OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 2 de abril de 2016

CADA UM DE NÓS TEM UMA MISSÃO DADA POR DEUS!


A vocação: Chamado de Deus, resposta do homem
Ir. Alejandro Javier de Saint Amant, EP - 2016/03/28

A vocação, especialmente a religiosa, é expressão da bondade divina. O fato de recebermos de Deus uma missão particular é garantia de não termos sido criados "por acaso".
Todo homem se interroga sobre a finalidade de sua existência.
 Quem sou eu? Para que existo? Qual é meu projeto de vida, de acordo com as qualidades e apetências que sinto em mim? 
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Santo Inácio de Loyola - Paróquia
de Santo Isidoro, Sevilha (Espanha)
Tais perguntas costumam aparecer já na adolescência, mas podem também surgir repentinamente, em qualquer momento da vida, sobretudo diante de situações inesperadas que nos levam a perguntar-nos: "Qual é afinal a minha vocação?".

Em que consiste a verdadeira vocação

A palavra vocação provém do substantivo latino vocatio, que significa chamado, convocação. 

Em linguagem familiar, ela costuma identificar-se com o desejo natural de uma pessoa de exercer determinada profissão, em função de um conjunto de qualidades que a torna especialmente apta para isso. De um jovem com senso prático e facilidade para as matemáticas se dirá que está chamado a ser engenheiro; de outro com especiais dotes artísticos se dirá que tem vocação de pintor, e assim por diante. 

Essa correlação entre as qualidades pessoais e o rumo que damos à nossa existência não deixa de ser verídica, mas aqui analisaremos o tema sob o aspecto religioso e sobrenatural. Deus criou cada ser humano diferente dos demais, e o chama a exercer um papel único no conjunto da criação. Nisto consiste a nossa verdadeira vocação.

Todos os homens são chamados a serem filhos de Deus, a louvá-Lo, reverenciá-Lo e servi-Lo, e mediante isto salvar a alma, segundo a conhecida expressão de Santo Inácio de Loyola. Mas cada qual realiza esta vocação geral seguindo uma via particular: a maior parte dos homens exercendo uma profissão e formando uma família; outros, fazendo parte de uma comunidade religiosa; outros, por fim, santificando os demais por meio da administração dos Sacramentos. 

Em qualquer um desses estados de vida, inclusive no laical, a vocação é a expressão do amor de Deus. Ela leva o homem a sair de si mesmo e ir ao seu encontro, perguntando-se: "O que quer Deus de mim?".

Diálogo entre Deus e o escolhido

Quando a pessoa corresponde a esse chamado, produz-se uma união entre o humano e o divino, entre o tempo e a eternidade, entre a criatura e o Criador. É através da vocação específica de cada um que Deus entra em diálogo com o escolhido, dando-lhe oportunidade de traçar um projeto de vida orientado ao seu próprio bem e ao do conjunto do qual faz parte. Por meio da vocação o homem colabora, de alguma maneira, na construção do Reino de Deus no mundo. 

Assim sendo, a vocação resulta numa maneira particular de a pessoa ver, apreciar e amar a Deus, que, em seguida, desdobra-se em ações concretas. Viver a vocação pessoal na plenitude contribui para a formação de uma sociedade verdadeiramente cristã. 
O jovem rico do Evangelho - Pinacoteca Nacional de Bolonha (Itália).jpg
O jovem rico do Evangelho - Pinacoteca Nacional de Bolonha (Itália)
Essa vocação deve ser entendida, portanto, a partir de uma ­dupla perspectiva: por parte Deus que chama, e por parte do homem, que deve responder com generosidade ao apelo divino. "Vocação e projeto de vida são as duas faces, divina e humana, de uma mesma realidade psicológica profundamente humana".1 

Mas como discernir o projeto de Deus para mim? A resposta a esta pergunta se obtém com muita oração e humildade de coração. Deus sempre dá as luzes necessárias para isto, sobretudo no caso daqueles que são chamados a seguir as vias da perfeição dentro do estado religioso.

Um chamado que exige resposta generosa

Essa interação entre o humano e o divino é notória em certas passagens das Sagradas Escrituras, nas quais encontramos homens e mulheres sendo chamados para uma missão concreta que os obriga a mudar por completo seu projeto inicial. Os planos da Providência se apresentam de modo repentino diante deles, obrigando-os a dar uma resposta imediata e radical. 

Já nas origens do povo de ­Israel constatamos um caso típico em Abraão. Deus lhe ordenou "Sai de tua terra" (Gn 12, 1), e o patriarca "partiu, como o Senhor lhe havia dito" (Gn 12, 4). Obedeceu sem hesitar, não exigiu sinal divino nem colocou condições. 

