OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

sábado, 24 de setembro de 2016

OS IDOSOS AOS OLHOS DESTA SOCIEDADE EGOÍSTA SÃO UM ESTORVO E INÚTEIS QUE DEVEM DESAPARECER PELA MORTE ASSISTIDA! AMANHÃ TERÃO ELES O MESMO DESTINO!!!





HISTÓRIAS COM VALOR

Um alerta para a sociedade

Pouco antes de morrer, essa idosa escreveu quem era realmente. Quando a enfermeira encontrou sua carta, ficou sem palavras…
Infelizmente, milhares de idosos são abandonados por suas famílias diariamente. As pessoas mais velhas são levadas para lares, ou por que seus filhos acham que eles são inúteis, ou simplesmente por que não conseguem cuidar deles.
Alguns dos familiares visitam seus parentes, mas a maioria dos idosos espera anos e anos por uma simples chamada, que nunca chega… Atualmente, as pessoas estão ocupadas com o seu dia a dia, e não se lembram, ou não querem lembrar, de visitar quem os criou.
E assim, tristes e depressivos, a morte chega para os mais velhos, depois de anos de solidão. Foi o que aconteceu com essa mulher.
As enfermeiras pensavam que ela já estava senil, e que estava só esperando o dia de sua morte. Elas costumavam murmurar coisas para si mesmas, pensando que a idosa não percebia o que diziam… Mas quando ela partiu desse mundo, seus cuidadores encontraram uma carta que fez com que todos ficassem de queixo caído!

“O que é que vocês veem, enfermeiras? O que é que vocês veem?
O que é que vocês pensam quando me olham?
Uma velha rabugenta, não muito inteligente.
Com hábitos estranhos e olhar distante.
Aquela que a comida cai dos cantos dos lábios e nunca responde.
Aquela a quem dizem alto: ‘Pelo menos você poderia tentar’.
A que parece não ter consciência das coisas que vocês fazem.
E que sempre perde alguma coisa. A meia ou o sapato?
Aquela que, sem resistir ou não, deixa que vocês façam o que quiserem.
Que passa grande parte de seus dias no banheiro ou a comer.
É isso que vocês acham? É isso que vocês veem?
Pois então, enfermeiras, abram seus olhos, você não me veem.
Vou vos dizer quem eu sou, agora que estou sentada, fazendo o que vocês me dizem e comendo o que vocês pedem:
Eu sou uma garota de 10 anos, com pai e mãe,
irmãos e irmãs, que se amam.
Uma menina de 16 anos com asas nos pés,
que sonha em breve encontrar o amor.
Uma noiva de 20 anos, com o coração aos saltos,
Recordando os votos que prometeu cumprir.
Com 25 anos já tem seus próprios filhos,
que vai orientar e a quem vai fornecer um lar seguro.
Uma mulher de 30 anos, cujos filhos crescem rápido,
Unidos com laços que devem durar.
Aos 40, meus filhos jovens cresceram e se foram.
Mas meu marido está comigo para que eu não fique triste.
Aos 50, voltam a jogar bebês novamente no meu colo.
Eu e o meu amor voltámos a conhecer crianças.
Dias negros se aproximam, meu marido está morto.
Olho para o futuro e estremeço.
Meus filhos têm os seus próprios filhos.
E penso nos anos e no amor que conheci.
Agora sou uma mulher velha. A natureza é terrível.
Eu rio da minha idade como uma idiota.
Meu corpo está frágil. A graça e a força se despedem.
Agora só existe uma pedra onde batia o coração.
Mas dentro dessa velha carcaça ainda vive uma jovem mulher.
E o meu coração maltratado incha.
Lembro-me das alegrias, lembro-me das tristezas.
E eu vivo e amo todos os dias.
Penso nos anos, tão poucos e que foram tão rápido.
Eu aceito o fato de que nada é para sempre.
Então abram seus olhos. Abram e vejam.
Nada de velhas resmungonas.
Olhem mais de perto. VEJAM-ME!”

Essa história é uma lição para todos nós. Uma pessoa idosa tem passado, presente e FUTURO. Infelizmente, muita gente acha que eles são inúteis. Mas a verdade é que eles merecem muito respeito e atenção.
Depois de perderem aqueles que mais amam, seus pais, irmãos, tios e até esposos, eles tiveram força de continuar a viver, por seus filhos e netos. E o que recebem em troca? Indiferença e maus-tratos….
Compartilhe se acha que os idosos merecem todo o carinho do mundo!
 Fonte: Aleteiia-(via Histórias com valor)


