OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 14 de novembro de 2015

ARTIGO DE OPINIÃO DE QUEM ESTEVE PRÓXIMO, ESTANDO LONGE!

13 de Novembro 

OS GOVERNOS TERÃO DE MANTER AS SOCIEDADES EUROPEIAS SEGURAS, CASO CONTRÁRIO AS NOSSAS GERAÇÕES VÃO ASSISTIR AO FIM DA UNIDADE EUROPEIA E EM MUITOS PAÍSES DA DEMOCRACIA DA UNIÃO EUROPEIA 


Devo começar com um pedido de desculpas aos leitores. Comprometi-me a escrever sobre a Europa e um governo de esquerda em Portugal, mas não posso fazê-lo depois do que aconteceu em Paris ontem à noite. Ficará para a semana, espero.
Todos nós nos lembramos onde estávamos na manhã de 11 de Setembro de 2001. A partir de agora também nos lembraremos onde estávamos na noite de 13 de Novembro de 2015. Eu estava em Londres no cinema e subitamente um casal de franceses, sentado ao meu lado, saiu da sala. Seguiram-se mais 4 ou 5 pessoas. Passado pouco tempo, quase todos nós olhávamos para os nossos telemóveis para ler as mensagens recebidas e ler as notícias. O filme tinha passado para segundo plano e todos falavam com os seus vizinhos. 
A solidariedade que resulta do medo é trágica mas é um sentimento muito forte. Todos os europeus que vivem em cidades europeias sabem que hoje são outros, mas amanhã podemos ser nós. Vejam onde foram os ataques. Em bares, restaurantes, salas de concertos e estádios de futebol. Locais onde milhões de europeus se deslocam todas as semanas para se divertirem e encontrar os seus amigos e familiares. Como mostra Paris hoje, só temos segurança absoluta em casa; o que constitui a negação da vida urbana.
A primeira decisão do Presidente Hollande foi ordenar o fecho das fronteiras francesas. E as suas palavras foram de uma força excepcional. “A França foi vítima de um acto de guerra”, e a “França está em guerra com o Estado Islâmico.” Quando um Presidente francês usa estas palavras, algumas coisas terão que ser feitas. As palavras deixaram de chegar. Os discursos bonitos e emotivos não são suficientes. A solidariedade entre europeus é admirável, mas não muda a realidade nem garante a nossa segurança. Os europeus não podem viver com esta insegurança. Os seus governos terão que manter as sociedades europeias seguras, caso contrário as nossas gerações vão assistir ao fim da unidade europeia e da democracia em muitos países europeus. A defesa da unidade europeia e da democracia na Europa é o que está em causa. 
A União Europeia necessita urgentemente de uma força policial comum que garanta a segurança das fronteiras externas europeias. A nossa unidade interna foi longe (e ainda bem). Por isso, temos fronteiras externas comuns. Se não se tornarem seguras, as fronteiras internas regressarão e a unidade entre europeus acabará. A Europa onde podemos viajar livremente, onde temos amigos e muitas vezes família em vários países passará a ser uma recordação de um passado que deixará muitas saudades. Devemos exigir aos nossos governos que façam tudo para defender uma Europa livre e unida, mesmo que isso signifique reforçar a segurança externa. Prefiro uma Europa fortaleza a uma Europa dividida.
Mais do que solidariedade, os ataques terroristas mostram que há uma identidade europeia. Não é uma identidade nacional, nem sequer ideológica, mas uma identidade assente num modo de vida comum. Todos nós vamos na sexta-feira à noite jantar fora, a concertos ou ver jogos de futebol com amigos, mulheres, maridos, namorados ou namoradas, filhos e pais. Tal como ontem fomos todos espanhóis e ingleses, hoje somos todos franceses. Ou seja, somos todos europeus com um modo de vida em que todos nos revemos.
Este ponto é essencial. Os terroristas não nos atacam por causa da guerra da Síria ou por causa de outras guerras. Apenas usam esses argumentos porque sabem que dividem os europeus. Eles atacam-nos pelo que nós somos. Cidadãos livres a viver em sociedades abertas. Cidadãos que recusam interpretações totalitárias de religiões que condenam milhões de pessoas a vidas indignas. Cidadãos que recusam discriminações contra quem pensa de um modo diferente, quem faz escolhas de vida diferentes e quem reza a Deuses diferentes. Por isso, Hollande está absolutamente certo. O ataque de ontem foi um ataque aos valores mais profundos das sociedades europeias.
Há forças políticas na Europa à espera dos benefícios do terror. São os partidos anti-democráticos, nacionalistas, apoiantes de regimes totalitários e que beneficiam sempre das crises e dos medos dos europeus. Em França, há a Frente Nacional, mas em todos os outros países europeus existem forças políticas semelhantes, umas de extrema-direita, outras de extrema-esquerda. Mas os objectivos são os mesmos: acabar com a unidade europeia e com sociedades abertas e livres.
Hollande também percebeu que a França está em guerra com quem ataca e mata para destruir a democracia e a liberdade. Se a França está em guerra, todos os outros países da União Europeia também estão em guerra. E se o governo francês pedir à Aliança Atlântica para acionar o Artigo 5, todos os países da NATO estarão igualmente em guerra. Hollande obrigou os europeus a pensarem num assunto profundamente incómodo: por vezes, mesmo contra a nossa vontade, somos obrigado a fazer a guerra para defender o nosso modo de vida e os nossos valores fundamentais. Os europeus achavam que essa questão fazia parte de um passado que não deixou saudades. Mas os ataques de 13 Novembro mostram que estávamos errados. A escolha já não é entre a guerra e a paz. É entre a unidade e a divisão da Europa, entre a democracia e o totalitarismo.
Fonte: Observador

