OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 6 de junho de 2015

QUE FUTURO? HOMEM SEM DEUS?!

A geoestratégia de Deus

por ANSELMO BORGES Hoje
 
Na sequência dos trágicos acontecimentos de Paris, o jornal australiano Weekend Australian publicou um desenho com humor sábio. Intitula-se "Rezemos". Jesus segura o Alcorão e diz a Maomé: "Já te disse que o Alcorão precisa de um segundo volume, como nós temos o Antigo Testamento seguido do Novo Testamento." Maomé, que segura um jornal declarando em letras garrafais: "O mundo em guerra", atira a Jesus: "Ir lá abaixo, à Terra, escrever o segundo volume? Seria crucificado."
No contexto do meu livro Deus ainda Tem Futuro?, realizei recentemente, no Porto, um debate, com a participação do general Ramalho Eanes e do eurodeputado Paulo Rangel, sobre o tema em epígrafe: "A geoestratégia de Deus".
A geoestratégia de Deus pode ser vista no enquadramento do genitivo subjectivo, isto é, no sentido de perceber qual é a geoestratégia que Deus tem. Ora, olhando para o Novo Testamento, percebe-se que essa geoestratégia, a partir de Deus, é o amor, a compreensão universal entre todos, na justiça e na paz, a plena realização da humanidade, o Reino de Deus.
Mas há a geoestratégia de Deus, no sentido do genitivo objectivo, isto é, o que os homens querem e fazem de Deus no mundo globalizado, na geopolítica, nas suas geoestratégias, para defenderem os seus próprios interesses. De que modo entra a religião/religiões nesta geoestratégia? Como são utilizadas para defender, salvaguardar e legitimar interesses que não são os do Deus do amor de toda a humanidade? Pensou-se e pensa-se frequentemente que as religiões são apenas do foro privado, mas percebe-se cada vez mais claramente que há influências da economia, da política, da finança, do território e sua expansão, da geopolítica na religião/religiões e na concepção de Deus e, por sua vez, destas na economia, na finança, na geopolítica...
Vivemos num mundo global, multicultural e multi-religioso. O princípio "tal país, tal religião" foi abalado pelas migrações e outros factores. Como vamos viver em paz neste novo mundo? Porque há transformações, mesmo ao nível dos números: por exemplo, em 1900, o cristianismo representava 35% da humanidade; nessa altura, os muçulmanos eram 12%, mas hoje representam mais de 20% e o seu número aproximar-se-á cada vez mais do dos cristãos: passarão de 1600 milhões em 2010 para 2200 milhões em 2030, portanto, 26,4% dos habitantes do mundo. Na reconfiguração do planeta, que papel está reservado às religiões?
Ninguém minimamente atento, com alguns conhecimentos de história, ignora que vivemos num mundo extremamente complexo e perigoso. O Papa Francisco falou mesmo já da III Guerra Mundial em curso, embora por fases, em episódios.
A Europa mergulhou numa crise profunda e o seu maior problema é que não sabe o que quer e para onde vai. E não é só a crise grega. Ele há sobretudo a Ucrânia, a incompetência da União Europeia e dos Estados Unidos e Vladimir Putin e toda a sua estratégia de desestabilização da Europa, com gravíssimas consequências - não se deve esquecer que a Grécia e Chipre seguem o cristianismo ortodoxo, intitulando-se Moscovo a Terceira Roma.
O Médio Oriente continua a ser um dos focos mais explosivos da conflitualidade global. O autoproclamado Estado Islâmico acentua a sua desumana barbárie de terror: degolar, violar, acabar por todos os meios com as minorias cristãs e outras, arrasar, em nome da sharia, o património cultural milenar que vai até à antiga Nínive. Com focos terroristas em várias zonas - Iraque, Síria, Líbia, Nigéria...-, para algum mundo islâmico radical, a que não são alheios, de modo subtil e complexo, países como a Arábia Saudita - quem paga mesquitas no Ocidente e promove aí a natalidade entre mulheres muçulmanas? -, o objectivo pode mesmo ser chegar a Madrid e a Roma, matar o Papa.
Na reconfiguração da geopolítica, que significado tem que, dentro de poucos anos, o país do mundo com maior número de cristãos seja a China? Os seus dirigentes vão dizendo que querem restabelecer relações diplomáticas com o Vaticano. O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Parolin, quer desbloquear a questão nevrálgica das ordenações de bispos, oferecendo um acordo como o que vigora no Vietname: a Santa Sé apresenta o seu candidato ao governo e, se este o não aprova, apresenta outro e assim sucessivamente até haver um consenso. A nova fronteira do cristianismo: a Ásia, e Francisco poderá visitar Pequim.
Outras perguntas. Deverá a Turquia entrar na União Europeia? Que significado terá o aumento crescente dos evangélicos fundamentalistas?
A actividade diplomática de Francisco - está hoje em Sarajevo - tem sido intensa e profícua. Do que não há dúvida é que o diálogo inter-religioso tem importância decisiva. É de saudar que as Nações Unidas convoquem uma reunião dos líderes das religiões mundiais para a promoção da reconciliação, da justiça e da paz no mundo.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
Fonte:JN

QUANDO SE VIVE SEM VIVER POR SI PRÓPRIO!

Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja Poema «Vivo sin vivir en mí» «Ela, da sua penúria, deitou tudo»
 
Vivo sem viver em mim;

E minha esperança é tal,

Que morro de não morrer.


Vivo já fora de mim

Desde que morro de amor;

Pois vivo no Senhor

Que me quis para Si.

Quando Lhe dei o coração,

Nele inscreveu estas palavras:

Morro de não morrer. [...]


Ah! que triste é a vida

Que não se alegra no Senhor!

E, se o amor é doce,

Não o é a longa espera;

Livra-me, meu Deus, desta carga,

Mais pesada que o ferro,

Pois morro de não morrer.


Vivo só da confiança

De que um dia hei-de morrer,

Pois pela morte é a vida

Que a esperança me promete.

Morte em que se ganha a vida,

Não tardes, que te espero,

Pois morro de não morrer.


Vede como é forte o amor (Cant 8,6);

Ó vida, não me sobrecarregues!

Vê o que apenas resta:

Para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24)

Venha ela, a doce morte!

Que minha morte venha bem cedo,

Pois morro de não morrer.


Esta vida lá do alto,

Que é vida verdadeira,

Até que morra a vida cá de baixo

Enquanto se viver não se a tem.

Ó morte, não te escondas!

Que viva porque morro já,

Pois morro de não morrer.