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NOTA: Só quem deixa tudo na vida para prestar os cuidados continuados dia após dia, um ano, dois por aí fora até que próximo dos cinco anos. Ela olha-nos e verificamos que temos de chamar o médico que a observa e à saída me segreda ao ouvido que ela partirá muito proximamente... passou um minuto, dez minutos e pouco depois com os olhos fechados parecendo dormir deixou-nos sem um até já e partiu da mesma forma que ao despedir-me dela todas as noites dizendo-lhe sempre que dormisse descansada pois eu ali estava ao lado e ela fechava os olhos e assim ficava em paz, por vezes apenas me olhava ou dizia para não desligar a luz, para não ficar na escuridão... Eu sei que ela partiu para a Luz que já lhe estava reservada!
Hoje, passados que são quase dois meses, limitada e muito dependente, estremeço várias vezes ao dia como se me tivesse descuidado dela ou então ouço-a que ela vem do quarto para se sentar ao meu lado na sala de onde tenho dificuldade de sair, pois o desgaste de quase cinco anos me deixaram num estado de limitação que demorará  longo tempo até voltar à vida activa social( se voltar!) que tinha antes da minha decisão de tudo deixar para ficar junto dela com Alzheimer e demência progressiva! A sociedade me criticou e se desviou, mas eu hoje sinto que cumpri a missão que me foi destinada!
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OS IDOSOS MERECEM SER ACOMPANHADOS,ESTIMADOS, ACARINHADOS PARA SENTIREM QUE A VIDA ATÉ AO FIM É DIGNA DE SER VIVIDA!!!
Nema, escrava de Maria

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O SMOG ASSASSINO QUE MATA MILHARES NO SUDESTE ASIÁTICO! ORA SE ESTIVESSEM NESTE LADO DO HEMISFÉRIO!





CIÊNCIA & SAÚDE   

“NEBLINA DA MORTE” FEZ MAIS DE 100 MIL VÍTIMAS NO SUDESTE ASIÁTICO

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O surto de smog que atingiu o sudeste asiático no ano passado causou mais de 100 mil mortes prematuras, segundo um estudo divulgado esta semana.
Investigadores das universidades norte-americanas de Harvard e Columbia estimam mais de 90 mil mortes prematuras na Indonésia, em zonas afetadas pela neblina decorrente dos incêndios, e outros milhares nas vizinhas Singapura e Malásia.
O novo estudo, que será publicado na revista científica Environmental Research Letters, estima que um total 100.300 pessoas morreram prematuramente nos três países devido aos fogos do ano passado.
A nova estimativa, alcançada através de um modelo analítico complexo, é muito superior aos anteriores dados disponibilizados pelas autoridades, de apenas 19 mortes na Indonésia.
“Se nada mudar, este smog assassino vai continuar a matar, ano após ano. Não agir imediatamente para travar a perda de vidas seria um crime”, comentou o responsável da Greenpeace Indonésia, Yuyun Indradi.
As autoridades indonésias têm insistido que estão a fortalecer o combate aos fogos sazonais, a maioria fruto de queimadas, através da suspensão de atribuição de novos terrenos para plantações destinadas à produção de óleo de palma.
A densa neblina constitui um problema anual causado por fogos, mas no ano passado atingiu proporções inéditas, com partes da região totalmente envoltas por smog durante várias semanas, fazendo com que muitas pessoas ficassem doentes.
Os investigadores estimam 91.600 mortes na Indonésia, 6.500 na Malásia e 2.200 em Singapura.
Em outubro do ano passado, uma densa nuvem de fumo, fruto dos incêndios florestais da Indonésia, causou os piores níveis de poluição registados na última década no sul da Tailândia, gerando atrasos em voos para zonas turísticas.
Segundo o Global Forest Watch, os fogos florestais na Indonésia causam diariamente mais emissões de gases de efeito de estufa do que toda a economia norte-americana.

Imagem de satélite da NASA mostra o efeito de cerca de 100 mil incêndios florestais activos provocados por queimadas na Indonésia

Imagem de satélite da NASA mostra o efeito de cerca de 100 mil incêndios florestais activos provocados por queimadas na Indonésia
Fonte: ZAP / Lusa



quinta-feira, 22 de setembro de 2016

SÓ EXISTEM DUAS PORTAS PARA O ALÉM... QUAL DELAS ESCOLHES?

Testamento espiritual do Pe. Amorth: “Com Cristo ou com satanás, não existe meio termo”