Diversa foi, entretanto, a reação de Moisés ao ouvir: "E agora, vai! Eu te envio ao faraó para que faças sair o meu povo, os israelitas, do Egito". O peremptório mandato divino foi seguido de uma atitude dubitativa: "Quem sou eu para ir ao faraó e fazer sair os israelitas do Egito?" (Ex 3, 10-11). 

Moisés sente-se incapaz de tão grande tarefa, mas Deus não aceita objeções. Para confirmar a origem divina do encargo, o escolhido recebe um sinal: "‘Joga a vara no chão', disse o Senhor. Ele jogou-a no chão, e a vara se tornou uma serpente" (Ex 4, 3). A seguir, para ajudá-lo a ter a força necessária, o Senhor afirma: "Vai, pois, Eu estarei contigo quando falares, e ensinar-te-ei o que terás de dizer" (Ex 4, 12).
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Abraão se dirige ao Vale de Canaã, por Antoine Étex - Igreja de São Pedro
Nestes dois exemplos fica claro que a vocação é sempre uma iniciativa de Deus e não depende das qualidades da criatura. Há um chamado que exige uma resposta generosa, baseada na fé e sem divagações, uma doação de si.

Cristo nos pede segui-Lo em uma vida nova

Também no Novo Testamento encontramos muitos exemplos de relatos vocacionais caracterizados, neste caso, por serem feitos em e através de Cristo. "Ele é quem dá significado a todos os chamados. Ele é o protagonista; tem consciência de sua missão de profeta e salvador e nos convida a dela participar".

O Messias começa sua vida pública chamando pessoalmente Pedro e André, seus primeiros discípulos: "Vinde após Mim e vos farei pescadores de homens" (Mt 4, 19). Passando adiante, chama também Tiago e João (cf. Mt 4, 20). E no dia seguinte encontra Filipe e diz-lhe: "Segue-Me" (cf. Jo 1, 43). 

Cristo usa a vocação como um meio para reunir em torno de Si os Doze, mas estende também a outros este apelo (cf. Mc 3, 13-14), inclusive aos pecadores (cf. Mt 9, 13). "Toda a sua pregação tem algo que envolve uma vocação: um chamado a segui-Lo numa vida nova".

A resposta afirmativa a esse chamado vem acompanhada de uma ­garantia eterna: "Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me" (Mt 19, 21) - disse Jesus ao moço rico.

Um amigo exigente que indica metas altas


Para os convocados a seguirem os conselhos evangélicos na vida religiosa, Jesus faz uma proposta radical ante a qual todo o resto perde importância. A eles se aplicam com toda propriedade as palavras: "Se alguém Me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Mc 8, 34). 
Moisés e a sarça ardente - Museu de Guadalajara (Espanha).jpg
Moisés e a sarça ardente - Museu de Guadalajara (Espanha)
Isto significa estar pronto para suportar, pelo esquecimento do próprio eu por amor a Jesus, todas as dificuldades que possam surgir ao longo do caminho. "É dar a Ele a preferência sobre todas as coisas, sobre si mesmo, sobre a vida, dispostos para a morte".

"Jesus é um amigo exigente que indica metas altas",5 afirma São João Paulo II. Esta proposta, acrescenta, "pode parecer difícil e em alguns momentos pode mesmo meter medo. Mas - pergunto-vos - será ­melhor resignarem-se a uma vida sem ideais, a um mundo construído à vossa própria imagem e semelhança, ou, pelo contrário, procurar generosamente a verdade, o bem, a justiça, e trabalhar por um mundo que espelhe a beleza de Deus, mesmo que com o custo de se ter de enfrentar as provas que isso comporta?".

A vocação é expressão da bondade divina

Embora o chamado seja individual, há nele uma dimensão comunitária que não pode deixar de ser lembrada neste artigo.

Tendo sido chamados por Deus à comunhão com seu Filho (cf. I Cor 1, 9), é necessário vivermos esta comunhão no Espírito, que anima o Corpo Místico de Cristo na diversidade dos seus dons (cf. I Cor 12, 4). A união de cada batizado com o Filho de Deus supõe a união de todos num mesmo Corpo (cf. At 4, 32), sob a direção dos pastores; quer dizer, a comunidade dos que foram chamados pelo Senhor, ou seja, a Igreja. Por isto Paulo afirma: "Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança" (Ef 4, 4). 

