OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 5 de setembro de 2015

A HISTÓRIA REPETE-SE: O ÊXODO DO SÉCULO XXI

Após ter escrito sobre o tema tão real quão dramático, que corre pelo mundo:

 apercebi-me que algo me incomodava interiormente sobre o êxodo do SÉCULO XXI.


Vim para a minha oficina de trabalho e comecei a esquematizar um novo trabalho, mas deste vez mais vocacionado, não para o aqui e agora deste drama que se abateu sobre a Europa, logo sobre nós cidadãos do mundo, mas pensado mais além, isto é, sobre o amanhã de todos nós.
Por um acaso surgiu-me pela frente o jornal, com o qual fechei ontem esta minha ferramenta de trabalho, antes de ir descansar:
O "Observador" que é um dos meios de comunicação que eu tenho à mão para saber o que se passa lá fora e pelo mundo. Iniciei a sua leitura e deparei-me com a crónica do jornalista João Marques, lia-a e senti que eu estava em sintonia com o conteúdo dos vários pontos de vista deste senhor. Por isso, após esta minha introdução deixo-vos o seu trabalho que eu subscrevo plenamente como desenvolvimento do tema: CRISE DOS REFUGIADOS= O ÊXODO DO SÉCULO XXI.
 
CRISE DOS REFUGIADOS
A crise dos refugiados é uma crise geopolítica

João Marques de Almeida 5/9/2015, 0:02

Devemos ter consciência de que os instintos admiráveis não resolvem os problemas a médio e longo prazo. Como a Europa sabe muito bem, a integração de imigrantes é uma questão muito complicada.

As imagens são terríveis (e algumas muito tristes) e os instintos da maioria dos europeus são admiráveis. Aliás não haverá em qualquer outra região do mundo sociedades com instintos tão solidários como as europeias. Os cidadãos europeus mobilizam-se para ajudar quem sofre, fazem campanhas para ajudar estrangeiros e colocam pressão política sobre os seus governos. Perante estes instintos, qualquer europeu deve sentir orgulho na Europa. E há mesmo Europa e europeus. De Portugal à Suécia, há europeus com reações semelhantes. Do Reino Unido à Alemanha, os editoriais dos jornais exprimem os mesmos argumentos. Por tudo isso, é difícil de entender que muitos daqueles que mostram a existência de uma Europa de cidadãos solidários simultaneamente ataquem a Europa. Ela está à frente dos seus olhos, eles fazem parte dela (e estão a construi-la); e mesmo assim não notam que ela existe. Estou convencido – mas não tenho como provar – que a educação de várias gerações numa Europa aberta e cosmopolita contribuiu para a emergência de europeus que entendem que a solidariedade e a obrigação de ajudar aqueles cujos direitos fundamentais foram grosseiramente violados não se esgota nas fronteiras nacionais.
Mas se os instintos são admiráveis, por vezes a lucidez do debate é insuficiente. Devemos ter, antes de mais, a consciência de que os instintos admiráveis não resolvem os problemas a médio e longo prazo. Como a Europa sabe muito bem, a integração de imigrantes é uma questão muito complicada. E o choque que a tragédia provoca, infelizmente, não altera o problema de fundo. Os novos imigrantes terão que trabalhar e as economias europeias não criam empregos com a rapidez desejável. Terão que se integrar em países com costumes, línguas e hábitos muito diferentes. Não será fácil, nem para eles nem para os locais. Mas, sobretudo, há um problema político. Não faltam na Europa políticos populistas, demagogos e com discursos anti-democráticos que olham para esta crise dos imigrantes como uma grande oportunidade política. E ninguém tenha dúvidas. Vão fazer tudo para a aproveitar.
Muita gente tem criticado a reação dos governos britânico e francês, mas convêm entender a situação política nos dois países. O Reino Unido prepara-se para organizar um referendo sobre a Europa. A imigração será o principal tema da campanha. O UKIP e Farage tudo farão para usar os imigrantes de modo a que a maioria dos britânicos vote para abandonar a União Europeia. A importância da manutenção do Reino Unido na UE obriga-nos a entender a reação de Cameron (embora reconheça que alguma da linguagem usada foi muito infeliz).
Em França, a ameaça não será a saída da UE, mas é igualmente má: chama-se Frente Nacional. Marine Le Pen e a sua gente olham para a crise dos refugiados como uma oportunidade para crescer politicamente. O Presidente francês tem que lidar com os refugiados com a ameaça de Le Pen em mente. Se não o fizesse, seria altamente irresponsável. A eleição de Marine Le Pen em 2017 seria um preço demasiado elevado a pagar. Por isso, julgo que Hollande está a comportar-se muito bem, conseguindo um equilíbrio notável entre a solidariedade e o realismo político.
Como é óbvio, a Europa não poderá integrar todos os refugiados que se preparam para abandonar o Médio Oriente e África. O problema de fundo terá que ser resolvido nessas regiões. Aqui, chegamos à questão central: a questão geopolítica. Na verdade, estamos perante uma dupla questão. Por um lado, a grande maioria dos refugiados parte de países a viverem guerras civis: Síria, Iraque e Afeganistão. Se o número de refugiados continuar a aumentar, os países europeus voltarão a discutir os méritos (e os perigos) das intervenções humanitárias. Será uma questão de tempo. Se a Europa se vê obrigada a lidar com uma crise de refugiados, como resultado de guerras civis e de regimes políticos radicais e violentos, deixa de haver legitimidade para argumentar que os assuntos internos desses países não dizem respeito aos países europeus. Claro que dizem. A estabilidade da Europa começa nesses países.
Por outro lado, há uma estratégia propositada do Estado Islâmico e dos grupos radicais para enviar refugiados para a Europa. Não é por acaso que o número de refugiados aumenta com o reforço do poder do EI. Os radicais islâmicos perceberam que os refugiados irão, a prazo, aumentar a instabilidade política na Europa e favorecer os nossos próprios radicais. A Europa democrática está duplamente ameaçada: entre os radicais islâmicos de um lado e as Frentes Nacionais do outro. Os instintos admiráveis mostram as virtudes democráticas. Mas não serão suficientes para defender a democracia dessa dupla ameaça. Para isso, será necessário muita lucidez e muito realismo.
Fonte: Observador
Assim como os judeus tiveram de fugir de um país que os escravizava, assim vemos nós, hoje repetir-se a História. No entanto, então povos tinham um GUIA= O SENHOR ABSOLUTO E REI DOS EXÉRCITOS que não só enviou mensageiros para orientarem o povo para a saída do Egipto, mas ainda os conduziu mar dentro a pé enxuto.
"O SENHOR disse a Moisés:« Porque clamas por mim?Fala aos filhos de Israel e manda-os partir. E tu levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e dividi-o e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar por terra seca.(...)»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar,e o SENHOR fez recuar o mar com um vento forte do oriente toda a noite e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar.(...) Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda.
O SENHOR salvou, naquele dia, Israel da terra do Egipto e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar."( Ex. 14, 15-(...)29).
O que diferencia o Êxodo do século IIIa.c. deste do século XXI? Nesse tempo o povo acreditava num SER SUPERIOR que era o (e é) SENHOR do Universo e foi Ele que salvou o seu povo dos inimigos. Hoje, o homem entendeu fechar num armário esse SENHOR, assim como o seu Divino Filho que por nosso amor morreu numa cruz, fazendo jus da sua inteligência, divinizou-se como  homem, bastando-se a si próprio, está numa vertigem cega acercando-se do abismo. Por isso, hoje perante tão grande crise, tendo também  o mar pelo meio, não tem solução para o salvamento das almas que nele deixam as suas vidas!
Tal como o João Marques nos adverte para a "lucidez" e o "realismo", dos que se abrem à solidariedade de momento, também eu e foi para esta advertência que pesou esta minha Reflexão,ao contrário dos inimigos do povo israelita, que foram derrotados e ficaram "mortos à beira mar... não estejam os  inimigos de hoje(EI)em nome dum deus deles, a construir um «Cavalo de Tróia» e no momento que menos se esperar, eles penetrarão continente fora, como fez Ulisses para fazer cair Tróia em Odisseia.
 Que o Divino Pai Eterno mesmo, irado pela maledicência desta sociedade sem lei nem moral, possa vir em socorro deste povo que também é Seu, sobrepondo a MISERICÓRDIA infinita à ira causada por nós, filhos ingratos!
PARA TI SENHOR ELEVO O MEU ESPÍRITO.
MEU DEUS, EM TI CONFIO;NÃO SEJA CONFUNDIDO.
POIS OS QUE ESPERAM EM TI NÃO SERÃO CONFUNDIDOS,
MAS SEJAM CONFUNDIDOS OS QUE ATRAIÇOAM SEM MOTIVOS.