ACI – Em sua última entrevista à imprensa, o exorcista Pe. Gabriele Amorth, falecido há alguns dias, deixou como testamento espiritual a seguinte frase “Com Cristo ou com satanás”.
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Em uma inédita entrevista com David Murgia de TV2000, o sacerdote deixou seu testamento espiritual: “que esta frase ‘Com Cristo ou com Satanás, não existe meio termo”, fique gravada nas pessoas que tiverem a paciência para escutar-me”.
Em um vídeo publicado em Youtube, o Pe. Amorth recorda que “o diabo existe e é o principal inimigo de Deus. Deus quer levar a todas as pessoas ao paraíso e o diabo quer leva-los ao inferno”.
Deste modo ressalta que “aqueles que dizem – muitas pessoas se identificarão com esta frase–, por exemplo: ‘eu acredito em Deus, mas não sou praticante’, estão com Satanás, estão com Satanás! ”.
“Alguma vez, durante um congresso de bispos, gostaria que o cardeal que o presida tivesse a coragem de perguntar ‘levante a mão quem já fez exorcismos’ e logo depois de que poucos levantassem a mão, todas deveriam estar levantadas, porque o bispo tem o poder único e exclusivo de nomear exorcistas, deveriam ser muitos”, prosseguiu.
Ao concluir, o Pe. Amorth exortou a permanecer sempre com o Senhor: “Estejam com Jesus! E recordem que não pode ser de outra maneira: quando não estamos com Jesus, estamos com Satanás”.
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O Pe. Gabriele Amorth faleceu na sexta-feira, 16 de setembro, às 19h50, hora da Itália, aos 91 anos.
O religioso se encontrava há algumas semanas no hospital da Fundação Santa Luzia de Roma devido a doenças pulmonares. Chegou a realizar dezenas de milhares de exorcismos.
Outro sacerdote espanhol, Pe. José Antonio Fortea, escreveu que o Pe. Amorth sempre foi “uma luz para os outros exorcistas”, uma missão “realmente dada por Deus”.
“O Padre Amorth não era apenas mais um exorcista”, pois com “sua voz forte, vigorosa, falou com milhões de pessoas a respeito da ação do demônio”, ressaltou.
Fonte: Fratres In Unum

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

QUANDO UM GOVERNANTE SE PASSA POR DEUS AS CONSEQUÊNCIAS MAIS CEDO OU MAIS TARDE SE FAZEM PRESENTES MUITAS VEZES ATÉ À DESTRUIÇÃO!

População chinesa pode diminuir para a metade
nos próximos 80 anos

A "política do filho único" desequilibrou a pirâmide demográfica
A "política do filho único" desequilibrou a pirâmide demográfica
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Por efeito de três décadas de “política do filho único”, a população chinesa deverá cair para a metade ou mais até o fim do século, divulgou o site “The Nanfang”, editado em Hong Kong. 


No Foro Econômico Mundial, o especialista Zheng Zhenzhen, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, especulou que a população cairia até um bilhão no ano 2100, o mesmo numero de 1980. A ONU chegou a um resultado análogo, contido no relatório World Population Prospects.

Porém, não são esses os números dos especialistas que não estão alinhados com a planificação oficial. Eles apontam números muito inferiores.

Huang Wenzhen, da Universidade de Wisconsin, acredita que a população chinesa descerá até 580 milhões pelo ano 2100, e continuaria diminuindo até atingir o fundo com 280 milhões nos cinquenta anos subsequentes. E isso apesar de os cálculos de Huang aceitarem uma melhoria de 20% na natalidade dos próximos anos.

Embora sejam chocantemente baixas, as estimativas de Huang não são as mais desanimadoras.

O professor Yi Fuxian calcula só 560 milhões no final deste século. Yi acredita que a taxa de natalidade vai aumentar 1.4% , como resultado da implementação da menos dirigista “política dos dois filhos”. Mas considera que voltará a baixar logo depois.

Como exemplo, ele cita precedentes em Taiwan e Coreia do Sul. Após se precipitar até 1,1% em 2035, a taxa da natalidade chinesa terá um rebote até 1,3% por volta de 2056 e depois ficará achatada até o fim do século.


A 'política dos dois filhos' chegou muito tarde: há poucas mulheres em idade de gestar um segundo filho.
A 'política dos dois filhos' chegou muito tarde:
há poucas mulheres em idade de gestar um segundo filho.

Huang explicou que as mulheres chineses entre 23 e 30 anos diminuirão 40% nos próximos dez anos, reduzindo pela metade o número de bebês.

Com a “política do filho único”, os pais abortavam ou até matavam a criança por nascer, caso fosse menina. Eles preferiam o menino, que poderia sustentá-los na velhice. 

O resultado foi um enorme desequilíbrio entre os sexos e a brutal redução do número de mulheres em idade de serem mães.

Atualmente a China tem 1,3678 bilhões de habitantes, mas os 7,1% de nascimentos no último ano computado não permitirão manter esse número.

Raciocinando de modo materialista, o comunismo pouco se importa com seus cidadãos. Para ele, poucos habitantes é sinônimo de poucos operários, menor produção ou mais cara e diminuição da projeção econômica do país.

Dessa maneira, o sonho de Mão Tsé-Tung de uma hegemonia marxista chinesa universal fica furado pela base.

E isso sim preocupa os ditadores de Pequim.




PADRE JOSÉ TOLENTINO NO ENCONTRO EM ASSIS! SÃO OS POBRES QUE NOS MOSTRAM A PORTA PARA DEUS!