É por meio do cumprimento da vocação que colocamos a serviço do próximo as qualidades a nós dadas por liberalidade. No final de nossas vidas teremos de prestar a Deus contas de nosso comportamento em relação aos outros e a nós mesmos, dos talentos recebidos em função de nossa vocação. "A Palavra de Deus nos assegura que este chamado é um plano de bem, de beleza e de paz pelo qual cada um de nós, com a ajuda do Senhor Jesus, poderá - se quiser - responder ao amor com o amor".
Vocação de São Pedro e Santo André, por Juan de Roelas - Museu de Belas Artes de Bilbao (Espanha).jpg
 Vocação de São Pedro e Santo André, por Juan de Roelas - Museu de Belas Artes de
Bilbao (Espanha)
A vocação é, portanto, expressão da bondade divina. O fato de recebermos uma missão particular é sinal de predileção, uma garantia de não termos sido criados "por acaso", do zelo de Deus por nós e do seu desejo de salvar-nos.

"A vocação é, antes de tudo, dom de Deus: não se trata de escolher, mas de ser escolhido; é resposta a um amor que precede e acompanha. Para quem se torna dócil à vontade do Senhor, a vida se torna um bem recebido que tende, por natureza, a se transformar em oferta e dom".8 Devemos responder generosamente ao chamado de Deus, com a certeza de estar realizando um ato liberador. "De fato, o dom de Deus não anula a liberdade do homem, antes a suscita, desenvolve e exige".9 É nesta adesão à vontade divina que se encontra a verdadeira felicidade.
Fonte: Arautos (Revista Arautos do Evangelho, Março/2016, n. 171, pp. 32 à 33)

NÃO TE PRENDAS ÀS COISAS DESTE MUNDO... OLHA PARA AS COISAS DO ALTO!

São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja 
Sermão 58, o vigésimo sobre a Paixão 

«Os que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. […] E disse-lhes: "Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura."»                                  

Não estejamos presos às coisas deste mundo; que os bens da terra não desviem o nosso olhar do céu. Tomemos por passado o que já não é praticamente nada; que o nosso espírito, agarrado ao que deve viver, fixe o seu desejo nas promessas de eternidade. Embora sejamos ainda «salvos na esperança» (Rom 8,24), embora possuamos ainda uma carne sujeita à corrupção e à morte, podemos com certeza afirmar que podemos viver fora da carne, se escaparmos à influência das suas paixões. Não, já não merecemos o nome desta carne, nós que fizemos o possível por calar os seus apelos. [...]                        

Que o povo de Deus tome portanto consciência que é «uma criatura nova em Cristo» (2Cor 5,17). Que compreenda bem quem o escolheu, e quem ele próprio escolheu. Que o novo ser não reverta para a inconstância do seu antigo estado. Que «aquele que pôs a mão no arado» (Lc 9,62) não cesse de trabalhar, que vele pelo grão que semeou, que não retorne ao passado que abandonou. Que ninguém volte a cair na degradação da qual se separou. E se, porque a carne é fraca, alguém sofre ainda de uma das suas doenças, que tome a firme resolução de se curar e de se engrandecer. Esta é a via da salvação; esta é a forma de imitar a ressurreição começada em Cristo. […]

 Que os nossos passos deixem as areias movediças para caminhar sobre a terra firme, porque está escrito: «O Senhor firma os passos do homem e compraz-Se nos seus caminhos. Mesmo que caia, não ficará por terra, porque o Senhor lhe estenderá a mão» (Sl 36,23s).                                            
Irmãos bem amados, guardai bem estas reflexões no vosso espírito, não apenas para celebrardes as festas da Páscoa, mas para santificardes toda a vossa vida.

Fonte: EAQ

quinta-feira, 31 de março de 2016

A RIQUEZA DO SILÊNCIO NO SEIO DA NATUREZA!

A paz que o mundo ignora
Ir. Lucía Ordóñez Cebolla, EP - 2016/03/28
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Apenas alguns minutos de passeio pelos arredores da Cartuxa da Serra São Bruno bastaram para descobrir que, muitas vezes, o silêncio fala sem precisar de palavras.
Encontrava-se um cartuxo, certa vez, cavando no exterior do seu convento quando, inesperadamente, deparou-se com um vulto. Era o corpo de um monge ali enterrado fazia muito tempo, mas que se conservava incorrupto, como se estivesse vivo, a ponto de haver jorrado sangue fresco dele quando o irmão bateu-lhe com sua pá. Cheio de emoção, o religioso correu para comunicar o milagre ao padre superior, o qual, sem perder a serenidade, lhe disse: "Voltai a fechar a cova".
Tal episódio, que chegou até nós conservando o anonimato de seus protagonistas, bem poderia ter-se dado na Cartuxa onde faleceu seu santo fundador - o Êremo de Santa Maria da Torre, na Calábria -, pois faz parte da regra serem enterrados sem mais caixão do que seu próprio hábito e sem mais epitáfio do que uma cruz. 