BENDITO SEJAS SENHOR DOS SENHORES, REI DOS REIS!
AGORA E PARA SEMPRE! ÁMEN, ÁMEN!
Nema, escrava de Maria

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DISSERAM QUE ESTAVAS NO LADO ERRADO!

QUANDO A VIDA DE UMA CRIANÇA CHOCA O MUNDO CIVILIZADO!
Disseram que estavas no lado errado! Pois bem, agora a sós contigo quero dizer-te que também fiquei muito triste por te ver tão sozinho junto às águas, que são terríveis, mas de uma beleza divinal, pois o Criador, quando as formou, fez questão de lhe dar as cores e a grandeza que as tornam únicas e superiores a todo o ser vivente que as povoa e à outra parte que lhes faz de muralha.
Agora que te encontras na Terra da Verdade e conheces todas as maldades que o homem cá de baixo vai praticando, sabes e sentes quão triste é haver tanta malvadez praticada contra as crianças como tu que são vítimas inocentes às mãos de outros tantos Herodes como aquele  que no tempo do nosso Irmão mais velho JESUS, mandou matar tantos inocentes, só porque Esse nosso irmão ainda bebé já o incomodava, assim também hoje se matam, e tu agora sabes a VERDADE, tantos inocentes como tu e da pior maneira possível e bárbara, não é verdade?
Tu, conseguiste que o mar te trouxesse nas palmas das suas ondas e te pusessem de mansinho à beirinha delas, para mostrarem aos humanos que elas tanto devolvem o que não lhes pertence, com delicadeza, como o fazem brutalmente!
Mas voltemos a falar de inocentes como tu!

Tu és a testemunha real e viva para penalizar os humanos que do lado errado onde estavas, continuam a matar barbaramente, muitos inocentes como tu... E que fazem os civilizados que falam de ti, NESTE MOMENTO? NADA! NADA!
Brada aos céus imagens como esta que eu escolhi... Pensas que estou a exagerar. Não! Claro que não...eu sei!  
É verdade, não são apenas os inocentes que perdem a vida, assassinados, eu sei, também os há que se tornaram joguete dessas mãos assassinas, que por taras e brincadeiras felinas se apoderam desses pequenos seres como tu.
Só que tu adormeceste no seio desse mar que te entregou aqueles que te amam. Estes são dolorosamente arrancados das mãos de quem os criou, para as mãos dos que se tornaram piores que os animais,  para se exibirem triunfantes do acto escabroso e que os faz sentirem-se homens fortes!
Ao terminar este meu monólogo, olhando o escândalo das mortes dos inocentes das formas mais cruéis que um ser humano pode praticar, no início deste século XXI, supostamente num tempo de grandes evoluções físicas, tecnológicas e humanas, NÃO POSSO DEIXAR DE DENUNCIAR, como é possível nos comportarmos como o homem das cavernas!? TRISTE É DIZÊ-LO, MAS AS ACÇÕES CONFIRMAM ESTA VERDADE !
"Deixai vir a Mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele."
"E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são movidas pelos jumentos e lançarem-no ao mar."
(Mc. 9,42;10,14-15)

Nema, escrava de Maria

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O FRUTO PODRE DOS NOSSOS DIAS!

AS PROFECIAS QUE FORAM PREDITAS AO LONGO DOS SÉCULOS SOBRE OS TEMPOS DE APOSTASIA ESTÃO CUMPRINDO-SE!

http://aparicaodelasalette.blogspot.pt/








Este link é a confirmação dessas mensagens e a quem são dirigidas!

O QUE SABES ACERCA DA TERRA?