O MUNDO HOJE CHORA COM OS QUE CHORAM!

O mundo hoje é de três cores: vermelho, azulbranco

Este sábado, a luta de Paris é a luta do mundo e as homenagens às vítimas fazem-se de várias formas. Edifícios de todo o mundo adotaram as cores da bandeira francesa. Veja as imagens.


A Torre de Belém, em Lisboa, e o Teatro Rivoli, no Porto, foram dois dos monumentos vestidos com a bandeira francesa
PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/Getty Images
Autor

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

UMA CATÁSTROFE EM JEITO DE DILÚVIO!

Sinal dos Tempos: Pescadores convocam operação Arca de Noé para salvar peixes de dilúvio de lama em Minas Gerais e no Espírito Santo

13.11.2015 -

n/d
Cerca de 400 famílias de trabalhadores sofrem isoladas às margens do rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, graças à enxurrada de lama que escoa das duas barragens rompidas em Mariana (MG) na quinta-feira, 5 de novembro.
O empenho destes pescadores em salvar sua única fonte de sustento é tamanho que eles decidiram convocar mutirões para tentar transferir os peixes do rio contaminado para lagoas de água limpa. Batizada como "Operação Arca de Noé", a força-tarefa voluntária operará em locais que ainda não foram atingidos pelo "tsunami de lama" que desce o rio Doce desde o dia 5.
Dourados, surubins, pacus, tucunarés, pintados e outras espécies afetadas pelos resíduos de mineração da Samarco, empresa controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, estão escapando da morte dentro de caixas d'água, caçambas e lonas plásticas; tudo "no improviso", segundo moradores.
Analistas ouvidos pela reportagem da BBC Brasil estimam que a passagem da lama e produtos químicos tenha reduzido o oxigênio do rio Doce a níveis próximos a zero, levando milhares de peixes e outros animais aquáticos à morte por asfixia.
Questionada sobre a situação dos pescadores, a Samarco disse, em nota, que "adotará as ações necessárias para identificação e mitigação dos impactos e reportará aos órgãos ambientais competentes".
'Matou tudo'
Durante toda a semana, a BBC Brasil acessou fotos, vídeos e mensagens de áudio compartilhadas por pescadores em grupos no WhatsApp, ferramenta usada pelos ribeirinhos para denúncias e convocações.
As imagens mostram peixes cobertos de barro saltando em busca de oxigênio, grandes cardumes mortos boiando rio de lama abaixo e pilhas de animais em decomposição se acumulando nas margens.
n/d
Apesar destes indícios, a Samarco disse à reportagem que a lama é composta por "material inerte e não perigoso" e que "não apresenta riscos à saúde pública e ao meio ambiente".
Mas um pescador não-identificado diz em uma gravação feita em Colatina, município que decretou estado de calamidade pública: "Quem puder (deve) ir para o rio para pegar a maior quantidade de peixes possível, de rede, de qualquer jeito, e soltar nas lagoas. A informação que tem é que vai morrer tudo".
O administrador José Francisco Silva de Abreu, presidente da Apard (Associação dos Pescadores e Amigos do Rio Doce), vive em Governador Valadares (MG), onde a lama, nas palavras dele, "sim, matou tudo".
"Eu apoio o mutirão para transferir os peixes. Fomos pegos de surpresa quando a lama chegou aqui, não deu nem para se preparar", diz. "A gente via a agonia dos peixinhos até a morte. Digo com tranquilidade que hoje não resta um único ser vivo ali dentro."
O professor de recursos hídricos Alexandre Sylvio Vieira da Costa, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, vem acompanhando a evolução da lama em Governador Valadares e atesta a impressão do pescador.
"Todas as plantas aquáticas que dão base ao ciclo biológico do rio morreram com a chegada esse rejeito, composto basicamente de ferro, alumínio e manganês. A água fica mais densa e o oxigênio não consegue se misturar", explica. "Por isso não sobrou nada. Nem caramujo. Toda a vida aquática do rio Doce em Valadares morreu."
Imagens mostram peixes cobertos de barro saltando em busca de oxigênio, cardumes mortos rio de lama abaixo e animais em decomposição nas margens.
n/d
O especialista diz que é preciso esperar a passagem da lama terminar para fazer estimativas sobre sua recuperação, mas poupa sinais de otimismo. "Eu não daria menos de dez anos para este rio começar a se estabelecer novamente."
Costa lembra que ainda há "muita lama" acumulada na região de Mariana. "Se chover muito naquela cabeceira, mais material vai descer, mais material vai ser depositado e mais o rio vai morrer."
Manual de sobrevivência
O volume despejado após o rompimento das barragens do Fundão e de Santarém, em Mariana, equivale a 25 mil piscinas olímpicas.
Após cidades como Colatina e Governador Valadares decretarem estado de calamidade pública, um "Manual de Sobrevivência na Crise" foi criado por movimentos sociais para auxiliar moradores a se adaptarem a restrição hídrica - em Valadares, por exemplo, 100% da água encanada vinha do rio Doce.
A reportagem questiona: e o que acontece com as 400 famílias de pescadores que existem na região até lá?
"A nossa perspectiva é de que a pesca extrativista se exauriu", diz Abreu. "A demanda é maior do que o rio pode oferecer e a cidade importa peixes para consumo. Então a melhor alternativa é capacitar os pescadores para que eles se tornem piscicultores e criem seus peixes em quantidade, em vez de depender do rio.
"Já estávamos desenvolvendo este projeto e a tragédia no rio Doce torna tudo ainda mais urgente." 
Fonte: BBC noticias
===========================
Nota de www.rainhamaria.com.br
Veja a Reportagem, EIS O LINK:
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem". (Oséias 4, 1-3)
"Para que ainda nos determos? Reuni-vos, e vamos para as cidades fortificadas: lá havemos de perecer. Porquanto o Senhor, nosso Deus, decidiu que pereçamos, fazendo-nos beber água envenenada, já que pecamos contra ele". (Jeremias 8, 14)
"Então, por que não encontrei pessoa alguma quando vim? Por que ninguém respondeu ao meu apelo? Tenho eu realmente a mão demasiado curta para libertar, ou não tenho bastante força para salvar? Contudo, com uma simples ameaça, seco o mar e transformo as ondas em terra firme, de forma tal a faltar água para seus peixes, e seus animais perecerem de sede". (Isaias 50,2)
"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)