Pobres «são a mais santa das portas santas»: José Tolentino Mendonça no encontro de Assis

 

Quando penso no contributo que a experiência religiosa dá no presente e poderá dar, num futuro próximo, à cultura, ao tempo e ao modo de existência humana, penso no imenso património espiritual que nasce da amizade com os pobres. Os pobres sentam-se muitas vezes às portas das igrejas. Na realidade, eles não estão sentados à frente da porta, são eles a porta para chegar a Deus, este Deus que nos pergunta sempre: «Onde está o teu irmão?».
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Quando penso no contributo que a experiência religiosa dá no presente e poderá dar, num futuro próximo, à cultura, ao tempo e ao modo de existência humana, penso no imenso património espiritual que nasce da amizade com os pobres. Os pobres sentam-se muitas vezes às portas das igrejas. Na realidade, eles não estão sentados à frente da porta, são eles a porta para chegar a Deus, este Deus que nos pergunta sempre: «Onde está o teu irmão?» (Génesis 4, 9). Os pobres mostram-nos Deus. Eles são testemunhas e mestres da fé na sua forma mais concreta, porque são os últimos, os pequenos, os marginalizados, os esquecidos, as vítimas, aqueles que sem voz gritam pela justiça, os esfomeados, os que podem só contar com Deus. As religiões nunca podem esquecer a centralidade dos pobres na sua missão. Os pobres são a porta santa. São a mais santa das portas santas.
Os pobres ensinam-nos muito sobre a vida espiritual. Ensinam-nos a escuta. A escuta não é apenas aprender o discurso verbal. Antes de tudo é atitude, inclinar-se para o outro, é dedicar-lhe a nossa atenção, é disponibilidade para acolher aquilo que foi dito e não dito. Escutar significa oferecer um ombro onde o outro possa apoiar a mão, para rapidamente se levantar. Poder ser escutado relança-nos no caminho. Um dos textos que mais impressionam sobre o valor da escuta é o conto "Angústia", de Tchekhov. Descreve a história de um cocheiro, Iona, que perdeu um filho e não encontra, entre os humanos, nenhum disposto a confortá-lo. «Sente a necessidade de contar como adoeceu o filho, os seus sofrimentos, o que disse antes de morrer e como morreu (...). Sente a necessidade de descrever o funeral, de contar quando foi ao hospital procurar as roupas do defunto. Na vila ficou a filha, Aníssia (...). Quer falar também dela (...)» mas ninguém escuta. O cocheiro dirige-se então ao seu cavalo, e enquanto lhe dá de comer começa a expor-lhe, num longo e dolente monólogo, tudo aquilo que viveu. As últimas palavras do conto de Tchekhov são estas: «O cavalo continuou a mastigar, enquanto parecia que escutava, porque soprava na mão do seu dono... Então Iona, o cocheiro, animou-se e contou-lhe tudo».
Os pobres ensinam-nos a força terapêutica da presença: um simples toque ajuda a dissipar as perturbações, tranquiliza um espírito agitado e transmite um conforto que nenhuma máquina ou fármaco pode dar. Jesus, por exemplo, vai tocar o intocável. Estende a mão àqueles que é proibido tocar. Um homem doente de lepra quebra o cordão sanitário e aproxima-se de Jesus para dizer: «Senhor, se quiseres, podes curar-me» (Lucas 5, 12). Naquele tempo os leprosos tinham a obrigação de viver longe das povoações, separados da família, num afastamento que servia para evitar o contágio. Pois bem, Jesus não se limita às palavras - «Eu quero» -, mas estende a mão e toca-o. Prefere correr o risco do contágio, no desejo de tocar a ferida do outro; querendo partilhar, como só através do toque se partilha, aquele sofrimento; ajudando a vencer o ostracismo, interiorizado com a separação forçada. O que é que cura o homem? O que é que cura a mulher que, noutro ponto do Evangelho, segue Jesus e o toca (cf. Lucas 8, 43-48)? A curá-los está certamente o poder de Deus que se manifesta em Jesus, mas num processo onde a forma não é de todo indiferente. Cura-os o facto de se saberem tocados, e tocados no sentido de encontrados, assumidos, aceites, reconhecidos, resgatados, abraçados. A mística não é um estado de impermeabilidade, mas exatamente o seu contrário: uma radical porosidade sobre a vida e sobre os outros. Uma pele, uma presença, um batimento do coração, um encontro, uma alegria partilhada com os pobres.
Os pobres ensinam-nos o acolhimento de Deus. Recordo sempre esta história: era uma vez um homem devoto que, na sua oração, pede a Deus uma coisa desmesurada, mas Deus imediatamente satisfez. O homem pede que Deus fosse visitá-lo na sua casa. Tendo obtido o sim de Deus, o homem iniciou grandes preparativos (limpeza, reparações, ornamentos...) para receber o seu Hóspede. No dia estabelecido para a visita, o homem coloca-se à porta de casa, à espera de Deus. De manhã cedo vem um rapazinho que procurou, da janela, roubar-lhe uma maçã sobre a mesa, mas ele impede-o, repreendendo-o duramente. Ao meio dia um mendigo vem perturbá-lo com os seus pedidos, mas ele explicou-lhe que estava à espera de uma visita ilustre, que viesse noutro dia. À tarde um viajante exausto pede-lhe hospitalidade, que ele lhe negou, porque esperava Deus. Só que Deus não vem. Por isso, quando cai a noite, também o homem cai num grande desânimo. E durante a sua oração protestou contra Deus, que não tinha mantido a sua palavra. Mas Deus responde-lhe: «Por três vezes procurei entrar em tua casa, mas tu próprio mo impediste».
José Tolentino Mendonça 
Assis, Itália, 19.9.2016 
In "Assis 30 - Sede de paz" 
Trad.: Rui Jorge Martins 
Publicado em 20.09.2016

TRABALHANDO APENAS TRÊS DIAS POR SEMANA SALVARIA O MUNDO EM QUE VIVEMOS!?