Esta ordem religiosa, fundada por São Bruno em 15 de agosto de 1084, atravessou os séculos sem sofrer mudança nos seus estatutos: "numquam reformata quia numquam deformata - nunca foi reformada, porque nunca foi deformada".2 Até hoje, seus conventos brilham por uma mesma forma de vida contemplativa, na qual a austeridade da penitência, o silêncio, o trabalho manual e a oração comunitária se fundem, transformando a vida dos seus integrantes num holocausto de agradável perfume que se evola até Deus. 
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Vista exterior do prédio do mosteiro, um dos corredores do claustro e lagoa da penitência.
Na página anterior, parque externo do convento
.
O local onde São Bruno viveu seus últimos anos encontra-se numa região montanhosa, regada por rios e pequenos lagos. Em certas estações do ano, a neblina e o frio realçam e enaltecem o envolvente mistério do lugar. Dificilmente se encontram no mundo paragens como esta, onde a vontade de voltar o espírito a Deus em oração desponte de maneira tão intensa e profunda. Nos seus jardins há, sem dúvida, uma discreta ação do Espírito Santo, convidando-nos a elevar a mente rumo às montanhas eternas.

Entretanto, longe de destacar-se do resto da Igreja militante, a Cartuxa da Serra de São Bruno, embebida sobremaneira do carisma de seu fundador, rege a vida da cidadezinha que a circunda, visto que, embora radical no seu afastamento do mundo, a ordem impregna com sua sacralidade os que por ela se deixam influenciar.

- É a primeira vez que estais vindo? - perguntou-nos um ­montanhês da região - Pois voltareis, porque São Bruno atrai, ele vos puxa!


E assim foi. Apenas alguns minutos de passeio pelos bosques que circundam o mosteiro bastaram para descobrir quanto pode falar o silêncio sem precisar de palavras e quanto a solidão leva a conviver com o próprio Deus. Neste ambiente pervadido de graças, até o rigor do trabalho e da penitência se dulcifica no contato com o mundo sobrenatural, incomparavelmente superior àquele que apalpamos.

Depois de haver conhecido esta Cartuxa, pudemos compreender melhor as palavras proferidas pelo Divino Mestre: "Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada" (Lc 10, 42)... As almas que se deixam arrebatar pela contemplação "são a mola oculta, o motor que dá impulso, nesta Terra, a tudo ­quanto diz respeito à glória de Deus, ao Reino de seu Filho e ao cumprimento perfeito da vontade divina". 
Uma lápide do museu da Certosa di Santo Stefano, pertencente ao mesmo complexo religioso, resume tudo o que ali se experimenta, numa belíssima frase de São Bruno: "Aqui, pela fadiga do combate, Deus dá aos seus atletas a desejada recompensa, isto é, a paz que o mundo ignora e a alegria no Espírito Santo". (Revista Arautos do Evangelho, Março/2016, n. 171, pp. 50-51).
Fonte: Arautos

quarta-feira, 30 de março de 2016

DEUS NOS AMA E PERDOA A QUEM A ELE ELEVA A SUA PRECE!

Audiência: Deus é maior do que o nosso pecado

   30 de março de 2016 • 11h03
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Quarta-Feira, 30 de março, audiência geral na Praça de S. Pedro com o Papa Francisco: o Santo Padre concluiu as suas catequeses sobre a misericórdia no Antigo Testamento, meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere.

Trata-se de uma oração penitencial – disse o Papa – precedida de uma confissão de culpa, na qual o orante deixa-se purificar pelo amor de Deus que torna-o uma nova criatura.
A tradição atribui este Salmo ao Rei David que, após ter cometido adultério com Betsabeia, fazendo em modo que o marido desta, Urias, fosse morto, é ajudado pelo profeta Natã a reconhecer a sua culpa diante de Deus.
Assim, neste Salmo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de David – declarou o Santo Padre – reconhecendo a nossa miséria, certos da misericórdia de Deus, cujo amor é maior que os nossos pecados. Neste momento da sua catequese o Papa Francisco pediu aos fiéis que repetissem com ele esta frase: “Deus é maior do que o nosso pecado”.
Deus, que nunca nos abandona, ao perdoar, limpa os nossos pecados, faz de nós novas criaturas e enche-nos de alegria, convidando a que nos tornemos testemunhas do seu perdão – afirmou Francisco no final da sua catequese.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os jovens vindos de Portugal e do Brasil. Neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a reconhecer que necessitamos do perdão que Deus nos oferece gratuitamente, pois quando somos humildes, o Senhor torna-nos mais fortes e alegres na nossa fé cristã. Desça, generosa, pela intercessão da Virgem Maria, a Bênção de Deus sobre cada um de vós e vossas famílias.”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção.