Veja também...

DEUS E OS SINAIS VISÍVEIS PARA QUEM OLHA PARA O ALTO!

Evento astronômico que durará nove meses e meio e culminará em uma surpreendente coincidência com a visão do Apocalipse 12. Este evento astronômico, em todos os seus detalhes, é único na história da humanidade!

12.11.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:
n/d
"Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz”. (Apocalipse 12)
========================================
O Apocalipse agora? Outro importante sinal aparece nos céus.
Em 20 de novembro de 2016 terá início um evento astronômico que durará nove meses e meio e culminará em uma surpreendente coincidência com a visão do Apocalipse 12. Este evento astronômico, em todos os seus detalhes, é único na história da humanidade
Por Patrick Archbold | The Remnant | Adelante la Fe | Tradução Perfeita Devoção.
Nota do autor: Neste artigo pretendo expor uma série de fatos e observações sem chegar a uma conclusão definitiva. No entanto, estes fatos e observações são de tal natureza que se prestam a ser mal interpretados quando observados e identificados. Quero deixar claro que neste artigo não pretendo vaticinar nada. Limito-me a fazer alguns comentários sobre alguns fenômenos que estão por vir, tanto por parte do céu e como dos homens, que podem ser interessantes para quem estiver ciente deles.
Em 23 de setembro de 2017 a constelação de Virgem com o sol ascendendo logo atrás (a mulher vestida de sol). Isto acontecerá durante o centésimo aniversário das aparições da “Mulher vestida de sol”, Nossa Senhora de Fátima em 1917. O que significa isto?
n/d
O grande sinal no céu
Se o Senhor nos desse um sinal, seríamos capazes de reconhecê-lo? E se Ele como já bem fez em outras ocasiões, pusesse-nos um grande sinal no céu, um presságio de grandes e terríveis acontecimentos, será que notaríamos? Estaremos tão ocupados como muitos que nos precederam, que não nos preocupamos em olhar para o alto? Se o Senhor nos enviasse esse sinal hoje mesmo, nós o veríamos? E se chegássemos a vê-lo, importaríamos com ele ou o rejeitaríamos como uma tola superstição?
E se eu lhes dissesse que se aproxima um portentoso evento astronômico em termos de precisão, contexto e momento assemelha-se ao sinal descrito no Apocalipse? Você levantaria o olhar?
n/d
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono”.
A Estrela de Belém
Antes de começar, é importante deixar claro o contexto. É parte inegável e incontestável de nossa fé que há 2 mil anos atrás se valeu de um evento astronômico para se comunicar com o homem: a Estrela de Belém. Muitas pessoas, ao imaginar a Estrela de Belém, se é que imaginam, pensam em uma enorme maciça que brilhou sobre Belém, não óbvia para todos que fez que os magos empreendessem uma longa viagem para conhecer o rei prometido.
n/d
Sabemos que esta versão é incorreta porque quando os Magos chegaram a Jerusalém, apenas 8 quilômetros de Belém, tiveram que explicar o que viram e por que eles interpretaram daquela forma. O rei Herodes, sua corte e o resto de Jerusalém, em grande parte ignoravam sobre a Estrela de Belém. As pessoas daquela cidade, como nós, estavam ocupadas trabalhando para suas famílias e em suas vidas diárias. Embora estivesse sobre suas cabeças aquele grande sinal que anunciava o nascimento do Salvador, o próprio Filho de Deus, ninguém o notou e nem se importou.
Para entender o contexto do sinal do Apocalipse 12, é útil examinar mais a fundo a Estrela de Belém. Que foi a Estrela de Belém e por que vieram os Magos quando ninguém mais a avistara? Muito simples: porque prestavam atenção.
Há uma hipótese convincente que sustenta que a Estrela de Belém foi uma série de ocorrências astronômicas normais que deram lugar a conjunções muito excepcionais que anunciavam simbolicamente o nascimento de um rei. É importante ressaltar que isso não tem nada a ver com a astrologia. A astrologia se define em qualquer enciclopédia como:
“A arte de adivinhação, que tenta prever acontecimentos terrestres e humanos por observação e interpretação de estrelas fixas, o sol, a lua e os planetas. Seus partidários acreditam que a compreensão da influência dos planetas e das estrelas sobre os assuntos da terra podem prever o destino dos indivíduos, sociedades e nações e exercer influência sobre eles”.
