OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

QUANDO O HOMEM SE SENTE UM DEUS INTOCÁVEL!

Luís Dufaur

Em Baotu, as altas chaminés que parecem tocar num céu de chumbo não são refletidas pelo lago artificial feito de uma lama negra e tóxica, aumentado sem cessar pelos esgotos das refinarias que o rodeiam.

O cheiro de enxofre é tão forte que até o maior dos ateus diria que está no inferno, escreveu
La Nación, de Buenos Aires.

Trata-se da sede de Baogang Steel and Rare Earth, um complexo industrial desueto do tamanho de uma cidade, em Baotu, no mais fundo da Região Autônoma da Mongólia Interior.

Baotu é rico em “terras raras”, cuja difícil extração motiva preocupações verdes no Ocidente e um completo desinteresse quando se trata da China. E essas “terras raras” têm um papel-chave no desenvolvimento de produtos de alta tecnologia.

Em 2009 a China produzia 95% dessas terras que são consumidas pelo mundo, e só a mina Bayan Obo, no norte de Baotu, conteria 70% das reservas planetárias.

Uma selva de tubulações impede saber onde começa a fábrica e onde termina a cidade.
O estranho é que a fábrica, de fato, não está trabalhando. Os responsáveis falam de manutenção, mas não há sinais de limpeza ou de reparos.

A China estaria tentando criar uma escassez artificial dos produtos para provocar um aumento mundial dos preços. Até lá, nada de novo nas inescrupulosas práticas socialistas.

As primitivas tecnologias de produção geram riscos e elementos tóxicos incalculáveis. O cério é dissolvido em bacias de ácidos sulfúrico e nítrico, cujas sobras vão parar no lago envenenado.

A população local está sendo sacrificada em aras do triunfo maoísta. Se outrora os camponeses trabalhavam a terra, hoje o lago intoxicou essa mesma terra e os próprios camponeses.

As imagens, povoadas de ambientes estranhos e horripilantes, são de pesadelo, escreve
La Nación.
Liam Young, investigador que trabalha no Reino Unido, recolheu amostras do barro do referido lago e detectou uma alta presença radioativa. No problem. O clamor verde e midiático irá contra as usinas nucleares ocidentais que não poluem.

Younf ficou escandalizado com o lançamento pela Apple de um relógio inteligente, porque lhe fez lembrar o inferno de Baotu e seu “terrível lago tóxico que se estende até o horizonte”.

No entanto, não se lembrou dos mais de cem milhões de chineses sacrificados pela Revolução maoísta para engendrar esse monstro e outros ainda, visando achatar os homens em nome de uma metafísica igualitária que viola a própria natureza.
Fonte; Pesadelo Chinês

MENSAGEM DE MARIA PARA TODOS NÓS!

Mensagem de Nossa Senhora do dia 13/05/2015 
  "Meus queridos filhos, Eu Sou a Perfeita Humanidade realizada em Deus, a Senhora mais Bela que o Sol, Rainha das Famílias, a Vossa Mãe e Senhora da Mensagem de Fátima e neste dia bendito do Aniversário de Minhas Aparições em FÁTIMA e GHIAIE DI BONATE, Eu vos abençoo a todos abundantemente. Meus filhos neste dia à exemplo das Minhas pequenas crianças, os pastorinhos de Fátima e também da Minha pequena filha Adelaide desejo convida-los à generosidade. Sede generosos para com Deus em vossos sacrifícios não lhe negando nada e não reservando nada para vós mesmos. Elevai a vossa generosidade mesmo ao heroísmo lutando contra toda e qualquer adversidade para permanecerem fiéis ao Senhor, aos Seus mandamentos e as promessas batismais rompendo com o mundo e o pecado definitivamente e para sempre. O maior milagre que desejo operar para a glória e maior alegria do Senhor é a transformação dos vossos corações. Deem-Me seus corações para que Eus os forme, os modele tal como o Sagrado Coração de Meu Filho Jesus: manso e humilde. Permiti que Eu vos possa conduzir pelas vias da humildade vos tirando da mediocridade e do descompromisso com o Senhor e com a Sua vontade e Eu os elevarei de escravos a condição de soberanos, levando-os a reinar com Cristo. Compreendei Meus filhos que Eu Sou a Vossa Mãe e que imenso é o Meu amor por vós e que o Meu desejo é elevar o homem a Deus, romper as suas cadeias, conceder-lhes a verdadeira liberdade e conceder-lhes a verdadeira felicidade. Muitos ainda não compreenderam este Meu convite, este Meu chamado e muitos mesmo o recusarem, pois perceberam que para percorrer esta estrada vós deveis vos fazer como crianças, nascer de novo. Alegrai-vos Comigo pelo dia de hoje. Dia de esperança onde renovo-lhes a Minha mensagem, o Meu pedido e convite à oração do Terço, a combaterem o avanço do mal no mundo e a se oferecerem como almas reparadoras pelos muitos pecados da humanidade e para impedir que muitas mais almas se dirijam, se conduzam ao inferno. Olhando Minhas pequenas crianças: Lúcia, Francisco, Jacinta e a doce Adelaide percorrei a pequena via do amor perfeito, da generosidade e entrega total, da oração com o coração e da plena confiança no Meu Coração Imaculado e assim Eu realizarei ainda muitos milagres e graças de conversão. Neste dia onde FÁTIMA Me canta como Rainha de Portugal, Celestial Mensageira e Senhora da Mensagem e Peregrina do Amor, Eu abençoo o mundo inteiro: o vigário de Meu Filho Jesus e a todos os cardeais, bispos e sacerdotes a Ele unidos, aos Meus pequenos filhos e devotos, os Meus escravos de amor e aos arautos de Minhas mensagens da COVA DA IRIA em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A paz Meus filhos! A paz!...".
Fonte: Santificai-vos.org

terça-feira, 26 de maio de 2015

PATRIMÓNIO RELIGIOSO EM PORTUGAL!

IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA EM TOMAR- TERRA DOS TEMPLÁRIOS
«Moveu-nos a intenção de dar a conhecer este Património Religioso, na sua autenticidade – as tradições religiosas, os testemunhos da história, a importância da sua monumentalidade e a singularidade do seu património arquitetónico e das obras de arte. As seculares peregrinações e todo um conjunto de manifestações da piedade popular, que representam a matriz de um património comum, como fonte de uma secular cultura de comunidades cristãs, na sua autenticidade e significado original, são uma das mensagens da História dos Santuários», assinala Maria do Rosário Barardo.
O bispo D. Carlos Azevedo, por seu lado, começa por vincar que «a identidade cristã não se constrói em relação a lugares sacros, como sítios de encontro do ser humano com Deus», pelo que «o sentido do templo foi transferido para a pessoa e para a obra de Cristo, e o encontro situa-se na pessoa do cristão e na existência da comunidade cristã».
Todavia, prossegue o delegado do Pontifício Conselho da Cultura, «a relação de cada pessoa com o espaço e com a criação» é «uma constante da antropologia, impossível de prescindir». Neste sentido, «todas as pessoas guardam na memória lugares marcantes da sua história pessoal. Também a história da fé assume estas referências geográficas. Há lugares com alto valor e significado simbólico. Mantêm-se vivos na memória histórica por serem espaços onde aconteceram eventos decisivos na história da fé de uma comunidade».
Os santuários esforçam-se «por criar condições favoráveis para que os peregrinos se encontrem com Deus, ou pelo menos respirem a sua presença, se sintam interpelados para a abertura ao transcendente», assinala o Presidente do Conselho Permanente da Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal.
«Entra-se no santuário para agradecer, louvar, suplicar, por isso, são também uma verdadeira escola de oração. Deste modo, devem educar para a Ação de Graças, incutindo no peregrino o espírito de reconciliação, de contemplação e de paz, recordando o que Deus disse a respeito da sua casa: "A minha casa é casa de oração". Nesta perspetiva, testemunham que a vida não é fuga, mas louvor e alegria pelos dons recebidos. Educar para a dimensão contemplativa da vida, é assim a sua dimensão mais profunda».
Estes espaços, continua o P. Sezinando Alberto, recordam também «que Deus, ao tornar-se solidário com o nosso sofrimento, impele-nos à solidariedade e à partilha com os irmãos».
«Na dimensão profética fazem apelo à contínua conversão e renovação, pois ao recordarem que não fomos criados para viver e morrer, mas para viver e vencer a morte, o cristão é chamado à mudança de vida, para poder desde já viver aquilo que o espera. Recordando-nos assim a nossa dimensão de provisório», realça.
O responsável recorda também que «os santuários são lugares de cultura. Em muitos casos são já em si mesmos um bem cultural. Não descurando o que lhes é específico, de modo a que a dimensão cultural não se sobreponha à cultual, muitos promovem eventos culturais que têm em vista a divulgação quer dos valores da Fé, quer da reflexão cristã acerca das realidades da vida».
Apresentamos, seguidamente, algumas das páginas do volume, incluindo um santuário por cada diocese de Portugal.
Imagem

In "Santuários de Portugal" | D.R.

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Edição: Rui Jorge Martins Publicado em 25.05.2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A MENSAGEM DE JESUS PARA OS SEUS E HOJE PARA MIM E PARA TI!

Evangelho segundo S. Marcos 10,17-27.  (25-05-2015, EVANGELHO DO DIA) 
Naquele tempo, ia Jesus pôr-Se a caminho, quando um homem se aproximou correndo, ajoelhou diante d’Ele e Lhe perguntou: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?».
Jesus respondeu: «Porque Me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus.
Tu sabes os mandamentos: ‘Não mates; não cometas adultério; não roubes; não levantes falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe’».
O homem disse a Jesus: «Mestre, tudo isso tenho eu cumprido desde a juventude».
Jesus olhou para ele com simpatia e respondeu: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me».
Ao ouvir estas palavras, o homem ficou abatido e retirou-se pesaroso, porque era muito rico.
Então Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!».
Os discípulos ficaram admirados com estas palavras. Mas Jesus afirmou-lhes de novo: «Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus».
Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode então salvar-se
?». Fitando neles os olhos, Jesus respondeu: «Aos homens é impossível, mas não a Deus, porque a Deus tudo é possível».
Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja.
 
«Mas, então, quem pode salvar-se?»
 

Em resposta à pergunta do jovem rico, Jesus tinha revelado como se podia aceder à vida eterna. Mas o jovem, entristecido com a ideia de ter de abandonar as suas riquezas, foi-se embora. E Jesus declarou: «É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.» Então Pedro, que se despojara de tudo, renunciando à sua profissão e à sua barca, que já não possuía sequer um anzol, aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Quem pode, então, salvar-se?» 

