OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 28 de março de 2015

O QUE PENSA O XEQUE DAVID MUNIR DA ACTUALIDADE?- ENTREVISTA

Por: Ricardo J. Rodrigues 16/03/2015 - 12:22           
Entrevista de vida ao xeque David Munir.


O líder dos muçulmanos portugueses defende que a Europa tem de olhar para o islão como uma religião sua. Entrevista de vida com o xeque David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, 52 anos, sobre humor e liberdade, a educação no Paquistão, a necessidade de as mulheres usarem véu e o facto de as suas filhas não o quererem fazer.
 
Uma mesquita precisa de ter um imã, o sacerdote que preside às orações. Mas a Mesquita Central de Lisboa é o maior templo islâmico do país, e por isso precisa de dois homens para o cargo. Um deles é David Munir, que também ocupa as funções de xeque da comunidade islâmica. É um líder entre os homens de fé e é, há trin­ta anos, o representante dos cinquenta mil mu­çulmanos que vivem em Portugal. Ao longo da entrevista, disse várias vezes que não era político, «que é outra forma de dizer que não sei dançar». Mas nunca se esquivou às perguntas mais polé­micas. Despediu-se da entrevista com boa disposição: «Eu costu­mo ser reservado, mas não sei se posso dizer o mesmo depois des­ta entrevista.»
 
Pode contar-me uma anedota muçulmana?
_O profeta Maomé gostava muito de dois companheiros: Abu Bakr e Omar. Um dia, estavam os dois a comer tâmaras, que era uma coisa comum na Arábia. De cada vez que Omar comia uma tâmara, colocava o caroço em frente a Abu Bakr. Depois de co­mer as tâmaras todas, Omar disse para Abu Bakr: «Comeste tan­tas tâmaras.» Ao que Abu Bakr respondeu: «E tu comeste os ca­roços.» [risos]
 
Então um islâmico pode ter sentido de humor.
_É normal a pessoa ter um certo sentido de humor, especialmen­te quando faz palestras, como eu. Ajuda a descontrair o ambien­te. Quando há um encontro inter-religioso, pela ordem cronoló­gica das religiões, um muçulmano fala sempre no fim. Primeiro fala o judeu, depois fala o cristão e só depois fala o muçulmano. E isto é quando os budistas não estão presentes. Quando chega a altura de um muçulmano falar, as pessoas já não estão concentra­das e uma boa anedota pode restaurar a atenção.
 
Pedir-lhe uma anedota era uma provocação. Depois dos ataques ao Charlie Hebdo, em Paris, faz sentido esta pergunta: um islâmico sabe rir de si próprio? _Sabe, sabe. Mas há certas personalidades que a crença islâmi­ca respeita para lá do humor: os profetas e os mensageiros. Mao­mé, como Jesus ou Moisés, são modelos, são pessoas que trans­mitiram a mensagem de Deus e que passaram por muitas dificul­dades. Então por que razão vou fazer cartoons de um profeta que transmitiu uma mensagem de paz e publicar a ideia completa­mente oposta? Seria mais lúcido fazer cartoons das pessoas que propagam a mensagem de ódio.
 
Fica chocado quando vê cartoons de Maomé?
_Não. Se um cartoonista se sente ameaçado por um muçulma­no, a reação natural é que crie uma imagem péssima do profeta. Se o mesmo cartoonista tiver amigos muçulmanos, então o car­toon vai mostrar tolerância. Eu respeito muito a liberdade de ex­pressão, a liberdade de confissão, a liberdade de crença, a liber­dade de não ter crença… Eu respeito e aprendo imenso com essa liberdade. As pessoas que não gostam de liberdade de expres­são têm opção, podem ir embora. Se não houvesse essa liberda­de não existia esta mesquita em Lisboa. É muito importante que nós, muçulmanos, tenhamos essa noção. Temos de ser europeus e muçulmanos.
 
Não está a acontecer exatamente o oposto? O Estado Islâmico está a recrutar precisamente no Ocidente. _E como é que chegámos aqui? Os países ocidentais criaram guetos para os muçulmanos. São guetos invisíveis, porque não há fronteiras numa cidade, mas são guetos. Quando um muçul­mano se aproxima de um não muçulmano – ou utilizando um ter­mo mais direto, de um branco – ele afasta-se. Os muçulmanos fo­ram sempre considerados cidadãos de segunda, foram sempre marginalizados. Olhados sempre de cima para baixo, quase em todos os países da Europa. Portugal e Espanha são provavelmen­te as únicas exceções.
 
Há comunidades imigrantes que são alvo da mesma discriminação e não se transformam em movimentos radicais. Porque é que isto acon­tece com a população islâmica e não com outra? _Porque a prática da religião é muito forte para um muçulmano. É o fio pelo qual os radicais pegam. A parte emocional, seja ela re­ligiosa ou política, mexe com as pessoas. Veja os adeptos de fute­bol. A ideia de irmandade é muito forte dentro do islão e, quando uma pessoa não tem conhecimento suficiente da religião, pode facilmente ser manipulada.
 
Há focos de radicalização nas mesquitas portuguesas?
_Não. Temos a preocupação de conversar muito sobre o radicalis­mo com os jovens muçulmanos, para perceber o que eles pensam. E até agora não temos tido razões de alarme. Mas também é ver­dade que não temos meios para fazer de polícias, acreditamos na palavra das pessoas. De qualquer maneira, os imãs das mesquitas portuguesas são pessoas que estão integradas, nasceram em Portugal ou já vivem em Portugal há muitos anos. Não têm esse tipo de discurso.
 
Muitos guerrilheiros do Estado Islâmico cresceram cristãos e decidi­ram tornar-se muçulmanos. Há muita gente em Portugal a converter-se ao islão?
_Nos últimos anos houve um ligeiro aumento de conversões, que em Portugal não é comparável a outros países da Europa. São mais mulheres a fazê-lo, mas também é verdade que há mais mulheres no mundo. E sim, de vez em quando aparecem pessoas com ideias erradas da religião, mais arrogantes e por vezes até macabras, e a essas temos dar mais apoio psicológico e espiritual do que uma conversão. Não são casos perigosos, mas são preocupantes. Por aquilo que sei, que é o que leio nos jornais e vejo nas televisões, não temos células radicais no país, mas mesmo em Portugal há algu­mas pessoas que podem facilmente ser levadas. São as que aceitam o islão com muita ignorância. E sede de protagonismo.
 
A entrada da Turquia na União Europeia é importante para os muçulmanos?
_Seria uma forma de tentar integrar os muçulmanos, sem dúvida. É um país com separação entre Estado e Igreja e com uma parte do território na Europa. Agora, o mais importante é perceber que o is­lão é uma das religiões da Europa. Considerar o islão como religião de imigrantes é um erro grave. Porque o cristianismo, se virmos bem as coisas, também não nasceu aqui. Eu sou muçulmano e sou europeu. O grande desafio é aceitarmos a ideia de um islão europeu, tanto pelos muçulmanos como pelos não muçulma­nos. Por exemplo: há uns meses recebi uns muçulmanos da Ho­landa, de origem marroquina. Disseram-me que eram magre­binos, que só falavam árabe. E eu disse: «Não, você é holandês. Nasceu na Holanda, é europeu.» Ser europeu não significa não ser fiel, não significa ser descrente.
 