A Igreja Católica condena sem rodeios a astrologia, assim como todas as formas de adivinhação (CIC 2116). Mas os sinais como a Estrela de Belém não são adivinhações do destino baseadas nas estrelas, mas um símbolo astronômico regular se se tem em conta que algumas vezes o Senhor do universo se serve de sua criação para comunicar-se com o homem. A Bíblia está cheia de casos que o confirmam. O Salmo 19 diz:
“Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz (Sl 18-19 1-5).
São Paulo cita este salmo na epístola aos Romanos, quando afirma que os judeus estavam cientes da vinda do Messias.
“A fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5).
São Paulo deixou claro que os judeus sabiam sobre o Messias porque os céus lhes haviam dito. Paulo, obviamente, não endossava a astrologia; apenas indicava que Deus pode se servir dos céus para anunciar seus planos, e de fato o faz. Pode-se dizer muito mais sobre a diferença entre a astrologia e a compreensão dos sinais nos céus, mas de momento nos limitaremos a mostrar que buscar no céu a confirmação e o anúncio dos planos de Deus é legítimo dentro de um contexto ou aplicação apropriados.
Então, que foi a Estrela de Belém? Como disse, há uma convincente hipótese que a Estrela de Belém foi uma série de ocorrências astrológicas com um simbolismo eloquente. Pode-se encontrar mais informação (em inglês) em BethlehemStar.net, mas tentarei resumir.
Entre os anos 3 e 2 a. C. ocorreu uma tríplice conjunção entre Júpiter (o planeta rei, em movimento retrógrado) e Regulus (a estrela rainha). Provavelmente, os Magos interpretaram esta tríplice conjunção como um enorme anúncio luminoso no céu, que cintilava dizendo: REI-REI-REI. Tudo começou com o Ano Novo judaico e na constelação de Leão (o leão, símbolo da tribo de Judá). Portanto, representava claramente o rei dos judeus, da tribo de Judá. O sinal era muito claro para os que estavam familiarizados com o Messias. Além disso, justamente atrás de Leão ascendia a constelação de Virgem, com o sol atrás e a lua a seus pés.
Após esta incrível conjunção tripla, Júpiter começou a avançar pelo céu para o oeste, até alinhar-se em conjunção com Vênus, planeta associado com a maternidade. A conjunção do rei e dos planetas com a mãe dos planetas foi tão próxima que formava o objeto mais brilhante do firmamento. Jamais se vira algo assim.
Toda esta simbologia do rei de Judá e da Virgem foi suficiente para mobilizar os Magos até Jerusalém, mas pode-se entender que o cidadão comum de Jerusalém não notara.
Júpiter continuou avançando para o oeste até que se deteve. Quando o fez (como visto de Jerusalém), deteve-se ao sul, sobre o povoado de Belém, em 25 de dezembro do ano 2 a.C. Isso é claramente comprovado através de um moderno programa astronômico que mostra o céu em qualquer momento da história e de qualquer perspectiva. Com esta tecnologia, podemos não somente estudar os céus do passado, mas também os do futuro.
No contexto que acabo de descrever, voltemos nosso olhar para os céus do futuro, que mais uma vez mostram sinais muito simbólicos.
Repassemos os primeiros versículos de Apocalipse 12.
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz”.
n/d
O autor do Apocalipse indica claramente que esta visão é um sinal no céu. O que veremos no céu em um futuro próximo?
Em 20 de novembro de 2016 terá início um evento astronômico que durará nove meses e meio e culminará em uma surpreendente coincidência com a visão do Apocalipse 12. Embora eu não seja astrônomo, minhas pesquisas indicam que este evento astronômico, em todos os seus detalhes, é único na história da humanidade.
No dia 20 de novembro de 2016, Júpiter (o planeta rei) entrará no corpo (ventre) da constelação de Virgem (a Virgem). Júpiter, em movimento retrógrado, passará os 9 meses e meio seguintes dentro de Virgem. Este período coincide com um período normal de gestação de um bebê.
Depois destes nove meses e meio, Júpiter sairá do ventre de Virgem. Junto com a saída de Júpiter (nascimento), em 23 de setembro de 2017, veremos a constelação de Virgem com o sol ascendendo por trás (a mulher vestida de sol). Aos pés da Virgem, vemos a lua. E sobre sua cabeça encontraremos uma coroa de doze estrelas, formada pelas nove habituais constelação de Leão, somadas aos planetas Mercúrio, Vênus e Marte.
