Após ter escrito sobre o tema tão real quão dramático, que corre pelo mundo:
apercebi-me que algo me incomodava interiormente sobre o êxodo do SÉCULO XXI.
Vim para a minha oficina de trabalho e comecei a esquematizar um novo
trabalho, mas deste vez mais vocacionado, não para o aqui e agora deste drama
que se abateu sobre a Europa, logo sobre nós cidadãos do mundo, mas pensado
mais além, isto é, sobre o amanhã de todos nós.
Por um acaso surgiu-me pela frente o jornal, com o qual fechei ontem esta
minha ferramenta de trabalho, antes de ir descansar:
O "Observador" que é um dos meios de comunicação que eu tenho à
mão para saber o que se passa lá fora e pelo mundo. Iniciei a sua leitura e
deparei-me com a crónica do jornalista João Marques, lia-a e senti que eu
estava em sintonia com o conteúdo dos vários pontos de vista deste senhor. Por
isso, após esta minha introdução deixo-vos o seu trabalho que eu subscrevo plenamente
como desenvolvimento do tema: CRISE DOS REFUGIADOS= O ÊXODO DO SÉCULO XXI.
A CRISE DOS REFUGIADOS
A crise dos refugiados é uma crise geopolítica
João Marques de Almeida 5/9/2015, 0:02
Devemos ter consciência de que os instintos admiráveis não resolvem os
problemas a médio e longo prazo. Como a Europa sabe muito bem, a integração de
imigrantes é uma questão muito complicada.
As imagens são terríveis (e algumas muito tristes) e os instintos da
maioria dos europeus são admiráveis. Aliás não haverá em qualquer outra região
do mundo sociedades com instintos tão solidários como as europeias. Os cidadãos
europeus mobilizam-se para ajudar quem sofre, fazem campanhas para ajudar
estrangeiros e colocam pressão política sobre os seus governos. Perante estes instintos,
qualquer europeu deve sentir orgulho na Europa. E há mesmo Europa e europeus.
De Portugal à Suécia, há europeus com reações semelhantes. Do Reino Unido à
Alemanha, os editoriais dos jornais exprimem os mesmos argumentos. Por tudo
isso, é difícil de entender que muitos daqueles que mostram a existência de uma
Europa de cidadãos solidários simultaneamente ataquem a Europa. Ela está à
frente dos seus olhos, eles fazem parte dela (e estão a construi-la); e mesmo
assim não notam que ela existe. Estou convencido – mas não tenho como provar –
que a educação de várias gerações numa Europa aberta e cosmopolita contribuiu
para a emergência de europeus que entendem que a solidariedade e a obrigação de
ajudar aqueles cujos direitos fundamentais foram grosseiramente violados não se
esgota nas fronteiras nacionais.
Mas se os instintos são admiráveis, por vezes a lucidez do debate é
insuficiente. Devemos ter, antes de mais, a consciência de que os instintos
admiráveis não resolvem os problemas a médio e longo prazo. Como a Europa sabe
muito bem, a integração de imigrantes é uma questão muito complicada. E o
choque que a tragédia provoca, infelizmente, não altera o problema de fundo. Os
novos imigrantes terão que trabalhar e as economias europeias não criam empregos
com a rapidez desejável. Terão que se integrar em países com costumes, línguas
e hábitos muito diferentes. Não será fácil, nem para eles nem para os locais.
Mas, sobretudo, há um problema político. Não faltam na Europa políticos
populistas, demagogos e com discursos anti-democráticos que olham para esta
crise dos imigrantes como uma grande oportunidade política. E ninguém tenha
dúvidas. Vão fazer tudo para a aproveitar.
Muita gente tem criticado a reação dos governos britânico e francês, mas
convêm entender a situação política nos dois países. O Reino Unido prepara-se
para organizar um referendo sobre a Europa. A imigração será o principal tema
da campanha. O UKIP e Farage tudo farão para usar os imigrantes de modo a que a
maioria dos britânicos vote para abandonar a União Europeia. A importância da
manutenção do Reino Unido na UE obriga-nos a entender a reação de Cameron
(embora reconheça que alguma da linguagem usada foi muito infeliz).