Repara na reserva mas também no zelo deste discípulo. Ele não diz: «Tu ordenas impossíveis, essa ordem é demasiado difícil, essa lei é demasiado exigente.» E também não se cala. Mas, sem faltar ao respeito e mostrando que estava atento aos outros, pergunta: «Quem pode, então, salvar-se?» É que, muito antes de ser pastor, já ele tinha alma de pastor; antes de ser investido de autoridade [...], já se preocupava com a terra inteira. Um rico teria provavelmente feito essa pergunta por interesse, preocupado com a sua situação pessoal e sem pensar nos outros.
Mas Pedro, que era pobre, não pode ser suspeito de ter feito a sua pergunta por esses motivos, mas porque se preocupava com a salvação dos outros, e queria aprender do Mestre como alcançá-la.
Daí a resposta encorajadora de Cristo: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.» Querendo dizer: «Não penseis que vos deixo ao abandono. Eu próprio vos assistirei em assunto tão importante, e tornarei fácil o que é difícil.» 
QUE TESTEMUNHO POSSO EU DAR AO VER AO MEU LADO TANTA POBREZA, ENQUANTO UNS QUANTOS VIVEM, PARA E PELAS RIQUEZAS, PRAZERES, BEM ESTAR?
 
 

CELEBRÁMOS O DOMINGO DE PENTECOSTES!

Que o Espirito Santo abra seus caminhos e permaneça consigo! 
Posted: 23 May 2015 06:22 PM PDT


Que o Espirito Santo abra seus caminhos e permaneça consigo,
 
iluminando sua vida, seus pensamentos e ações,
 
fortalecendo seu ânimo e dando nova vida à sua fé,
 
soprando para um porto seguro,
onde reside a autêntica Paz,
 
e onde a felicidade brota e se doa
no Amor a cada ser e sobretudo a Deus!

 

Fonte: Avé Luz 

AFINAL O QUE SE PASSOU EM RIGA??? MENTIRAS/VERDADES?

Mentiras e vídeo. Yanis Varoufakis confirma que gravou reunião de Riga

Grego conta a sua versão da reunião do Eurogrupo de 24 de abril em Riga. Reconhece que gravou o encontro mas insurge-se contra as "mentiras" que a imprensa escreveu sobre o encontro e sobre si.
"O secretismo e a imprensa ingénua não são um bom augúrio para a Democracia europeia", remata Yanis Varoufakis.
AFP/Getty Images
“Talvez seja altura de nos tornarmos um pouco mais céticos em relação ao jornalismo em que confiamos enquanto cidadãos“, recomenda Yanis Varoufakis, o ministro das Finanças da Grécia, numa entrada no seu blogue pessoal. Um texto intitulado “A Verdade Sobre Riga” surge precisamente um mês após a famosa reunião do Eurogrupo na capital da Letónia, após a qual toda a imprensa escreveu que Varoufakis foi “martelado” com críticas por parte dos outros ministros das Finanças. Varoufakis reconhece que gravou a reunião com o seu smartphone mas insurge-se contra a “torrente de mentiras” escritas a seu respeito.
A reunião de Riga foi a última reunião do Eurogrupo antes do final do prazo intercalar (de final de abril) dado em fevereiro com a extensão do programa grego em quatro meses. Como foi amplamente discutido na altura, não houve acordo e surgiram vários relatos na imprensa, nos dias posteriores, sobre as fortíssimas críticas que, “segundo fontes conhecedoras”, foram feitas a Varoufakis pelos outros ministros.
Segundo escreve este domingo Yanis Varoufakis, a imprensa baseou-se em “fugas de informação por parte de quem esteve presente para apresentar ao mundo uma versão terrivelmente falsa do que foi dito lá dentro”. “Jornalistas respeitados e meios de comunicação prestigiados escreveram mentiras e insinuações a respeito não só do que me foi dito mas também do que foi a minha reação e a minha defesa da posição grega“.
Varoufakis acrescenta que “nas semanas que se seguiram, toda a gente assumiu que esses relatos eram verdadeiros, apesar dos meus desmentidos discretos mas firmes”. O grego recorda que foi escrito que lhe chamaram, durante essa reunião, “desperdiçador de tempo”, “jogador” e “amador”. Escreveu-se, também, que Varoufakis perdeu a compostura e retaliou de forma descontrolada, o que levou a que se tivesse momentaneamente afastado do convénio. Nos dias seguintes, surgiu uma remodelação da equipa que negoceia com os credores, aparentemente tirando protagonismo a Varoufakis.
Em “A Verdade sobre Riga”, o ministro grego garante que “os meus colegas ministros nunca falaram comigo de uma forma que não fosse educada e respeitosa“. Garante, também, que não perdeu o controlo das emoções durante a reunião e que continua a ser o líder da equipa de negociação com o Eurogrupo.