A Europa, o Ocidente em geral, é maioritariamente composto por países democráticos. Quase todos os países muçulmanos são ditaduras, e alguns Estados praticam abusos intoleráveis dos direitos humanos. _Há muitos países não islâmicos, mesmo no Ocidente, com valores humanos que não são o que deveriam ser.
 
Mas mesmo nesses não há apedrejamentos.
_Claro que não. Mas veja: a nossa tendência como seres huma­nos é de acharmos que somos melhores e que os outros é que têm de aprender connosco. Há sempre qualquer coisa que pos­so aprender com o outro e tentar corrigir. Assim como posso ensinar. Há países islâmicos onde muita coisa tem de mudar, nisso nós concordamos. E também há muita coisa no Ocidente que tem de mudar. Está a falar-me de direitos mas na Europa há muita gente que sofre de desigualdade social.
 
A Arábia Saudita, que é um aliado do Ocidente, comparticipou a construção da Mesquita Central de Lisboa…_[interrompe] Nos anos oitenta, quando se começou a cons­truir a mesquita, vários países islâmicos tentaram dar aquilo que podiam dar. A Arábia Saudita acabou por ter mais respon­sabilidades para tentar ajudar a mesquita, porque é o centro do mundo islâmico, onde está Meca e Medina. Uma empresa sau­dita, não o governo, contribuiu com uma parte para as gran­des obras que fizemos nos últimos dez anos. A outra parte veio do governo turco. Mas o que é que os muçulmanos europeus pedem aos seus governos? Que o apoio para a construção das mesquitas, como das igrejas e das sinagogas, seja prestado a partir de dentro, localmente. Neste momento, tudo é adminis­trado com fundos locais.
 
Riade tem boas relações com o Ocidente mas, além de ser uma ditadura musculada, é um berço dos movimentos radicais contra o Ocidente. Não caberia ao Ocidente, e a uma mesquita europeia, evitar os donativos da Arábia Saudita? _Há aqui várias questões. Os muçulmanos têm um enorme respeito pelas cidades sagradas, Meca e Medina. Elas são o co­ração da irmandade islâmica. Se uma instituição religiosa sau­dita é dirigida por um teólogo radical é normal que esse radi­calismo se espalhe com maior impacto. O governo saudita faz muita coisa para mudar, está a mudar. Mas há pessoas e socie­dades onde a mudança não pode ser radical, tem de acontecer com calma. Nalguns casos, as pessoas podem ter uma vida me­lhor com a ditadura do que com a democracia.
 
Mas a vontade popular é a de procura de liberdade. Os últimos anos mostram isso mesmo, com uma Primavera Árabe a varrer o Mediterrâneo. _E qual foi o resultado da Primavera Árabe? Caótico. Até que ponto nós iremos recuperar países que estão acabados? Vamos lá ver: numa ditadura há sempre pessoas revoltadas. Quando a ditadura termina, a revolta pode facilmente tornar-se anarquia. É o que está a acontecer hoje, infelizmente. A Síria está como está, o Iraque está perdido. E o que é que está a acontecer agora? Vemos alguns países islâmicos que estão mais cautelosos e mostram me­nos abertura do que antes da revolução.
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Voltamos a Portugal. É imã da Mesquita de Lisboa há quase trinta anos. O 11 de Setembro [2001] mudou tudo? _Em termos práticos não mudou nada. Na altura ficámos mais cau­telosos, fechámos as portas e tínhamos aqui a polícia nos primeiros dias. Depois as coisas estabilizaram. Agora o que mudou realmente foi a maneira como as pessoas passaram a olhar para os muçulma­nos. No dia 10 de setembro um muçulmano de lenço era aceite, mos­trava diversidade cultural. A partir do dia 11 de setembro esse muçul­mano era um talibã. Hoje o termo mudou. Quando você quer ofender alguém chama-lhe jihadista. Ainda por cima, é um uso desproposi­tado das palavras: talibã quer dizer estudante e jihad significa esfor­ço. Nós, muçulmanos, estamos mais tristes do que toda a gente com o 11 de Setembro ou os atentados de Paris.
 
Os próprios Estados discriminam a comunidade muçulmana? Em Por­tugal, por exemplo, há imãs nas prisões? _Portugal é um país laico, mas católico. O apoio espiritual nos hos­pitais é muito mais fácil do que nos serviços prisionais. Apesar de termos esta autorização da parte do Ministério da Justiça, visitar um recluso islâmico numa prisão é um processo burocrático. Se­guramente que um padre não tem as mesmas dificuldades. No mês do Ramadão enviamos alimentação para os estabelecimentos pri­sionais e os reclusos queixam-se de não receberem a comida. O re­gisto dos nomes é outro problema. Quando fui registar o meu filho Muhammad disseram-me que tinha de ser Mohamed. Depois pedi­ram-me uma certidão da Mesquita de Lisboa, porque eu argumen­tei que era um nome religioso. Ok, para mim não foi difícil passar es­sa certidão, mas para um muçulmano que viva longe dos centros ur­banos pode ser um problema mais complicado.
 
O xeque David Munir nasceu na Beira, em Moçambique, em 1963. Era uma cidade muito muçulmana? _Havia muitos muçulmanos, mas havia mais cristãos. Eu digo que nasci na melhor cidade do mundo. Beira, à época colonial, era maravilhosa. O ambiente e as pessoas.
 
O seu pai nasceu no Iémen. Como é que ele foi parar a Moçambique?
_O meu pai foi viver para Moçambique com 10 anos. Antes dis­so ele já tinha estado na Índia. Era um homem religioso, com res­ponsabilidades na Mesquita da Beira. Tinha uma mercearia mes­mo em frente ao templo. Não sei como conheceu a minha mãe, mas sei que os meus pais casaram no mesmo dia que os meus tios, em Moçambique. O meu tio tinha outra loja, ao lado da do meu pai. Eu cresci ali, éramos seis irmãos. Os dois mais velhos morre­ram quando ainda era pequeno, fiquei com uma irmã mais velha e dois rapazes mais novos. Fiz a quarta classe na Escola Eduardo Vilaça, e tive de fazer a Mocidade Portuguesa. Era obrigatório. Nunca fui a acampamentos, mas tinha de ir lá todos os sábados cantar o hino. E de farda. Só muitos anos mais tarde é que eu per­cebi que o cinto que tínhamos de usar era um símbolo do regime. O S da fivela representava o nome de Salazar. Quando passei para o liceu, com 11 anos, fui para o Paquistão estudar o Alcorão.
Por vontade sua ou do seu pai?
_Minha, minha. Quando estudava na catequese, o irmão de um amigo do meu pai veio recitar o Alcorão à Mesquita da Beira. É um ritual do Ramadão e eu apaixonei-me por aquilo, também queria aprender a recitar tudo de cor. Ele vivia no Paquistão e eu pedi aos meus pais para ir estudar para aquela madrassa, que fi­cava em Carachi. A minha mãe não queria, mas acabei por ir. Só lá estive um ano.
 