ALETEIA TEAM

Fins de semana de três dias: uma ideia nada absurda e que pode salvar o mundo!

Semanas de 4 dias úteis podem ser mais produtivas do que as longas jornadas atuais!

O professor Alex Williams, da Universidade da Cidade de Londres, é uma das referências mundiais quando o assunto é “fim de semana”. Mas dentro de um contexto muito específico: ele é defensor da ideia de que o fim de semana deve passar a ter três dias, em vez de apenas dois como tem hoje, porque essa mudança, além de “agradável”, reduziria radicalmente o impacto ambiental, psicológico e social da atual semana de trabalho e prepararia os indivíduos e as sociedades para a economia automatizada do futuro.
Um precedente concreto
Uma experiência semelhante já foi feita no mundo real: em 2007, o Estado norte-americano de Utah estendeu os horários de trabalho dos funcionários públicos de segunda a quinta-feira, eliminando assim o trabalho às sextas. Em 10 meses, a mudança gerou para o Estado 1,8 milhão de dólares de economia nos custos de energia: é que menos dias de trabalho significam menos iluminação dos escritórios, menos ar condicionado e menos tempo de computadores ligados. E isto sem ter reduzido o número total de horas trabalhadas.
Então por que, em 2011, Utah desistiu dessa experiência promissora? Simples: porque os habitantes do Estado se queixavam de não ter mais acesso aos serviços públicos às sextas-feiras.
Este inconveniente é compreensível e faz parte do processo: afinal, uma inovação desse tipo precisa vir acompanhada de uma mudança cultural. É preciso que a sexta-feira sem trabalho não seja vista apenas como “um dia útil sem serviços”, mas sim como “o terceiro dia do fim de semana”.
Daí a necessidade de começar desde agora a chamar a atenção do mundo para este conceito e sua real possibilidade de sucesso.
Impacto social
Williams considera que uma semana de 4 dias úteis ajudaria a melhorar o complicado equilíbrio entre vida profissional e familiar, beneficiando a saúde mental e o bem-estar físico dos cidadãos, que teriam mais tempo não só para a família e para si mesmos, como também para atividades sociais e interação com a comunidade local.
Experimentos em locais selecionados com horas de trabalho reduzidas na Suécia, em 2015, mostraram resultados chamativos, como a redução de doenças e o aumento da produtividade. Isso mesmo: menos horas de trabalho resultaram em mais eficácia no trabalho. Faz todo o sentido, já que uma parte significativa das jornadas longas de trabalho é simplesmente desperdiçada porque as pessoas estão cansadas, estressadas, distraídas, preocupadas, sem foco e sem ânimo. Quem descansa mais, rende mais.
O antropólogo David Graeber reforça a ideia de que muitas pessoas têm empregos que “não servem para nada”. Os próprios economistas já estão conscientes, faz bastante tempo, de que há muitas horas supérfluas nas jornadas de trabalho atuais: os empregados são subutilizados, mas não podem ir para casa mais cedo porque o “presentismo” tem um peso cultural gigantesco na cabeça dos chefes, que valorizam mais os trabalhadores pelas horas que passam no trabalho do que pelos resultados concretos do trabalho. Não seria mais razoável trabalhar menos horas com mais resultados produtivos do que preencher longos horários sem gerar esses resultados produtivos?
Um futuro de automação
A necessidade de repensar as jornadas de trabalho fica ainda mais evidente quando se considera que, nas próximas décadas, o trabalho sofrerá uma forte onda de automação. Estima-se que os avanços da robótica e dos sistemas de aprendizagem automática vão substituir 47% dos atuais postos de trabalho nos Estados Unidos e 54% na Europa.
Nesse contexto econômico radicalmente diferente, a ideia do fim de semana de três dias se torna essencial para a vida dos trabalhadores: simplesmente não haverá necessidade de mão de obra humana em tarefas automatizáveis – sem falar que a mecanização aumentará a eficácia da maioria dos processos produtivos, utilizando não somente menos força de trabalho humana, mas também menos energia, o que muito é positivo para um planeta que está continuamente às voltas com o fantasma das crises energéticas.
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O planeta, aliás, se beneficiaria ainda de uma drástica redução das emissões de poluentes, já que um dia a menos de trabalho significa um dia a menos de massivas locomoções de casa até o local de emprego e, depois, de volta para casa. Multiplique-se esta redução por 52 semanas ao ano e por milhões e milhões de trabalhadores no planeta. Significativo, não é?
Cuidados na transição
Uma quebra de paradigma dessas proporções pode gerar transtornos sociais drásticos. Para evitá-los, são necessárias políticas que promovam uma participação muitíssimo mais equitativa nos lucros: a semana laboral mais curta precisa ser implantada juntamente com perspectivas objetivas de renda básica universal.
O debate está servido!
Fonte: Aleteia

SENHOR PARA ONDE VAIS?...DOMINE, QUO VADIS?

