OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 5 de março de 2016

AS PEDRAS PRECIOSAS QUE SIMBOLIZAM O AZUL DO CÉU!

A gema que simboliza o azul do céu


 
Redação - (Quinta-feira, 03/03/2016, Gaudium Press) -

 Nos últimos capítulos do Apocalipse, São João nos convida a imaginar a Jerusalém Celeste, o "tabernáculo de Deus com os homens" (21, 3), edificado sobre um conjunto de colunas translúcidas e coloridas, cujo brilho decorre da glória divina. E, ao descrever mais adiante os muros que a rodeiam, o Evangelista faz notar que "os alicerces da muralha da cidade eram ornados de toda espécie de pedras preciosas" (21, 19).
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Levando em consideração que nas Sagradas Escrituras nenhum detalhe é supérfluo, poderíamos deter nossa atenção em qualquer um dos preciosos minerais sobre os quais se sustenta a feérica construção e, refletindo sobre seu significado mais transcendente, chegar a elevadas conclusões. Nenhum deles, entretanto, parece estar tão carregado de simbolismo quanto a safira, que São João menciona como o segundo fundamento da nova Jerusalém.
Embora esta gema apresente variações róseas, lilases, verdes e até douradas, sua cor típica é o azul. Um azul lindíssimo, às vezes suave, às vezes mais profundo, que parece concentrar em cada uma dessas pedras a vasta gama de tonalidades que é possível se admirar no céu. Dir-se-ia, sem lugar a dúvidas, tratar-se do mais belo azul que existe em toda a ordem da criação.
Contemplar uma safira serena os ânimos agitados, desperta sentimentos de pureza, harmonia e temperança, e afugenta o mal. Santa Hildegarda de Bingen atribui a esta pedra a virtude de favorecer a inteligência e não falta quem lhe outorgue o poder de conceder a sabedoria.coroa.jpg
O azul da safira a correlaciona também, de modo singular, com a ideia de nobreza. Ela figurava nas insígnias de altos cargos eclesiásticos e era usualmente empregada na confecção de ornamentos reais. A coroa do Império Austríaco, por exemplo, conservada no Tesouro Imperial de Viena, é encimada por uma safira de tamanho generoso, que simboliza "o nexo entre o Sacro Império e o Céu".1
Nada, porém, supera o fato de ser esta a gema que melhor representa certos aspectos da alma de Maria Santíssima, Rainha do Céu e da Terra, à qual a Igreja chama de "Cælica Sapphiri - Safira Celestial". 2 Se a esmeralda é imagem da esperança e o rubi, do amor a Deus, a safira nos recorda a suavidade e a compaixão da Virgem Serena, que "está disposta a nos obter o perdão de seu Divino Filho, mesmo para nossas piores faltas; alcança-nos as graças necessárias para nossa emenda, nossa salvação, e, assim, brilharmos diante d'Ela por toda a eternidade".
Por Irmã Isabel Cristina Lins Brandão Veas, EP
(in "Revista Arautos do Evangelho" - Maio-2015)

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1 - 

Autoriza-se a sua puORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. A mais bela coroa do mundo. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano XV. N.176 (Nov., 2012); p.32.
2 - COMISSÃO DE ESTUDOS DE CANTO GREGORIANO DOS ARAUTOS DO EVANGELHO. Liber Cantualis. São Paulo: Salesiana, 2011, p.135.
3 - CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Razão de nossa serenidade. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano VIII. N.91 (Out., 2005); p.4
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no linkhttp://www.gaudiumpress.org/content/77177-a-gema-que-simboliza-o-azul-do-ceu#ixzz423MoC4IJ blicação desde que se cite a fonte. 

AS CORES DA QUARESMA: FLORES QUE NOS DÃO UM ESPECTÁCULO DE ENCANTO!

Inocência e contrição
Ir. Beatriz Alves dos Santos, EP - 2016/02/26
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As flores do manacá recordam as almas que, tendo perdido a alvura da inocência batismal, tingiram-se com as cores roxa, lilás e violácea da contrição.
Ir. Beatriz Alves dos Santos, EP
Ao percorrer as páginas do Evangelho, contemplamos diferentes matizes da infinita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo no contato com as pessoas que d'Ele se aproximavam: a uns perdoando, a outros curando, sempre estimulando para o bem e convidando ad maiora, a todos querendo salvar.