Como era a educação religiosa no Paquistão?
_ Os professores batiam imenso. Decidi ir-me embora no dia em que fui espancado por um professor, aos pontapés, durante 15 mi­nutos, à frente de toda a turma. E ele só parou porque tocou o sino de saída. Então fui falar com o meu tutor, o tal conhecido da famí­lia. Ele disse que a culpa devia ser minha e eu senti-me completa­mente encurralado. Tinha mesmo de ir embora.
 
Voltou a Moçambique?
_ Não. Um colega moçambicano ia mudar para uma madrassa na Índia conhecida pela tolerância e eu fui com ele e os pais dele. Tinha o dinheiro que os meus pais me tinham dado e fomos, pri­meiro de avião para Nova Deli, depois para outra pequena cidade e por fim de táxi. A escola ficava em Hardoi, uma aldeia que nem aparece no mapa. Três dias depois comecei a chorar, queria ir em­bora, tinha saudades de casa. Acabei por ficar três anos e meio. Foi das melhores escolas que frequentei. Na memorização do Alcorão era a melhor. Depois voltei ao Paquistão. Tinha memorizado o livro mas ainda não o tinha compreendido. Fui de novo para Carachi, estudar religião e sociologia.
 
A viver entre a Índia e o Paquistão deve ter-se tornado fã de críquete, não? _Sim. Organizei alguns jogos entre escolas que não correram lá muito bem. Aquilo eram tudo menos jogos amigáveis. Mas o meu so­nho de miúdo era ser piloto de aviões. Fui inscrever-me à Pakistan Airlines e tudo. Mas não tinha horário e prometi a mim mesmo que, se não podia fazer o que mais gostava, iria tornar-me exce­lente no Centro de Estudos  Islâmicos. Fui sempre aluno do qua­dro de honra.
 
Preservou o gosto pelos aviões?
_Tenho a sala cheia de réplicas de aviões. O meu passatempo pre­ferido é pilotar simuladores de voo.
 
Tornou-se professor na universidade islâmica e ficou em Carachi até 1986. Porque é que veio para Portugal, com 23 anos? _ As coisas estavam a tornar-se muito radicais no Paquistão. Os meus pais, depois do 25 de Abril, vieram para Portugal. No dia em que cheguei ao Aeroporto da Portela, fiquei abraçado ao meu pai meia hora. Depois, fomos para casa e eu percebi a situação de po­breza em que eles tinham caído, não havia sequer um sofá para se sentarem. É muito emocionante para mim recordar essa sen­sação, foi duro. E ao perceber que eles precisavam de mim decidi ficar em Lisboa. Um ano antes tinha sido construída a mesquita e a comunidade procurava um imã. Ocupei eu o cargo. Até hoje.
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Ser imã chegava para pagar as contas da família?
_Também ajudava os meus pais. Eles trabalhavam na distribui­ção de jornais, de vez em quando ia ajudá-los. Uma vez fiz aqui­lo durante três dias e caí para o lado de cansaço. Era um trabalho mesmo muito duro, e eles não eram novos. Até que um dia o meu pai teve um enfarte, por causa de todo o trabalho que tinha. E eu, claro, tentava ajudar como podia.
 
Tem negócios fora da mesquita?
_Não. Vivo do meu ordenado e das palestras que dou. Dirigir uma comunidade dá muito trabalho. Além de que não tenho jei­to para os negócios.
 
Foi na Mesquita de Lisboa que conheceu  a sua mulher?
_As minhas duas mulheres. Quer dizer, só tive uma de cada vez, sou divorciado da primeira [risos]. Aliás, a maioria dos muçulma­nos são monógamos. Há 1436 anos, para evitar a prostituição, pa­ra apoiar divorciadas e viúvas, o Alcorão estabeleceu que um ho­mem podia ter quatro mulheres, se tivesse condições financeiras para as sustentar. Temos de ler as coisas à luz do seu tempo, ob­viamente. O que eu tenho é quatro filhos. Tenho duas filhas e um filho e a minha segunda esposa tem um filho também. Só os dois mais novos é que ainda vivem em casa.
 
As suas filhas não usam véu. Isso incomoda-o?
_Cobrir a cabeça é obrigatório no islão, faz parte do vestuário de uma muçulmana. Pedi várias vezes à minha filha mais nova, que ainda agora me veio visitar, para usar o véu e, se ela acedesse, fica­ria satisfeito. Ela não quer, eu respeito. Sabe, não é o islão que dis­crimina as mulheres. Na Arábia Saudita as mulheres não podem conduzir, no Koweit não podem votar, mas isso é culpa da Consti­tuição desses países. Não ponham aqui o islão ao barulho.
 
Não há mais relatos de abusos dos direitos das mulheres nos países islâmicos?
_ Uma das principais preocupações da nossa sociedade – e quan­do digo nossa digo «nossa, portuguesa» – é a violência domés­tica. Se você praticar violência doméstica nunca o nome da sua religião virá nas notícias. Mas da minha virá. Se eu dissesse aos meus amigos cristãos que era no cristianismo que se ensinava os homens a matar as mulheres, eles responderiam, com toda a ra­zão: «Por amor de Deus, tenta conhecer melhor o cristianismo.»
 
BASTIDORES
UMA VISITA, A ORAÇÃO E UM AVIÃO PROIBIDO
Foram mais de três horas de conversa com o xeque Munir. E em vários espaços. Primeiro numa sala contígua ao seu escritório de trabalho, um quadrado pejado de livros e revistas, mais alguns dossiers de trabalho. Já uma boa hora de entrevis­ta tinha passado quando apareceu a filha mais nova do imã – Nabila, de 20 anos. Ela atirou-lhe um «olá pai» e ele respondeu em tom de brincadeira: «É a minha sobrinha.» A rapariga riu, tirou uma fotografia da carteira e mostrou-a, um retrato do pai quando vivia no Pa­quistão. «Estavas bonito aqui.» E saiu. À hora do Salá, o líder da comuni­dade islâmica portuguesa pediu para interromper a conversa. Convidou-nos a assistir aos rituais do Asr, a oração entre o meio-dia e o pôr do Sol. No fim, confessou que tem havido roubos de calçado entre os fiéis. «Ténis de marca, sobretudo.» Era o início de um bom policial, brinca­mos. Nisto, ouve-se um barulho ensurdecedor. Um avião rasga o céu mesmo por cima da Mesquita Central de Lisboa. Voa a baixa altitude e tem um enorme radar no dorso. O imã, que adora aviões, observa-o cuidadosamen­te. O aparelho desaparece de vista, mas o som da sua passagem prolonga-se por alguns segundos. E, no fim de tudo, o xeque faz uma análise perentó­ria: «É um avião-radar, um Boeing 707. Estas máqui­nas não podem aterrar em Lisboa por causa do nível de ruído.» E este pode? «É da NATO. A NATO pode tudo.
Fonte: DN Magasine

sexta-feira, 27 de março de 2015

O CRIADOR E AS SUAS CRIATURAS

São João Paulo II (1920-2005), papa Audiência Geral 6/12/79
 «Está escrito na vossa Lei: "Eu disse: vós sois deuses"»
«Deus disse: façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança» (Gn 1,26). Como se o Criador entrasse em Si mesmo; como se, criando, não chamasse apenas do nada à existência dizendo: «Faça-se!», mas, de uma maneira particular, tirasse o homem do mistério do seu próprio ser. E é compreensível que assim fosse, porque não se tratava somente do ser, mas da imagem. A imagem deve reflectir; deve reproduzir, em certo sentido, a substância do seu protótipo. [...] É evidente que esta semelhança não deve ser entendida como um «retrato», mas como o facto de este ser vivo ter uma vida semelhante à de Deus. [...]

