Monte das Oliveiras: O amor divino pela humanidade
10 de novembro de 2015 •
No centro da Igreja, em frente ao altar, está o lugar onde Jesus teria rezado, pedindo ao Pai Eterno que, se possível, o livrasse do sofrimento que viria. Uma pedra, onde, segundo a tradição, Jesus fez suas orações momentos antes da traição. Estar próximo deste lugar é, com certeza, um momento de forte emoção para peregrinos de todo o mundo. “Aqui celebramos aqueles que sofrem, especialmente que estão à beira da morte em grande sofrimento. Então, muita gente vem aqui rezar e chora, porque recorda a Paixão do Senhor“, ressaltou Frei Plácido Hobaert, responsável pela acolhida aos peregrinos na Basílica.
O Programa Pai Eterno desta terça-feira, 10, mostrou detalhes sobre o Monte das Oliveiras, um dos mais citados nas Escrituras Sagradas, principalmente no que diz respeito aos Evangelhos, que contam a história de Jesus. Foi por ele que Jesus teria entrado em Jerusalém, aclamado pelo povo e, também foi nele, que o filho do Pai Eterno sofreu sua agonia antes da Paixão e Morte na cruz.
“Aqui é um local importante porque é onde Jesus é recebido como vitorioso pela população. É no Monte das Oliveiras que Ele desce e chega no Grande Templo. Jesus, ao avistar Jerusalém, sabe que não vai ficar pedra sobre pedra. Por isso, Ele vai chorar, no momento em que Ele avista o Grande Templo, que vai ser destruído mais tarde, no ano de 70, por Titos. Ou seja, Ele profetizou o que iria acontecer”, explicou o guia brasileiro em Israel, Samuel Bem Zikri.
Segundo a tradição, teria sido também no Monte das Oliveiras a Ascenção do Senhor aos Céus, 40 dias após a Ressurreição. Boa parte do Monte está tomada por túmulos, todos judeus. Alguns deles datam do ano 586 antes Cristo. Outros são recentes, isso porque, ainda hoje, alguns judeus são enterrados no local.
É no Monte também, que fica o Getsêmani, lugar da Agonia, onde Jesus rezou e chorou sangue antes de ser preso. Hoje, o lugar é preservado por freis franciscanos. Algumas das oliveiras do pequeno jardim, provavelmente eram muito pequenas na noite em que Jesus chegou com os discípulos, antes de ser preso.
“O que nós podemos contemplar com os nossos olhos é um sinal maravilhoso. Esses brotos dessas oliveiras são testemunhas da agonia de Jesus. Certamente, seguiram reproduzindo com o passar dos tempos, verdadeiramente essas oliveiras também o sofrimento e a esperança de tantos peregrinos, milhões de peregrinos que têm passado nesses dois mil anos por este santo lugar. Certamente, eles devem ser cuidados, porque todo mundo quer levar um pedacinho, uma folhinha. Tentamos agradar a todos, mas temos que preservá-los, pois este horto é sagrado, essas oliveiras são testemunhas silenciosas da agonia do Senhor, mas para nós tem uma grande força, um grande significado”, ressaltou Frei Benito Choque, guardião da Basílica da Agonia.
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No Monte, um jardim é preservado há anos, pois teria sido nele a agonia e Jesus antes da traição e crucificação. Foi no local, que o filho do Pai Eterno escolheu fazer a vontade do Pai. No local, é possível ver oliveiras muito antigas espalhadas pelo jardim. Uma delas, a mais antiga, suponha-se que seja milenar e, outra, a mais nova, plantada pelo atual Papa Francisco, que pedia pela paz.
Há várias Igrejas no Monte das Oliveiras. A maior e mais importante é a Basílica das Nações, também chamada de Basílica da Agonia. O templo é um lugar de profunda oração e reflexão para fiéis de todo o mundo, que passam diariamente por lá. A Basílica fica logo ao lado do Jardim das Oliveiras.
De acordo com Frei Benito foram construídas três igrejas com o passar dos séculos. “O Horto das Oliveiras e a Rocha da Agonia de nosso Senhor Jesus Cristo, onde a noite de Quinta-feira Santa derramou sangue por cada um de nós. A primeira igreja foi construída no final do século IV, início do V, no tempo dos bizantinos. Em 1919, começou a ser construída a atual Basílica, e foi visitada também pelo hoje beato Pablo VI, pelo santo João Paulo II, e ultimamente pelo Papa Francisco”.
A Basílica da Agonia é toda trabalhada em belíssimos mosaicos que retratam momentos de Jesus na noite, antes de ser preso. A arte da cúpula e da estrutura sobre o altar é uma homenagem aos países que ajudaram a erguer o templo no século XX sobre uma construção do século IV.
O Monte das Oliveiras é uma representação forte da fé cristã. Nele, Jesus chorou, pensando no povo de Deus e no projeto de salvação e remissão do Pai Eterno para todos nós, seus filhos. Um lugar para refletir realmente a intensidade do amor divino pela humanidade.
O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, com reapresentação às 10h45. Você pode acompanhar todas as edições pelo Canal Pai Eterno, no YouTube, e também assistir pelo portal paieterno.com.br, na página do Programa Pai Eterno.
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