Ó vida, que posso eu dar

A meu Deus, que vive em mim,

Senão perder-te, a ti,

Para merecer prová-Lo!

Desejo, morrendo, obtê-Lo,

Pois tenho tal desejo do meu Amado

Que morro de não morrer.
 
 
FICA CONNOSCO SENHOR
É TARDE E A NOITE JÁ VEM!
 
FICA CONNOSCO SENHOR
SOMOS TEUS SEGUIDORES TAMBÉM!
Nema, escrava de maria

sexta-feira, 5 de junho de 2015

TEORIA DO GÉNERO É FARSA!?

| Categoria: Notícias
Documentário expõe farsa do gênero na Noruega
 
Programa de TV denuncia falsidade da teoria e obriga Conselho Nórdico de Ministros a cortar fundos para as pesquisas de gênero.
Um golpe devastador para a "Ideologia de Gênero": o Conselho Nórdico de Ministros – uma organização de cooperação interparlamentar entre Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia – decidiu cortar fundos para o Instituto Nórdico de Gênero (NIKK, na sigla sueca). As pesquisas conduzidas pelo NIKK lançaram as bases para as políticas sociais e educacionais que, a partir dos anos 1970, transformaram os países nórdicos nas sociedades com a maior "igualdade de gênero" do mundo.
A decisão foi tomada depois que um documentário norueguês, chamado Hjernevask ("Lavagem Cerebral", em português) expôs a farsa das pesquisas de gênero, em 2010. O sociólogo e humorista Harald Eia estava intrigado com o fato de que, não obstante os constantes esforços de engenharia social para remover os chamados "estereótipos de gênero", mulheres continuavam a optar por profissões tipicamente femininas e homens continuavam atraídos por carreiras masculinas. De fato, ao invés de as políticas de gênero reverterem esse quadro, as diferenças só se tinham acentuado ainda mais.
Então, ele se dirigiu à Universidade de Oslo para entrevistar nomes como Cathrine Egeland e Jørgen Lorentzen, ambos "especialistas" do Instituto Nórdico de Gênero. Depois, levou as suas respostas a outros renomados cientistas ao redor do mundo – principalmente nos Estados Unidos e no Reino Unido –, pedindo a eles que comentassem as descobertas de seus colegas noruegueses. Como era de se esperar, as teses provocaram risos e incredulidade na comunidade científica internacional – especialmente porque seus estudos eram baseados em mera teoria, sem base em qualquer pesquisa empírica. Harald filmou as suas reações, voltou à Noruega e mostrou tudo aos pesquisadores do NIKK. Confrontados com a verdade científica, os estudiosos ficaram atônitos, absolutamente incapazes de defender a sua teoria.
Harald Eia conversa com Jørgen Lorentzen, do NIKK
 
A farsa do gênero foi exposta ao ridículo na TV e na Internet, quando o programa em inglês, sob o nome Brainwash, ganhou fama no mundo inteiro. Os cidadãos da Noruega começaram a se perguntar por que era necessário um investimento tão alto – e com dinheiro dos contribuintes – para uma ideologia sem nenhum crédito científico.
Como consequência, o Conselho Nórdico de Ministros cortou mais da metade dos fundos que eram gastos com as pesquisas de gênero, ainda no ano de 2011. Foi determinado também que apenas dois membros permanentes da equipe poderiam receber investimentos do Conselho. O NIKK chegou a ser dissolvido, migrando para a Suécia, onde passou a chamar-se "Informação Nórdica sobre Gênero".
Ainda que os estudiosos e pessoas ligadas à promoção da Gender Theory neguem, o documentário norueguês desempenhou um papel importante no corte de fundos para o NIKK. Em 2010, foram travados vários debates públicos na Noruega, mencionando a influência do programa Brainwash. O político Henning Warloe, do partido conservador norueguês Høyre, chega a afirmar que "as escolas da Noruega hoje têm falhado, não levando em conta as grandes diferenças biológicas existentes entre homens e mulheres, como as pesquisas têm comprovado".
O primeiro episódio da série apresentada por Harald Eia é bem conhecida e fala justamente sobre o paradoxo da igualdade de gênero. Quem ainda não viu, pode assistir abaixo, com legendas em português:
A Noruega já entendeu a mentira por trás da Teoria de Gênero. Que não demore muito para que o Brasil e o resto do mundo abram os olhos.
Com informações de MHA | Por Equipe Christo Nihil Praeponere

QUE PAPEL TERÃO OS OCEANOS NO FUTURO PRÓXIMO?

Sublinham papel do setor privado na promoção do mar
Cerca de 70 ministros de todo o mundo com a tutela do Mar estiveram hoje reunidos em Lisboa e acordaram um texto comum no qual enaltecem o papel da economia azul e do setor privado nesta matéria.
Economia               
Ministros sublinham papel do setor privado na promoção do marMinistros sublinham papel do setor privado na promoção do mar Ministros sublinham papel do setor privado na promoção do mar
Lusa
16:11 - 05 de Junho de 2015 | Por                                                
O texto, com posições comuns em áreas como a economia azul e o seu financiamento, a governação dos oceanos e o papel do mar nas trocas comerciais, foi revelado após uma reunião tida esta manhã em Lisboa no último dia da Semana Azul, evento que trouxe à capital portuguesa líderes mundiais, cientistas e empresários que debateram o futuro dos oceanos e da economia azul. 
Os ministros sublinharam o "papel crucial do setor privado, incluindo as pequenas e médias empresas, na promoção da economia azul", sendo agentes "cruciais no diálogo político, na ciência, na tecnologia, na inovação, no emprego e criação de riqueza, bem como na promoção do comércio internacional e do investimento dentro de uma abordagem sustentável".
A economia azul, sustentam os governantes, "é uma prioridade" para as sociedades e populações e na "promoção do desenvolvimento sustentável".
É fundamental haver uma boa conservação, redução da poluição e o uso sustentável dos oceanos e dos seus recursos para o desenvolvimento sustentável, "incluindo através de contribuições para a erradicação da pobreza, crescimento económico sustentado, segurança alimentar, criação de meios de subsistência sustentáveis e trabalho decente".
Ao mesmo tempo deve ser protegida a "biodiversidade marinha, costeira e do ambiente".
Oceanos saudáveis são essenciais para a "erradicação da pobreza, o acesso a alimentos suficientes, seguros e nutritivos", vinca ainda o texto firmado pelos governantes de todo o mundo.