«Céu, Tu; Terra, Tu»

 
         Os católicos celebram hoje, 1 de setembro de 2015, o primeiro Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, instituído pelo papa Francisco. A data será assinalada anualmente, como já o faz a Igreja ortodoxa.
 
«Sabes quem determinou as suas dimensões [da terra]? Quem estendeu a régua sobre ela? Sabes em que repousam as suas bases, ou quem colocou nela a pedra angular?» Estas interrogações prementes que Deus, o Criador, lança a Job no fim do longo tormento do «homem de Uz» (Job 38,5-6), fazem intuir a estrutura da cosmologia bíblica. O universo é concebido como uma imensa plataforma circular ou quadrada (fala-se muitas vezes das suas «quatro extremidades»), apoiada sobre poderosas colunas que a sustentam sobre a extensão do oceano, símbolo das águas caóticas e do nada. Eleva-se sobre ela a grandiosa cúpula do céu.
Para reconstruir a imagem bíblica da terra há que regressar à página inicial da Escritura, ao livro do Génesis, e, por uma questão de exatidão, ao relato da criação. Assim como os continentes aparecem graças à retração dos oceanos, também a criação aflora graças à retração de Deus, que causa e domina a realidade da criação, mas sem a absorver. Esta imagem de Hölderlin permite-nos ilustrar a visão bíblica da finitude da terra, do seu limite, do facto de ela estar suspensa sobre o oceano do nada.
Tem sido muitas vezes observado que o nada é inexprimível numa cultura realístico-simbólica como a semita, que ignora abstrações, conceitos formais e essenciais. Contudo, na página do Génesis atrás referida, envereda-se pela expressão da "creatio ex nihilo", como dirá, literalmente, a linguagem teológica medieval. Esta é, obviamente, simbólica. Com efeito, no segundo versículo do Génesis, lemos: «A terra era "tohu wabohu" e as trevas cobriam o abismo.»
Esse "tohu wabohu" é um termo onomatopaico que, também na sua fonética grosseira e rude, evoca uma superfície desértica, desolada e esquálida, indicando por isso ausência de vida, silêncio, morte, ou seja, precisamente o contrário daquilo que Deus fará imediatamente florescer. Há, depois, as «trevas», negação da luz; "’or", «a luz», será, com efeito, a primeira entidade a aparecer.
Por fim há o «abismo», em hebraico "tehôm" (faz referência a Tiamat, a divindade mesopotâmica do caos), que se escancara sob a terra, concebida precisamente – segundo o que acabámos de dizer – como uma plataforma sustentada por colunas que se elevam sobre o abismo vertiginoso, onde se acumulam as águas caóticas (outro símbolo negativo).
Deserto, trevas e abismo representam a tríade obscura do nada, que é vencida pela palavra divina criadora. A criação, que não é infinita porque assim se identificaria com Deus, mantém-se suspensa sobre as crateras do nada, de onde saiu mediante o «dizer» de Deus e o seu "bara’", que é aquele verbo colocado no «título» do Génesis («No princípio Deus criou ["bara’"] o céu e a terra»), e que remete simbolicamente para o trabalho do lenhador, daquele que corta os troncos, e do pedreiro, que também tem um equivalente no verbo fenício, língua afim ao hebraico. Ora, este equilíbrio instável entre ser e nada, sobre o qual a terra se mantém, tem a sua representação simbólica na linha de rebentação das ondas, no litoral, onde parece estender a fronteira móvel entre "jam", o «mar», e "’erez", a «terra».
 
Nos mitos cananeus, próprios da população indígena da Palestina, Jamm era uma divindade negativa que se opunha a Baal, o deus da vida e do ser. A Sabedoria divina, no hino do capítulo 8 dos Provérbios, assiste o Criador no ato delicado de suspender a terra sobre o mar caótico, sinal do nada: «[Eu estava a seu lado] quando fixava ao mar os seus limites, para que as águas não ultrapassassem a sua orla» (Pr 8,29). O terror do nada, que precisamente na linha de rebentação da costa marinha tenta alcançar o esplendor da criação terrestre, só é superado porque Deus se ergue de dedo apontado contra o adversário aparentemente físico, mas na realidade metafísico. Representado como uma criança rebelde envolta em faixas, ou como um prisioneiro perigoso aferrolhado num cárcere de segurança máxima, o mar, embora continuando a agitar-se com as suas ondas e os seus monstros, é submetido ao imperativo divino, como ainda hoje se lê no livro de Job: «Quem pôs diques ao mar, quando, impetuoso, saía do seio materno, quando Eu lhe dava por manto as nuvens, e o enfaixava com névoas tenebrosas?
Encerrei-o dentro dos limites que tracei, e pus-lhe portas e ferrolhos, dizendo: “Chegarás até aqui; não mais além; aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas!”» (Job 38,8-11).
A força agressiva do mar-nada-infernos será admiravelmente caracterizada por Job nos dois monstros marinhos: Behemoth, a Besta por excelência, descrita (em Job 40,15-24) como um colossal hipopótamo, e Leviatã, o réptil descrito (em Job 40,25-41,26) como um poderoso crocodilo, transformado, na famosa citação do escritor americano Herman Melville (1819-1891), no implacável cetáceo "Moby Dick". A representação do Leviatã é, em Job, uma celebração do senhorio supremo do Criador, que até se pode dar ao luxo de brincar com ele como um passarinho, atando-o para divertimento das crianças (cf. Job 40,29). Também é por isso que, segundo uma tradição judaica, o Leviatã será morto e preparado para o banquete messiânico dos justos. É por isso que a humanidade, segundo o salmista, se pode aproximar sem medo do «mar grande e vasto, onde se agitam inúmeros seres, animais grandes e pequenos». E continua: «Nele passam os navios e ainda o Leviatã, monstro que Tu criaste, para ali brincar» (Sl 104,25-26). A extrema surpresa será na re-criação apocalíptica, quando João, contemplando o «novo céu» e a «nova terra», se aperceberá de que «o mar já não existia» (Ap 21,1). A instabilidade e o limite da terra serão então resolvidos mediante a eliminação da realidade negativa em termos simbólicos, o mar, precisamente.
Mas voltemos a contemplar a terra saída das mãos do Criador, segundo a narração septenária do citado capítulo 1 do Génesis: vegetação, mundo animal e humanidade povoam o horizonte terrestre. Nós, porém, gostaríamos de referir ainda o citado primeiro discurso de Deus nos capítulos 38 e 39 de Job, um fresco estupendo em dezasseis estrofes – segundo a mística dos números, os quatro pontos cardeais de uma topografia perfeita – que faz fluir diante do leitor a irreprimível fantasia do Criador, cujo "’ezah", cujo «plano», escapa à catalogação racional do homem, revelando uma racionalidade superior em que tudo tem unidade e sentido.
 