Fonte: Rádio Vaticano 

POR QUE ACREDITAR EM MILAGRES?

IGREJA
ALETEIA TEAM
Os 7 critérios científicos de uma cura milagrosa
A Igreja não afirma a ocorrência de um milagre apenas porque queira ou possa
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A Igreja não afirma a ocorrência de um milagre apenas porque queira ou possa: ela submete a análise de cada suposto milagre a uma sequência criteriosa de etapas científicas, que incluem, por exemplo, comissões médicas para estudar cada alegação de cura cientificamente inexplicável.
É o caso da Comissão Médica Internacional de Lourdes, cuja metodologia é a mesma usada na investigação científica. Aliás, seus membros costumam citar o princípio de Jean Bernard: “Quem não é científico não é ético“. Não se trata de cair no cientificismo ou no positivismo por si mesmos, e sim de buscar a verdade com a clara consciência daquilo que a encíclica Fides et Ratio veio a sintetizar magnificamente:
“A fé e a razão são como as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”.
OS 7 CRITÉRIOS DA CURA MILAGROSA
cardeal Prospero Lambertini, que se tornaria mais tarde opapa Bento XIV (pontífice de 17 de agosto de 1740 até a morte em 3 de maio de 1758), detalhou as características do milagre do ponto de vista médico-científico na “De servorum beatificatione et beatorum canonizatione” (“A beatificação dos servos de Deus e a canonização dos beatos“), livro IV, capítulo VIII, 2-1734, definindo 7 critérios para o reconhecimento de uma cura extraordinária ou inexplicável:
  1. A doença deve ter características de gravidade, com prognóstico negativo.
  2. O diagnóstico real da doença deve ser certo e preciso.
  3. A doença deve ser apenas orgânica.
  4. Eventual tratamento não pode ter favorecido o processo de cura.
  5. A cura deve ser repentina, inesperada e instantânea.
  6. A retomada da normalidade deve ser completa (e sem convalescência).
  7. A cura deve ser duradoura (sem recaída).
Os 7 critérios de Lambertini são válidos até hoje e esclarecem o perfil específico da cura inexplicável, garantindo que toda objeção ou contestação seja levada em ampla consideração antes de se atestar que uma determinada cura foi “não explicável cientificamente”.
DE 7.200 SUPOSTOS MILAGRES, SÓ 69 RECONHECIDOS
A seriedade das avaliações de supostos milagres pode ser percebida nos números relacionados ao santuário mariano de Lourdes, na França, o mais visitado do mundo por peregrinos em busca de cura física:  desde 1858, houve mais de 7.200 alegações de cura milagrosa, mas apenas 69 casos foram declarados efetivamente inexplicáveis do ponto de vista médico-científico até hoje.
O mais recente caso é o de Danila Castelli: ela foi curada em 1989, mas o reconhecimento formal da inexplicabilidade científica de sua cura só aconteceu em 2013; portanto, após 24 anos de estudos, disponíveis para a contestação da comunidade científica.
Já o primeiro caso reconhecido em Lourdes tinha sido a cura deCatherine Latapie, ocorrida poucos dias depois da primeira aparição de Nossa Senhora em Massabielle.
UM CASO DE IMPRESSIONAR
Um dos casos de cura mais impactantes que passaram pela Comissão Médica Internacional de Lourdes é o da religiosaLuigina Traverso, curada repentinamente de uma lombociática incapacitante de meningocele no dia 23 de julho de 1965, após anos de tratamento médico e várias cirurgias que não tinham dado resultado.
Em 20 de julho de 1965, a irmã viajou até Lourdes em estado grave – aliás, os médicos tinham recomendado que ela não fizesse a peregrinação porque a viagem representava alto risco de morte.
Em 23 de julho, na passagem do Santíssimo Sacramento durante a celebração eucarística, a irmã Luigina relata ter experimentado uma súbita sensação de forte calor e bem-estar, acompanhada pelo “desejo de ficar de pé” – o que era impossível para ela havia meses. De repente, ela recuperou o movimento dos pés e deixou de sentir dor.
Em 24 de julho, acompanhada pela madre superiora, a religiosa caminhou sem ajuda alguma até a gruta de Lourdes para agradecer a Nossa Senhora. No mesmo dia, participou da via-crúcis dos peregrinos e subiu rezando até a quarta estação – a subida é íngreme. Ao longo dos dias seguintes, a irmã Luigina já estava ajudando a cuidar dos doentes que peregrinavam ao santuário.
Demorou até 2012 para que o milagre fosse reconhecido, cumpridas todas as rígidas etapas de estudos médicos e científicos e, por último, de análise por parte da Igreja.
Fonte: Aleteia