No que refere ao financiamento da economia azul, os ministros ligados ao Mar reconhecem a importância das instituições financeiras e de "abordagens financeiras inovadoras" que diversifiquem o capital destinado a este setor.
E prossegue o texto: "Reafirma-se a importância de tornar economicamente viáveis, através de parcerias, organizações de pequena e média escala".
"Questões relacionadas com o mar estão estreitamente ligadas e devem ser consideradas como um todo, numa abordagem integrada, holística, coerente e coordenada", vincam ainda os responsáveis.
Esta manhã a ministra da Agricultura e do Mar sublinhou o sucesso da Semana Azul, declarando que o evento colocou o país na liderança da discussão política sobre o mar.
Falando no final da reunião ministerial tida com cerca de 70 ministros de todo o mundo, Assunção Cristas disse que a discussão foi "muito frutuosa em torno de temas como crescimento sustentável da economia do mar".
"Portugal foi reconhecido no seu trabalho e há convite para que daqui a um ano nos voltemos a encontrar em Lisboa para continuar este diálogo, convite muito bem aceite", frisou a governante.
E prosseguiu: "Precisamos de ter um ponto de encontro internacional para os responsáveis políticos do mar e entendemos que Portugal pode assumir essa liderança, ter entre nós todos os ministros que se queiram juntar".
Fonte: Notícias ao Minuto

O QUE UM CATÓLICO AUTÊNTICO FAZ NA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI

Corpus Christi - Nesta Solenidade tão importante, veneremos a presença real de Deus, agradeçamos por este inefável favor de Nosso Senhor e reparemos os terríveis ultrajes que Ele sofre diariamente.

 
Consideremos os elevados fins a nossa Mãe a Santa Igreja teve em mira pela instituição da festa do Santíssimo Sacramento com oitava solene.
Com todo esse esplendor de missas, procissões e outros exercícios piedosos ela quer tributar a seu divino Esposo um tríplice preito, de veneração de gratidão e de reparação.
Um preito de veneração para compensar-lhe de algum modo o estado de aniquilamento e humilhação a que se quis sujeitar e ainda se sujeita continuamente para ficar conosco sobre os altares;
Onde, na palavra de São Bernardo, esconde a sua divindade, esconde também a sua humanidade, só deixando ver as aparências de pão para assim patentear a ternura do amor que nos tem.
Quis a Igreja também tributar a Jesus Cristo um preito de gratidão, por um dom tão grande, no qual fez o supremo esforço de seu amor para com os homens.
– “O Esposo”, diz São Pedro Alcantara, “para consolar a sua Esposa durante a sua longa ausência, quis dar-lhe uma companhia; e instituiu este Sacramento, no qual reside em pessoa: era a melhor prova que lhe podia dar do seu amor”.
Justo pois era que a Igreja excitasse os fieis, seus filhos, por uma solenidade especial agradecerem a Jesus sua amorosa presença e venerarem com afetos de gratidão.
Finalmente, com a festa de hoje, a Igreja quer tributar a Jesus um preito de reparação, a fim de o desagravar de tantas ofensas que ele recebe continuamente neste divino Sacramento. A Igreja vê que a maior parte dos homens recusa adorá-lo e reconhecê-lo pelo que é neste adorável mistério.
Sabe que mais de uma vez estes mesmos homens chegaram a calcar aos pés as hóstias consagradas, a lançarem-nas ao lodo, à água, ou às chamas.
O que mais aflige é ver que também a maior parte dos que crêem na Eucaristia, em vez de repararem tantos ultrajes por testemunhos de respeito e piedade, vem aumentar a dor de Jesus pelas suas irreverências nas Igrejas, ou deixam-no só sobre o altar, desprovido por vezes de lâmpada e dos ornamentos mais indispensáveis. Oh! Que negra ingratidão!
Meu irmão…
Procura informar-te ao espírito da Igreja e tributa a Jesus o tríplice preito de veneração, de gratidão e de reparação, de gratidão e de reparação, assistindo com fé as missas e outros exercícios piedosos, aproximando-te da santa comunhão e visitando-o nestes dias com mais frequência.
Senhor, meu Jesus Cristo, que por amor dos homens ficais noite e dia no Sacramento do altar, onde, cheio todo de misericórdia e bondade, chamais e acolheis todos os que Vós vêm visitar: eu creio que estais presente neste Sacramento.
Desde o abismo de meu nada, Vos adoro, e graças vos dou por todos os benefícios que me tendes feito; especialmente por que Vos destes a mim neste Sacramento, me concedestes por advogada vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, e me chamastes a Vos visitar nesta Igreja.
Saúdo hoje o Vosso Coração amantíssimo, e quero saudá-lo por três fins: 1º em reconhecimento deste grande dom; 2º em reparação de todos os ultrajes que dos vossos inimigos tendes recebido neste Sacramento;
3º na intenção de Vos adorar, por esta visita, em todos os lugares do mundo,  onde sois menos reverenciado e mais abandonado neste Sacramento.
Amo-Vos, meu Jesus, de todo o meu coração. Pesa-me de ter, no passado, desagradado tantas vezes vossa bondade infinita. Proponho, com o socorro de vossa graça, não Vos ofender mais
no futuro.
E nesta hora, miserável como sou, me consagro todo a Vós; eu vos dou e sacrifico minha vontade, meus afetos, meus desejos, e todos os meus interesses. Doravante, fazei de mim, e de tudo o que é meu, o que for do vosso agrado.
Somente peço e quero o vosso santo amor, a perseverança final e a graça de cumprir perfeitamente a vossa vontade. –
Recomendo-Vos as almas do purgatório, principalmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e de Maria Santíssima. Recomendo-Vos também todos os pobres pecadores.
Enfim, amadíssimo Salvador meu, uno os meus afetos aos afetos do vosso Coração amantíssimo, e assim unidos, ofereço-os a vosso Eterno Pai, pedindo-lhe em vosso nome que por vosso amor se digne de os aceitar e atender.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “Meditações para todos os dias e festas do ano” de Santo Afonso de Ligório.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A INVEJA É MÁ VIZINHA!

A inveja nas Sagradas Escrituras

Nas Sagradas Escrituras, são numerosas as referências sobre o vício da inveja. No livro dos Provérbios, ela é considerada como "a cárie dos ossos" (Prov. 14, 30) e São Paulo a enumera entre os pecados que nos fazem perder o Reino dos céus (Gl, 5, 21).
Foi por inveja que os irmãos de José resolveram vendê-lo como escravo aos egípcios (Gn. 37,11). Também Saul, ao ver que Davi vencera o gigante Golias, encheu-se de inveja contra ele e por diversas vezes tentou matá-lo (I Sam. 18:6-8).
Já São Mateus nos narra que até mesmo Pilatos reconheceu que foi por inveja que os fariseus entregaram Cristo para ser morto: "Estando o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado o Cristo? São Tomás de Aquino.jpgPois sabia que por inveja o haviam entregado"(Mt 27, 18).
 