Varoufakis gravou encontro. Mas nunca quis revelar conteúdo

O ministro grego aproveitou, também, neste texto no seu “fiel blogue”, para abordar a polémica recente sobre a alegada gravação, por parte de Varoufakis, da reunião de Riga. O grego confirma que “gravo muitas vezes as minhas intervenções e respostas no meu telemóvel pessoal, especialmente quando se trata de improvisos“.
O objetivo dessas gravações é, contudo, “naturalmente, para poder recordar as minhas declarações exatas e poder reportar ao primeiro-ministro, ao conselho de ministros, ao Parlamento”. “Fiz isso mesmo em Riga e, depois, já em Atenas, usei a gravação para trabalhar no meu relatório sobre o que aconteceu”.
Quando Varoufakis indicou que tinha gravado a conversa, numa conversa com um jornal, surgiram várias críticas de que o grego estaria a violar a confidencialidade do Eurogrupo. Mas o grego garante que nunca lhe passou pela cabeça divulgar o que foi dito e, muito menos, divulgar a própria gravação. Isto apesar de ter sofrido, nessa altura, “uma torrente de mentiras escritas acerca de mim, como um esgoto descontrolado“.
Varoufakis garante a quem o critica que não foi responsável por quaisquer fugas de informação e que respeita a confidencialidade do Eurogrupo. O grego critica, no entanto, que num fórum onde são tomadas decisões de “importância monumental”, não exista qualquer gravação ou tomada de atas da reunião.
O secretismo e a imprensa ingénua não são um bom augúrio para a Democracia europeia“, remata Yanis Varoufakis.
Fonte:Observador

POR QUE ESTÁ DEUS A SER TÃO PACIENTE COM OS HUMANOS?









Se não houvesse o Sol, que seria da Terra? Oh! Tudo seria trevas, horror, esterilidade e desolação.
E se o Mundo não tivesse a Santa Missa, que seria de nós? Infelizes! Ficaríamos privados de todos os bens sobrecarregados de todos os males. Estaríamos expostos a todos os raios da cólera de Deus.
Alguns há que se admiram, e acham que, de certo modo Deus mudou a sua maneira de governar. Antigamente Ele se nomeava de Deus dos exércitos, e falava ao povo do meio das nuvens, manejando o trovão; e de fato, era com todo o rigor da justiça que castigava os pecados.
Por um único adultério, mandou passar a fio de espada vinte e cinco mil homens da tribo de Benjamim. (Juiz 20,46).
Por um leve pecado de orgulho de Davi em computar o povo, enviou Ele uma peste tão terrível que, em poucas horas pereceram setenta mil pessoas
(II Sam. 24,15).
Por um só olhar curioso e desrespeitoso dos betsamitas, fez que cinqüenta mil deles perecessem.
(I Sam. 6, 19).
E agora suporta, com paciência, não só vaidades e irreverências, mas adultérios, os mais vergonhosos, escândalos gravíssimos, e tantas blasfêmias horríveis que muitos cristãos vomitam contra Seu Nome Santíssimo.
Porque assim acontece?
Por que tão grande mudança de conduta? Serão as ingratidões dos homens mais escusáveis hoje do que outrora? Bem ao contrário, são muito mais culpáveis, já que os imensos benefícios de Deus se multiplicam cada dia.
A verdadeira razão desta clemência espantosa é a Santa Missa, pela qual esta grande Vítima, que se chama Jesus, se oferece ao Eterno Pai. Eis aí o sol da santa Igreja que dissipa as nuvens e torna sereno o céu.
 
Eis aí o arco-íris que detém os raios da Divina Justiça. Creio para mim que, não fosse a Santa Missa, o Mundo estaria já no abismo, incapaz de suportar o imenso fardo de suas iniquidades.
A Santa Missa é o poderoso sustentáculo que lhe permite subsistir.
Concluí, de tudo isto, quanto este divino Sacrifício é necessário; assim então, sabei aproveitá-lo o máximo que for possível.
Para isto, quando participamos da Santa Missa, devemos imitar Afonso de Albuquerque.
Achando-se, com sua frota, em perigo de naufragar numa horrível tempestade, teve uma inspiração: tomou nos braços uma criança que viajava em sua nau, e, elevando-a ao alto, exclamou:
“Se todos somos pecadores, esta criaturinha é certamente sem mácula, Ah! Senhor por amor deste inocente compadecei-vos dos culpados!”
Acreditareis? A vista dessa criança inocente agradou tanto a Deus, que Ele acalmou o mar e devolveu a alegria àqueles infelizes, gelados já pelo terror da morte certa.
Ora, qual pensais seja a atitude do Eterno Pai, quando o sacerdote, levantando a Santa Hóstia, lhe apresenta o Divino Filho? Ah! seu amor não pode resistir à vista do inocente Jesus; Ele se sente forçado a acalmar nossas tormentas, e acudir a todas as nossas necessidades.
Sem esta santa vítima, portanto, sem Jesus sacrificado por nós, primeiro sobre a Cruz, e todos os dias sobre nossos altares, estaríamos perdidos, e poderia cada um dizer a seu companheiro: “Até à vista no inferno! Sim, sim, no inferno, no inferno! Até à vista no inferno!”.
Mas, com este tesouro da Santa Missa a nosso alcance, nossa esperança renasce; e se não opusermos obstáculos, teremos assegurado o Paraíso.
Deveríamos, portanto, beijar nossos altares, perfumá-los de incenso, e sobretudo honrá-los com nosso máximo respeito, pois que deles nos vêem tantos bens.
Juntai as mãos e agradecei a Deus Pai que nos deu o mandamento tão doce de oferecer-Lhe muitas vezes a Vítima celeste.
Agradecei-Lhe, sobretudo, pelo imenso proveito que dela recebeis, se sois fiel não somente em oferecê-la, mas de fazê-lo para os fins a que nos foi concedido este dom tão precioso.
*   *   *
Fonte: retirado do livro “As Excelências da Santa Missa” de São Leonardo de Porto-Maurício

domingo, 24 de maio de 2015

CONFORME ME ENVIARAM ESTA MENSAGEM ASSIM TA DOU A CONHECER!