É uma série verdadeiramente surpreendente de eventos, e tem um grau impressionante de coincidência com a visão de Apocalipse 12.
Qual é o significado de tudo isso, se é que há algum? A resposta é óbvia: não sabemos. Agora, não estamos longe de um possível contexto.
Acontece que esses eventos ocorrerão durante o centenário da aparição da “mulher vestida de sol”, Nossa Senhora de Fátima em 1917. O auge destas ocorrências astronômicas ocorrerá tão somente a 3 semanas antes que se cumpram os cem anos do grande milagre de Fátima, onde o sol “dançou” (outro sinal celeste), que foi testemunhado por milhares de pessoas.
n/d
n/d
Quase um século transcorreu desde então, e durante este tempo, temos visto cumprir-se as advertências de Nossa Senhora com grande precisão. As pessoas não pararam de ofender a Deus, temos visto guerras terríveis, nações devastadas, os erros da Rússia espalhados pelo mundo inteiro e, de fato, mesmo dentro da Igreja. E ainda esperamos que se cumpram suas promessas, o triunfo de seu Imaculado Coração e um período de paz para o mundo inteiro.
O que não é tão bem conhecido é que na história de Fátima há indicações sobre a importância que pode ter um período de cem anos. Em agosto de 1931, Irmã Lúcia hospedou-se com uma amiga em Rianjo (La Coruña, Espanha). Nosso Senhor lhe apareceu ali para queixar-se porque os pedidos de sua Mãe não tinham sido atendidos, e disse: “Participa meus ministros que, dado seguirem o exemplo do Rei de França, retardando a execução de meu pedido, também eles hão de segui-lo em desgraça. Nunca é tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria”.
E, em seguida, em outro texto, Irmã Lúcia citou Nosso Senhor dizendo: “Não quiseram atender meu pedido… Como o rei da França, eles se arrependerão, e o farão, mas será tarde. A Rússia terá espalhado os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”.
n/d
As menções ao rei da França são interessantes em relação ao que estamos expondo, já que se referem explicitamente as petições que o Sagrado Coração fez ao rei da França em 17 de junho de 1689 por meio de Santa Margarida Maria Alacoque. Luís XIV e seus sucessores não responderam ao pedido de Nosso Senhor em consagrar a França ao Sagrado Coração de Jesus. Como resultado, em 17 de junho de 1789, exatamente cem anos depois do dia do pedido, a Assembleia Nacional da Revolução Francesa assumiu o governo da França e despojou o monarca de seu poder. Mais tarde, o rei perdeu sua cabeça na revolução.
Não é possível saber em que medida tem o valor de referência a este período de cem anos, ou se o cronômetro começou a correr e quando, mas é interessante e relevante no contexto do que dizemos.
E, claro, muitos já conhecem a visão do Papa Leão XIII na qual disse ter ouvido que fora concedido a Satanás cem anos para tentar destruir a Igreja. Imediatamente depois desta visão, Leão XIII compôs a oração a São Miguel Arcanjo na qual roga-se para que nos defenda na batalha e seja nossa defesa contra a perversidade e as maldades do demônio. Depois adicionou as orações leoninas ao final da missa, mas foram suprimidas pelo Concílio Vaticano II.
Enquanto vivemos em tempos de turbulência dentro da Igreja, em que se descartam e subestimam os fundamentos da fé e as próprias palavras e mandamentos de Nosso Senhor, é impossível não recordar a visão do papa Leão XIII.
Em conclusão, volto a insistir que não sou dono da verdade quanto ao significado do evento astronômico descrito, se é que há algum. Além disso, eu não tenho a pretensão de saber o futuro nem acontecimentos futuros relacionados com o cumprimento das promessas de Fátima. Escrevi isso porque me encontro em uma situação parecida com a dos Magos de 2 mil anos atrás. Levanto os olhos para o céu e digo: “Senhor, tens toda a minha atenção”.
Fonte: Adelante la Fe  via  Perfeita Devoção - enviado por Maria Castanho.
Imagens  www.rainhamaria.com.br
============================
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura
"Logo após estes dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas.
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade". (São Mateus 24, 29-30)