PEDIDO NA 1ª PESSOA (JOVEM) DIRIGIDO AOS SACERDOTES DE HOJE!

 
DOUTRINA
THERESE ANTHONY
Queridos padres: por favor, nos ensinem!
A maioria de nós, estudantes, não sabe nem o básico da fé. Vocês têm que começar do zero. Então, por favor, nos ensinem!
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Queridos padres,
Eu sou uma caloura universitária e gostaria de pedir algumas coisas a vocês. Ou melhor, gostaria de suplicar a vocês uma coisa: por favor, nos ensinem!
Não parem de ler ainda, por favor. Vocês talvez estejam pensando que eu sou uma caloura sabe-tudo. Mas não sou. Admito que não tenho a menor ideia sobre os desafios que vocês enfrentam diariamente, seja na paróquia, seja no campus universitário… Mas eu sei do que é que nós, estudantes, precisamos. A maioria de nós não sabe nem o básico da fé. Vocês têm que começar do zero. Então, por favor, nos ensinem!
Vocês querem nos ensinar, mas acham que não têm tempo. A maioria dos poucos estudantes que ouvem as suas homilias no domingo só ouvem vocês ali mesmo. Os professores nos falam durante horas e horas, cinco dias por semana. Vocês só têm dez, quinze minutos, um dia por semana. É um desafio impossível, mas, por favor, nesse tempo que vocês têm para chegar até as almas, nos ensinem alguma coisa!
Vocês podem achar que o único jeito de fazer esses poucos jovens continuarem indo à missa é adoçando a mensagem: nada de mencionar muito as regras, as exigências, os compromissos… Posso lhes dizer o que nós realmente queremos ouvir? Digam-nos que as regras são importantes, proclamem quais são as regras e mostrem como elas nos ajudam!
Digam-nos que Deus nos ama. Digam-nos o quanto Ele nos ama!
Digam-nos que Deus quer que nos arrependamos dos nossos erros e nos ajudem a recorrer aos sacramentos.
Digam-nos que, não importa o que aconteça, Deus nunca desiste de nós.
Digam-nos que nós valemos mais do que a nota que tiramos ou que o número de amigos que temos.
Digam-nos que nós não somos dignos do amor de Deus, mas que o amor que Ele nos dá nos torna dignos do melhor!
Digam-nos que, por causa desse amor, nós valemos mais do que sequer podemos imaginar.
Digam-nos que estamos aqui por uma razão; que Deus reservou algo para nós fazermos; que Ele não comete erros e que, por isso mesmo, nós não somos um erro no mundo.
Digam-nos que a coisa que Deus mais deseja não é que nós não erremos nunca, mas que O amemos sempre.
Digam-nos para que foi feito o nosso corpo e o nosso espírito.
Digam-nos que Deus nos fez para sermos santos – e que nós podemos ser santos.
Digam-nos que os santos são fascinantes, que eles são os nossos melhores exemplos e os nossos amigos celestiais.
Ensinem-nos sobre a misericórdia divina!
Ensinem-nos sobre o céu. Falem-nos também do inferno e nos digam que ambos são reais.
Ensinem-nos por que importa aquilo que fazemos e digam-nos que importa sempre.
Ensinem-nos a imaginar a grandeza, a altura, a largura e a profundidade de Deus.
Digam-nos que Deus está sempre conosco!
Nós precisamos do básico, mas, depois, também precisamos de mais! Nenhuma criança já decidiu se especializar em matemática logo depois de aprender que 2 + 2 = 4. Vão além do básico. Digam-nos quais são os mistérios a contemplar e nos ajudem a refletir e a nos aprofundarmos neles; digam-nos como os mistérios nos ensinam a pensar, a fazer perguntas, a estudar e a amar.
Vocês estiveram no seminário durante quanto tempo? Contem-nos um pouco do que vocês aprenderam! Deem-nos o seu testemunho pessoal e sejam nossos exemplos!
Estamos só começando a descobrir que nada na terra pode nos satisfazer. Digam-nos o porquê!
Por favor, ensinem-nos tudo isso e muito mais! Eu não acho que os outros devam tentar descobrir tudo isso por conta própria. Por favor, ensinem-nos!
Atenciosamente,
Therese Anthony
* Therese Anthony é um pseudônimo de uma caloura universitária de Michigan, Estados Unidos.
Fonte: Aleteia

LAHORE VIVEU O MARTÍRIO DE CRISTO NA SUA RESSURREIÇÃO!