Etimologia da palavra "inveja"
Etimologicamente, a palavra "inveja" é composta pelo verbo latino videre (ver) e da partícula in, que indica privação. Desta forma, invidere significa olhar com maus olhos, projetar sobre o outro um olhar malicioso. Daí a origem do famoso trocadilho de Santo Agostinho: "Video, sed non invideo" , ou seja, "vejo, mas não invejo."
As definições sobre a natureza da inveja ao longo dos séculos concordam notavelmente entre si. Na tradição aristotélica ela é considerada como uma dor causada pela boa fortuna que goza alguns de nossos semelhantes.
Para São Tomás de Aquino, a inveja se caracteriza por uma "tristeza do bem alheio, enquanto se considera como mal próprio, porque diminui a própria glória ou excelência."
A inveja é também entendida como uma paixão que é ao mesmo tempo filha do orgulho e da malquerença, em que se misturam o ódio e o desgosto provocado pela felicidade de outrem.
É por este motivo que os invejosos estão condenados a sofrer continuamente, pois o ódio provocado pela ira facilmente se apazigua mediante a reparação, mas aquele nascido da inveja não se amansa nem admite reparações.
Mais ainda, irrita-se com os benefícios recebidos.
Seu âmbito de ação parece não conhecer limites, pois até mesmo no céu ela se fez presente, quando os anjos maus invejaram a glória que Deus havia reservado aos homens. Granada a considera como um dos pecados mais estendidos, pois a inveja a impera em todo o mundo e mora especialmente nas cortes e palácios, nas casas dos senhores e príncipes, nas universidades e cabidos e ainda, nos conventos de religiosos. Seu objetivo e meta é perseguir aos bons e aos que por suas virtudes são altamente apreciados.
Por Diácono Inácio de Araújo Almeida
Fonte; Arautos

terça-feira, 2 de junho de 2015

AS CHAGAS DA HUMANIDADE... AS TUAS E AS MINHAS!


AS CHAGAS DA HUMANIDADE… AS DE CRISTO… AS NOSSAS!!!
ESTAMOS A MEIO DO ANO CÍVIL… ENQUANTO AQUI NESTE HEMISFÉRIO, VEMOS E OLHAMOS O ASTRO REI NUMA LONGA AMPLITUDE, LÁ PARA O SUL DO HEMISFÉRIO… LONGAS SÃO AS NOITES QUE NOS LEMBRAM SEMPRE AS TREVAS!

Neste mês de Junho, se uns vivem a pensar em férias, dias longos, praia agradável! Outros, vivem a sede do dinheiro, do poder, do prazer, num modo de vida fácil, mas há uma maioria a nível planetário que está a viver um doloroso martírio, imposto pelos que se divinizaram a si próprios e sentem que tudo podem fazer: escravizar, silenciar, sacrificar e matar os mais frágeis, com as crianças e as mulheres, sem que lhes seja imputadas  as consequências dos crimes hediondos e bárbaros, contra os irmãos e contra a Natureza!

É, precisamente, neste contexto invertido de valores, e neste mês de Junho,
 dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, para os crentes, que, querido e amado leitor, gostaria de reflectir contigo um tema tão antigo e tão actual, ou seja, atemporal que mexe contigo e comigo, com a tua vida, dos teus próximos, com a minha e  da dos meus irmãos !...
Não pares de ler!... Talvez  o título te pareça caricato ou até mesmo, enfadonho  para a vivência do século XXI!... Eu sei irmão, tens medo que cheire a fanatismo inconsequente. Ou então acharás despropositado  ir falar-te em “CHAGAS, num tempo em que tudo é simplesmente relativo, desde as verdades até à própria liberdade de existir! No entanto, quanto sofrimento, quantas incertezas, quantos problemas se abatem nas nossas vidas e que parecem insolúveis, ou pior arrastam-nos para a destruição pura e simples!... De medos vivemos todos os neste Planeta! Como eu te compreendo!... Mas só te peço que não pares a leitura. Verás que não desejo acrescentar mais dor à própria DOR! Eu só desejo sinceramente parar um pouco para reflectirmos, tu e eu!
Como te disse acima, este mês é dedicado ao SENHOR dos senhores, Àquele que era, que é e que será ETERNAMENTE!

Mesmo que digam que Ele foi e é uma fraude, que não existe  nem nunca existiu … vou deixar falar tão somente o meu coração , aprisionado por Ele, e porque o teu é igual ao meu, com as mesmas aspirações, as mesmas quedas, as mesmas dúvidas e por muito importante ou forte que sejas, no mais íntimo do teu ser, vives o medo do desconhecido, daquilo que o mundo quer esconder mas que é impossível, pois viemos do CRIADOR e retornaremos como um hímen para ELE! Quer queiramos, quer não!

Este homem de que te falo, viveu no meio dos homens, ensinou o BEM, foi despojado de tudo, para ser crucificado e  fizeram-lhe feridas= chagas nos membros superiores, inferiores e a mais larga no lado de onde saiu sangue e água! E, tudo isto Ele aceitou por AMOOOOOR! Por ti e por mim!
Pensa no mundo hoje! Quem seria capaz de dar a vida por alguém!?

Olha… 5 foram as chagas de Cristo! Isto é de Jesus, é esse o Seu nome. Vamos, queres começar pelas chagas dos Seus pés? Ai, Deus meu e Senhor nosso  o que isso tanto nos diz!... Os pés de Jesus andaram sempre à solta no serviço aos outros, na procura dos marginalizados da sociedade( pensa no presente!), dos explorados,(que vês tu ao teu lado?) dos injustiçados pela “justiça” dos grandes do mundo e poderosos!
Umas sandálias era o seu calçado por isso, os seus pés se feriram nos escarpados pedregulhos da inveja dos homens e nas cortantes rugas dos caminhos calcorreados em busca dos pecadores como tu e eu!
Mas, agora, pregados na Cruz, já não podem andar mais! Estão presos e rasgados, de lés a lés, por grossos e toscos pregos, gotejando sangue quente, que se vai coalhando no chão frio de Calvário! Agora são apenas duas chagas a sangrar! O que nos diz este espectáculo meu amigo?