Veja também...
Fonte: Rainha Maria

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

NO DESESPERO A DEVOÇÃO DO ROSÁRIO TORNA-SE REMÉDIO!

11 DE NOVEMBRO DE 2015
Como o desespero, a devoção e o terço mudaram a minha vida de oração
Tive, faz certo tempo, mais uma conversa com uma bem-intencionada mulher da paróquia, que me contava todos os frutos da sua ativa vida de oração. “Olha, para essas intenções, o que você tem que fazer é a novena dos 54 dias de terço”, declarou ela. “A Mãe de Deus nunca falha!”. Eu olhei para baixo Ler mais… 
Tive, faz certo tempo, mais uma conversa com uma bem-intencionada mulher da paróquia, que me contava todos os frutos da sua ativa vida de oração. “Olha, para essas intenções, o que você tem que fazer é a novena dos 54 dias de terço”, declarou ela. “A Mãe de Deus nunca falha!”.
Eu olhei para baixo e vi meu filho de três anos de idade comendo terra, meu bebê tentando beijá-lo (ou mordê-lo) e meu filho de oito anos envolvido em algum litígio com minha filha de seis.
“Sim, sim, eu vou tentar”, balbuciei. “Muito obrigada”. Peguei os meus pequeninos e os encurralei dentro do carro.
Era a quarta vez só naquele mês que eu ouvia falar da novena dos rosários. Para quem não a conhece, trata-se de rezar o terço diariamente durante 54 dias: nos primeiros 27, confiando a Maria uma intenção; nos outros 27, em ação de graças. Também conhecida como “Novena Milagrosa dos 54 Dias”, essa devoção começou quando Nossa Senhora apareceu para a jovem Fortuna Agrelli, em Pompeia, na Itália, em 1884. A moça estava gravemente doente e não havia muita esperança de que ela sobrevivesse. Em total desespero, a família começou a rezar o terço. A Mãe de Deus apareceu então para Fortuna e lhe disse: “Quem quiser obter os meus favores deve fazer três novenas de oração do terço e três novenas em agradecimento”. Fortuna, milagrosamente, recuperou a saúde perfeita.
Eu estava familiarizada com essa novena – já a tinha feito algumas vezes na faculdade. Mas, agora, parecia uma tarefa irrealista. Absurda, até. “Eu trabalho o dia inteiro, administro a casa e, além de tudo, tenho que manter os meus quatro filhos vivos todos os dias. Eu nunca vou conseguir fazer essa novena”.
Mas a verdade era que eu sabia que precisava fazê-la. Não bastasse o meu caos diário, eu estava me afogando nas preocupações da vida. No início da semana, o meu marido tinha ficado sabendo que o seu departamento ia ser extinto da empresa. A promoção prometida no meu próprio trabalho não tinha acontecido e, para meu horror, eu assistia mês a mês ao aumento da nossa dívida no cartão de crédito. Meu irmão rebelde não retornava as minhas ligações havia semanas e minha filha estava mostrando sinais de ansiedade extrema. Eu sabia que precisava retomar a minha vida de oração. Mais ainda: eu sabia que todo mundo ao meu redor precisava que eu retomasse a minha vida de oração.
Como em todos os desafios anteriores na minha vida, eu sabia que a paz e a resolução só viriam por intervenção divina. E então comecei a novena dos 54 dias de rosário. Eu, que não tinha tido uma vida sólida de oração desde o nascimento do meu primeiro filho…
Como não era realista separar 20 minutos todos os dias, eu ia passando as contas do rosário em qualquer intervalo de tempo que conseguisse. Rezava uma dezena enquanto fazia o café e preparava o almoço. Rezava outra enquanto esperava colegas de trabalho para reuniões. Rezava outra enquanto esperava na frente da escola para pegar as crianças e mais outra enquanto colocava a roupa na lavadora. Para as tarefas que exigiam duas mãos, vou admitir, eu dava “play” no canal “Rosary on YouTube” e recitava cada mistério junto com as irmãs clarissas. À medida que os dias passavam, foi ficando cada vez mais natural. Não era eu que caçava um tempo para o rosário: era o rosário que encontrava tempos para mim. E lentamente, quase sem perceber, eu me via terminando o terço mais cedo e conseguindo fazer outras orações para acompanhar as minhas tarefas do cotidiano.
Descobri que os benefícios de rezar o terço ultrapassam de longe o pequeno sacrifício de lhe dedicar meu tempo. Rezar foi não apenas uma solução para a minha ansiedade, mas também começou a me centrar melhor, a aumentar a minha paciência com meus filhos, a ficar mais produtiva no trabalho e mais caridosa com a minha vizinha.
É verdade que eu ainda estou rezando pelas mesmas intenções: esta novena não eliminou os problemas que eu citei – ainda. Mas ela me alcança bênçãos que eu nem sequer tinha pedido. O que é verdade, certamente, é o que aquela mulher da paróquia tinha me dito: “A Mãe de Deus nunca falha!”. Nunca!
Fonte: Aleteia