Francisce, quo vadis?

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Por Padre Romano | FratresInUnum.com:
 Há em Roma, no início da Via Ápia, bem próxima às Catacumbas de São Calixto, uma pequena igreja intitulada “Domine, quo vadis?”, ou seja, “Senhor, para onde vais?”. Segundo uma antiqüíssima tradição, neste local, o Apóstolo Pedro, bispo de Roma, Papa e Pastor de toda a Igreja, teve uma visão de Nosso Senhor.
quo-vadisDiz-se que o Príncipe dos Apóstolos, num momento de cruel perseguição aos cristãos por parte do Imperador Nero, foi convencido por seus fiéis a deixar a Cidade Eterna e a procurar refúgio noutro lugar. Porém, ao sair da cidade, depara-se com Cristo que, carregando a Cruz, dirige-se a Roma, fazendo o caminho contrário ao de Pedro. Este, então, interroga o Mestre: – Senhor, para onde vais?, e lhe responde o Salvador: – Vou a Roma, para ser novamente crucificado.
Aquelas palavras fizeram entender a Pedro que ele deveria estar com os seus fiéis, sendo o primeiro a dar testemunho da fé em Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Salvador da Humanidade. De fato, pouco tempo depois, Pedro é condenado à morte e crucificado no Teatro de Nero, na Colina do Vaticano, onde se erguia o obelisco egípcio que hoje se acha ao centro da Praça de São Pedro, como testemunha do martírio do primeiro Papa que, por humildade, quis ser crucificado de cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer como o seu Senhor.
Vivemos momentos de grande confusão na Igreja: temos a nítida sensação que a barca de Pedro está desgovernada, sem timoneiro. Perguntamo-nos para onde estamos indo e, sobretudo, para onde o Romano Pontífice, fundamento visível da unidade e da verdade da fé, está levando a Igreja. Sentimos, como nunca, a falta de um guia que nos conduza, como novo Moisés, rumo à Terra Prometida, atravessando o deserto deste mundo que jaz sem Deus, na sombra do pecado e da morte, advertindo-nos dos perigos que teremos que enfrentar, e preparando-nos para a provação e a luta.
Francisce, quo vadis?
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Papa Francisco em Assis: somente a paz é santa, não a guerra!( há um dia!)
Será que não percebes que nem sempre a voz dos fiéis, mesmo daqueles que, como os cristãos de Roma, pensavam estar acertando em suas propostas, vem de Deus? Será que não te dás conta que estás caminhando sobre areia movediça, e que o rebanho corre o risco de perecer no caminho? Será que não vês que a indiferença aumenta assustadoramente entre os católicos que, não mais seguros de sua fé, começam a aceitar mentiras, em relação à família, à administração dos sacramentos a pessoas impedidas, por direito divino, de recebê-los? Não enxergas que estás favorecendo o adultério e inúmeros sacrilégios que são a porta larga que conduz ao inferno? Não percebes que a tua misericórdia é incompatível com a misericórdia de Deus, que é infinita, mas anda de mãos dadas com a justiça, e exige a mudança de vida do pecador? Não te dás conta que as obras de misericórdia que tanto apregoas, se dissociadas da graça, não tem valor, como ensinou o Apóstolo Paulo, e que muitos acham que só o que salva é a caridade, que pode ser praticada por qualquer pessoa, inclusive um ateu, sem que lucre nada para a salvação?
Francisce, quo vadis?
Com teus encontros ecumênicos, com comemoração de aniversários de cismas e heresias, causadas por inimigos da fé católica e do papado, com encontros inter-religiosos, que humilham a Santa Igreja e a fazem dividir o altar de Cristo com os altares dos demônios, “Quoniam omnes dii gentium daemonia” (Ps 95, 5 Vulgatae) – porque todos os deuses dos pagãos são demônios, como diz o real profeta -, permites que muitos creiam que todas as religiões são boas, e o importante é vivermos em paz, respeitando as diferenças, quando o mandado do Senhor é de anunciar o Evangelho, para que os homens se salvem. Não estás vendo que muito do que ensinas, do ponto de vista da política, da economia e da ecologia, corresponde aos projetos da nova ordem mundial, que quer destruir a religião cristã, e introduzir um paganismo sincretista e satânico?
Francisce, quo vadis?
Não sou nada e nem ninguém, mas como sacerdote católico, te peço, te imploro! Retorna a Roma! Retorna a sua Tradição! Sê Pastor, Pai e Doutor desta Igreja Santa, que é coluna e fundamento da verdade. Não sigas o canto das múltiplas sereias que, dentro e fora da Igreja, querem te arrastar, e contigo, a muitos, para a ruína.
Retorna a Roma! Não deixes só o rebanho que Cristo te confiou!
Lembra-te do que disseste: o Pastor, às vezes, tem que sentir para onde as ovelhas estão andando. Não aconteça – que Deus nos preserve! – que para seguir a Cristo que retorna a Roma para ser crucificado, tenhamos que ir pelo caminho oposto ao do doce Cristo na Terra.
Fonte: Fratres In Unum

