon, mortos pelo clã rival dos Alcmeónidas, depois de uma tentativa falhada de impor uma tirania.
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O diretor do laboratório Malcom H Wiener, Panayotis Karkanas, na Escola Americana de Estudos Clássicos, diz que vão “usar todos os métodos celebrizados pelas séries de televisão sobre investigação forense”, como análises genéticas ou radiografias, para recolher todos os dados acerca da identidade dos corpos encontrados.
O projeto, que deve durar de cinco a sete anos, inclui ainda análises a todos os outros cadáveres recuperados na necrópole, que são mais de mil.
Mesmo os que morreram de causas naturais, incluindo as centenas de crianças encontradas em urnas, podem ajudar a compreender a Atenas arcaica, observou Panayotis Karkanas.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

NATUREZA E MARES/OCEANOS- UMA COMBINAÇÃO PERFEITA!

Paisagens únicas (e impressionantes) em terra e no mar

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QUANDO O HOMEM SE ELEVA NO SEU EGO O MUNDO FICA EM PERIGO!

José Couto Nogueira

Estamos habituados a ver a América do Norte como um país que sabe o que quer e consegue atingir os seus objetivos – no mínimo vai atrás deles com uma persistência permanente. Não surpreende, portanto, que a América do Norte agora nos surpreenda. Os Estados Unidos parecem à deriva, perdidos nos mitos que nunca alcançaram e parecem cada vez mais longe, a tropeçar nas suas próprias verdades, a abdicar de posições duramente conquistadas, sem que encontrem uma nova maneira de estar que lhes sirva, ou aos seus aliados.