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SÃO LEÃO MAGNO GRANDE EM TRABALHO E SANTIDADE

bibliotek

10 DE NOVEMBRO DE 2015

VALE A PENA CONFERIR OS ENSINAMENTOS DESTE GRANDE SANTO E PEDIR A SUA INTERCESSÃO NO DIA DE HOJE
10 ensinamentos de São Leão Magno
O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade. Ele nos deixou riquíssimos ensinamentos. Aproveitemos o dia de hoje, em que a Igreja celebra sua memória litúrgica, para conhecer alguns desses Ler mais… 
O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade.
Ele nos deixou riquíssimos ensinamentos. Aproveitemos o dia de hoje, em que a Igreja celebra sua memória litúrgica, para conhecer alguns desses ensinamentos e meditá-los:
1-“Ele se fez filho do homem para que pudéssemos ser filhos de Deus”.
2-“Se somos o templo de Deus e o Espírito Santo habita em nós (1Cor 3,16), cada fiel guarda em sua alma mais do que tudo que se admira no firmamento”.
3-“A verdadeira paz consiste em não se afastar da vontade de Deus e só se comprazer naquilo que Deus ama”.
4-“Há muitos que, aferrados às suas ideias e mais prontos para ensinar do que para aprender o que ainda não compreenderam, naufragaram na fé (1Tm 1,19)”.
5-“Que não vos detenham as coisas deste mundo, pois os bens do céu vos esperam”.
6-“A prática da sabedoria cristã não consiste em profusão de palavras, nem em sutileza de raciocínios ou na ambição dos louvores e glória, mas na humildade sincera e voluntária que o Senhor Jesus Cristo, desde o seio de sua mãe até o suplício da cruz, escolheu e apontou como a plenitude da força (Mt 18,1-4)”.
7-“Cristo ama a infância que ele assumiu de início em sua alma como em seu corpo. Cristo ama a infância, mestra da humildade, norma de inocência, modelo de mansidão”.
8-“São grandes os méritos e a eficácia das esmolas. Sem dúvida, beneficiamos a nossa própria alma cada vez que socorremos por misericórdia a indigência alheia”.
9-“Deposita no céu o seu tesouro quem alimenta a Cristo no pobre”.
10-“Não seja um homem desprezível a seu semelhante, nem se menospreze aquela natureza que o Criador de todas as coisas fez sua”.
 Fonte: Aleteia(Felipe Aquino)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

DEDICAÇÃO DE SÃO JOÃO DE LATRÃO!