Por onde andam os nossos pés? Se também os ferimos ao serviço dos que precisam de ajuda, abençoado sangue! Mas, se os metemos nas pantufas do comodismo, na luxúria da vida e não  buscámos os irmãos perdidos na vida mundana, ou se temos andado por caminhos desonestos e de perdição… para fugirmos das cruzes da vida…
Pobres criaturas! Perder-nos-emos nas encruzilhadas da morte eterna!
E que dizer das Suas chagas das mãos! Tanto abençoaram, em gestos de perdão, os pecadores arrependidos, os pobres que eram a escória da sociedade da época, os rejeitados, as crianças inocentes, até prostitutas amarguradas e arrependidas! Todo um  povo que era vítima  dos chefes e dos doutores da lei. Agora , tal como os pés jazem , pregados na Cruz, aqueles braços já nem podem abraçar os desesperados, nem as mãos podem fazer carinhos, a quem, desesperadamente, chora as injustiças! Dessas mãos perfuradas, agora só o sangue pinga, tornando-se em coalhos frios, na indiferença de tantos homens! E as nossas mãos? Será que também as nossas mãos, amigo, pingam sangue de vida em favor dos nossos irmãos que precisam tanto de amor e carinho? Ou terão sido, antes, instrumentos de vingança, de baixeza assassinas e de concupiscências que nos envergonham!?...

 Fecha os olhos e vê adiante a chaga aberta do peito do Mestre. O coração foi trespassado por um lança de um dos grotescos soldados!... E para quê? Sabes que é do coração que nasce o amor! Assim nascia do coração o AMOR INFINITO de Jesus pelos mais infelizes! Sabes o que mais me afecta  é que muitos ainda não descobriram o que é o AMOR!

Agora até o sangue frio do coração jorrou, misturado com água, pelo peito vergastado de Jesus. Talvez esse coração, assim rasgado, possa ser a janela aberta para a Humanidade, para muitos serem capazes de ler o autêntico poema do amor de Deus!

Ao terminar esta nossa reflecção, mais uma pergunta fica no ar, meu amigo (a palavra amigo  neste texto é unipessoal, ou seja, amigo/amiga, certo!) será que os nossos corações também são uma janela aberta onde os outros podem ler o testemunho da nossa entrega  radical e  amorosa ao serviço do bem comum? Terão sido livros abertos a transmitir o Dom da VIDA aos outros, ou pelo contrário, serem tropeço de escândalos, sobre escândalos para matar inocências?!...

OBRIGADA POR ESTARES COMIGO NESTA REFLECÇÃO, SÓ MAIS UMA NOTA: ESTE JESUS QUE DESCREVI, HOJE CONTINUA PREGADO NA CRUZ, POR CAUSA DAS OFENSAS E DOS DESPRESOS COM QUE É “OFERTADO”, NOS IRMÃOS SOFRIDOS, MALTRATADOS, ESPEZINHADOS E CRUCIFICADOS A TODA A HORA PELOS QUATRO CANTOS DO MUNDO, PRINCIPALMENTE, AS CRIANÇAS E AQUELAS QUE SÃO ASSASSINADAS AINDA NO VENTRE DA MÃE!
 
 
VEM SENHOR JESUS, VEM COM O TEU AMOR E TUA LUZ RESGATAR OS QUE PELA CRUZ SE ASSEMELHAM A TI MEU JESUS!
Nema, escrava de Maria

AVISO URGENTE A TODOS OS PAIS DESTE PLANETA!

O JOGO QUE PARECE SER UM PASSATEMPO PARA CRIANÇA BRINCAR, NÃO É MAIS QUE UMA ARMADILHA DEMASIADO PERIGOSA E FORA DO CONTROLO HUMANO!




 
PAIS TENHAM ATENÇÃO AOS VOSSOS FILHOS! ESTE JOGO É DEVERAS PERIGOSO! NÃO É DE TODO UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO, É MESMO UM SUFREDORO MALIGNO QUE ATACA OS JOGADORES E FAZ SOFRER OS PAIS!!!!!!! 
 O "Charlie Charlie challenge" (“Desafio do Charlie Charlie”) precisou de poucas horas para se tornar uma febre entre os jovens de todo o mundo e se transformar em um fenômeno viral no Twitter, no Facebook, no WhatsApp e em outras mídias sociais. Basicamente, trata-se de invocar a presença de um espírito chamado "Charlie" para consultá-lo sobre o futuro. Usa-se uma folha de papel, na qual estão escritas as palavras "sim" e "não", e dois lápis posicionados em forma de cruz no centro da folha. Quando se faz uma pergunta, como "Charlie, Charlie, vou passar na prova?", o espírito se manifesta movendo a ponta do lápis para o "sim" ou para o "não".

Têm sido apresentadas diversas explicações possíveis para o fenômeno: a força da gravidade, o vento, a força da sugestão. O fato, no entanto, é que parece não haver truques, nem vento, nem ímãs sob a mesa, nem fios transparentes, nem ilusões de ótica. Além disso, a enorme quantidade de vídeos amadores publicados na internet em dezenas e dezenas de países torna difícil pensar que todo o mundo esteja fazendo, em poucas horas e ao mesmo tempo, ótimos trabalhos de edição digital.

Jogo ou ritual ocultista?

Aparentemente, o “Charlie Charlie challenge” é um simples passatempo para curiosos interessados numa prévia do futuro. O jogo, porém, incursiona no âmbito misterioso do ocultismo e flerta de fato com o sobrenatural e imprevisível. Os vídeos postados na internet mostram jovens que, ao verem o lápis se movendo sozinho, saem gritando aterrorizados. O fato é que o ritual, que parece simplório, consiste em evocar um espírito misterioso, que, uma vez chamado, estabelece uma relação com os participantes. E não é nada claro se essa relação se encerrará de maneira feliz e fácil.

Fenômeno de mídia

Os jornais norte-americanos abriram grandes e destacados espaços para o "Charlie Charlie challenge" – o fenômeno surgiu justamente nos Estados Unidos. Veículos de mídia de amplíssimo alcance, como o Huffington Post, o Washington Post, a BBC e outras respeitáveis agências de notícias ​​o descreveram com detalhadas “instruções de uso”. É compreensível que os jornais se comportem como redes sociais nesta época de caça selvagem aos cliques dos internautas, mas, ao divulgar uma prática ocultista sem qualquer crítica ou análise das possíveis consequências, eles contribuem e incentivam a disseminação de um ritual que brinca com fogo.

A origem do ritual: o México não está envolvido

Chegou-se a dizer que as raízes deste ritual estão numa antiga tradição mexicana relacionada com um demônio chamado Charlie, mas esta tese parece infundada. María Elena Navez, correspondente mexicana da BBC, desmentiu a ligação entre Charlie e a mitologia mexicana, em cujas histórias não há nenhum demônio chamado "Carlitos" (Charlie em espanhol). As divindades dos povos ancestrais mexicanos têm nomes astecas ou maias como Tlaltecuhtli ou Tezcatlipoca. Nada a ver com Carlitos.