domingo, 18 de setembro de 2016

QUEREMOS TER MENTE SÃ E CORPO SÃO ENTÃO SIGA ESTES CONSELHOS!

OS 50 ALIMENTOS QUE DEVERÍAMOS PARAR DE COMER JÁ!
Espresso
07/09/2016 
Замороженные продукты

COMIDA CONGELADA

A exemplo das pizzas congeladas, as comidas prontas que você encontra na seção de congelados contêm alto teor de gordura e sódio. Riscar esses alimentos de sua lista de compras é o melhor que você faz.
Fonte: MSN

AGORA NÃO PRECISA DE USAR A IRONIA PARA DESCOMPOR QUEM TE OFENDEU!

ILUSTRAÇÃO

20 maneiras de ofender alguém com muito amor

Autor
Quantas vezes não sorriu para alguém com uma imensa vontade de a mandar ir dar uma volta? "Never Stay Dead" é uma página de Facebook que o ajuda a fazê-lo. Sempre com muita delicadeza.
Mas é um amigo muito particular e não propriamente pelos melhores motivos!
Há um amigo seu que faz anos hoje. Mas é um amigo muito particular e não propriamente pelos melhores motivos. É que, bem lá no fundo, nunca gostou muito dele. Na verdade, tem provas concretas de que já lhe mentiu, espalhou os seus segredos aos quatros ventos e pelo meio ainda inventou umas histórias. Mas é um amigo que convém ter por perto, por isso decide enviar-lhe um postal.
Na próxima vez que isto acontecer, não precisa de voltar a ser delicado com alguém de quem não gosta. Basta escolher uma das imagens publicadas na Never Stay Dead, uma página de Facebook com ilustrações extremamente amorosas com mensagens muito obscuras. Essa é a melhor parte: pode servir para ofender alguém que o feriu ou então para brincar com os seus melhores amigos.
É a ironia destes desenhos que tem conquistado os internautas. Veja vinte das ilustrações mais divertidas da página na fotogaleria.
EIS O LINK:
Fonte: Observador

INTERNET UM VERDADEIRO PALCO DE ENXOVALHAMENTO MANIPULADOR POR EXECUTORES SEM RESPEITO POR NINGUÉM NEM COMPAIXÃO APENAS UM INDIVIDUALISMO: EU RADICAL SEM LIMITES NAS ACÇÕES LEVADAS A CABO!?