Definindo o homem como «imagem de Deus», o livro do Génesis mostra aquilo pelo qual o homem é homem, aquilo pelo qual é um ser distinto de todas as outras criaturas do mundo visível. A ciência, sabemo-lo, fez e continua a fazer, nos diferentes domínios, numerosas tentativas para mostrar as ligações do homem com o mundo natural, para mostrar a sua dependência deste mundo, a fim de o inserir na história da evolução das diferentes espécies.
 
( AS TEORIAS MODERNISTAS BEM TENTAM LIMITAR O HOMEM ÀS COISAS DO MUNDO, MAS POR MUITO QUE DIGAM E INVESTIGUEM JAMAIS PODERÃO CONFIRMAR ATRAVÉS DA CIÊNCIA O QUE PERTENCE AOS MISTÉRIOS DE DEUS, SENHOR ABSOLUTO DO HOMEM E DO UNIVERSO!... SÓ A ELE A GLÓRIA, O PODER E A HONRA PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS, SEM FIM!) 
Respeitando totalmente essas investigações, não nos podemos limitar a elas. Se analisarmos o homem no mais profundo do seu ser, veremos que ele é mais diferente do que semelhante ao mundo da natureza. É igualmente neste sentido que procedem a antropologia e a filosofia, quando procuram analisar e compreender a inteligência, a liberdade, a consciência e a espiritualidade do homem. O livro do Génesis parece ir à frente de todas estas experiências da ciência e, ao dizer do homem que ele é «imagem de Deus», faz-nos compreender que a resposta ao mistério da sua humanidade não deve ser procurada na sua semelhança com o mundo da natureza. O homem assemelha-se mais a Deus que à natureza. É neste sentido que o salmo diz: «Vós sois deuses!» (Sl 82,6), palavras que Jesus retomará.

A ALEGRIA DA FÉ - ALICERCE DA FÉ

A lei sem amor, não vem da Fé, não traz alegria, diz Papa Francisco, em homilia
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 Cidade do Vaticano - (Quinta-feira, 26-03-2015, Gaudium Press) -
 
"A alegria da fé, a alegria do Evangelho é o alicerce da fé de uma pessoa. Sem alegria aquela pessoa não é um verdadeiro fiel. Voltemos para casa, mas antes façamos a celebração aqui com estas palavras de Jesus: Abraão, vosso pai, exultou na esperança de ver o meu dia. Ele o viu e ficou cheio de alegria. Peçamos ao Senhor a graça de exultar na esperança, a graça de poder ver o dia de Jesus quando nos encontrarmos com Ele e a graça da alegria."
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Estas afirmações fazem parte dos comentários do Papa Francisco, feitos na Casa Santa Marta, durante a homilia da missa celebrada hoje, quando ele tece considerações a propósito das leituras propostas pela liturgia.

O Papa comenta a alegria de Abraão, que exulta na esperança de se tornar pai, como prometido por Deus.
Abraão é idoso, assim como sua esposa Sara, mas ele acredita, abre "o coração à esperança" e está "cheio de consolação". No Evangelho, Jesus recorda aos doutores da lei que Abraão "exultou na esperança" de ver o seu dia "e estava cheio de alegria":

"E isso é o que não entendiam esses doutores da lei. Eles não entendiam a alegria da promessa; não entendiam a alegria da esperança; não entendiam a alegria da aliança. Não entendiam!
Eles não sabiam se alegrar, porque tinham perdido o sentido da alegria que só vem da fé. O nosso pai Abraão foi capaz de se alegrar, porque tinha fé: foi feito justo na fé.
Eles haviam perdido a fé. Eles eram doutores da lei, mas sem fé! Mas, mais ainda: eles haviam perdido a lei! Porque o centro da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo".

Francisco continuou seus comentários e apontando a causa de os doutores da Lei serem homens sem fé, sem amor a Deus e ao próximo, sem leis:

"Somente tinham um sistema de doutrinas precisas e ressaltavam a cada dia que ninguém as tocasse. Homens sem fé, sem lei, apegados nas doutrinas que também se tornam um comportamento casuístico: se pode pagar o tributo a César, não se pode? Esta mulher, que foi casada sete vezes, quando for para o Céu será esposa daqueles sete? Esta casuística... Este era o seu mundo, um mundo abstrato, um mundo sem amor, um mundo sem fé, um mundo sem esperança, um mundo sem confiança, um mundo sem Deus. Por isso, não podiam se alegrar!"

O Pontífice ainda observa que eles podiam até se divertir, porém, sem alegria, com medo.
"Esta é a vida sem fé em Deus, sem confiança em Deus e sem esperança em Deus".
"Os seus corações estavam petrificados".
O Santo Padre afirma que é desolador "ser um fiel sem alegria. Não existe alegria quando não existe a fé, quando não existe esperança, quando não existe a lei, mas somente prescrições, a doutrina fria: "A alegria da fé, a alegria do Evangelho é o alicerce da fé de uma pessoa. Sem alegria aquela pessoa não é um verdadeiro fiel". (JSG)

Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/68297#ixzz3VbNQ0jex
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

A MAGNIFICÊNCIA DA CRIAÇÃO POR DEUS DADA!

A magnífica beleza dos ipês
Francisco Esmeraldo     
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Quanta exuberância e variedade encontramos na natureza vegetal! O que dizer, por exemplo, do esplendor dos ipês, verdadeiras jóias que nos remetem a um mundo ideal?
Sem dúvida, uma das mais belas árvores que há, o ipê apresenta flores de diversas cores e tonalidades, cada uma simbolizando determinados estados de espírito do homem ou situações da vida.
Na florada do ipê amarelo, por exemplo, transparecem alegria e elegante formosura. Assemelha-se ele a uma árvore ipe branco..jpgornada de magnífico manto dourado, conferindo um ar de corte onde se encontra. São sóis que reluzem em meio ao verde da mata, e suas flores reunidas em cachos de ouro estão a nos transmitir uma mensagem de esperança no porvir, nas promessas de Deus ainda não realizadas, mas que se cumprirão a seu tempo.