Em França, a ameaça não será a saída da UE, mas é igualmente má: chama-se
Frente Nacional. Marine Le Pen e a sua gente olham para a crise dos refugiados
como uma oportunidade para crescer politicamente. O Presidente francês tem que
lidar com os refugiados com a ameaça de Le Pen em mente. Se não o fizesse,
seria altamente irresponsável. A eleição de Marine Le Pen em 2017 seria um
preço demasiado elevado a pagar. Por isso, julgo que Hollande está a
comportar-se muito bem, conseguindo um equilíbrio notável entre a solidariedade
e o realismo político.
Como é óbvio, a Europa não poderá integrar todos os refugiados que se
preparam para abandonar o Médio Oriente e África. O problema de fundo terá que
ser resolvido nessas regiões. Aqui, chegamos à questão central: a questão
geopolítica. Na verdade, estamos perante uma dupla questão. Por um lado, a
grande maioria dos refugiados parte de países a viverem guerras civis: Síria,
Iraque e Afeganistão. Se o número de refugiados continuar a aumentar, os países
europeus voltarão a discutir os méritos (e os perigos) das intervenções
humanitárias. Será uma questão de tempo. Se a Europa se vê obrigada a lidar com
uma crise de refugiados, como resultado de guerras civis e de regimes políticos
radicais e violentos, deixa de haver legitimidade para argumentar que os
assuntos internos desses países não dizem respeito aos países europeus. Claro
que dizem. A estabilidade da Europa começa nesses países.
Por outro lado, há uma estratégia propositada do Estado Islâmico e dos
grupos radicais para enviar refugiados para a Europa. Não é por acaso que o
número de refugiados aumenta com o reforço do poder do EI. Os radicais
islâmicos perceberam que os refugiados irão, a prazo, aumentar a instabilidade
política na Europa e favorecer os nossos próprios radicais. A Europa
democrática está duplamente ameaçada: entre os radicais islâmicos de um lado e
as Frentes Nacionais do outro. Os instintos admiráveis mostram as virtudes
democráticas. Mas não serão suficientes para defender a democracia dessa dupla
ameaça. Para isso, será necessário muita lucidez e muito realismo.
Fonte: Observador
Assim como os judeus tiveram de fugir de um país que os escravizava, assim
vemos nós, hoje repetir-se a História. No entanto, então povos tinham um GUIA=
O SENHOR ABSOLUTO E REI DOS EXÉRCITOS que não só enviou mensageiros para
orientarem o povo para a saída do Egipto, mas ainda os conduziu mar dentro a pé
enxuto.
"O SENHOR disse a Moisés:« Porque clamas por mim?Fala aos filhos de
Israel e manda-os partir. E tu levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e
dividi-o e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar por terra
seca.(...)»
Moisés estendeu a sua mão sobre o mar,e o SENHOR fez recuar o mar com um
vento forte do oriente toda a noite e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se e
os filhos de Israel entraram pelo meio do mar.(...) Os filhos de Israel
caminharam em terra seca, pelo meio do mar e as águas eram para eles um muro à
sua direita e à sua esquerda.
O SENHOR salvou, naquele dia, Israel da terra do Egipto e Israel viu os
egípcios mortos à beira do mar."( Ex. 14, 15-(...)29).
O que diferencia o Êxodo do século IIIa.c. deste do século XXI? Nesse tempo
o povo acreditava num SER SUPERIOR que era o (e é) SENHOR do Universo e foi Ele
que salvou o seu povo dos inimigos. Hoje, o homem entendeu fechar num armário
esse SENHOR, assim como o seu Divino Filho que por nosso amor morreu numa cruz,
fazendo jus da sua inteligência, divinizou-se como homem, bastando-se a si próprio, está numa
vertigem cega acercando-se do abismo. Por isso, hoje perante tão grande crise,
tendo também o mar pelo meio, não tem
solução para o salvamento das almas que nele deixam as suas vidas!
Tal como o João Marques nos adverte para a "lucidez" e o
"realismo", dos que se abrem à solidariedade de momento, também eu e
foi para esta advertência que pesou esta minha Reflexão,ao contrário dos
inimigos do povo israelita, que foram derrotados e ficaram "mortos à beira
mar... não estejam os inimigos de
hoje(EI)em nome dum deus deles, a construir um «Cavalo de Tróia» e no momento
que menos se esperar, eles penetrarão continente fora, como fez Ulisses para
fazer cair Tróia em Odisseia.
Que o Divino Pai Eterno mesmo, irado
pela maledicência desta sociedade sem lei nem moral, possa vir em socorro deste
povo que também é Seu, sobrepondo a MISERICÓRDIA infinita à ira causada por
nós, filhos ingratos!