Este discurso divino é um momento capital na economia do poema teológico de Job. A plataforma terrestre suspensa sobre o abismo, o mar, a aurora, a luz e as trevas, a neve e o granizo, a chuva, o orvalho e o gelo, os astros e a mecânica celeste, os furacões, os animais selvagens, a genética da cabra montês, a liberdade instintiva do onagro ou asno selvagem, a força do búfalo, a rapidez da avestruz, a beleza do cavalo, o sabor da presa para o faisão: Estamos na presença de uma espécie de filme transbordante de maravilhas, que partem da arquitetura cósmica para chegar ao misterioso afastamento das cabras monteses no momento do parto, incluindo a elegância ousada do cavalo e a estupidez desajeitada da avestruz. São estas as obras da decoração terrestre que o Criador espalhou sobre a superfície terrestre.
 
Desconcertante mistura de ordem e extravagância, a terra atormenta e exalta o homem. Numa página de luto, Jeremias descreve uma terrível seca, flagelo endémico da Palestina, como também o são os gafanhotos devoradores cantados por outro profeta, Joel (cf. Jl 2,3-9):
«Os seus chefes enviaram os servos à procura de água. Estes foram às cisternas, porém, não encontraram água, e voltaram com os recipientes vazios; cheios de vergonha, cobrem a cabeça. Como o solo está ressequido e não cai chuva sobre a terra, os agricultores desesperam e cobrem o rosto de tristeza. Até a gazela, depois de dar à luz no campo, abandona a sua cria, porque não há verdura. Os asnos selvagens param nos montes e aspiram o ar, como chacais. Os seus olhos perderam o brilho, por falta de erva» (Jr 14,3-6).
Vem, contudo, o inverno, e Deus «espalha a neve como aves que pousam; ela cai como gafanhotos que se abatem; os olhos admiram a beleza da sua brancura e o coração maravilha-se de a ver cair. Deus derrama sobre a terra a geada como sal; quando se congela, torna-se como pontas de espinhos» (Sir 43,18-19).
Vem depois a primavera, com as suas chuvas fecundas. Cabe ao Salmo 65 oferecer-nos um quadro primaveril, esmaltado de cores e envolto nos sons de Vivaldi de uma festa folclórica. Deus passa no céu, qual «cavaleiro das nuvens e das águas derramadas pelas estrelas», como diziam os indígenas cananeus, para os quais a divindade mergulhava na terra confundindo-se com ela, fazendo-a germinar com o seu beijo e o seu sémen. Eis, pelo contrário, o idílio bíblico:
«Cuidaste da terra e tornaste-a fértil, cumulando-a de riquezas. Enches, a transbordar, os rios caudalosos e fazes brotar o trigo; assim preparas a terra. Regas os seus sulcos e aplanas as leivas; amoleces a terra com chuvas abundantes e abençoas as suas sementeiras. Coroas o ano com os teus benefícios; por onde passas, brota a abundância. Vicejam as pastagens do deserto, as colinas vestem-se de festa. Os campos cobrem-se de rebanhos e os vales enchem-se de trigais. Tudo aclama e grita de alegria» (Sl 65,10-14).
Deus dá uma veste digna de Botticelli à terra primaveril: coroa de flores, cinturão, vestido verde salpicado de branco, manto dourado. O elemento mais sugestivo, porém, é aquela espécie de alegre procissão popular final, quando todas as criaturas se encaminham para o Criador, cantando, dançando e louvando-o. Há, portanto, um cântico de resposta da criação, que louva o Criador.
 
É a isso que Teilhard de Chardin (1881-1955), o famoso jesuíta cientista, chamará a "Missa cósmica": encontrando-se no deserto chinês sem pão nem vinho, celebrará uma liturgia eucarística espiritual e ideal, em que, mediante a oração e a contemplação da natureza, a própria matéria era consagrada e louvava a Deus, revelando-o e adorando-o. «Tudo o que respira louve o Senhor», reza o último versículo do Saltério (Sl 150,6). Mais uma vez, uma música de fundo permeia o ser. E a partitura é mística.
É por isso que a terra, na Bíblia, se transformará num sinal, em particular aquele pequeno espaço chamado "’erez", a «terra» por excelência, ou seja, a terra prometida a Israel (leia-se Dt 8,7-10). Jeremias chegará ao ponto de a chamar como se fosse uma pessoa: «"’erez, ’erez, ’erez"! Ouve a palavra do Senhor!» (Jr 22,29). E, lentamente, ela se converterá em imagem da terra perfeita, re-criada por Deus para os justos: «Os que o Senhor abençoar possuirão a "’erez" [...]. Os justos possuirão a "’erez"e nela viverão para sempre» (Sl 37,22.29); são palavras que Jesus retomará no seu Sermão da Montanha: «Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra!» (Mt 5,5). Trata-se de uma terra onde a justiça triunfará, uma terra «cheia do conhecimento do Senhor, tal como as águas que cobrem a vastidão do mar» (Is 11,9).
É nesse sentido, portanto, que «o canteiro que tão nos faz ferozes» – como dizia Dante no "Paraíso" (XXII, 151) – se torna aos olhos do crente uma espécie de pergaminho em que está escrita uma mensagem que fala do Criador. Ou antes, na terra há uma presença divina permanente e ubíqua, que assim se expressava na "Canção Tu", texto poético da tradição dos Hassidim, corrente mística hebraica que floresceu na Europa central a partir do século VIII: «Onde quer que eu vá, Tu; onde quer que eu me detenha, Tu; só Tu, ainda Tu, sempre Tu! Céu, Tu; Terra, Tu. Para onde quer que eu me vire, para onde quer que olhe, Tu; só Tu, ainda Tu, sempre Tu!».
 