Já o ipê roxo, quando floresce, apresenta uma beleza de suave tristeza e doce acolhimento, como a nos consolar, convidando-nos a estar debaixo de sua copa protetora. Lembra-nos a Paixão de Jesus, e nos ensina que esta vida é de luz, mas também de cruz. 

Os ipês brancos, por sua vez, parecem nuvens, com seus flocos de uma tal alvura que nunca se deixam manchar. Evocam-nos os Anjos a esvoaçar ou, mais ainda, a pureza celestial de Maria, Virgem Imaculada.
Um prelúdio da Visão Beatífica
Nesta terra, podemos conhecer a Deus pelos reflexos de suas perfeições postas nas criaturas, seja na natureza, seja sobretudo nas almas dos justos, através de seus exemplos e palavras. Só na glória eterna O veremos diretamente, tal como Ele é. Por isso diz São Paulo que na vida terrena nós vemos a Deus como por um espelho, em enigma; mas no Céu O veremos face a face (Cfr. I Cor 13,12).

Esse ver a Deus nos seus reflexos já é o prelúdio da vida que teremos no Céu. Se estes lindos ipês tanto nos encantam, qual não será nossa felicidade ao contemplarmos Maria Santíssima a obra-prima da Criação? O ipê branco bem poderia simbolizar a Virgem Maria em sua Imaculada Conceição; o dourado, a sua Maternidade Divina; e o roxo, a sua Co-Redenção do gênero humano.
Saudades da inocência
Diz o Gênesis (2, 8-9) que Deus plantou um Jardim de delícias e pôs nele o homem, com toda espécie de árvores formosas à vista. Não podemos, então, imaginar que os ipês já tenham existido no Éden, e Deus os mantém nesta terra para nos fazer sentir saudades do Paraíso perdido?

Vemos tantos poetas e literatos escreverem a respeito das saudades de sua infância, dessa fase da vida em que as dificuldades, as decepções, os desastres e os horrores deste mundo de exílio não se haviam apresentado ainda. Vem-ipes..jpgnos naturalmente à lembrança a poesia de
 
Casimiro de Abreu:

"Ai que saudades que tenho da aurora da minha vida,
De minha infância querida,
Que os anos não trazem mais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
O mundo é um sonho dourado,
A vida, um hino de amor!"

Será que o caro leitor também não terá experimentado essas saudades, num certo momento de sua vida? Cada um dirá...

Na época da infância, tudo é diferente, dourado, bonito, bom e delicioso. A criança, em geral, tem aquela singeleza, inocência e generosidade que a faz entusiasmar-se pelas coisas belas, que serão ora desenhos de nuvens num céu azul, ora figuras coloridas, ou ainda a narração de bonitas histórias.

Este ver assim não é uma ilusão de estar num mundo de fantasia, irreal, mas é a realidade vista com os olhos da inocência e da fé. Por isso diz-nos Jesus: "O reino dos Céus é para aqueles que se assemelham às criancinhas" (Mt. 19,14).

A beleza salvará o mundo
Essas considerações nos fazem melhor compreender a afirmação do Papa João Paulo II, na Carta aos Artistas: "A beleza salvará o mundo".
Pois são as belezas criadas que nos abrem os olhos para os esplendores divinos e fazem nascer em nós aquelas "saudades" de Deus, a própria Beleza incriada, que levou Santo Agostinho a exclamar, em suas Confissões: "Tarde te amei, formosura tão antiga, e tão nova. Tarde te amei. Tu estavas de dentro, e eu de fora, e ali te buscava; e eu feio ia em seguimento desta formosura visível, que tu fizeste.
 (Revista Arautos do Evangelho, Ag/2004, n. 32, p. 50-51) 

quinta-feira, 26 de março de 2015

ENQUANTO UNS POUCOS SE BANQUETEAM MUITOS NÃO TÊM O QUE COMER

De que estamos famintos se estamos fartos?


 Notícias recentes baseadas em dados da FAO referem que atualmente deitamos fora cerca de um bilião de euros por dia em alimentos desperdiçados, o que significa cerca de um terço dos alimentos não consumidos!
  Contudo, ao mesmo tempo, estima-se que existam cerca de 805 milhões de pessoas com fome!
De que estamos fartos? E que fome é esta que nos move e faz querer mais e mais, tanto mais que nos leva a desperdiçar?
Estranho paradoxo este de que tanto se vem falando mas que tanto tarda em ser alterado! Enquanto muitos matam a fome mas não sabem de quê, outros tantos ou mais não têm o que realmente comer!
 Dizem-nos as previsões que nos próximos 35 anos a produção alimentar terá de crescer 60%! Pelo enorme aumento de procura de alimentos que tem vindo a verificar-se, pois cerca de 70% da população mundial viverá em contextos urbanos ou próximo deles.
Ao mesmo tempo cresce significativamente a atração dos investidores financeiros por este sector de matérias-primas, o que gera o tremendo risco de o olhar apenas do ponto de vista do lucro que através dele poderão obter!
Nesta competição da produção e da especulação, que sentido faz este pseudocrescimento face ao desequilíbrio que provoca?
Na sua reflexão sobre os “bens comuns” Ricardo Petrella alerta-nos: «Num plano mais geral, "o planeta Terra e a existência do outro" são os primeiros dos bens comuns públicos mundiais. O homem não existiria se não houvesse planeta. Esse, pelo contrário, existiu e existirá ainda sem o género humano. Por outra parte, cada um de nós não existiria se não existisse o outro, o diferente (o homem pela mulher, a mulher pelo homem, o velho e o jovem, o familiar e o estranho, o presente e o passado...)».
Assim sendo, é da nossa responsabilidade o que fazemos (ou não) em prol do mundo em que nos foi dado viver, mas é também essencial o que fazemos ou não em prol daquele outro que dá razão de ser à nossa existência. Neste horizonte como podemos não nos questionar face à forma como próximo de nós utilizamos e partilhamos os recursos que temos, designadamente os alimentos, colocando em causa vida com dignidade a que todos legitimamente aspiramos?

Henrique Joaquim Universidade Católica Portuguesa, presidente da Comunidade Vida e Paz Publicado em 25.03.2015  

A SABEDORIA DA DOR!