Dentre as muitas passagens que poderíamos recordar, uma das mais marcantes é, sem dúvida, o encontro do Divino Mestre com aquele que seria o futuro Chefe da Santa Igreja: "Fixando nele o olhar" - Jesus não lhe pergunta o nome, pois já o conhecia desde toda a eternidade! - "disse: ‘Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)'" (Jo 1, 42). 

O primeiro olhar do Salvador para Simão Pedro decerto possuía tanta unção e infundia tal força, que de si teria sido suficiente para sustentar o Apóstolo pela vida inteira. Entretanto, na hora da Paixão, talvez ofuscado por uma visão naturalista das coisas, ele se esqueceu desta graça e, antes que o galo cantasse, negou Jesus por três vezes...

Foi então que, "voltando-Se o Senhor, olhou para Pedro" (Lc 22, 61). Ao receber naquele momento de dor tal olhar, cuja beleza era infinitamente superior aos vitrais, ao reflexo do Sol nas águas do mar ou a qualquer outra maravilha natural, Simão caiu em si e "flevit amare - chorou amargamente" (Lc 22, 62). Eis a contrição de São Pedro, um dos mais edificantes fatos da hagiografia!
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Permitindo esta falta, quis a Divina Providência acrescentar à glória do primeiro Papa a nobreza do arrependimento, pelo qual a alma, reconhecendo seu erro e sua fraqueza, implora a Deus o perdão e as forças para não mais pecar. Até o fim dos séculos, Pedro será modelo para todos os que, tendo caído, não deixaram sua alva túnica batismal manchada pelas nódoas do pecado, mas souberam tingi-la no lilás da penitência.

Estas cores tão características da Quaresma, nós as vemos esplendidamente representadas no manacá, vegetação muito familiar a boa parte dos brasileiros, sobretudo aos que vivem ou passam pelas proximidades da Mata Atlântica. Contrastando com o verde das folhas, as flores desta planta desabrocham brancas e tornam-se roxas, depois de passar por vários tons de 
Manacas.jpglilás, produzindo um espetáculo que deixa encantados quantos têm a oportunidade de observá-lo. 
Carregada de botões alvos e violáceos, ela pouco exige do solo e responde com generoso viço quando se lhe dá algum cuidado especial. ­Assim, também sob este aspecto, recorda as almas penitentes que, sentindo-se imerecedoras da benevolência divina, retribuem com maior amor e renovados propósitos de virtude os benefícios d'Ele recebidos.

Saibamos ver na pulcritude do manacá este elevado simbolismo e compreenderemos melhor quão agradáveis a Deus são os corações que odiaram o pecado cometido e, abandonando o mau caminho, encetaram a via da retidão.

"O mal é, de si, odioso" - ensina o padre Monsabré - "mas a industriosa Providência sabe tirar dele proveito em favor do bem. Do espetáculo da iniquidade triunfante, Ela faz nascer o desejo de uma perfeição sublime que compensa, aos olhos de Deus, as humilhações de nossa natureza degradada".1

Quando a consciência nos acusar de alguma falta, procuremos com confiança o olhar d'Aquele que "aduba" as almas arrependidas e as fortalece na prática da humildade, levando-as a florescer magnificamente pelo vigor da contrição.

 Fonte: Arautos (Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2016, n. 170, pp. 50-51).

quinta-feira, 3 de março de 2016

SEXTA FEIRA SANTA A ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ DE CRISTO!