Não é coisa bonita de se ver. A ordem mundial criada a partir de 1945 considerava a feroz persistência norte-americana como um ícone (ou uma maldição, conforme os pontos de vista). Terminada a Guerra Fria, com o desmantelamento do Bloco Soviético, em 1989, parecia que nada poderia perturbar a Pax Americana. Desafios sempre surgiam, mas nenhum parecia suficiente para abalar o status quo. Agora, num virar de mesa espetacular, é um desafio dentro do próprio país que ameaça esfrangalhá-lo, desfazendo ao mesmo tempo o sistema geopolítico de alianças internacionais que o justificava e mantinha. A China, candidato incontestável a maior potência mundial, não precisa de fazer mais do que preencher o vácuo deixado pelos norte-americanos.
E não foi a eleição de um Presidente patologicamente narcisista e perigosamente incompetente que levou a este estado de coisas. Donald Trump, que agora é causa, começou por ser consequência. A sua ascensão só foi possível porque as contradições internas do país chegaram ao ponto de rotura ou, pelo menos, de incapacidade de regeneração. As forças antagónicas que se contrapesavam, dando um equilíbrio a muitos excessos – como a maior percentagem de população carcerária do mundo ou o mais poderoso exército do planeta – procuraram novas alianças e antagonismos, numa situação caótica.
Nesta análise necessariamente simplista, podemos ver o que está a acontecer com as forças da nação que gosta de se definir como “Home of the Brave, Land of the Free” (“A casa dos bravos, o lar dos homens livres.”). Uma intelectualidade urbana altamente educada e cientificamente pioneira, que orientou o poder durante décadas, vê-se subitamente posta em causa e mesmo derrotada pela mais vasta população dos despossuídos, dos ignorantes e dos crentes militantes. Por outro lado, a comunicação social e o poder político, que faziam dobradinha para manter a ordem vigente, entraram em choque frontal, com os jornalistas a desprezar abertamente a classe política e os políticos a atiçar a vasta população que tinham abandonado contra os homens da informação. Hoje, nos jornais, nas televisões e nos meios eletrónicos, leem-se e ouvem-se insultos ao Executivo e dichotes sobre o Legislativo como nunca se tinha visto. E o Executivo, Trump em particular, acusa-os de mentirosos. Os visados acusam os acusadores de serem parciais e maus perdedores; os acusadores demonstram por a+b as indecisões e más decisões dos poderes institucionais.
Mas nem sequer há uma uniformidade de alianças e hostilidades entre os grupos ou dentro deles. O Partido Republicano, que aceita um Presidente que nem era do partido apenas porque lhe dá o poder, está dividido entre os conservadores, que querem uma legislação capitalista radical sem supervisão estatal, os ultra-conservadores, que têm uma agenda de valores morais pré-Idade Moderna, os moderados, que pretendem um Estado mínimo, e as franjas extremistas – a chamada alt-right – racistas e viradas para o ódio como razão de ser.
Os republicanos não se entendem, ao ponto de não conseguirem substituir a legislação de apoios sociais – o Obamacare – que sempre quiseram destruir. O Estado Social embrionário – quase nulo, em termos europeus – que vem de Lyndon Johnson e que o Barack Obama tinha conseguido estruturar a duras penas, está à mercê dos seus inimigos, mas os seus inimigos nem conseguem concordar nos termos da destruição. São os próprios republicanos, como o senador McCain, a afirmar que a nova legislação da segurança social está morta antes de nascer. Ou seja, o Poder Legislativo está bloqueado. Dele só saem leis aterradoras que fazem recuar décadas de controlo ecológico, eliminam os apoios às artes e cultura e deixam os trabalhadores à mercê do mercado especulativo. Discretamente, o Congresso tem promulgado muita legislação avulsa que corrói conquistas que se pensavam irreversíveis, como o planeamento familiar, os direitos das mulheres e das minorias e o ensino universal gratuito. Mas o diploma mais importante, mais prometido e mais aguardado, do qual depende a sobrevivência de mais de 22 milhões de pessoas, está encravado em negociações sem termo à vista.
Quanto ao Poder Executivo, não se conseguiu livrar da mais surreal das suspeitas: de que terá ganho o poder com a ajuda do arqui-inimigo dos Estados Unidos, a Federação Russa. Porque o facto é que, embora o socialismo tenha terminado na Rússia, foi substituído por uma autocracia de direita que mantém o antagonismo da Guerra Fria. Agora já não há uma justificação ideológica; os princípios foram substituídos pelos interesses. Putin quer que o seu país seja novamente uma grande potência e quer um Presidente americano que lhe facilite a ambição. Daí a ter apostado abertamente em Trump, (sobre quem terá informações que possibilitam uma chantagem) atacando por meios obscuros e ilegais a candidatura democrata. O Partido Republicano sabe-o – toda a gente sabe, desde o primeiro escândalo, que envolveu o general Flynn, até ao último, que aponta para Trump Jr. – mas não pode admiti-lo, porque lhe dá jeito ter um Presidente imobilizado que não lhe perturbe a agenda legislativa retrógrada.
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Encontro entre Putin e Trump teve mais de 'House of Cards' do que você imagina (FOTO)
Dentro do próprio Executivo não faltam desentendimentos. Trump tem o hábito de tweetar diretamente para o público os seus pensamentos, contrariando as afirmações dos assessores, que se veem em palpos-de-aranha para justificar o injustificável e nunca sabem o disparate que virá a seguir. Deste modo ultrapassa o filtro da comunicação social, que considera hostil, chegando diretamente ao eleitorado; mas mostra também a sua superficialidade, o interesse por questões comezinhas e os pequenos ódios de estimação que deveriam estar acima do seu estatuto institucional.
Nos contactos internacionais, Trump tem andado entre as figuras tristes e as atitudes políticas desastrosas para os interesses americanos. Os líderes mundiais já não escondem a perplexidade perante um dirigente da maior potência planetária que acumula gafes diplomáticas, exibições de vedetismo e mau caráter, ao mesmo tempo que desfaz acordos laboriosamente trabalhados e renega alianças de décadas.
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Trump retira os EUA do acordo de Paris sobre alterações climáticas
As atitudes inopinadas e inexplicáveis sucedem-se a um ritmo imparável; Trump, na Polónia, a defender o maniqueísmo ocidente/oriente; Trump, na Arábia Saudita, a dar apoio a um regime medieval; Trump, na cimeira do G20, a negar o aquecimento global. E, como quadro de fundo, o estranho relacionamento de Trump com Putin, avaliando com o homem que promove a guerra cibernética a possibilidade surreal de uma unidade comum de segurança cibernética. Como disse o senador Marco Rubio, “é a mesma coisa do que associar-se a Assad para criar uma unidade contra as armas químicas”.
Seis meses depois das eleições, ainda há milhares de postos desocupados no aparelho de Estado – os seus anteriores ocupantes ou foram despedidos ou saíram por mote próprio, e o Executivo, concentrado na questão da interferência russa, no atraso na reforma do Obamacare, ou em questões de segunda ordem, ainda não teve tempo de os preencher...
O envolvimento dos próximos de Trump com os russos será, provavelmente, o que fará cair o Presidente. Todas as semanas veem à crua luz das câmaras novas provas. A última, ainda em desenvolvimento, foi a admissão da parte de Trump Jr. de que ele, o “primeiro-genro”, Jared Kushner, e Paul Manafort, ex-líder da campanha presidencial, se encontraram com uma agente do governo russo, Natalia Veselniskaya, que teria documentação para prejudicar a campanha de Hillary Clinton. Não se trata apenas de mais um episódio na interminável saga das ligações entre os próximos de Trump e os russos; a palavra que começa a surgir até entre republicanos já não é “collusion” (conluio) mas sim “treason” (traição).
Se Donald Trump for impedido, quem assume a presidência é Mike Pence, considerado ainda mais reacionário do que o Presidente. As suas posições nas questões sociais (interrupção voluntária da gravidez, o movimento LBGT, liberalização das drogas leves, imigração) são ultra conservadoras, mas em política internacional seguirá provavelmente uma agenda mais tradicional. Por muito mau que seja, pelo menos os Estados Unidos voltarão a ter um Norte.
Fonte: Sapo 24