Morreu o Rei do Blues. B.B. King tinha 89 anos
Morreu o rei do blues, B.B. King. Tinha 89 anos e terá morrido durante o sono, em sua casa. Sofria de diabetes tipo II e o seu estado de saúde tinha vindo a piorar ao longo do último ano.
Morreu a lenda do blues B.B. King. Tinha 89 anos e morreu esta noite enquanto dormia em sua casa, em Las Vegas, avança a Associated Press. A notícia foi confirmada por Brent Bryson, advogado do músico.
Considerado o Rei do Blues, Riley Ben King influenciou uma geração de músicos com o som da sua guitarra, que carinhosamente apelidava de Lucille, e o seu poder vocal. Foi mentor de grandes guitarristas como Eric Clapton, Jimi Hendrix ou Keith Richards, e, em 2009, foi galardoado com o seu 15º. Grammy na categoria de melhor álbum de blues. Em 1987, entrou para o “Rock and Roll Hall of Fame”.
Apesar de ter continuado a atuar já na casa dos 80 anos de idade, o premiado cantor e guitarrista norte-americano sofria de diabetes e o seu estado de saúde piorou ao longo do último ano. Em outubro, B.B. King teve inclusivamente de interromper um concerto em Chicago (Illinois, norte dos EUA) por cansaço e desidratação, tendo sido anulados os restantes espetáculos previstos nessa digressão.
No mês passado surgiram notícias a indicar que tinha sido internado no hospital, com um quadro de desidratação decorrente da diabetes tipo II de que sofre há mais de 20 anos. Na altura, quando regressou a casa, deixou uma mensagem tranquilizadora aos seus fãs: “Quero agradecer a todos pela preocupação (…). Sinto-me muito melhor e deixo hoje o hospital”, escreveu o músico na sua página no Facebook.
Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, B.B. King ganhou 16 prémios Grammy e gravou mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira. Para a história ficam temas como ‘Three O’Clock Blues’, ‘The Thrill Is Gone’ e ‘When Love Comes to Town’, em colaboração com os irlandeses U2. B.B. King foi um dos inspiradores do músico português Rui Veloso, que com ele tocou em 1990, realizando um sonho de vida.
Entre os clássicos daquele que é considerado um dos maiores guitarristas da história destacam-se também temas como ‘Payin The Cost To Be The Boss’, ‘How Blue Can You Get’, ‘Everyday I Have The Blues’ e ‘Why I Sing The Blues’ e algumas ‘jóias’ do início de carreira, como ‘You Don’t Know Me’, ‘Please Love Me’ ou ‘You Upset Me Baby’.
Memphis, uma comunidade musical que reunia todos os estilos de música afro-americana, era a Meca de todos os músicos do sul e King foi ajudado pelo seu primo Bukka White, um dos maestros dos ‘blues’ daquele período. A sua atuação num programa de rádio de Sonny Boy Williamson chamou a atenção dos especialistas, tendo iniciado de imediato uma série de atuações na ‘Sixteenth Avenue Grill’ e na estação de rádio WDIA.
Nesta altura, BB King era conhecido com o nome Beale Street Blues Boy. Mais tarde decidiu chamar-se Blues Boy King e depois B.B. King. Em meados da década de 1950, King atuava numa sala de twist, no Arkansas, quando alguns espetadores se desentenderam e pegaram fogo ao local. King fugiu da sala mas, ao perceber que se tinha esquecido da “sua querida guitarra acústica” Gibson, que custara 30 dólares, voltou para a recuperar.
Mais tarde, B.B. King descobriu que na origem da discussão entre os espetadores estava uma mulher chamada Lucille, decidiu batizar assim todas as suas guitarras que o acompanharam ao longo da sua carreira.
O seu estilo inspirou muitos guitarristas de rock como Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck. Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Mais tarde participou na maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York.
Em 1989 fez uma série de concertos pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial dos U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema “When Love Comes to Town”.
King casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois com Sue Carol Hall, desde 1958 até 1966.
Considerado o Rei do Blues, Riley Ben King influenciou uma geração de músicos com o som da sua guitarra, que carinhosamente apelidava de Lucille, e o seu poder vocal. Foi mentor de grandes guitarristas como Eric Clapton, Jimi Hendrix ou Keith Richards, e, em 2009, foi galardoado com o seu 15º. Grammy na categoria de melhor álbum de blues. Em 1987, entrou para o “Rock and Roll Hall of Fame”.
No mês passado surgiram notícias a indicar que tinha sido internado no hospital, com um quadro de desidratação decorrente da diabetes tipo II de que sofre há mais de 20 anos. Na altura, quando regressou a casa, deixou uma mensagem tranquilizadora aos seus fãs: “Quero agradecer a todos pela preocupação (…). Sinto-me muito melhor e deixo hoje o hospital”, escreveu o músico na sua página no Facebook.
Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, B.B. King ganhou 16 prémios Grammy e gravou mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira. Para a história ficam temas como ‘Three O’Clock Blues’, ‘The Thrill Is Gone’ e ‘When Love Comes to Town’, em colaboração com os irlandeses U2. B.B. King foi um dos inspiradores do músico português Rui Veloso, que com ele tocou em 1990, realizando um sonho de vida.
Entre os clássicos daquele que é considerado um dos maiores guitarristas da história destacam-se também temas como ‘Payin The Cost To Be The Boss’, ‘How Blue Can You Get’, ‘Everyday I Have The Blues’ e ‘Why I Sing The Blues’ e algumas ‘jóias’ do início de carreira, como ‘You Don’t Know Me’, ‘Please Love Me’ ou ‘You Upset Me Baby’.
Lucille, a história de uma guitarra
Riley B. King nasceu a 16 de setembro de 1925 numa plantação de Itta Bena, no Estado norte-americano do Mississípi. Ali começou a tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da igreja com a Second Street, até 1947, quando rumou à cidade de Memphis para iniciar a sua carreira musical.Memphis, uma comunidade musical que reunia todos os estilos de música afro-americana, era a Meca de todos os músicos do sul e King foi ajudado pelo seu primo Bukka White, um dos maestros dos ‘blues’ daquele período. A sua atuação num programa de rádio de Sonny Boy Williamson chamou a atenção dos especialistas, tendo iniciado de imediato uma série de atuações na ‘Sixteenth Avenue Grill’ e na estação de rádio WDIA.
Nesta altura, BB King era conhecido com o nome Beale Street Blues Boy. Mais tarde decidiu chamar-se Blues Boy King e depois B.B. King. Em meados da década de 1950, King atuava numa sala de twist, no Arkansas, quando alguns espetadores se desentenderam e pegaram fogo ao local. King fugiu da sala mas, ao perceber que se tinha esquecido da “sua querida guitarra acústica” Gibson, que custara 30 dólares, voltou para a recuperar.
Mais tarde, B.B. King descobriu que na origem da discussão entre os espetadores estava uma mulher chamada Lucille, decidiu batizar assim todas as suas guitarras que o acompanharam ao longo da sua carreira.
O seu estilo inspirou muitos guitarristas de rock como Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck. Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Mais tarde participou na maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York.
Em 1989 fez uma série de concertos pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial dos U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema “When Love Comes to Town”.
King casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois com Sue Carol Hall, desde 1958 até 1966.