Jesus Cristo e a dor: dessa união nasceu a Igreja
 
By: Joris-Karl Huysmans
Qual é o papel da dor na vida do homem? Deve ela ser desejada ou detestada? Ela é inevitável? Questões como estas povoavam a mente do célebre escritor católico francês Joris-Karl Huysmans (1848-1907) quando escrevia uma de suas grandes obras, "L'Oblat", da qual transcrevemos o trecho a seguir:
Para tentar compreender a razão de ser dessa terrível benfeitora, seria preciso remontar à primeira idade do mundo, entrar naquele Éden onde, assim que Adão conheceu o pecado, a dor surgiu. Ela foi a primogênita das obras do homem, e desde então o persegue na terra e mesmo além do túmulo, até o limiar do Paraíso.
Ela foi a filha expiatória da desobediência, aquela que o Batismo, que apaga o pecado original, não extinguiu.
NSENHOR_2.jpgÀ água do sacramento, ela acrescentou a água das lágrimas. Tanto quanto lhe foi possível, ela limpou as almas com as duas substâncias tomadas do próprio corpo do homem: a água e o sangue.
Odiosa para todos e detestada, ela martirizou as gerações que se seguiram.
De pai para filho, a Antiguidade transmitiu o ódio e o medo a essa comissária das obras divinas, essa torturadora, incompreensível para o paganismo que a erigiu em deusa má não aplacável pelas orações e pelas oferendas.
Andou durante séculos sob o peso da maldição da humanidade. Cansada de, em sua tarefa reparadora, inspirar apenas cóleras e vaias, ela esperou - também ela - com impaciência a vinda do Messias que devia redimi-la de sua abominável fama e destruir o execrável estigma que levava consigo.
Ela O esperava como Redentor, mas também como o Noivo que lhe era destinado desde a queda. Para Ele reservava suas violências amorosas até então reprimidas porque, no cumprimento de sua triste e santa missão, ela só podia distribuir torturas quase intoleráveis; ela reduzia suas desoladoras carícias à proporção das pessoas; ela não se entregava inteira aos desesperados que a rejeitavam e a injuriavam, mesmo quando pressentiam que ela simplesmente os espreitava, sem aproximar-se demasiadamente deles.
Ela foi de fato magnífica amante somente com o Homem-Deus, cuja capacidade de sofrimento ultrapassava o que ela tinha conhecido. Arrastou- se para junto d'Ele naquela noite espantosa em que, só e abandonado numa gruta, Ele assumia os pecados do mundo. E ela exaltou-se assim que O abraçou, e tornou-se grandiosa.
Ela era tão terrível que Ele desfaleceu ao seu contato. Sua Agonia foi o noivado dela. Seu sinal de aliança, como o de qualquer noiva, foi um anel, mas um anel enorme que de anel tinha apenas a forma e, além dNSJC_1.jpge ser um símbolo de casamento, era um emblema de realeza, uma coroa.
Com esse diadema, ela cingiu a cabeça de seu Esposo, antes mesmo que os judeus tivessem trançado a coroa de espinhos por ela encomendada, e a fronte divina circundou-se de um suor de rubis e adornou-se com uma jóia de pérolas de sangue. Ela O saciou com os únicos afagos de que era capaz, isto é, com tormentos atrozes e sobre-humanos. E como esposa fiel, prendeu-se a Ele e não mais O abandonou. Maria Santíssima, Madalena e as santas mulheres não tinham podido segui-Lo a todos os lugares. A dor, no entanto, acompanhou- O ao pretório, junto a Herodes, junto a Pilatos. Ela examinou as tiras de couro dos açoites, retificou o trançado dos espinhos, afiou o ferro da lança, adelgaçou ciumentamente a ponta dos cravos.
E quando chegou o momento supremo das bodas - enquanto Maria, Madalena e João permaneciam em lágrimas aos pés da cruz - ela, como a pobreza da qual fala São Francisco de Assis, subiu deliberadamente ao leito do patíbulo, e da união desses dois rejeitados da terra nasceu a Igreja. Em golfadas de sangue e água, ela saiu do coração vitimado. E foi o fim. Tendo Se tornado impassível, Cristo escapava para sempre de seus abraços. Ela ficou viúva no exato momento em que tinha sido, afinal, amada, mas descia do Calvário reabilitada por esse amor, resgatada por essa morte.
Tão vituperada quanto o Messias, elevara-se com Ele e, ela também, tinha dominado o mundo do alto da Cruz. Sua missão estava ratificada e enobrecida. Doravante, ela era compreensível para os cristãos e seria amada, até o fim dos tempos, por almas que a chamariam para apressar a expiação de seus pecados e os dos outros, para amá-la em memória e imitação da Paixão de Cristo Nosso Senhor.
(Revista Arautos do Evangelho, Março/2007, n. 63, p. 36 e 37)

quarta-feira, 25 de março de 2015

O SEGREDO DO UNIVERSO PERTENCE AO SEU CRIADOR!

Afinal não houve Big Bang. O Universo nunca teve princípio
O Universo poderá nunca ter tido um início, e ter existido desde sempre, defende um novo modelo teórico que aplica fórmulas de correcção quântica que complementam a teoria de Einstein da Relatividade Geral.
É normalmente aceite como idade do Universo, tal como estimada pela Relatividade Geral, o valor de 13.8 mil milhões de anos.
E pensa-se que, no início do Universo, toda a matéria terá ocupado um único ponto infinitamente denso, a singularidade, que após um “Big Bang” explodiu e iniciou a sua expansão.
De acordo com a Teoria do Big Bang, esse instante é oficialmente o início do Universo.
Mas apesar de a singularidade do Big Bang emanar directamente da matemática da Relatividade Geral, alguns cientistas encontram-lhe um pequeno problema: essa matemática apenas explica o que se passa imediatamente a seguir ao Big Bang.
A teoria não explica o que se passa exactamente na singularidade – ou antes dela.
“A singularidade do Big Bang é o mais sério problema da Relatividade Geral, porque nesse ponto parece que as leis da física são suspensas”, explica ao Phys.org o físico teórico Ahmed Farag Ali, da Universidade de Benha, no Egipto.
Mas Farag Ali e o seu colega Saurya Das, investigador da Universidade de Lethbridge, em Alberta, no Canadá, defendem que a singularidade do Big Bang pode ser explicada por um novo modelo teórico, no qual o Universo não tem início – nem fim.
Os físicos Ahmed Farag Ali (esq) e Saurya Das (dir)
 AHMED FARAG ALI  / SAURYA DAS
Não há princípio, nem fim, nem matéria negra – apenas o sempre! Os dois cientistas aplicaram o trabalho sobre trajectórias quânticas de David Bohm, físico dos anos 50, às equações quânticas de Amal Kumar Raychaudhuri, físico indiano dos anos 90, para obter uma derivação corrigida das equações de Friedmann, que descrevem a expansão e evolução do Universo, incluindo o Big Bang, no contexto da Relatividade Geral.
As curvas da equação quântica de Raychaudhuri, corrigidas pelas trajectórias de Bohm, no modelo de Ahmed Farag Ali e Saurya Das
Embora não seja exactamente uma Teoria da Gravidade Quântica, o modelo proposto pelos dois cientistas, publicado na Science Direct, tem elementos quer da Teoria Quântica quer da Relatividade Geral.
Segundo os cientistas, os modelos cosmológicos tradicionais são baseados em trajectórias quânticas geodésicas clássicas, que inevitavelmente se intersectam – no ponto da singularidade.
Mas as correcções quânticas introduzidas no novo modelo, baseadas nas trajectórias de Bohn, que nunca se intersectam, prevêem um Universo sem singularidade, com massa constante, radiação constante e tamanho finito – logo, com uma idade infinita.
Segundo Ali e Das, o seu modelo dispensa a ideia de que o Universo está cheio de “matéria negra”. Em termos físicos, o modelo descreve o Universo como estando preenchido por um “fluido quântico” composto por gravitões – partículas hipotéticas, sem massa, que intermedeiam a força da gravidade.
Os investigadores planeiam agora aprofundar o estudo do seu modelo, que acreditam que “tem o potencial de resolver a singularidade do Big Bang, levando em conta tanto a matéria negra como a energia negra“.
Depois de o maior físico do nosso tempo, Stephen Hawking, ter vindo dizer que os buracos negros afinal não existem, já não estranha nem incomoda ao comum dos mortais que se venha agora a revelar que afinal o Universo não teve início, não é infinito, nem vai ter o seu fim anunciado daqui a uns biliões de anos.
Até porque quase de certeza nenhum de nós cá estará na altura para se preocupar em desligar a luz.
COMO O HOMEM É TÃO CONHECEDOR DO UNIVERSO E DE INTELIGÊNCIA TÃO RASA! SÓ HOUVE UM ARQUITECTO QUE MODELOU E FORMOU O UNIVERSO E TAMBÉM SERÁ ELE QUE DETERMINARÁ O SEU FIM! SÓ ELE, CRIADOR E SENHOR, NÃO TEM  PRINCÍPIO  NEM FIM! O HOMEM SÓ  AVANÇARÁ NOS SEUS CONHECIMENTOS ATÉ ONDE O CRIADOR O PERMITIR... E NÃO MAIS!
AJB, ZAP