DOUTRINA
VERITATIS SPLENDOR
Os católicos podem adorar a cruz?
Um texto repleto de referências doutrinais para quem deseja aprofundar no tema
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Sempre me deixou impressionado as palavras que a Liturgia da sexta-feira santa usa ao referir-se ao culto à Cruz: “solene adoração da santa Cruz”, deixando inclusive a possibilidade de dobrar o joelho diante dela. Penso que essas palavras calaram no coração de mais de um cristão deixando-o pensativo. A reflexão teológica que segue é – aceitando com alegria e admiração o que a Igreja em sua liturgia nos traz – uma tentativa de entender melhor a fé expressada na oração da Igreja, e espero não confundir mais a cabeça do leitor. Pode-se adorar a Cruz? Em que sentido? Parece-me ver uma explicação bastante satisfatória numas palavras de um teólogo muito recomendado pela mesma Igreja.
Santo Tomás de Aquino estuda a “adoração” na terceira parte da Suma de Teologia, na questão 25. Vamos segui-lo passo a passo. Ao chegar no quarto artigo dessa questão encontramo-nos com uma excelente definição de adoração, tal como é entendido no sentido comum atual. Santo Tomás diz que adoração é colocar nossa esperança de salvação em alguém. A Deus damos adoração por que é o nosso Criador, daí que a adoração só se deve dar ao Deus Uno e Trino, esse é um principio claro que devemos ter conosco durante todo esse estudo: só a Deus se deve a adoração, porque Ele é o nosso Criador, nós somos suas criaturas, e nEle pomos nossa esperança de salvação. Salvadas essas preliminares, vamos à nossa questão. Procurarei fazer acessível o pensamento de Santo Tomás sabendo que não é tarefa fácil. É preciso fazer esse estudo com muita concentração.
Em primeiro lugar, a fé cristã diz que em Cristo há uma única Pessoa, a Segunda da Trindade, que é divina, e duas naturezas, a humana e a divina, que estão unidas nessa única Pessoa divina (Concilio de Calcedônia, ano 451). No primeiro artigo Santo Tomás se pergunta se a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é a mesma que se dá à sua Divindade. E como objeção se poderia dizer que a Humanidade de Cristo não é comum a Ele e ao Pai, como o é a Divindade. Tomás de Aquino começa por dizer que na honra que se dar a uma determinada realidade há que considerar duas coisas: a realidade honrada e a causa dessa honra. Quanto à primeira, é preciso dizer que a honra que se deve, por exemplo a uma pessoa, é devida a toda a pessoa, não só à sua mão ou ao seu pé, a uma parte; se por algum motivo alguém dissesse que honra a mão ou outra parte de alguém só o faria em razão de toda a pessoa, in istis partibus honoratur totum, nessas partes se honraria toda a realidade. Quando à segunda, a causa da honra encontra sua justificação na excelência da pessoa honrada. E conclui o nosso teólogo: como em Cristo há uma única Pessoa, a divina, na qual estão unidas a natureza humana e a natureza divina, a Cristo se dá uma única adoração em razão de sua única Pessoa e, por tanto, ao adorar uma parte de Cristo, adoramos todo o Cristo.
No artigo segundo, Tomás de Aquino dá um passo a mais. Já sabemos que à Humanidade e à Divindade de Cristo se dá uma mesma adoração e glória em razão da única Pessoa de Cristo. Mas,será que se pode dizer que a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é adoração de “latria”, isto é, a adoração devida só a Deus, ao qual o homem se entrega colocando sua esperança de salvação? Considerando que a Encarnação é para sempre, ou seja, a Humanidade e a Divindade em Cristo desde a Encarnação nunca se separaram e jamais se separarão (nem mesmo na morte de Cristo, já que a morte é a separação de corpo e alma, o que se deu em Cristo, não da Humanidade e da Divindade, o que não se deu em Cristo), a pergunta pareceria sem sentido. No entanto, na hipótese de uma consideração separada, diz Santo Tomás de Aquino que se deve considerar a adoração à Humanidade de Cristo de duas maneiras. Em primeiro lugar: a adoração que se dá à Humanidade de Cristo em razão de sua união à Pessoa divina; nesse caso, se trata de uma verdadeira adoração de “latria” à sua Santíssima Humanidade já que ao adorá-la estamos adorando o mesmo Verbo de Deus encarnado. Nesse sentido, diz São João Damasceno que se adora a carne de Cristo não por causa da carne em si mesma, mas por que está unida à pessoa do Verbo de Deus.A segunda consideração é a respeito da adoração que se deve à Humanidade de Cristo por causa das perfeições dessa Humanidade em quanto cheia de todos os dons da graça; nesse sentido se deve adorá-la “adoratione duliae”, com uma adoração de dulia, ou seja com a adoração que se dá às criaturas (a Humanidade de Cristo foi criada); na resposta à primeira objeção, Santo Tomás dirá com mais precisão que à Humanidade de Cristo considerada separadamente se deve dar uma adoração de “hiperdulia”.
Chegados aqui o leitor poderia assustar-se: Santo Tomás de Aquino diz que se deve adorar às criaturas? Não. Tomás de Aquino simplesmente mostra que na sua época a palavra adoração não tinha a mesma carga que tem nos nossos dias. Para ele adoração é o mesmo que “honra”, nesse sentido o determinante nessa questão não é a adoração, mas a “latria”, que é a o tipo de adoração que se deve só a Deus;  a adoração de “dulia” é para ele o que nós hoje em dia conhecemos como “veneração”; finalmente a adoração de“hiperdulia”, que seria uma “veneração especial”. Um exemplo: cantamos no Hino Nacional referindo-no ao Brasil as seguintes palavras: “Ó terra amada, idolatrada”. Será que estamos idolatrando a nossa Pátria? Claro que não. Quando dizemos “terra idolatrada” referindo-nos ao Brasil queremos dizer simplesmente que o nosso País é-nos muito querido, estamos simplesmente cumprindo com o quarto mandamento que inclui a amor à Pátria. Que perigo seria ficar só nas palavras sem dar-nos conta do sentido que elas nos trazem! Cada palavra quer significar uma realidade e não podemos simplesmente ficar preso à palavra em si, mas procurar chegar à realidade que essa palavra nos quer transmitir.