Redes sociais, palácios de vidro sem piedade

 
O "capitalismo das emoções" leva-nos a produzir, mesmo cinicamente, conteúdos que podem tornar-se rapidamente virais, sem outra ordem de considerações a não ser a quantitativa, em perspetiva autorreferencial. Sim, porque tudo isto, mesmo que não nos agrade ouvir dizer, é filho de um individualismo radical onde já nada conta verdadeiramente, para além de mim. Portanto não há solidariedade, compaixão, respeito.
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Uma jovem mulher suicida-se depois que o vídeo de uma sua relação sexual é espalhado por quem devia tê-lo para si, tornando-se viral. Raiva, vergonha, incredulidade pela paródia e a total falta de solidariedade e desdém por este escárnio digital estilhaçaram uma vida talvez já frágil.
Resultado de imagem para  internet  e os falsos amigos virtuais
Crimes na Net??? Cada vez há mais exploradores que se dizem amigos tanto de crianças inocentes como de jovens mulheres por vezes fragilizadas pelas agruras da vida, para filmarem momentos íntimos, para depois colocarem com desdém e sinismo para se tornar chacota na Internet, filmagens dessas para se tornarem virais vai um passo! QUE CONSEQUÊNCIAS? LÊDE  O CONTEÚDO DESTE ARTIGO...É APENAS UM EXEMPLO!
É fácil dizer agora que não deveria ter-se deixado filmar, e sobretudo não deveria ter partilhado a filmagem com aqueles que depois não hesitaram em torná-la chacota da internet.
Digamos também, à margem, que nem sempre, e esta é uma prova flagrante, os conteúdos gerados pelo utilizador são uma conquista e um motivo de orgulho: podem tornar-se «produtos de alta contaminação social».
Mas para além desta amarga mistura de tristeza e indignação pela violência simbólica (que tem sempre efeitos muito concretos) e do «podia ter-se evitado», é preciso procurar aprender alguma coisa deste triste acontecimento, que não dignifica ninguém.
Parar para pensar. "Thinking what we are doing", como convidava a fazer Hannah Arendt, em tempos sombrios, para não sucumbir ao mal envolvente. Este caso, na sua trágica concretude, pode fazer-nos refletir sobre processos mais gerais, nos quais estamos mergulhados também como parte ativa, mas muitas vezes demasiado pouco consciente. Menciono três, sobre os quais este acontecimento, e muitos outros que se lhe assemelham, nos devem fazer meditar.
O primeiro remonta à televisão, que deu início a uma reconfiguração da geografia da vida social, rescrevendo os modos de proximidade e distanciamento, tornando público o privado.
Com as redes sociais este processo radicaliza-se: desejamos contar-nos (a atitude de "extimidade" e extroversão, que é o contrário da intimidade) e pensamos estar num quarto a falar com os nossos amigos, quando, na verdade, estamos num palco sem fronteiras.
Vivemos como num palácio de vidro, onde todos veem todos. E isto cria um problema. Nós negociamos a nossa identidade nas relações com os outros, em contextos diversos que requerem uma capacidade de se sintonizar e assumir comportamentos apropriados; e isto implica a possibilidade de se revelar seletivamente aos diferentes "públicos". Não é, note-se bem, uma forma de hipocrisia, mas de consciência das diferenças. Não se está na família como no trabalho, não se se comporta numa festa como num funeral.
Hoje a gestão consciente do ocultar/mostrar tornou-se muito mais difícil. E não é por acaso que o universo social está a privilegiar as aplicações que permitem uma interação mais "privada", mais íntima, mais semelhante aos tradicionais contextos face a face: a tentativa é subdividir de novo em quartos separados os espaços abertos criados pelas redes sociais, restabelecer a pluralidade dos contextos.
Mas ainda estamos longe, e não faltam riscos. Com as redes sociais, em todo o caso, a difusão de si alcança uma escala muito ampla, deixando rastos permanentes e recuperáveis no tempo, e cuja acessibilidade está fora do nosso controlo. Estar consciente disto é fundamental.
Um segundo ponto a que se deve prestar atenção é de que a comunicação social é uma mistura entre conteúdos produzidos pelo utilizador e outros conteúdos (imagens a que se podem impor "tags" (etiquetas), comentários, etc.).
As audiências para os conteúdos criados e partilhados são múltiplas, interligadas e invisíveis, potencialmente ilimitadas. E incontroláveis. O que nós produzimos deixa de nos pertencer e pode ser usado contra nós. A ilusão de se ser "proprietário" do que publicámos, dos nossos traços na internet, é verdadeiramente perigosa, como se demonstra.
E por fim, mesmo que as questões sejam ainda muitas, o risco da perda da realidade, que nos torna desumanos. A mediação do dispositivo que "documenta para partilhar" arrisca-se a anestesiar-nos, se nos conformamos simplesmente à lógica da factibilidade. Onde tudo é possível, nada existe verdadeiramente, escrevia Benasayag. Onde tudo é transformável em "post" e capitalizável em "gostos", nada existe verdadeiramente fora desta lógica.
O "capitalismo das emoções" leva-nos a produzir, mesmo cinicamente, conteúdos que podem tornar-se rapidamente virais, sem outra ordem de considerações a não ser a quantitativa, em perspetiva autorreferencial. Sim, porque tudo isto, mesmo que não nos agrade ouvir dizer, é filho de um individualismo radical onde já nada conta verdadeiramente, para além de mim. Portanto não há solidariedade, compaixão, respeito. Nenhuma razão para colocar um limite às nossas ações.
Perda da realidade, anestesia, ser-se "quantificado": não são efeitos necessários mas riscos em que se cai sem se dar conta, se não se pensa no que se está a fazer. Se não se sai da lógica daquilo de que o dispositivo torna possível, tornando-se puros executores de instruções escritas por outros, reféns da necessidade excessiva de se ser visto.
É por isso que, para citar outro caso neste seguimento, se chega ao ponto de filmar, troçando, a amiga violada na casa de banho da discoteca. Provavelmente pensando em quantas visualizações terá o vídeo. Porque o nosso eu tem necessidade de reconhecimento e de relação. E no contexto do individualismo absoluto essa necessidade assume formas pervertidas e desumanas.
É notícia destes dias. As mulheres, vítimas, chegam a fazer-se, irrefletidamente, cúmplices dos carrascos. A tecnologia não liberta nada se não lhe compreendemos o sentido, podendo ser transformada em formas manipuladoras e cada vez mais perversas de humilhação e violência. Pensemos no que estamos a fazer, para onde estamos a caminhar, onde está o sentido. Para fazer com que a dor não seja inútil. Para não tornar vã esta triste morte. Que Tiziana, agora, repouse em paz.

Chiara Giaccardi 
In "Avvenire" 
Trad.: Rui Jorge Martins 
Fonte: Pastoral da Cultura- Publicado em 16.09.2016