É mais provável que o rito tenha derivado do "juego de las lapiceras", relativamente comum em países da América do Sul e conhecido pejorativamente como “a Ouija dos pobres”. O propósito do "jogo das canetas" é o mesmo do “desafio Charlie Charlie”: obter respostas do além sobre o futuro; o rito também é igual; desta vez, porém, o espírito invocado tem nome próprio. E a origem desse nome ainda é desconhecida.

A hipótese Charlie Hebdo

Houve também quem achasse curioso o retorno do nome “Charlie” às manchetes de todo o mundo poucos meses depois dos atentados de janeiro contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris. O ato terrorista de ressonância mundial levou às ruas o lema "Je suis Charlie", como gesto de solidariedade para com as vítimas. A imagem do lápis ou da caneta, como símbolo da liberdade de expressão dos cartunistas satíricos, também se tornou o ícone daquela manifestação mundial de solidariedade. A relação entre lápis ou canetas com um espírito chamado Charlie é, de fato, curiosa, mas não há clareza alguma sobre a vinculação entre o jogo ocultista e o fenômeno de massas que correu o mundo em janeiro.

...................... Trabalha na empresa Veterinária
Rapaz, eu n acho que seja uma brincadeira cega n. Há muitos anos atrás eu fiz essa brincadeira tbm, um pouco diferente e uma amiga e eu entramos em contato com o espírito de uma mulher que havia sido assassinada, eu estava falando sobre isso ontem com umas amigas. O quanto essa "brincadeira" me atormentou, o quanto minha amiga e eu viamos coisas, ficamos sem dormir e meus pais n sabiam de nada. Quando contei pro meu pai ele me disse que isso n se fazia, pq isso era um ritual muito antigo e eu estava abrindo portas que não conseguia fechar. Destrui o tabuleiro e pedi a Deus pra nunca mais eu ver ou sentir aquelas coisas de novo, e olhe que sempre fui muito cética. Existem muito mais coisas entre o céu e o inferno do que a gente pode imaginar.
Fonte: Face Book

OS JOVENS MAIS CURIOSOS E AVENTUREIROS, AQUI DAS REDONDEZAS, AO DESCOBRIREM ESTE JOGO, ACHARAM QUE ERA DE BOM TOM, JUNTAREM-SE PARA O JOGAREM! HOJE, ESTES JOVENS VIVEM ATERRORIZADOS, NÃO SÃO CAPAZES DE DORMIR ÀS ESCURAS E ALGUNS DELES, PEDEM PARA DORMIR COM OS PAIS, POIS SOZINHOS NÃO SÃO CAPAZES DE O FAZER...
Nema, escrava de Maria

domingo, 31 de maio de 2015

CELEBRA-SE HOJE O DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE!

trindade

Em inúmeras passagens dos Evangelhos, Cristo nos revelou o mistério da Santíssima Trindade, inacessível à mente humana, e mesmo à angélica.
Adão nunca poderia imaginar que o Messias anunciado para reparar seu pecado seria o próprio Filho do Altíssimo. Entretanto, assim foi: “Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher” (Gal 4, 4). Numa minúscula casa de Nazaré, uma jovem humilde e pura medita sobre a antiga promessa do Criador, de enviar o Messias para resgatar o povo de seus pecados e instaurar uma nova ordem de coisas. Podemos imaginá- La lendo alguma passagem da Escritura, por exemplo, esta: “Eis que uma virgem conceberá”... (Is 7, 14).
Adão e Eva sendo expulsos do Paraíso..jpg
Com a Encarnação, os homens para os quais o pecado
fechara as portas do Paraíso Terrestre, tinham agora
abertas diante de si as portas do Paraíso Celeste


Adão e Eva sendo expulsos do Paraíso
Igreja São Rafael, Heredia (Costa Rica
Enquanto Ela tece em sua mente elevadas conjecturas sobre como seria a pessoa do Messias, uma suave luz ilumina seu quarto, e um Anjo, transido de admiração, Lhe dirige esta saudação: “Ave cheia de graça”! (Lc 1, 28). Faz em seguida o mais inesperado dos anúncios: será Ela a Mãe do Messias, a quem tanto desejava conhecer: “O Espírito Santo descerá sobre Ti, e a força do Altíssimo Te envolverá com a sua sombra. Por isso o Menino que nascer de Ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35).
Realizou-se, dessa forma, o misericordioso desígnio do Altíssimo: o Filho de Deus, “tornando-Se participante de nossa mortalidade, nos fez participantes de sua divindade”. E os homens, para os quais o pecado fechara as portas do Paraíso Terrestre, tinham agora abertas diante de si as portas do Paraíso Celeste!
Esse relato evangélico contém a revelação dos dois maiores mistérios da Fé. Um deles, a Encarnação do Verbo, se realizava naquele instante; o outro, a existência da Santíssima Trindade, não tem princípio. Foi esse o primeiro presente concedido ao gênero humano pelo Filho do Altíssimo. Por intermédio do celeste mensageiro, confiou-o à Virgem eleita desde toda a eternidade para ser sua Mãe. Nesse episódio São Gabriel manifesta-Lhe que tudo quanto se seguirá estará marcado pela Trindade Santíssima.
Provavelmente, a narração bíblica registra apenas o resumo de um longo diálogo entre Maria e o Anjo. Nele, entretanto, o Espírito Santo fez constar a primeira alusão ao mistério trinitário. Com efeito, vê-se nas palavras do Arcanjo clara referência a cada uma das Pessoas Divinas. Começa por mencionar a Terceira Pessoa: “o Espírito Santo virá sobre Ti”. Em seguida, afirma: “a força do Altíssimo Te envolverá com sua sombra”, referência mais discreta à Pessoa do Pai, a qual ficará evidente na continuação da promessa: “o Menino que nascer de Ti será chamado Filho de Deus”. Se há um Filho, tem de haver também um Pai, é a conclusão lógica.
Temos, então, nesta passagem das Escrituras a primeira revelação do mistério da vida íntima de Deus. E é altamente simbólico o fato de ter sido feita Àquela na qual o Verbo Se encarnaria para operar a Redenção.
 