Card. Gianfranco Ravasi
Presidente do Pontifício Conselho da Cultura
In "Onde estás, Senhor?", ed. Paulinas
Publicado em 01.09.2015
 
Fonte: Pastoral de Cultura

Ó SENHOR PODEROSO E CLEMENTE VEM NÃO TARDES!

Estado Islâmico: Chegaremos à Roma, à Praça de São Pedro e faremos execuções massivas de infiéis cristãos.

n/d
01.09.2015 -

Uma entrevista feita com um suposto soldado do Estado Islâmico pede alerta para o governo de Roma, pois os extremistas ameaçam invadir a cidade italiana e executar os católicos que assistem as missas na Praça de São Pedro.
“Chegaremos à Roma, à Praça de São Pedro e faremos execuções massivas de infiéis”, teria dito o soldado segundo a organização pela liberdade religiosa MasLibres.org.
n/d
O jihadista teria afirmado que a lei de Alá é para que todos os infiéis sejam mortos e que “morrer por Alá é o melhor destino que uma pessoa pode escolher”.
O Maslibres.org garante que a entrevista foi feita há mais de um mês, mas por motivos de segurança resolveu proteger o nome do repórter que conseguiu entrevistar o terrorista.
Além das palavras de ameaça, a reportagem conseguiu imagens do membro do EI e mostrou algumas atividades realizadas por ele.
O terrorista foi identificado como Adam A1 N, nascido na Alemanha, filho de uma polonesa católica com um palestino procedente da Jordânia. O jovem se considera um “servidor de Deus, um crente fiel ao único Deus” e afirma que está disposto a fazer qualquer coisa por Alá.
n/d
“Farei qualquer coisa por Alá e, se tiver que me converter em mártir, será o melhor destino que ele escolherá para mim. Ser crente é uma aventura maravilhosa na minha vida. Tinha quinze anos quando meus olhos se abriram para ver o único Deus. Então entendi a palavra de Alá dizendo que os infiéis são piores que animais”, disse.
O jovem ainda faz uma ameaça: “Convertam-se enquanto é tempo”. Quem descumprir a ordem irá morrer, segundo ele.
n/d
Adam A1 N entrou para a organização terrorista em 2012 na Síria onde foi treinado e participou de assaltos e outras ações do grupo. Ele chegou a tentar voltar para a Alemanha para visitar sua mãe que estava doente, porém foi deportado à Polônia pelo Serviço Federal de Inteligência sendo acusado de terrorismo. Com informações ACI Digital via Gospel Prime
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Ó Deus, que sois poderoso sobre todas as coisas...
n/d
Ouvi a voz daqueles que não têm outra esperança; livrai-nos das mãos dos malvados, e livrai-me de minha angústia". (Ester 14, 19)
"Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam - porque é imensa a maldade dos povos"! (Joel 4, 13)
"Vede! É o nome do Senhor que vem de longe, sua cólera é ardente, uma nuvem pesada se levanta, seus lábios respiram furor, e sua língua é como um fogo devorador". (Isaías 30, 27)
"Foi em ti que se encontrou o sangue dos profetas e dos santos, como também de todos aqueles que foram imolados na terra" (Apocalipse 18, 24).
n/d
"Por isso, num só dia virão sobre ela as pragas: morte, pranto, fome. Ela será consumida pelo fogo, porque forte é o Senhor Deus que a condenou.
Hão de chorar e lamentar-se por sua causa os reis da terra que com ela se contaminaram e pecaram, quando avistarem a fumaça do seu incêndio.
Parados ao longe, de medo de seus tormentos, eles dirão: Ai, ai da grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Bastou um momento para
tua execução!" (Apocalipse 18 , 8-10).
Fonte: Rainha Maria

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A IMPUREZA NÃO É O QUE ENTRA, MAS O QUE SAI DO CORAÇÃO HUMANO!

Torna o teu coração próximo de Deus e dos pobres
«Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. (…)
Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: “Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?”.
Jesus respondeu-lhes: “Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim’. (…) Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens”.
Depois, Jesus chamou de novo a si a multidão e começou a dizer-lhe: “Escutai-me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior do homem é que saem as más intenções”.» (Marcos 7, 1-8.14-15.21-23, Evangelho do 22.º Domingo do Tempo Comum, 30.8.2015)
Jesus vivia as situações de fronteira da vida, encontrava as pessoas onde estavam e atravessava com elas os territórios da doença e do sofrimento: onde chegava, nas povoações, cidades ou no campo, levavam-lhe os doentes, suplicando-lhe que ao menos pudessem tocar a franja da sua capa. E quantos o tocavam eram salvos (Marcos 6,56). Daqui vinha Jesus, trazendo nos olhos a dor dos corpos e das almas, a par da exultação irreprimível dos curados.
É diante deste Jesus que fariseus e escribas o provocam com minudências: mãos lavadas ou não, questões de vasilhas e de objetos. Compreende-se como a réplica de Jesus é decidida e, ao mesmo tempo, cheia de sofrimento: hipócritas! Vós tendes o coração distante. Distante de Deus e do homem.
O grande perigo, para os crentes de cada tempo, é viver uma religião de “coração distante”, feita de práticas exteriores, de fórmulas recitadas só com os lábios; de se contentar com o incenso, a música, a beleza das liturgias, mas não socorrer os órfãos e as viúvas (Tiago 1,27, 2.ª Leitura).
O perigo do coração de pedra, endurecido, do “coração distante” de Deus e dos pobres, é aquele que Jesus mais teme. «O verdadeiro pecado para Jesus é, antes de tudo, a recusa de participar na dor do noutro» (J.B. Metz) e a hipocrisia de uma relação apenas exterior com Deus.
Ele propõe o regresso ao coração, para uma religião da interioridade. Não há nada fora do homem que nele entrando o possa tornar impuro; são, em contrapartida, as coisas que saem do coração do homem…
Jesus desconstrói todo o preconceito acerca do puro e do impuro, esses preconceitos tão difíceis de morrer. Cada coisa é pura: o céu, a Terra, todo o alimento, o corpo do homem e da mulher. Como está escrito: «Deus viu e tudo era bom».
Jesus bendiz de novo as coisas, incluindo a sexualidade humana, que nós associamos de imediato ao conceito de pureza e impureza, e atribui ao coração, e só ao coração, a possibilidade de tornar as coisas puras ou impuras, de as manchar ou de as iluminar.
A mensagem festiva de Jesus, tão atual, é que o mundo é bom, que todas as coisas são boas, que és livre de tudo o que é aparência. Que deves proteger com todo o cuidado o teu coração porque é nele que está a fonte da vida.
Fora com o supérfluo, os formalismos vazios, tudo o que é entulho cultural, que Ele chama «tradições dos homens». Livre e novo regresso ao Evangelho, que liberta e renova.
Que respiração de liberdade com Jesus: abre o Evangelho e é como um sopro de ar fresco no cinzentismo dos discursos óbvios e habituais. Deixa o Evangelho fluir para seres tocado pela suave brisa de uma perene frescura, um vento criador que te regenera, porque chegaste, regressaste, ao coração feliz da vida.
 