CATEDRAL DE ROMA: SÃO JOÃO DE LATRÃO
felipeocoelho

9 DE NOVEMBRO DE 2015
9 de novembro: um dia de festa por causa de… um edifício?
Uma das coisas que me atraíram para a fé católica foi o seu sólido enraizamento no mundo concreto. A doutrina católica da Presença Real, os sacramentos, os objetos sacramentais, tudo isso me oferecia uma fé fortemente arraigada no mundo real, onde Jesus não é só uma lembrança que comemoramos através de simbolismos, ou uma presença Ler mais… 
Uma das coisas que me atraíram para a fé católica foi o seu sólido enraizamento no mundo concreto. A doutrina católica da Presença Real, os sacramentos, os objetos sacramentais, tudo isso me oferecia uma fé fortemente arraigada no mundo real, onde Jesus não é só uma lembrança que comemoramos através de simbolismos, ou uma presença espiritual que vive de forma invisível em nosso coração.
Não! Para os católicos, Ele é Corpo e Sangue, fisicamente, presente no mundo inteiro na Eucaristia. A sua graça é tangível! O batismo, a comunhão, a confissão, a confirmação, o matrimônio, a ordenação sacerdotal e a unção dos enfermos não são atos espirituais “apenas”, mas também físicos, que, além da intenção, requerem forma e matéria.
A fisicidade da Igreja é exemplificada ainda no uso dos sacramentais, ou objetos abençoados, em nossa vida de fé. Esses objetos podem ser quase qualquer coisa, desde um punhado de sal, um crucifixo, uma relíquia ou restos físicos de um santo, até um edifício inteiro.
Hoje, 9 de novembro, celebramos a natureza física da nossa fé ao comemorar a festa de São João de Latrão. É um dia festivo dedicado não a um santo, mas a um edifício sacro. Localizado em Roma, esse edifício é a Arquibasílica Pontifícia de São João de Latrão, cujo nome reduzido é confundido, de vez em quando, com um santo que… não existe. Não existe um “São João de Latrão”. O João em questão, ao longo dos séculos, foi tanto o Batista quanto o Evangelista. E o Latrão se refere ao lugar onde a igreja foi construída.
Muita gente, também equivocadamente, pensa que “a igreja do papa” é a Basílica de São Pedro. Mas não é. A catedral da diocese de Roma, da qual o papa é bispo, é São João de Latrão.
No dia de hoje, celebramos a sua dedicação pelo papa Silvestre I no ano de 324, quando ela se tornou a primeira igreja em que os cristãos podiam realizar seu culto em público. O edifício dedicado naquele ano foi depois destruído e houve várias reconstruções. A atual estrutura foi erigida pelo papa Inocente X em 1646.
São João de Latrão é notável por ser a igreja mais antiga do Ocidente, assim como pelo seu significativo papel na história da Igreja. Nela foram celebrados cinco concílios ecumênicos, estão enterrados 28 papas e, segundo a tradição, os relicários do seu altar principal contêm a cabeça de São Pedro e a de São Paulo. Até o papado de Avignon, no século XIV, os papas viviam em São João de Latrão. Eles só se transferiram para o Vaticano quando a sede da Igreja voltou para Roma e encontrou a basílica de Latrão em mau estado de conservação.
Embora haja muitas igrejas historicamente importantes na fé católica, e algumas delas com suas próprias datas de comemoração (Santa Maria Maior em 5 de agosto, por exemplo), só São João de Latrão tem o seu próprio dia de festa, como ocorre com os santos cristãos e com eventos milagrosos como a Imaculada Conceição de Maria, a sua Assunção, a Ascensão de Jesus e o Pentecostes.
E como é que um edifício “conseguiu” ter seu próprio dia da festa?
O nome “Latrão” tem origem num palácio construído para a rica família Laterani, que foi confiscado pelo imperador romano Constantino e, algum tempo depois, doado à Igreja. Trata-se, portanto, de um lugar cuja construção não se enraizou na fé, mas no excesso materialista. Como um local assim se tornou tão importante para o povo de Deus a ponto de ser celebrado todo ano com uma festa própria?
Tem a ver com a história da redenção. São João de Latrão, de certo modo, é a história de como Deus pode chamar à conversão o que e a quem Ele bem entender. O palácio construído para uma família num império em decadência moral pode se transformar num lugar santo e recordar, para os fiéis, a sua própria conversão: de propriedade do mundo para filhos e herdeiros de Deus.
A dedicação da cátedra do bispo de Roma também afirma a nossa unidade como católicos romanos e o primado do papa, na caridade, sobre os outros bispos. Não só isso: também recorda a importância das nossas próprias igrejas locais. Para os católicos, as catedrais e paróquias não são “só” edifícios: são nossas casas espirituais, nossos lugares de descanso e de restauração, onde somos gestados no batismo, na catequese e na confirmação, alimentados na Eucaristia e sanados na reconciliação.
E mais ainda, muito mais ainda: eles são como uma “casa física” de Nosso Senhor! Ele está oculto no sacrário, ou exposto para a nossa adoração, sacrificado na missa para ser o nosso alimento espiritual e físico sob as aparências do pão e do vinho.
Como católicos, a nossa fé é também física. A nossa fé também é feita de atos físicos. As nossas “posses” físicas podem – e devem – ser vistas e usadas como meios para nos ajudar ao longo da nossa viagem espiritual, pelo mundo físico, rumo à eternidade.
Ao celebrarmos a dedicação de São João de Latrão, a catedral de Roma, não celebramos “um templo construído por mãos humanas”: celebramos a nossa fé, concreta e viva também no mundo físico querido por Deus.
Fonte: Aleteia