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terça-feira, 26 de maio de 2015

PATRIMÓNIO RELIGIOSO EM PORTUGAL!

IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA EM TOMAR- TERRA DOS TEMPLÁRIOS
«Moveu-nos a intenção de dar a conhecer este Património Religioso, na sua autenticidade – as tradições religiosas, os testemunhos da história, a importância da sua monumentalidade e a singularidade do seu património arquitetónico e das obras de arte. As seculares peregrinações e todo um conjunto de manifestações da piedade popular, que representam a matriz de um património comum, como fonte de uma secular cultura de comunidades cristãs, na sua autenticidade e significado original, são uma das mensagens da História dos Santuários», assinala Maria do Rosário Barardo.
O bispo D. Carlos Azevedo, por seu lado, começa por vincar que «a identidade cristã não se constrói em relação a lugares sacros, como sítios de encontro do ser humano com Deus», pelo que «o sentido do templo foi transferido para a pessoa e para a obra de Cristo, e o encontro situa-se na pessoa do cristão e na existência da comunidade cristã».
Todavia, prossegue o delegado do Pontifício Conselho da Cultura, «a relação de cada pessoa com o espaço e com a criação» é «uma constante da antropologia, impossível de prescindir». Neste sentido, «todas as pessoas guardam na memória lugares marcantes da sua história pessoal. Também a história da fé assume estas referências geográficas. Há lugares com alto valor e significado simbólico. Mantêm-se vivos na memória histórica por serem espaços onde aconteceram eventos decisivos na história da fé de uma comunidade».
Os santuários esforçam-se «por criar condições favoráveis para que os peregrinos se encontrem com Deus, ou pelo menos respirem a sua presença, se sintam interpelados para a abertura ao transcendente», assinala o Presidente do Conselho Permanente da Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal.
«Entra-se no santuário para agradecer, louvar, suplicar, por isso, são também uma verdadeira escola de oração. Deste modo, devem educar para a Ação de Graças, incutindo no peregrino o espírito de reconciliação, de contemplação e de paz, recordando o que Deus disse a respeito da sua casa: "A minha casa é casa de oração". Nesta perspetiva, testemunham que a vida não é fuga, mas louvor e alegria pelos dons recebidos. Educar para a dimensão contemplativa da vida, é assim a sua dimensão mais profunda».
Estes espaços, continua o P. Sezinando Alberto, recordam também «que Deus, ao tornar-se solidário com o nosso sofrimento, impele-nos à solidariedade e à partilha com os irmãos».
«Na dimensão profética fazem apelo à contínua conversão e renovação, pois ao recordarem que não fomos criados para viver e morrer, mas para viver e vencer a morte, o cristão é chamado à mudança de vida, para poder desde já viver aquilo que o espera. Recordando-nos assim a nossa dimensão de provisório», realça.
O responsável recorda também que «os santuários são lugares de cultura. Em muitos casos são já em si mesmos um bem cultural. Não descurando o que lhes é específico, de modo a que a dimensão cultural não se sobreponha à cultual, muitos promovem eventos culturais que têm em vista a divulgação quer dos valores da Fé, quer da reflexão cristã acerca das realidades da vida».
Apresentamos, seguidamente, algumas das páginas do volume, incluindo um santuário por cada diocese de Portugal.
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In "Santuários de Portugal" | D.R.

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Edição: Rui Jorge Martins Publicado em 25.05.2015

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