Ermes Ronchi
In
"Avvenire"
Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 31.08.2015

MAIS UM DIA TERMINA E OUTRO COMEÇA!

Um novo dia

Ao acordar pela manhã, sorrio. Tenho diante de mim um dia novo em folha. Nós vemo-lo como uma página de agenda, marcada por um número e um mês. Tratamo-lo com ligeireza, como uma folha de papel. Se pudéssemos revolver o mundo e ver este dia elaborar-se desde o fundo dos séculos, compreenderíamos o valor inestimável de um só nosso dia.
De 2015 consumaram-se já 244 dias e restam-nos ainda 121. Assim leio na minha agenda sob a data de 1 de setembro. Deste veloz curso do tempo não nos preocupamos, e por isso foi cunhada a expressão «enganar o tempo», não tanto para procurar arrancar-lhe qualquer coisa mais, mas sobretudo para o queimar mais depressa.
Precisamente num livrinho intitulado “Enganar o tempo” encontro a belíssima reflexão de Madeleine Delbrêl (1904-1964), uma extraordinária mística francesa que viveu nos bairros operários pobres da periferia parisiense.
 O seu é um convite a descobrir não só o valor do tempo, mas também o de ser guardador de um mistério: nele, com efeito, aninha-se uma centelha de eternidade. E isto não apenas porque Cristo, ao incarnar, depositou uma semente divina na nossa condição de criaturas, mas também porque é aqui e agora que nós construímos o destino futuro de luzes ou de sombras, de glória ou de silêncio.
O salmista convida-nos, cada dia, a rezar assim: «Senhor, ensinai-nos a contar os nossos dias, e teremos a sabedoria do coração» (90, 12). Cada novo dia foi para nós pensado por Deus desde a eternidade, e nele se encerra um pequeno mistério de salvação.
 
P. (Card.) Gianfranco Ravasi
Presidente do Pontifício Conselho da Cultura
In
"Avvenire"
Trad. / adapt.: Rui Jorge Martins
Publicado em 31.08.2015
 

QUEM É UM VERDADEIRO CATÓLICO?

Quem se diz católico e não vive sua Fé, escandaliza
Cidade do Vaticano-  Gaudium Press) -
 
 No domingo, 30, com a Praça de São Pedro repleta de fiéis e peregrinos de todo o mundo, durante a oração mariana do Angelus, Francisco comentou sobre o Evangelho do dia que apresenta uma disputa entre Jesus e alguns fariseus e escribas, sobre o valor da ‘tradição dos antigos' judeus.
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Francisco convida todos a fazer distinções entre os "preceitos dos homens" que não são "os mandamentos de Deus":
"As antigas prescrições compreendiam não somente os preceitos de Deus revelados a Moisés, mas uma série de regras que especificavam as indicações da lei mosaica. Os interlocutores aplicavam tais normas em modo muito escrupuloso e as apresentavam como expressões de autêntica religiosidade. Portanto, repreendiam Jesus e os seus discípulos pela transgressão delas, em particular, daquelas em relação à purificação exterior do corpo. A resposta de Jesus tem a força de um pronunciamento profético: ‘Ignorando o mandamento de Deus, observam a tradição dos homens'."
Disse o Papa que Jesus ensina para nós, hoje, sobre o perigo de nos considerarmos "melhores que os outros pelo simples fato de observar as regras, as tradições".
"A observação literal dos preceitos é alguma coisa de estéril se não muda o coração e não se traduz em comportamentos concretos" afirmou Francisco.

Os "muito católicos"
"Todos sabemos, nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e fazem escândalo aquelas pessoas que se dizem ‘muito católicas' e vão frequentemente na igreja mas, depois, na sua vida quotidiana, descuidam da família, falam mal dos outros e assim por diante. Isso é aquilo que Jesus condena", porque é um testemunho contra a vida cristã, disse de improviso o Papa Francisco colocando em causa a vida nas comunidades eclesiais.

"Prosseguindo na sua exortação", Francisco destacou: "Jesus foca a atenção sobre um aspecto mais profundo e afirma: ‘Não existe nada fora do homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro. Mas são as coisas que saem do homem que o tornam impuro'":

"Não são as coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo pelo amor de Deus. As atitudes exteriores são a consequência daquilo que decidimos no coração, mas não o contrário. Com as atitudes exteriores, se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos. Portanto, é o coração que deve ser purificado e se converter. Sem um coração purificado, não se pode ter mãos realmente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor."

Um coração puro
O Papa, então, fez uma oração a Maria:
"Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia. Esse é o adjetivo que Jesus disse aos fariseus: ‘hipócritas', porque dizem uma coisa e fazem outra. Livre de toda hipocrisia, assim, que sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor. " (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano)
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/72633#ixzz3kVyJ0Win
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

O 3º SEGREDO DE FÁTIMA... FALSO OU VERDADEIRO?