Continuemos com Santo Tomás. Nesse terceiro momento (art.3) nos aproximamos mais da nossa questão. A pergunta agora é se um cristão pode adorar com adoração de latria as imagens de Cristo. Tomás de Aquino, como bom cristão, tem horror à idolatria. A resposta do Santo Doutor se compreende ao olhar tanto a Cristo, Verbo de Deus encarnado, quanto ao movimento da nossa alma ao adorá-lo. Tomás de Aquino diz claramente que  a reverência é algo devido apenas às criaturas racionais, não às coisas. No entanto, fixando-nos nesse movimento da nossa alma quando olha uma imagem, percebemos que olhamos a imagem não só como uma coisa, um pedaço de madeira por exemplo, mas também como imagem de outra realidade. Quando olhamos uma imagem de Cristo, o movimento da nossa alma é aquele que vê a imagem em quanto imagem, ou seja, em quanto imagem de uma outra realidade. Diz Santo Tomás que esse movimento de ver a imagem de Cristo em quanto imagem da Pessoa de Cristo faz com que estejamos voltados ao mesmo Cristo, de tal maneira que à imagem em quanto imagem se deve a mesma adoração que se dá à realidade, já que esse movimento da nossa alma vê na imagem a realidade, não o pedaço de madeira, por exemplo. Não acontece o mesmo se olhamos aimagem em quanto um pedaço de madeira, nesse caso não se deve dar-lhe nenhuma reverência, já que a reverência é dada tão somente às criaturas racionais. Conclusão: às imagens de Cristo em quanto “imagens” de Cristo devemos daradoração de latria, pois essa adoração não fica na imagem, mas se dirige à realidade, que é Cristo mesmo.
Mas alguém poderia dizer que essa é uma doutrina estranha e que não está na Escritura Santa. Em primeiro lugar, a Igreja Católica não tem como único veículo da Divina Revelação apenas a Escritura (esse é um principio protestante, a sola Scriptura), mas também da Tradição. Diz Tomás de Aquino na resposta à quarta objeção:“por um instinto familiar do Espírito Santo, certas Igrejas conservaram tradições que não estão escritas, mas colocadas para serem observadas pelos fiéis. O mesmo São Paulo diz aos Tessalonicenses: “ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa” (2,15). E entre essas tradições se encontra a adoração das imagens de Cristo”.
Santo Tomás de Aquino vai descendo a questões mais concretas ese pergunta se à Cruz de Cristo se deve adorar com adoração de latria. O leitor perceberá que no fundo a nossa pergunta inicial já foi respondida. Esqueceu-se da pergunta? Pode-se adorar a Santa Cruz? Mas talvez passou despercebida a resposta. Temos a oportunidade de tratá-la agora diretamente.
Já ficou claro que apenas aos seres racionais se dá alguma reverência; às coisas, nenhuma, a não ser em razão da natureza racional, nesse sentido, diz Tomás de Aquino, que quando os homens veneravam as vestes do rei queriam simbolizar através desse ato uma veneração ao mesmo rei. Existe um segundo tipo de veneração que se pode dar a uma coisa: aquela que se dá em razão da união que guarda com a realidade em quanto que a realidade entrou em contato (físico) com a imagem. Se nos referimos à mesma Cruz na qual Cristo foi crucificado, pensamos no Cristo nela estendido, a Cruz entrou em contato com os membros santíssimos de Cristo, nela o seu Sangue preciosíssimo foi derramado. Por tanto, à Cruz na qual Cristo foi crucificado devemos dar adoração de latria. O que acontece é que, em quanto às outras imagens de Cristo crucificado, adoramos com adoração de latria somente em razão desse movimento segundo o qual a nossa alma não fica parada na imagem, mas se dirige à mesma realidade, que é a Pessoa de Cristo, a Cruz na qual Cristo foi crucificado tem também um significado todo especial a causa do contato com os membros santíssimos do único Redendor dos homens, Jesus Cristo. Penso que com isso a nossa pergunta inicial recebe resposta pela segunda vez: realmente a Igreja adora a Santa Cruz porque vê nela não o objeto material em si, mas o que ela significa, Jesus Cristo crucificado, nosso único Salvador.
E se alguém se escandaliza ainda com essa expressão, talvez bastaria citar a São Paulo: “mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 1,23-24). Por outro lado, não o nego, ver uma imagem em quanto imagem e vê-la apenas em quanto um pedaço de pau são movimentos espontâneos da nossa alma, mas à hora de fazer uma reflexão sobre isso encontramo-nos com verdadeiras dificuldades de compreensão. Mas, sejamos honestos: quando nós não entendemos uma coisa não podemos dizer que essa coisa não é assim só porque nós não a entendemos, simplesmente não entendemos. Isso parece-me de bom senso!
Com os princípios a postos, o artigo quinto e o sexto desta questão responderão que à Mãe de Deus, Maria, e aos outros Santos e suas relíquias, jamais se deve adorar com adoração de latria, isso seriaidolatria, mas apenas com o que nós chamamos hoje em dia de veneração e que Santo Tomás chamaria de “adoração de hiperdulia” para Nossa Senhora e “adoração de dulia” para os Santos. Penso que não seria demasiado recordar que a palavra “adoração” para Santo Tomás significa “honra, veneração, respeito”, o que determina é se essa honra é de latria ou de hiperdulia ou de dulia.
Sinto muito se a leitura desse pequeno artigo o deixou mais confuso. Acho que com uma segunda ou terceira leitura se poderia entender melhor. Se não, remito à questão da Suma de Teologia, III parte, questão 25. Para terminar, baste o que a Igreja nos diz e que expressa a sua fé: “Crucem tuam adoramus, Domine, et sanctam ressurrectionem tuam laudamus et glorificamus: ecce enim propter lignum venit gaudium in universo mundo” : adoramos, Senhor, a tua Cruz, e louvamos e glorificamos a tua santa ressurreição: por causa do lenho da Cruz vem a todo o mundo o gozo.
 (Ant.1ª para ser cantada enquanto se adora a Santa Cruz).