Batismo de Jesus: primeira manifestação pública do mistério trinitário
Mas, quem em Israel, ou mesmo na pequena Nazaré, teve conhecimento dessa realidade sublime, a não ser Nossa Senhora e São José? Tornava-se necessária uma manifestação pública de Cristo! Esta nos veio através de João Batista, o qual brilhou aos olhos de Israel como um facho de luz nas trevas da noite. “No meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e não sou digno de Lhe desatar a correia do calçado. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 26.29) — declarou aos sacerdotes e levitas enviados de Jerusalém para interrogá-lo.
E quando o Mestre apresentou-Se no Jordão para ser batizado por ele, exclamou o Batista, ao vê-Lo: “Eu devo ser batizado por Ti e Tu vens a mim! Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa” (Mt 3, 14-15). Cena incompreensível para quem desconhecia tratar-se do Messias. Porém, não tardou a explicação: quando Jesus saía da água, “João viu os Céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre Ele. E ouviu-se dos Céus uma voz: Tu és o meu Filho muito amado; em Ti ponho minha afeição” (Mc 1, 10-11). Daí, João não hesitar em proclamar: “Eu O vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus” (Jo 1, 34).
Aqui nos mostra o Evangelho Deus Pai manifestando Jesus aos homens como seu dileto Filho e o Messias de Israel, e pairando sobre Ele o Espírito Santo, o qual é “Deus uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza”.
 
Na Transfiguração apareceu toda a Trindade
Também no relato evangélico da Transfiguração podemos observar as características de glória e beleza da Santíssima Trindade. Fato ocorrido “numa alta montanha” (Mt 17, 1): o Monte Tabor, segundo uma tradição do século IV. Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, aos quais manifestou “a clareza de sua Alma e de seu Corpo”, 4 com um objetivo claro e imediato: “Era fundamental haver algumas testemunhas da glória de Jesus para sustentarem, na prova da Paixão, os Apóstolos em suas tentações”.5
Como narra São Mateus, “seu rosto brilhou como o Sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura” (Mt 17, 2). Revelou-lhes, pois, algo que se encontrava além da figura visível de seu Corpo padecente. Embora em nada tenham participado da visão beatífica, inacessível aos olhos humanos, os três Apóstolos puderam, por assim dizer, contemplar uma centelha da glória e da divindade de Jesus transparecendo em sua santa humanidade.
Anunciação.jpg


No diálogo entre Maria e o Anjo, o Espírito Santo
fez constar a primeira alusão ao mistério trinitário
Anunciação - Mosteiro de Nossa Senhora
do Monte Carmelo e São José, Nova York 

Mais adiante, na descrição do Evangelista, “uma nuvem luminosa os envolveu” (Mt 17, 4). Como se sabe, certos fenômenos naturais significavam para os israelitas a própria presença de Deus, o qual Se manifestava por meio de símbolos como o fogo, o vento e a nuvem. Assim, a Moisés Ele Se apresentou “na obscuridade de uma nuvem” (Ex 19, 9). Fato mais expressivo deu-se na dedicação do Templo de Salomão: “A nuvem encheu o Templo do Senhor, de modo tal que os sacerdotes não puderam ali ficar para exercer as funções de seu ministério, porque a glória do Senhor enchia o Templo” (I Rs 8, 10-11).
Portanto, sem dúvida, a “nuvem luminosa” do Tabor evidenciou para os três Apóstolos a presença divina entre eles. O Doutor Angélico no-la indica como uma figura da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. “Na Transfiguração, [...] apareceu toda a Trindade: o Pai na voz, o Filho no Homem, o Espírito na nuvem luminosa”. 6 Ensinamento acolhido no Catecismo da Igreja Católica (n.555).
Por fim, do interior dessa nuvem fez-se ouvir uma voz: “Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha afeição; ouvi-O” (Mt 17, 5). Jesus é, pois, o Filho Unigênito, o Messias prometido, consubstancial ao Pai e participante de seu Ser e de suas obras. Com essa declaração do Pai, o esplendor divino do Filho e a manifestação do Espírito Santo numa nuvem, a Santíssima Trindade Se revela de modo claro.
O que terão entendido dessa manifestação os três Apóstolos? Terão feito perguntas ao Mestre? Quais terão sido as respostas? Infelizmente, a sintética narração bíblica nada registra sobre tais detalhes. Mas ela contém o suficiente para não deixar dúvida a respeito de um ponto: aos católicos de todos os tempos, a cena da Transfiguração apresenta Jesus como o Filho Único de Deus a Quem todos devem escutar.
Por ocasião do Batismo no Jordão, a voz do Pai dirige-se a Jesus, para instituí-Lo em sua missão redentora: “Tu és o meu Filho muito amado; em Ti ponho minha afeição” (Mc 1, 11). No Tabor, dirige-se aos Apóstolos, dando-lhes a categórica ordem de prestar ouvidos à palavra de Cristo: “Ouvi-O”.
 
Jesus, Filho de Deus
Em diversas ocasiões Jesus chama a Deus de Pai. Na parábola dos agricultores assassinos (cf. Lc 20, 9-19), manifesta com clareza como tinha noção de sua filiação divina. Com efeito, o proprietário da vinha, símbolo do próprio Deus, enviou um após outro seus servos, os profetas, com a incumbência de receber a parte da colheita devida ao arrendador. Os agricultores desprezaram, espancaram e maltrataram todos os enviados. O senhor da vinha tomou então esta decisão extrema: “Mandarei meu Filho amado, talvez o respeitem” (Lc 20, 13). E eles o mataram! O tema desta parábola servia ao Divino Mestre para levar seus ouvintes a compreenderem o mau comportamento dos israelitas em relação aos mensageiros enviados por Deus, os profetas. Atitude levada ao último extremo pelos sumos sacerdotes, com o deicídio.
Também quando expulsa do Templo os vendilhões, Jesus fala como Filho do Senhor do Templo: “Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes” (Jo 2, 16). E com um chicote trançado por suas próprias mãos põe em fuga a multidão de comerciantes!
Mas esse Jesus que castigava com tanta energia, sabia compadecer-Se dos sofredores. Tendo subido a Jerusalém por ocasião de uma festa judaica, passou perto da piscina de Betesda, em cujos pórticos se encontravam muitos enfermos à espera da chegada de um Anjo do Senhor que de tempos em tempos descia e movimentava a água. Ansiosa expectativa, pois o primeiro a tocar a água em movimento logo ficava curado de sua enfermidade. Jesus viu deitado ali um homem que estava paralítico havia 38 anos e, num gesto de carinho e compaixão, disse-lhe: “Levanta- -te, pega tua cama e anda” (Jo 5, 8). Grande foi a surpresa de todos quantos assistiram à cena e comprovaram a alegria do miraculado.
Batismo de Jesus - Igreja de São João Batista, Halifax (Canadá).jpg
Aqui nos mostra o Evangelho Deus
Pai manifestando Jesus aos
homens como seu dileto
Filho e o Messias de Israel
Os fariseus, porém, acusaram o Mestre de estar violando a Lei, por ter curado em dia de sábado. Deram-Lhe, assim, excelente ocasião de manifestar sua filiação divina. Para refutar a argumentação farisaica, respondeu-lhes Ele: “As obras que meu Pai Me deu para executar — essas mesmas obras que faço — testemunham a meu respeito que o Pai Me enviou. E o Pai que Me enviou, Ele mesmo deu testemunho de Mim” (Jo 5, 36-37). Mais uma vez, Jesus Se revela a todos como Filho de Deus. “Nessa relação de Deus Pai com o Filho, São João O destaca com a denominação ‘Filho Unigênito’ (monogenê, Jo 1, 14.18; 3, 16.18; I Jo 4, 9). Isto indica pelo menos três coisas: Jesus é gerado pelo Pai, é Filho Único e é igual ao Pai, pois, por meio de Jesus, Deus Se revelou como Pai”.
 