EI-LOS!
 
 
Do meu universo mágico, sem soltar a tua mão...

Oxalá tenhas sempre trabalho;

Sempre no teu bolso se guarde uma moeda ou duas;
 

Que o sol sempre brilhe no vidro da tua janela;
 
Que sempre possas seguir o arco-íris, a cada chuva;
 
Sempre tenhas próximo as mãos de um amigo;
 

Que Deus encha o teu coração de gozo, para te confortar.
 
 Esta é uma bênção irlandesa: a bracelete da amizade!
 Nema escrava de Maria

VINDE ESPÍRITO SANTO E RENOVAI A FACE DA TERRA!


PENTECOSTES
"Formamos um só corpo, e todos nós bebemos de um só Espírito" (1 Cor 12, 13).
Quem é o Espírito Santo, como foram as circunstâncias e quais as principais
graças concedidas a Maria e aos discípulos por ocasião de Pentecostes? Eis
os ensinamentos que a Liturgia nos coloca à disposição, fazendo-nos
compreender onde se encontra a verdadeira paz.
Evangelho
 
19 Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco!" 20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor. 21 Ele disse-lhes novamente: "A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós". 22 Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 19-23).
I - A IGREJA POR OCASIÃO DE PENTECOSTES
 
Oração numa atmosfera de harmonia e concórdia
 
Como outras tantas festas litúrgicas, Pentecostes nos faz recordar um dos grandes mistérios da fundação da Igreja por Jesus. Encontrava-se ela em estado ainda quase embrionário - alegoricamente, poder-se-ia compará-la a uma menina de tenra idade - reunida em torno da Mãe de Cristo. Ali no Cenáculo, conforme nos descrevem os Atos dos Apóstolos na primeira leitura, passaram-se fenômenos místicos de excelsa magnitude, acompanhados de manifestações sensíveis de ordem natural: ruído como de um vento impetuoso, línguas de fogo, os discípulos exprimindo-se em línguas divIgreja Sao Roque - Pentecostes - Mosaico_.jpgersas sem tê-las antes aprendido. A alta significação simbólica do conjunto desses acontecimentos, como de cada um em particular, constituiu matéria para inúmeros e substanciosos comentários de exegetas e teólogos de grande valor, como se torna claro por anteriores observações feitas por nós em artigo publicado em 2002 (1). Hoje, cabe-nos ressaltar outros aspectos de não menor importância correlacionados com a narração feita por São Lucas (At 2, 1-11), para assim melhor entender o Evangelho em questão e, portanto, a própria festividade de Pentecostes.
Enquanto figura exponencial, destaca- se Maria Santíssima, predestinada desde toda a eternidade a ser Mãe de Deus. Dir-se-ia que havia atingido a plenitude máxima de todas as graças e dons, entretanto, em Pentecostes, mais e mais Lhe seria concedido. Assim como fora eleita para o insuperável dom da maternidade divina, cabia-Lhe o tornar-se Mãe do Corpo Místico de Cristo e, tal qual se deu na Encarnação do Verbo, desceu sobre Ela o Espírito Santo, por meio de uma nova e riquíssima efusão de graças, a fim de adorná-La com virtudes e dons próprios e proclamá-La "Mãe da Igreja".
Em seguida estão os Apóstolos; constituem eles a primeira escola de arautos do Evangelho. Observavam as condições essenciais para estarem aptos à alta missão que lhes destinara o Divino Mestre, conforme nos relata a Escritura: "Todos estes perseveraram unanimemente em oração, com algumas mulheres e com Maria, Mãe de Jesus, e com os seus irmãos" (At 1, 14).
Essa perseverança na oração se realizou de forma continuada e no silêncio, na solidão e clausura do Cenáculo. A atmosfera era de máxima concórdia, harmonia e união entre todos, de verdadeira caridade fraterna. São Lucas em seu relato faz questão de realçar a presença de Maria, certamente para tornar patente o quanto Ela mesma se alegrava em ser uma fiel participante da Comunidade. Uma nota marcante é a submissão e obediência ao Vigário de Cristo tal qual transparece nos versículos subseqüentes, ao relatarem o primeiro ato de governo e jurisdição de São Pedro (At 1, 15-22).
Em síntese, a verdadeira eficácia do apostolado está aí evidenciada, sob o manto da Santíssima Virgem, na união efetiva e afetiva de todos com a Pedra sobre a qual Cristo edificou sua Igreja.
 