"A PARTÍCULA DE DEUS" E O FIM DO MUNDO

Ciência & Saúde  ,

O FÍSICO STEPHEN HAWKING

               
 O conceituado físico Stephen Hawking lançou o alerta: o bosão de Higgs, a famosa “Partícula de Deus”, pode a qualquer momento tornar-se instável e provocar o fim do mundo.
O cientista da Universidade de Cambridge, considerado um dos maiores físicos contemporâneos, afirma que, a níveis de energia muito altos, o bosão de Higgs pode tornar-se instável e tem o potencial de destruir o Universo.
Stephen Hawking, de 72 anos, afirma que a partícula pode provocar um “catastrófica implosão da matéria com uma bolha de vácuo a expandir-se à velocidade da luz”, que causaria o colapso do espaço e do tempo.
Segundo o carismático físico, NÃO teríamos qualquer aviso pré-aviso do acontecimento – nem presumivelmente necessidade dele para tomar irrelevantes medidas de qualquer género.
Tal ocorrência é, salienta Hawking, extremamente improvável – mas que a mera possibilidade exista “é de si muito excitante”.
Os comentários de Stephen Hawking foram publicados no prefácio de “Starmus, 50 Anos do Homem no Espaço“, uma colectânea de palestras de conhecidos astrónomos e cientistas, lançada em co-autoria com o festival Starmus, que estará nas bancas em Outubro.
O bosão de Higgs, também conhecido como a “Partícula de Deus”, foi baptizado em homenagem a Peter Higgs, o físico britânico que previu a sua existência, em 1964.
A existência da partícula viria a ser confirmada quase 50 anos depois, em 2012, por cientistas do CERN, o laboratório internacional sediado na Suíça que aloja o Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo.
Maximilien Brice / CERN
O CERN e o acelerador LHC
O CERN e o acelerador de partículas LHC, o mais poderoso do mundo
A descoberta da fugidia partícula foi conseguida pelas equipas do CERN lançando raios de protões no acelerador, em direcções opostas, acelerando-os ao longo dos 27 km do anel de ímanes super-condutores, e provocando a sua colisão frontal.
Dos triliões de colisões provocadas, algumas centenas causaram detritos anómalos – indícios de que a colisão tinha gerado a partícula adivinhada por Higgs.
O LHC está agora a ser melhorado e a sua capacidade de aceleração – leia-se a energia libertada nas colisões – será brevemente duplicada.
“O conhecimento que temos a ganhar com o aumento da energia das colisões é demasiado importante para ser ignorado”, diz Hawking, citado pelo Australian.
Mas podemos estar descansados, o fim do mundo não está próximo.
“Para criar o bosão de Higgs com a energia que pudesse provocar o fim do mundo, tínhamos que ter um acelerador do tamanho do nosso planeta”, assegura o físico.
Fonte:AJB, ZAP

terça-feira, 24 de março de 2015

O AQUECIMENTO DO PLANETA COMPROMETERÁ O FUTURO DA HUMANIDADE?

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Num relatório publicado esta segunda-feira, a World Meteorological Organization (WMO), a agência meteorológica da ONU, trouxe más notícias sobre o futuro do planeta.
Além de confirmar que 2014 foi, de facto, o ano mais quente da História, a WMO informou que desde 2000 já tivemos 14 dos 15 anos mais quentes registados até hoje.
“14 dos 15 anos mais quentes ocorreram este século, e a expectativa é que o aquecimento global continue, devido aos níveis crescentes de emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e à crescente temperatura na superfície oceânica, o que nos compromete com um futuro mais quente”, afirma o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud.
A temperatura média em 2014 ficou 0,57ºC acima dos 14ºC, que são a média do período que é usado como referência, ou seja, entre 1961 e 1990.
“A tendência geral de aquecimento é mais importante do que a posição de um ano, por si só, no ranking. A análise do conjunto dos dados indica que 2014 foi, nominalmente, o ano mais quente até agora registado, apesar de haver pouca diferença entre os três anos mais quentes”, afirmou Jarraud.
A WMO divulgou a análise das temperaturas globais pouco antes das negociações sobre as mudanças climáticas que devem ocorrer em Genebra entre 8 e 14 de fevereiro.

Oceanos

Cerca de 93% do excesso de energia preso na atmosfera pelos gases de efeito estufa acaba nos oceanos - é por isso que a quantidade de calor dos oceanos é importante para compreender o sistema climático do nosso planeta.
No caso de 2014, as temperaturas da superfície dos oceanos alcançaram níveis recordes em todo o mundo. No entanto, é preciso destacar que as elevadas temperaturas de 2014 ocorreram mesmo sem o fenómeno climático El Niño atingir a sua força total.
Este fato é relevante, já que, regra geral, anos excecionalmente quentes costumam ser associados à influência temporária do fenómeno climático conhecido como El Niño nos sistemas de pressão atmosférica, o que pode afetar os padrões climáticos. Por exemplo, as altas temperaturas de 1998, o ano mais quente antes do século XXI, ocorreram durante um ano em que o El Niño foi forte.
“Em 2014, o calor bateu recordes, combinado com chuvas torrenciais, enchentes em muitos países e seca em outros, e foi consistente com a expectativa de um clima que está a mudar”, disse Jarraud.
A análise da WMO é baseada, entre outros fatores, em três conjuntos de dados complementares mantidos pelo Centro Hadley do Serviço Meteorológico britânico e a Unidade de Pesquisa Climática, Universidade de East Anglia, também no Reino Unido, a Agência Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), nos EUA, e o Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS), operado pela NASA.
O relatório final sobre a situação climática de 2014, com todos os pormenores das tendências regionais e eventos extremos pelo mundo, será divulgado em março.
ZAP / BBC

DEUS TEM DIREITOS SOBRE MIM... SOBRE TI?