“Quem Me viu, viu o Pai”
Diante dos Apóstolos, entretanto, essa revelação desvenda um aspecto novo. Quando Filipe pede a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai” (Jo 14, 8), Ele o repreende suavemente: “Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces? Quem Me viu, viu o Pai. Como, pois, dizes ‘Mostra-nos o Pai’... Não credes que estou no Pai, e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo de Mim mesmo; mas o Pai, que permanece em Mim, é que realiza as suas próprias obras. Crede-Me: estou no Pai, e o Pai em Mim” (Jo 14, 9-11). Ou seja, Ele e o Pai têm a mesma natureza divina e são inseparáveis.
Não pode ser esquecido o modo, pervadido de ternura e confiança, de Jesus tratar a Deus Pai, dando-Lhe o apelativo familiar de “Aba” (“Papai”, em aramaico), no pungente episódio do Getsêmani, marco inicial de sua Paixão: “Adiantando-Se alguns passos, prostrou-Se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse d’Ele aquela hora. Aba! (Pai!), suplicava Ele. Tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice! Contudo, não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres” (Mc 14, 35-36).
Não deixa de ser curioso, ademais, que, quando Se reza a Deus, Jesus nunca O chama de Deus, mas sim de Pai. Usa o termo Deus quando fala d’Ele diante dos outros, mas não em sua oração pessoal. Só o faz na Cruz: ‘Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?” (Mc 15, 34). Mas aqui, como sabemos, está recitando o salmo 21.
Ao declarar-Se Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo Se identifica plenamente com a divindade. Não se trata de uma filiação simbólica ou adotiva, como a dos outros homens por Ele justificados. De tal forma está convicto de sua divindade, que chega a condicionar a salvação à fé em sua Pessoa: “Quem crê no Filho tem a vida eterna. Quem, porém, recusa crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3, 36). Dessa forma, Jesus vai revelando a sua relação filial com Deus Pai. Mostra sua dignidade de Filho Unigênito, como Ele mesmo declara na conversa noturna com Nicodemos: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho Único” (Jo 3, 16).
 
O Espírito Santo, o Consolador
São numerosas no Antigo Testamento as referências ao “Espírito de Deus” e ao “Espírito do Senhor”. Por exemplo, no primeiro dia da Criação, “o espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn 1, 2). No cimo do Monte Fagor, o Espírito de Deus desceu sobre Balaão e o fez abençoar Israel (cf. Nm 24, 2). Em suas últimas palavras, proclama o Rei Davi: “O Espírito do Senhor fala por mim, sua palavra está na minha língua” (II Sm 23, 2). E o Livro da Sabedoria canta: “O Espírito do Senhor enche o universo” (Sb 1, 7). Todavia, estas duas expressões não significam, na Antiga Aliança, uma Pessoa distinta no seio da divindade. Nosso Senhor Jesus Cristo é Quem nos revelará a personalidade divina do Paráclito, cuja manifestação pública se patenteará com o maior esplendor na descida sobre Maria Santíssima e os Apóstolos, em Pentecostes.
Na Última Ceia, pouco antes de dirigir-Se ao Horto para iniciar a Paixão, Jesus deu-lhes uma garantia: “O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14, 26).
Vendo como a tristeza enchia o coração dos Apóstolos ante a perspectiva dos iminentes acontecimentos por Ele anunciados, explicou-lhes o Mestre: “Convém a vós que Eu vá! Porque, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, vo-Lo enviarei” (Jo 16, 7). E acrescentou pouco adiante: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).
Igreja Sao Roque - Pentecostes - Mosaico.jpg

 Todas as afirmações do Divino Mestre
antes da Paixão não foram suficientes
para iluminar a mente dos Apóstolos

No dia de sua Ascensão aos Céus, Cristo prometeu comunicar aos Apóstolos um espírito de fortaleza: “Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do Alto” (Lc 24, 49). Proclama, assim, a estreita participação do Espírito Santo em sua missão redentora, conferindo, por um movimento interior e vivificador nas almas, os meios sobrenaturais necessários para os homens atingirem os gloriosos fins da Redenção.
 
Pentecostes, luz sobre o mistério trinitário
Entretanto, todas as afirmações do Divino Mestre antes da Paixão não foram suficientes para iluminar a mente dos Apóstolos. Arraigados às tradições de seus antepassados, era-lhes difícil admitir a existência de Três Pessoas em um Deus único.
Em sua aparição aos Onze Apóstolos na montanha da Galileia, algum tempo após a Ressurreição, o Divino Mestre referiu-Se de modo claro e inequívoco à Trindade: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai- -as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). Mas só mesmo com a descida do Paráclito, em Pentecostes, tornaram-se claras para eles estas palavras do Salvador. Contêm elas a mais explícita formulação do mistério da Trindade, pois o próprio Jesus, quando manda batizar “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, afirma a existência de um Deus em três Pessoas: distintas entre Si, mas constituindo uma só unidade substancial.
Diante desse belo e misterioso panorama revelado por Nosso Senhor, cabe-nos aspirar ao convívio eterno com a Trindade no Céu, cantando a sua glória, como Santo Agostinho em sua oração: “Quando, pois, estivermos em vossa presença, cessarão ‘estas palavras que repetimos sem entender’, e sereis para sempre tudo em todos (cf. I Cor 15, 28). E Vos louvaremos por toda a eternidade, cantando numa só voz, unidos todos em Vós”.
(Diácono Lucas Alves Gramiscelli, EP; Revista Arautos do Evangelho, Junho/2014, n. 150, pp.16 à 20)