A eficácia da ação encontra-se na contemplação
 
Esse grande acontecimento foi precedido não só dos dez dias de oração contínua, mas também de muitos outros momentos de recolhimento. O trauma havido por ocasião da dramática Paixão do Salvador exigia horas e horas de isolamento e reflexão. Ademais, o temor de novas perseguições e traições impunha-lhes prudência, além do abandono das atividades comuns do apostolado anterior.
Curiosamente, em geral, Cristo Ressurrecto escolhia oportunidades como essas - de reflexão e compenetração da parte de todos - para lhes aparecer, assim como o Espírito Santo para lhes infundir seus dons. Esta é uma importante lição que a Liturgia de hoje nos oferece: a verdadeira eficácia da ação encontra-se na contemplação. O próprio Apóstolo por excelência, que chegou a exclamar: Vae enim mihi est, si non evangelizavero! - "Ai de mim se eu não evangelizar!" (I Cor 9, 16), passou um longo período de oração no deserto a fim de preparar-se para a pregação.
Quem toma o trabalho de analisar passo a passo as atividades de um varão zeloso e apostólico pode vir a equivocar- se julgando serem elas puro fruto de sua personalidade empreendedora, ou de seu caráter dinâmico, ou até mesmo de sua constituição psicofísica. São numerosos os homens operantes e profícuos que arrancam de seu ser o inimaginável. Onde se encontram, de fato, as energias empregadas por esses leões da fé e da eficiência? Mais ainda poderíamos nos perguntar: como conseguem eles, em meio à avalanche de atividades, conservar um coração brando e suave no trato com os outros?
Lembremo-nos do conselho dado por São Bernardo de Claraval ao papa da época, Eugênio III: "Temo que em meio de tuas inumeráveis ocupações te desesperes de não poder levá-las a cabo e se endureça tua alma. Obrarias com cordura abandonando-as por algum tempo para que elas não te dominem nem te arrastem para onde não quiseras chegar. Talvez me perguntes: ‘Aonde?' (...) Ao endurecimento do coração. Aí vês para onde te podem arrastar essas ocupações malditas se continuas entregando- te a elas totalmente, como até agora, sem reservar nada para ti" (2).
Trata-se de um Doutor da Igreja aconselhando o Doce Cristo na terra daqueles tempos, no exercício da mais alta função: o governo dessa instituição divina. Pois bem, segundo seu parecer, tão elevadas ocupações, sem o auxílio da vida interior, são malditas. Essa sempre foi a postura de alma dos santos, espiritualistas e Padres da Igreja. Santo Agostinho afirma, por exemplo: "Todo apóstolo, antes de soltar a língua, deve elevar a Deus com avidez sua alma, para exalar o que deva, e distribuir sua plenitude" (3).
Feitas essas considerações emergentes da primeira leitura (At 2, 1-11) encontramo-nos mais aptos para contemplar as belezas do Evangelho da presente Liturgia.
 
II - O EVANGELHO DA SOLENIDADE DE PENTECOSTES
 
19 Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco!"
 
A prova pela qual haviam passado os Apóstolos excedia as forças da frágil natureza humana e, apesar do testemunho entusiasmado de Maria Madalena, não lhes era fácil crer na Ressurreição; talvez seu abatimento fosse o resultado de não se julgarem dignos de receber uma aparição do Senhor, segundo pondera São João Crisóstomo, devido ao horroroso abandono no qual deixaram o Mestre em sua agonia.
Na sua boSão Bernardo de Claraval.jpgndade infinita, Jesus não deixou transcorrer muito tempo para se manifestar também a eles. Escolheu uma excelente oportunidade para tal: no entardecer e estando as portas fechadas, para tornar ainda mais patente a grandeza do milagre de sua Ressurreição.
A chegada da noite é o momento em que a apreensão cresce no interior de todos os temerosos. Por outro lado, penetrar num recinto com portas e janelas fechadas, só mesmo em corpo glorioso poderia alguém realizar tamanho prodígio.
Qual seria o lugar onde estavam reunidos, não se sabe com exatidão. A hipótese mais provável recai sobre o Cenáculo.
Outro particular interessante é a posição escolhida por Cristo para lhes dirigir a palavra. Ele poderia ter preferido saudá-los logo à entrada, entretanto caminhou entre eles e foi colocar- Se bem ao centro. Esse deve ser sempre o posto de Jesus em todas as nossas atividades, preocupações e necessidades. O deixá-Lo de lado, além de ser falta de respeito e consideração, é condenar ao fracasso qualquer iniciativa, por melhor que seja. Sua saudação também nos chama especialmente a atenção: "A paz esteja convosco".
À primeira vista seríamos levados a julgar compreensível que Ele desejasse acalmá-los das perturbações que os acometiam desde a prisão no Horto das Oliveiras. E de fato, esse bem poderia ser um de seus intentos, mas o significado mais profundo não reside nessa interpretação. Para melhor o entendermos, perguntemo-nos o que é paz.
"Paz é a tranqüilidade da ordem", diz Santo Agostinho (4), ou seja, uma ordem permanentemente tranqüila. E São Tomás demonstra ser a paz efeito próprio e específico da caridade, pois todo aquele que está em união com Deus vive na perfeita ordem, ao harmonizar todas as suas potências, sentidos e faculdades à sua causa eficiente e final (5). Essa união faz brotar na alma que a possui um profundo repouso interior e nem sequer os inimigos externos a perturbam, porque nada lhe interessa a não ser Deus: "Se Deus está conosco, quem será contra nós?" (Rom. 8, 31). Ora, sabemos pela Teologia que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e procede do Pai e do Filho por via do Amor. N'Ele está a raiz, ou semente, da qual nasce o fruto da caridade. Ao amarmos a Deus e ao próximo, a alegria e o consolo penetram em nosso interior. Desse amor e gozo, procede a paz (6). Jesus, desejando-lhes a paz, oferecia- lhes um dos principais frutos desse Amor infinito que é o Espírito Santo.
 