Um segredo de Fátima falso e um verdadeiro
Do site Rainha Maria:
A falsa irmã Lúcia e o falso Terceiro Segredo de Fátima. Qual seria então o verdadeiro segredo e qual o objetivo dos que divulgaram a falsificação?
        13.05.2015 -
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Em se tratando de uma postagem de blog, tratamos sucintamente aqui acerca do Terceiro Segredo de Fátima divulgado no ano 2000 pelo Vaticano, embora o assunto devesse ser objeto de profundos estudos dos católicos tradicionalistas anticomunistas.
No início deste milênio a mídia e o mundo ainda festejavam a queda do comunismo na Rússia e no leste europeu. Ora, passados 15 anos desde a divulgação do Terceiro Segredo, o que podemos chamar de comunismo invisível avança quase sem resistência, e realiza a destruição das famílias pelo aborto, o divórcio e o casamento homossexual, como também a destruição da propriedade privada e de toda ordem jurídica nos países de governos socialistas em toda a América Latina. Prossegue a invasão russa na Ucrânia, e as nações vizinhas temem as ambições expansionistas de Vladimir Putin. Há ainda a perseguição aos cristãos pelo Islã e a invasão muçulmana da Europa. Esta é uma visão muito resumida do estado atual do mundo.
Há três aspectos que queremos ressaltar nas aparições e na Mensagem de Fátima. O primeiro ponto, para o qual chamamos a atenção dos leitores, é que o tema Fátima muitas vezes é tratado de forma isolada sem a conexão histórica com as aparições mariais na França, em La Sallete (1846), em Lourdes (1858) e na Rue de Bac (1830). Também é prejudicial para o público católico que não se destaque o estreito vínculo entre Fátima e a expansão dos erros da Rússia no mundo por meio do comunismo. Com efeito, o ano de 1917 é importante na história da humanidade, pois em 13 de maio Nossa Senhora apareceu em Fátima. Foi também o ano da revolução comunista, que explodiu em outubro na Rússia. E em Roma São Maximiliano Maria Kolbe viu os maçons desfilarem portando um estandarte em que Lúcifer esmagava São Miguel Arcanjo.
O segundo ponto que merece atenção, é que nos últimos anos a própria identidade da Irmã Lúcia passou a ser questionada. Surgiram análises que sustentam que a Irmã Lúcia que aparece nas fotografias até 1960, não é a mesma pessoa que aparece após essa data.
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Essa misteriosa substituição é analisada nas fotografias e comentários estampados no site norte-americano Tradition in Action, que postou várias matérias a esse respeito, e a ele remetemos os leitores (1). Não cabe aqui especularmos o que aconteceu com a verdadeira: se morreu de causas naturais, ou foi encarcerada, ou mesmo assassinada.
O terceiro ponto diz respeito à autenticidade da terceira parte da Mensagem de Fátima – o assim chamado Terceiro Segredo de Fátima – que vem sendo questionada. A nosso ver, o que foi apresentado pelo Vaticano no ano 2000 não corresponde à carta que a Irmã Lúcia encaminhou ao Papa, para ser aberta e revelada ao mundo a partir de 1960. Qual seria então o verdadeiro segredo e qual o objetivo dos que divulgaram a falsificação?
Como se sabe, a Mensagem (ou Segredo) de Fátima foi transmitida por Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima na terceira aparição, em 13 de julho de 1917, e comporta três partes. A primeira é a visão do inferno, que deixou as três crianças apavoradas. Na segunda parte, em síntese, Nossa Senhora diz que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração, e anuncia que a Primeira Guerra vai acabar logo. A Segunda Guerra virá depois de uma noite iluminada por uma luz desconhecida. Diz que virá pedir a consagração da Rússia e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se não atenderem a esses pedidos, a Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Imaculado Coração triunfará. A terceira parte é o famoso Terceiro Segredo.
Nossa Senhora, na segunda parte da Mensagem de Fátima, alerta o povo católico contra a revolução comunista, pois o primeiro país em que o comunismo conseguiu se instalar vitoriosamente foi a Rússia cismática, e isto aconteceu no final do mesmo ano de 1917. Este país depois provocou guerras e perseguições à Igreja, inclusive por meio da infiltração dos erros comunistas na Igreja Católica.
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No início dos anos 60 veio o Concílio Vaticano II. A Igreja Católica passou então por uma grande mudança, o modernismo que havia sido condenado com vigor pelo Papa São Pio X ressurgiu com o nome de progressismo. Já nas aparições de La Salette (1846), Nossa Senhora mostrara a decadência do clero, chegando a dizer que os padres tinham se tornado “cloacas de impureza”. Esta situação se agravou após o Concilio Vaticano II, com o advento da “missa nova” e o processo de autodemolição da Igreja. Houve grande crise de fé. Como o Terceiro Segredo devia ter sido divulgado no início da década de 1960 e não o foi, temos a convicção de que essa gravíssima omissão se deveu ao fato de Nossa Senhora, nessa terceira parte de sua Mensagem, haver dito que não devia ser feito o Concilio, que não se fizessem alterações na santa missa e na liturgia, e também de ter prevenido sobre a ação de “pastores demolidores” da fé católica.
Agora passamos a discorrer sobre a terceira parte da Mensagem de Fátima e qual a intenção dos pastores demolidores e prelados modernistas ao adulterarem o seu conteúdo.
Ora, até o ano 2000 os católicos em geral mantinham um olhar de grande esperança sobre as aparições de Fátima, considerando seu papel fundamental na solução da apocalíptica crise em que a Santa Igreja e o mundo estão mergulhados. E os pecadores, em grande número, olhavam a Mensagem com um temor que era de grande valor, porque era um santo temor de Deus e dos castigos prováveis futuros, o que preparava sua conversão.
Mas o próprio Vaticano não escondeu no ano 2000 qual a verdadeira intenção da divulgação do referido Terceiro Segredo. Com efeito, o porta voz da Santa Sé na época, Joaquim Navarro Vals, membro numerário do Opus Dei, afirmou em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, que “a decisão de publicá-lo vem da convicção de que não se podia deixar Fátima como refém” nas mãos do “tradicionalismo católico antiecumênico” e anticomunista.
Foi o que o porta voz da Santa Sé declarou, numa entrevista a Luigi Accattoli (in Corriere della Sera, de 18 de maio). Eis a pergunta de Accattoli, e a resposta de Navarro-Valls:
– “Fátima foi sempre um ‘cavalo de batalha’ do tradicionalismo católico, anticomunista certamente, mas também antiecumênico. A decisão de publicar a ‘terceira parte’ do segredo não comporta um apoio àquele tradicionalismo? E como se conciliaria um tal apoio com o impulso ecumênico da viagem à Terra Santa?”
[Resposta:] – “A publicação da profecia não comportará em absoluto um apoio papal ao tradicionalismo antiecumênico, o qual abusivamente se havia apropriado de alguns aspectos da mensagem de Fátima, especulando em clave milenarística exatamente sobre presumidos – mas não reais – conteúdos daquele texto inédito. A decisão de publicá-lo vem, antes, da convicção de que não se podia deixar Fátima como refém de uma posição partidarista. Quando [o Segredo] for conhecido, cada aspecto da mensagem de Fátima reencontrará a justa proporção, e o conjunto ficará mais compreensível para todos”.
Pois bem, esta manobra de guerra psicológica revolucionária feita por Navarro-Vals, Cardeal Bertone e Cardeal Ratzinger, devemos reconhecer que infelizmente foi bem sucedida, pois passados 15 anos, muitos católicos consideram que o Terceiro Segredo se referia ao atentado sofrido por João Paulo II em 1981. Não há mais uma graça de conversão ou de verdadeiro temor de Deus. Ocorreu uma apostasia enorme, com numerosos fatos de “autodemolição da Igreja” que seria extenso enumerar. E sobretudo, não se fala mais na devoção ao Imaculado Coração de Maria e na derrota do comunismo e das heresias.
Mas, não foram só os católicos modernistas que caíram na armadilha, pois muitas vezes os católicos tradicionalistas anticomunistas e antiecumênicos são os que fazem a divulgação do falso terceiro segredo sem qualquer ressalva, muitos dos quais, diga-se de passagem, mesmo tendo um conhecimento muito mais profundo sobre o assunto que acima expus de forma resumida, acabaram militando do lado errado, o que é muito triste.
Com efeito, o Terceiro Segredo que foi divulgado, apresenta uma estrada de mártires, uma procissão com um papa, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, como também pessoas do povo, que caminham para o martírio. Mas isto não corresponde aos prelados demolidores, colocados nos mais altos postos da hierarquia eclesiástica, nem ao atual estado de almas das pessoas que vivem fora da virtude, afundados nos vícios capitais.
 A crise da Igreja, que hoje é uma imensa calamidade, já nos anos da década de 1940 chamou a atenção de Irmã Lúcia. Duas cartas, publicadas pelo Pe. Antônio Maria Martins, S. J., em seu livro “O Segredo de Fátima – nas memórias e cartas da Irmã Lúcia” (Ed. Loyola, São Paulo, 1997 – 10ª ed.), mostram como, nelas, a Irmã Lúcia adota outro tom. Vejamos o seu conteúdo:
“ J. M. J.
“Tuy, 19 12 1940
Eminentíssimo Senhor Cardeal Patriarca
.... Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do Mundo e com os de Portugal, queixando-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo, em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos, e religiosas. É limitadíssimo o número das almas com quem se encontra na oração e no sacrifício. Em reparação por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de Carnaval, e substituídas por orações e sacrifícios, com preces públicas pelas ruas. Rogo, pois, a V. Eminência se digne, em união com todos os Bispos de Portugal, promovê-las. ....
Com o maior respeito, peço se digne abençoar a mais humilde serva de V. Eminência.
Maria Lúcia de Jesus”
Ou ainda:
“J. M. J.
Tuy, 4 5 1943
Rev.mo Senhor Padre Superior
Graças a Deus, chegou enfim uma carta de V. Rev.a. Meu Deus, quanto tardou! .... Nem posso pensar que está lá tão longe .... Tive .... que manifestar, ao Sr. Arcebispo de Valladolid, um recadito de Nosso Senhor para os Senhores Bispos cá de Espanha, e outro aos de Portugal. .... [Nosso Senhor] deseja que os [Srs. Bispos] de Espanha se reúnam em retiro e determinem uma reforma no povo, clero e ordens religiosas; que alguns conventos e muitos membros de outros!... entende? .... Se os Srs. Bispos da Espanha não atenderem aos seus desejos, ela [a Rússia] será mais uma vez ainda o açoite com que Deus os pune...
Peço se digne abençoar-me
Ínfima serva de V. Rev.a
Maria Lúcia de Jesus, R. S. D.”
A carta acima mostra quem é a verdadeira Irmã Lúcia, a verdadeira vidente de Fátima. Muito diferente da Irmã Lúcia do pós Concílio Vaticano II.
 