Fonte: Aleteia(via Veritaris Splendor)

UM EXEMPLO QUE DEVERIA DERROTAR OS QUE VIVEM PARA ESPALHAR A NÃO VIDA!

PERANTE ESTA RARA PÉROLA SERÁ QUE AINDA DIZES QUE O CORPO É TEU E FAZES DELE O QUE BEM ENTENDERES, PROVOCANDO  O ABORTO!!!?
SE ASSIM FOR NÃO MERECES A VIDA QUE TE DERAM!

TESTEMUNHO
ALETEIA TEAM
Ela vai morrer logo, mas sua vida é um enorme presente para todos
Incrível ensaio fotográfico de uma família com sua filhinha enferma em estado terminal
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ABIGAIL,UM ANJO QUE VEIO À TERRA E VOOU, MAS DEIXOU O AMOR!
Abigail tem síndrome de Down e um tumor cerebral inoperável.
Dor? Com certeza. Muita dor. Mas sobretudo, amor: seus pais, Erika e Stephen, e sua irmãzinha Audrey, cuidam de Abigail em casa enquanto esperam o final, rezando, vivendo intensamente este tempo com ela e agradecendo pelo dom da vida desta menina tão especial.
A vida é um presente, sempre. E sempre é digna de ser amada, mesmo que cause dor e sofrimento. É isso que este ensaio fotográfico mostra de maneira fantástica.
“Nada nela é um equívoco, nada nela é um erro. Ela é perfeita em todos os sentidos, e combina perfeitamente com a nossa família. Ela foi desenhada especificamente para nós”, reconheceu seu pai, Stephen, emocionado, ao jornal “The Mighty”.
As imagens foram reproduzidas pela Aleteia com autorização da sua autora, Mary Huszcza (se não conseguir visualizar as imagens,clique aqui).
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