20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor.
Por esta atitude do Senhor podemos bem avaliar o quanto o pavor havia penetrado na alma de todos, apesar de ouvirem a voz do Divino Mestre desejando-lhes a paz.
Por isso tornou-se indispensável mostrar-lhes aquelas mãos que tanto haviam curado cegos, surdos, leprosos e inúmeras outras enfermidades, mãos que talvez eles mesmos tivessem, a seu tempo, osculado. Sim aquelas mãos que, havia pouco, tinham sido transpassadas por terríveis cravos. Era preciso comprovarem tratar- se do Redentor, vendo seu lado perfurado pela lança de Longinus.
Naquele momento sentiram a alegria pervadir suas almas, pois constataram não estar diante deles um fantasma, mas sim o próprio Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Cumpria-se assim sua promessa: "Hei de ver-vos de novo, e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos tirará a vossa alegria" (Jo 16, 22).
Transparece nessa atitude seu profundo intuito apologético, ao fazê-los ver suas santas chagas, ao contrário de como procedera com Santa Maria Madalena, ou até mesmo com os discípulos de Emaús.
Outra nota de bondade consiste no fato de Ele ter velado o esplendor de seu Corpo glorioso, caso contrário a natureza humana dos Apóstolos não teria suportado o fulgor da majestade do Homem-Deus ressurrecto.Jesus com os Apóstolos.jpg
 