IGREJA
ALETEIA TEAM
Arcebispo de Lahore, Paquistão: “Precisamos aprender a nos levantar como Cristo se levantou”
Lembre-se de rezar hoje pelos nossos irmãos que sofrem o martírio e a perseguição no Paquistão - e resistamos ao ódio!
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Dom Sebastian Francis Shah, arcebispo de Lahore, no Paquistão, conversou com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre sobre o brutal ataque terrorista cometido no fim de tarde do Domingo de Páscoa, em um parque lotado da cidade. O arcebispo conta que é comum os cristãos celebrarem datas como a Páscoa e o Natal ao ar livre depois da liturgia e do almoço em família.
“Visitei cada vítima, qualquer que fosse a sua fé. Foi muito difícil, porque vi muitas crianças de apenas 4, 5 anos, cristãs e muçulmanas, feridas ou mortas por causa deste atentado terrível”.
Dom Shah reconhece que as autoridades de Lahore tinham definido, na tarde do Sábado Santo, as medidas de segurança a ser tomadas no dia seguinte – mas essas medidas priorizaram a segurança das igrejas, e os terroristas aproveitaram para atacar em um lugar aberto.
O arcebispo incentiva a postura de fé em meio à tragédia:
“Eu pedi para os fiéis não perderem a esperança, porque, inclusive neste momento tão difícil, precisamos aprender a nos levantar como Cristo se levantou quando estava carregando a cruz. Deus está e sempre estará connosco”.
Lembre-se de rezar hoje, por favor, pelos nossos irmãos que sofrem o martírio e a perseguição no Paquistão, bem como pela conversão dos seus perseguidores.
Fonte: Aleteia

terça-feira, 29 de março de 2016

A PÁSCOA DE DOR PARA TANTAS FAMÍLIAS CRISTÃS!



MAIS DE 200 DETIDOS NO PAQUISTÃO, DEPOIS DO ATENTADO NA PÁSCOA!
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As autoridades do Paquistão detiveram mais de 200 pessoas e interrogaram outras milhares depois do atentado de domingo em Lahore, no qual 73 pessoas morreram enquanto celebravam o domingo de Páscoa.
“Mais de 5.000 pessoas foram revistadas e interrogadas e a maior parte foi liberada, mas 216 continuam detidas”, afirmou ministro regional Rana Sanaullah à imprensa.
O atentado suicida foi reivindicado pelos talibãs paquistaneses, que confirmaram que o ataque tinha os cristãos como alvos.
O atentado, o mais violento de 2016 no Paquistão, dinamita a sensação de melhora na segurança do país.
A explosão aconteceu no parque Gulshan-e-Iqbal, perto do centro da cidade e especialmente lotado no dia em que a comunidade cristã celebrava o domingo de Páscoa. Entre mortos, há quase de 30 crianças.
Os atentados contra crianças têm um impacto especial no Paquistão, um país que permanece traumatizado pelo ataque talibã cometido contra uma escola de Peshawar que deixou 154 mortos no fim de 2014.
Fonte: Aleteia(AFP)

MAIS UM TESTEMUNHO DE QUEM RETORNA À CASA DO PAI!