Os direitos do Criador.
 

Nós fomos criados por Deus: nosso corpo nos foi dado pelos nossos pais mas a nossa alma foi criada por Deus, diretamente para nós.
E mesmo o nosso corpo, em última análise, vem de Deus, porque foi Deus que criou nossos primeiros pais. De modo que eu, em corpo e alma, fui criado por Deus. Quer dizer que, sem Deus, eu não podia existir.( Nenhum ser humano existiria neste planeta)
Além de me criar, Deus me conserva. Se Deus não me conservasse na existência, eu deixaria de existir, e seria reduzido ao nada.

É muito diferente da morte. Na morte, eu continuo a existir: apenas a alma se separa do corpo. Portanto, sem Deus, eu não continuaria a existir.
Ora, se Deus me criou em corpo e alma; se Ele me conserva na existência, eu pertenço inteiramente a Deus. Tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que faço, tudo em mim é de Deus. Ele é o meu dono, o meu Senhor: “Nosso Senhor”.

Eu sou o seu súbdito absoluto, integral.

Toda a minha vida, portanto, pertence a Deus. Deus tem direito a tudo. Este direito de Deus corresponde a obrigações da minha parte. Essas relações entre Deus e o homem é o que se chama – Religião.
A Religião é, pois, a nossa vida inteira, sem exceção de nenhum ato. Tudo depende de Deus, tudo pertence a Deus, de tudo temos que prestar contas a Deus.
*   *   *

Fonte: retirado do livro “A doutrina viva” do Rev. Pe. Álvaro Negromonte.

O SUPLÍCIO DA COROA DE ESPINHOS

A DOR LACINANTE DA COROA DE ESPINHOS
 
“E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lhe sobre a cabeça”.
Bem reflete o devoto Landspérgio que este tomento de espinhos foi excessivamente doloroso, porque transpassaram toda a sagrada cabeça do Senhor, parte sensibilíssima, já que da cabeça partem todos os nervos e sensações do corpo. Além disso, foi o tormento mais prolongado da paixão, pois Jesus suportou até à morte esses espinhos, tendo-os enterrados em sua cabeça.
 (A Paixão de Nosso Senhor Volume II – pág 26)

 Os espinhos
A planta utilizada na confecção da coroa de espinhos tem sido objeto de muito debate. Os mais renomados experts em botânica da Terra Santa, porém, restringiram as espécies ao espinheiro-de-cristo sírio ou espinho-de-cristo.
As duas plantas são membros da família de plantas espinhosas ( Rhamnaceae) e muito parecidas entre si, cresce abundantemente das planícies da Síria e do Líbano até Palestina, Arábia, Petraea e Sinai, pode também ser achada na fronteira sul de Israel, chegando até a Samaria, mas não é encontrada hoje em Jerusalém e cercanias.
São caracterizados por espinhos rentes e afiados. O espinheiro-de-cristo sírio é um arbusto cujo tamanho varia entre 3 e 5 metros, já o espinho-de-cristo é um arbusto que atinge 1 e 3 metros de altura. Contém um par de espinhos estipulares desiguais, duros e afiados, um deles mais curvados que o outro.

 A coroação

É importante notar que a coroa foi feita com o entrelaçamento dos espinhos na forma de um boné. Isso permitiu o contato de uma quantidade enorme de espinhos com o topo da cabeça, a fronte, a parte traseira e as laterais.
 Impuseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos, que era á maneira de pileus (= carapuça, gorro) por sorte que todos os lados lhe cobria e tocava a cabeça”(São Vicente de Lérins – Sermo in Parasceve) e acrescenta que produzira essa carapuça 70 ferimentos. O “pileus” era, entre os romanos, uma espécie de gorro semi-oval, de feltro, que envolvia a cabeça e servia principalmente para o trabalho.
O couro cabeludo sangra com muita facilidade; como esse gorro foi enterrado a pauladas (para não ferir as mãos dos soldados), os ferimentos produzidos devem ter feito correr bastante sangue.
Neuralgia do trigêmeo



Jesus Coroado
Os golpes na cabeça irritavam os nervos e ativaram zonas nos lábios, do lado do nariz, ou no rosto, causando dor imensa, similar a uma queimadura ou choque elétrico.
A dor era lancinante, atingindo as laterais do rosto e penetrando nos ouvidos.
O sangramento decorria da penetração dos espinhos nos vasos sanguíneos. A dor podia cessar abruptamente, mas era reiniciada com o menor movimento nas mandíbulas ou golpe de ar.
O choque traumático do açoitamento brutal deve ter realçado as dores paroxísmicas no rosto.

Exacerbações ou retrações nos surtos de dor podem ter ocorrido no caminho do Calvário (mais ou menos 8 quilômetros) e durante a crucificação, ativados pelos movimentos de andar, cair ou pela pressão dos espinhos na coroa, além dos muitos golpes e empurrões dos soldados.
A inervação que permite a percepção de dor na cabeça é feita por ramos de dois nervos principais: o nervo trigêmeo, que supre essencialmente a parte frontal da cabeça, e o grande ramo occipital, que abastece a parte de trás, os ramos se dividem de forma infinitesimal pela pele.
Para apreciar essa distribuição, pegue um alfinete e tente achar uma parte do seu couro cabeludo que seja isento de dor. Você vai descobrir que a tarefa é praticamente impossível.
Estímulo ou irritação de ramos desses dois nervos principais causam dor. De acordo com o dr. Robert Nugent, professor e presidente do Departamento de Neurologia da escola Medicina de West Virginia:
 “A neuralgia do trigêmeo é considerada a pior dor que um ser humano pode sofrer.



 Evidências no Sudário

Considerando a grande quantidade de vasos sangüíneos existentes na cabeça e os efeitos da coroação de espinhos, é óbvio que o sangue iria escorrer livremente pela face de Jesus, Isso é evidenciado de forma dramática no Sudário, cujas imagens revelam “riachos” e marcas de algo jorrando, saturando o cabelo e escorrendo pela testa.
A imagem frontal sugere acentuada saturação do cabelo com sangue seco, fazendo com que ele permanecesse nos dois lados do rosto.
Marcas estão presentes na testa e na nuca (a nuca foi muito ferida devido as quedas onde a cruz – patibulum -pressionava a coroa e também quando Cristo estava na cruz).
Além dos ferimentos com a coroa de espinhos, os vários golpes que Ele recebeu no rosto são evidentes no Sudário, particularmente na região da testa, lado superior direito do lábio, mandíbula e nariz. O padrão tridimensional nas imagens realçadas por computador revelam mais claramente uma separação na cartilagem nasal- mas não uma fratura- e confirmam os ferimentos já citados.
 
Fonte: Sagrado Coração de Jesus