21 Ele disse-lhes novamente: "A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós".
Novamente Jesus lhes deseja a paz, e deixa assim entrever quão importante é a tranqüilidade da ordem. Como objetivo imediato, visava Jesus proporcionar- lhes a indispensável serenidade de espírito face às desavenças e mortais perseguições que lhes moveriam os judeus. Por outro lado, Jesus se dirige aos séculos futuros e, portanto, à própria era na qual vivemos. Também a nós Ele nos repete o mesmo desejo de paz formulado aos Apóstolos naquele momento. Sim, especialmente à nossa civilização que tem suas raízes em Cristo - Rei, Profeta e Sacerdote - cuja entrada neste mundo fez-se sob o belo cântico dos Anjos: "Paz na terra" (Lc 2, 14). Não foi outro o dom por Ele oferecido antes de morrer na Cruz, ao despedir-se: "Dou-vos a paz, deixo-vos minha paz" (Jo 14, 27). Entretanto, a humanidade hoje se suicida em guerras, terrorismos e revoluções. E qual a causa? Não queremos aceitar a paz de Cristo.
Tal qual a caridade, a paz começa na própria casa. Antes de tudo, é preciso construí-la dentro de nós mesmos, dando à razão iluminada pela Fé o governo de nossas paixões. Sem essa disciplina, entramos na desordem. Ora, vai se tornando cada vez mais raro encontrar- se um ser humano no qual esse equilíbrio é procurado com base no esforço e na graça. O espontaneísmo domina despoticamente em todos os rincões. Vivemos os axiomas da Sorbonne de 1968: "É proibido proibir" - "A imaginação tomou conta do poder" - "Nada reivindicar, nada pedir, mas tomar, invadir". Eles pareciam ser para a humanidade uma pedra filosofal de felicidade, sucesso e prazer... Que desilusão!
A paz deve ser a condição normal e corrente para o bom relacionamento social, sobretudo na célula mater da sociedade, a família. Eis um dos grandes males de nossos dias: a autoridade paterna se auto-destruiu, a sujeição amorosa da mãe se evanesceu e a obediência dos filhos foi carcomida pelo capricho, desrespeito e revolta. Essas enfermidades morais, transpostas para a vida da sociedade, redundam em luta civil, de classes e até mesmo entre os povos.
A humanidade sofre essas e muitas outras conseqüências do pecado de ter repudiado a paz de Cristo e abraçado a paz do mundo, ou seja, o consumismo, o igualitarismo, o laicismo, a adoração da máquina, etc.
Sentencia a Escritura: "Não há paz - diz Javé - não há paz para os ímpios" (Is 57, 20). "Curavam as chagas da filha do meu povo com ignomínia, dizendo: Paz, paz; quando não havia paz" (Jer 6,14). Os milênios transcorreram e nos encontramos novamente na mesma perspectiva de outrora, com uma agravante: corruptio optimi pessima (a corrupção do ótimo resulta no péssi mo). Sim, a rejeição da paz verdadeira trazida pelo Verbo Encarnado é muito pior do que a impiedade antiga, e de conseqüências ainda mais drásticas.
descida do Espirito Santo sobre Nossa Senhora e os Apostolos- Museu Sao Pio V - Valencia - Espanha_.jpgA ordem fundamental do edifício da paz deriva essencialmente do Evangelho e do Decálogo, ou seja, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo por amor a Ele (7). Daí floresce a paz interior do homem e a harmonia com todos os outros, amados por ele com real caridade. Esse é o melhor remédio para todos os males atuais, desde a "epidemia" das depressões - enfermidade paradigmática de nosso século - até o terrorismo. É indispensável reconhecermos em Deus nosso Legislador e Senhor, pois, se ao longo da vida não existir a moral individual nem a familiar, haverá menos ainda o verdadeiro equilíbrio social e internacional. O caos de nossos dias no-lo demonstra em demasia.
Sendo a paz fruto do Espírito Santo, fora do estado de graça, e da prática da caridade, não nos é dado encontrá-la. Por isso quem se torna empedernido no pecado não pode gozar da paz: "Mas os malvados são um mar proceloso que não pode aquietar-se e cujas ondas revolvem lodo e lama. Não há paz - diz Javé - para os ímpios" (Is 57, 20).
O mesmo Isaías nos proclama a prodigalidade e a grandeza da bondade de Deus para com os justos: "Porque assim diz Javé: Vou derramar sobre ela (Jerusalém) a paz como um rio, e a glória das nações como torrentes transbordantes" (Is 66, 12).
Essa é a razão mais específica do fato de Jesus ter desejado uma segunda vez a paz a seus discípulos. É Ele o autor da graça e, portanto, o autor da paz: "Cristo é a nossa paz" (Ef 2, 14). "A graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo" (Jo 1, 17).
Após esse segundo voto de paz, Jesus envia seus discípulos à ação, tornando claro o quanto é necessário jamais se deixar tomar pelo afã dos afazeres, perdendo a serenidade. Um dos elementos essenciais para o apostolado bem sucedido é a paz de alma de quem o faz.
Outro importante aspecto a considerar neste versículo é a afirmação do princípio da mediação tão do agrado de Deus. Jesus se apresenta aqui como o Mediador Supremo junto ao Pai e, ao mesmo tempo, constitui os Apóstolos como mediadores entre o povo e Ele. Aqui podemos medir quanto são enganosas as máximas igualitárias ao procurarem destruir o senso de hierarquia.
22 Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo".
Na festa de hoje se comemora a descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos a qual se encontra tão bem narrada na primeira leitura (At 2, 1-11). Esse acontecimento deu-se depois da subida de Jesus ao Céu e talvez daí decorre o fato de alguns negarem a realidade do grande mistério operado por Ele na ocasião, narrada no versículo em análise. Esse erro, mais explícito no começo do séc. VI, foi solenemente condenado pela Igreja no V Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 552: "Se alguém defende o ímpio Teodoro de Mopsuestia, que disse (...) que depois da Ressurreição, quando o Senhor insuflou sobre os discípulos e lhes disse ‘Recebei o Espírito Santo' (Jo 20, 22), não lhes deu o Espírito Santo, senão que tão-só o deu figurativamente (...), seja anátema" (8).
O Espírito Santo não procede somente do Pai, mas também do Filho. Ele é o Amor entre ambos. E como definir o amor? É muito mais fácil senti- lo do que defini-lo. Dois amigos que muito se querem, ao se encontrarem depois de longo período de separação, se abraçam fortemente e cheios de alegria. O que significa esse gesto tão espontâneo e efusivo, senão a manifestação de um amor recíproco? Os dois quase desejam, nessa hora, uma fusão de seus seres. O interior das mães se desfaz, suas entranhas parecem estar sendo arrancadas ao verem seus filhos partirem. Os que se amam querem estar juntos e se olhar. E quanto mais robusto é o amor, maior será a inclinação de se unirem.
Ora, quando os dois seres que se amam são infinitos e eternos, jamais esse impulso de união poderá manterse dentro dos estreitos limites de uma mera tendência emocional, como muitas vezes se passa entre nós homens. Entre o Pai e o Filho, esse Amor é tão vigoroso que faz proceder uma Terceira Pessoa, o Espírito Santo.
Nossos amores, em não raras circunstâncias, são volúveis. Deus, muito pelo contrário, porque se contempla a Si próprio, Bom, Verdadeiro e Belo, eterna e irresistivelmente, Se ama desde todo o sempre e para sempre, e, tal qual assevera Santo Agostinho, desse amor faz proceder uma Terceira Pessoa infinita, santa e eterna, o Divino Espírito Santo. O amor é eminentemente difusivo e por isso tende a comunicar- se, a entregar-se. Curiosa é a diferença de forma empregada por uma e outra Pessoa para se comunicar com os homens.confessionario.jpg
O Filho veio a este mundo assumindo nossa natureza em humildade e apagamento. Pelo contrário, o Espírito Santo, sem assumir outra natureza, marca sua presença com símbolos de estrépito e majestade. A face da terra será renovada por Ele, daí a manifestação do esplendor, força e rapidez dos fenômenos físicos que acompanharam sua infusão de graças nos que se encontravam reunidos no Cenáculo (conforme a 1ª leitura de hoje, At 2, 1-11), porque eles deveriam ser Apóstolos e testemunhas. Era preciso que fossem iluminados e protegidos, e soubessem ensinar. No Evangelho de João, essa doação do Espírito Santo tem em vista a faculdade de perdoar os pecados:
23 "Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos."
Que grande dom concedido aos mortais por meio dos sacerdotes: o perdão dos pecados! Por outro lado, que imensa responsabilidade a de um Ministro de Deus! Dele diz São João Crisóstomo: "Se o sacerdote tiver conduzido bem sua própria vida, mas não tiver cuidado com diligência da dos outros, condenar- se-á com os réprobos" (9).
III - CONCLUSÃO
 
Quanto se fala de paz, hoje em dia, e quanto se vive no extremo oposto dela! O interior dos corações se encontra penetrado de tédio, apreensão, medo, desânimo e frustração, quando não de orgulho, sensualidade e falta de pudor. A instituição da família vai se tornando uma peça de antiquário. A ânsia de obter, não importa por que meio, sem levar em conta o direito alheio, vai caracterizando todas as nações dos últimos tempos. Em síntese, não há paz individual, nem familiar, nem no interior das nações.
Eis porque nossos olhos devem voltar- se à Rainha da Paz a fim de rogar sua poderosa intercessão para que seu Divino Filho nos envie uma nova Pentecostes e seja, assim, renovada a face da terra, como melhor solução para o grande caos contemporâneo. (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2005, n. 41, p. 6 à 11)