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"Génesis": Exposição fotográfica de Sebastião Salgado, «ato de amor» ao planeta, vem a Portugal


Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
 
"Génesis", o último grande do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, visto por quase dois milhões de pessoas, vai ser mostrado a partir de 8 de abril, em Lisboa, na Cordoaria Nacional, revela hoje o jornal "Público".
De acordo com o diário, a exposição, com curadoria de Lélia Wanick Salgado, inclui 245 imagens de grande formato captadas entre 2004 e 2011 em lugares recônditos e desconhecidos do planeta.
Uma carta de amor ao nosso planeta, «escrita» não com as letras do alfabeto mas com as imagens: eis as fotografias de Sebastião Salgado, reveladas num preto e branco de tons acentuados, que mostram a beleza da Terra no seu esplendor primordial.
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
Foi com estas palavras que o jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", qualificou as imagens expostas em Roma no ano de 2013, em estreia mundial, juntamente com o Rio de Janeiro, Londres e Toronto.
«Mas mais ainda, [as fotografias] são um gesto de confiança no planeta e no homem», apesar dos estragos e abusos «indiscriminados» que, progressivamente, ameaçam «habitats naturais inteiros, colocando em risco espécies animais e vegetais».
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
Para Gaetano Vallini, que assinou a peça, a exposição revela «um ato de amor e um olhar de esperança no futuro que o grande fotógrafo documentarista brasileiro quis significativamente intitular "Génesis"».
«Com o seu olhar decididamente otimista», Sebastião Salgado mostra a Terra «como era e como de facto ainda é em muitas áreas vastas», um planeta «a contemplar, conhecer e preservar».
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
Na inauguração, o fotógrafo frisou a necessidade de se assumirem «novos comportamentos mais respeitosos pela natureza», para que o «desenvolvimento não seja sinónimo de destruição».
A mostra, com curadoria de Lélia Wanick Salgado, dividiu-se então em cinco secções: Planeta Sul, Santuários da Natureza, África, o Grande Norte, Amazónia e Pantanal.
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
«Das florestas tropicais da Amazónia, do Congo, da Indonésia e da Nova Guiné aos glaciares da Antártica, da taiga do Alasca aos desertos da América e da África, até chegar às montanhas da América, do Chile e da Sibéria, "Génesis" é uma viagem fascinante e poética.»
Salgado viveu nas Galápagos, entre tartarugas gigantes, iguanas e leões marinhos, e acompanhou as migrações anuais dos animais selvagens que atravessam o Quénia e a Tanzânia.
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
Para documentar a vida de populações indígenas, habitou vários meses junto dos índios Yanomani e Caiapó, da Amazónia, dos pigmeus das florestas equatoriais do Congo, dos bosquímanos do deserto do Kalahari, na África do Sul, e de tribos do deserto da Namíbia e das florestas da Nova Guiné, mostrando como vivem em total harmonia com meio ambiente.
«Génesis é a procura do mundo das origens, como tomou forma, evoluiu e existiu durante milénios, antes que a vida moderna acelerasse os seus ritmos e começasse a distanciar-se da essência da nossa natureza. É uma viagem através de paisagens terrestres e marítimas, à descoberta de populações e animais que escapam ao abraço do mundo contemporâneo. A prova de que o nosso planeta inclui ainda vastas regiões remotas, onde a natureza reina no silêncio da sua magnificência imaculada», afirmou a curadora.
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
O casal Salgado criou o Instituto Terra na cidade de Aimorés, no estado brasileiro de Minas Gerais, que em pouco mais de uma década recuperou cerca de sete mil hectares de terrenos degradados.
Sebastião Salgado estudou economia em São Paulo, antes de ir trabalhar para a Organização Internacional do Café, em Londres. A carreira fotográfica começou em Paris, no ano de 1973, primeiro como "freelancer" e, depois, para as agências fotográficas Sygma, Gamma e Magnum.
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Génesis | © Sebastião Salgado
 
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Entre 1986 e 2001 dedicou-se especialmente a dois projetos: descrever a mão-de-obra industrial e documentar as migrações, obras que retratam a brutalidade e a violência entre seres humanos.
"Génesis" muda de perspetiva ao deixar o sentimento de pessimismo despertado pelos trabalhos anteriores, oferecendo agora mais positividade e admiração.

Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
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Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Génesis | © Sebastião Salgado
Imagem Sebastião Salgado | © Sebastião Salgado
Rui Jorge Martins
Publicado em 13.01.2015

Fonte: Pastoral e Cultura

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