condiezhao  
TESTEMUNHO
RUSSELL E. SALTZMAN
Ex-pastor luterano: “por que estou me tornando católico…”
Eu era um escritor luterano; agora sou um escritor católico. Eis o porquê...
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Durante trinta anos eu trabalhei como pastor luterano em função ministerial. E depois, por mais quatro anos, fui reitor do distrito da American Lutheran Church North.
Agora, estou prestes a me tornar católico, juntamente com minha esposa; eu pela primeira vez, e ela pela segunda.
Você pode culpá-la por minha conversão (embora eu pense nisso como uma transição natural, como você verá). Ela foi criada católica e tornou-se luterana. Seu pai foi criado luterano e tornou-se católico. A vida é estranha às vezes. Seu pai morreu há dois anos, e em vias de acompanhar aquele bom homem em sua batalha final contra a esclerose lateral amiotrófica, ela sentiu um puxão de volta à sua fé de infância.
Para minha surpresa – a dela também, eu acho – eu disse para irmos juntos. Na verdade, não era uma surpresa para mim. Desde o seminário, quando me envolvi nos documentos confessionais Luteranos do século XVI, fui me tornando progressivamente mais católico em meu pensamento. O que buscava na minha fé era uma densidade eclesial.
Mas não é somente pela decepção como luterano que estou me tornando católico. Há uma convicção por trás disso.
1) Alguns dos meus trabalhos no seminário, por volta do final de 1970, foram feitos no Pontifício Colégio Josephinum em Ohio. Eu tive aulas de Sacramentologia e Estudos Marianos, ministrados por dois jesuítas da velha escola. Encontrei-me em uma sala de aula, um luterano solitário, cercado por uma horda de seminaristas salesianos. Foi emocionante.
O que me impressionou foi o quão perto luteranos e católicos realmente estão em doutrinas básicas e nas respectivas formulações teológicas. Nós – romanos e luteranos – fazemos teologia da mesma forma, e, possivelmente, de uma maneira que ninguém mais faz. Prestamos muita atenção às nossas palavras. Cada palavra é pesada e comparada com palavras alternativas que possam ser usadas, mas apresentam menos precisão. Precisão na formulação, ao que parece, vai nos manter fora do inferno teológico, e se as palavras exatas não são exatamente palavras adequadas, bem, não duvido, todos nós estamos certamente condenados.
Quando você pensa sobre isso, é realmente uma abordagem muito charmosa. Isso também significa que, quando luteranos e católicos sentam juntos, eles têm uma linguagem comum e falando isso juntos muitas vezes resulta em coisas surpreendentes, como em 1999, com a doutrina da justificação.
No nível paroquial, não há confluência na forma como católicos e luteranos são. É aquela coisa da densidade eclesial que mencionei: os católicos têm, luteranos não.
2) Quando minha esposa disse que estava pensando em voltar para a Igreja Católica, eu comecei a pensar quão luterano eu ainda permanecia. Eu tinha a influência do Pe. Richard John Neuhaus. Eu era o seu sucessor na Forum Letter, uma publicação Luterana que ele editou por 16 anos. Em seus anos como padre católico, ele costumava me cutucar, volte para casa. A última correspondência que trocamos foi sobre o assunto. Após sua morte, fiquei várias noites sonhando que ele me perguntava por que eu não tinha feito isso. Esse senhor teve um profundo impacto em minha vida pastoral como luterano.
Quanto mais eu pensava sobre as coisas mais eu percebia que a maioria dos clérigos luteranos que eu mais admirava, um por um, partira para Roma. Parecia que eu conhecia muitos padres como pastores, e depois de um tempo, não poucos desses pastores se tornaram padres. Lá estava eu ​​na margem, dando adeus.
Por um curto período após a morte de Neuhaus eu ajudei a editar a revista que ele fundou, First Things. Embora não explicitamente católica, é geralmente considerada dessa forma. Durante os últimos seis anos, está chegando no sétimo, eu tenho sido um colunista regular no website; eu era um escritor luterano; agora eu sou um escritor católico.
3) Tornou-se muito fácil para mim me tornar católico. Mas a chave, é claro, não é a conveniência, mas a convicção. Passei a acreditar que a essência, mais como plenitude, da Igreja de Cristo é encontrado em igrejas em comunhão com a Igreja de Roma.
Eu não rejeito nada em ter sido luterano. Isto é a transição, não a conversão; estou indo, mas a fé cristã que marcou a minha vida está vindo comigo. Eu aprendi minhas orações como luterano, memorizei o catecismo, e quando eu estava lutando contra o agnosticismo, tendendo ao ateísmo, Deus colocou em minha vida alguns apaixonados e autênticos pastores luteranos que me ensinaram bem. Para um cara que nesses anos não acreditava que Cristo ressuscitou, foi entre os luteranos que passei a acreditar na ressurreição. O que posso fazer, salvo dar a Deus o louvor?
Ser católico não é um trabalho acabado – não para mim, não para qualquer um de nós. Nós não ocupamos uma igreja em estado de perfeição. Mas não é o nosso trabalho torná-la perfeita; isso é responsabilidade de Deus. Mas temos a promessa de uma Igreja santa sendo aperfeiçoada. Há sempre descobertas de fé que aguardam cada um de nós.
Fonte: Aleteia - Russell E. Saltzman é colunista da First Things; vive emKansas CityMissouri. Seu Twitter:  @RESaltzman.