Cremos que o assunto requer ainda uma segunda postagem para tratar do Terceiro Segredo em minúcias. Desta vez, paramos por aqui, pois atingimos nosso objetivo inicial, o de fazermos uma denúncia sobre questões silenciadas por muitos católicos tradicionalistas.
Agradecemos aos amigos, irmãos de ideal e de luta, que nos orientaram na questão “Fátima”, pois, do contrário não teriamos a mínima noção do que se passou. É melhor a verdade, por mais dura e difícil que seja, do que viver no reino da mentira cujo dono é o diabo.
Como felizmente há católicos em vias de se tornarem ultramontanos, católicos tradicionalistas, antiecumênicos e anticomunistas, é também para estes que escrevemos, sempre confiantes nas palavras de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim meu Imaculado Coração triunfará”.
Por Lucas Janusckiewicz Coletta
 
Fonte: http://escritosdesaomaximilianomariakolbe.blogspot.com.br  e  www.rainhamaria.com.br
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Nota de  www.rainhamaria.com.br
Jacinta, uma das videntes de Nossa Senhora em Fátima , em suas últimas palavras, comunicadas à sua madrinha, madre Maria da Purificação Godinho, disse: "Minha madrinha, peça muito pelos pecadores! Peça muito pelos padres! Peça muito pelos religiosos! Os padres só deviam ocupar-se das coisas da Igreja . Eles devem ser puros. A desobediência dos padres e dos religiosos aos seus superiores e ao Santo Padre ofende muito a Nosso Senhor. Sobre o pecado – Os pecados que levam mais almas para o inferno são os da carne.