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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

NOVAS DESCOBERTAS? OS CIENTISTAS E SUAS AMBIÇÕES DE IREM MAIS LONGE!

Revelado o mais preciso mapa da Via Láctea. Esta é a nossa casa

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14-09-2016
O satélite Gaia enviou os primeiros dados sobre a Via Láctea, permitindo construir modelos 3D de 1% da nossa galáxia. Vamos ainda mais longe. E é assim que iremos descobrir novos mundos.

Menos de três anos depois de ter sido lançada para os céus, a missão Gaia da Agência Espacial Europeia começa a dar frutos. Esta quarta-feira foram revelados os primeiros dados que vão permitir construir o mapa mais preciso alguma vez construído da galáxia onde se situa o sistema solar, a Via Láctea. É com uma precisão nunca antes vista que se poderá agora saber onde estão e como se comportam alguns dos milhões e milhões de corpos celestes que coabitam connosco nesta pequena espiral no meio do universo.
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O mapa mais preciso alguma vez feito da Via Láctea. Créditos: Agência Espacial Europeia.

Acontece que este mapa tem muito de português nos seus genes: foi produzida em Portugal pela equipa coordenada por André Moitinho de Almeida, Professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, investigador do CENTRA e coordenador da participação portuguesa na missão Gaia da ESA.

Os cientistas do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) não vão ficar por aqui. O mapa divulgado esta manhã mostra apenas um por cento de todas as estrelas da Via Láctea, mas é vinte vezes mais completo do que os que “desenhámos” com os pés assentes na Terra, baseados unicamente nas observações do céu noturno. Este é um passo importante: primeiro, porque não sabemos de facto como é a nossa galáxia (estimamos que tenha 100 mil milhões de estrelas, mas pode ter muitas mais); depois, porque as técnicas usadas para criar este mapa podem ser adotadas para deteção de exoplanetas. De acordo com Vardan Adubekyan, um cientista do IA e da Universidade do Porto, “espera-se que com os dados do Gaia se consigam descobrir milhares de novos mundos e perceber melhor a sua formação e evolução”.
Agora, os cientistas europeus vão juntar-se para transformar os dados da missão Gaia em modelos tridimensionais da Via Láctea que se assemelhem a uma versão cósmica do Google Maps. Mas como conseguiram tudo isto? Primeiro, o satélite da missão apontou as posições de objetos como estrelas, exoplanetas, meteoritos e galáxias vizinhas. Mais do que isso, mediu as variações das posições desses corpos celestes ao longo do tempo.
Resultado de imagem para quasares no universo
Quasar… Buraco negro… UniversoEle pode ser confundido com uma estrela, mas os quasares tem estrutura similar à de uma galáxia em atividade.
 Isso foi possível porque usaram pontos de referência: são os quasares, centenas milhares deles, que “têm um aspeto quase pontual e estão suficientemente afastados para que não se detetem movimentos próprios”, como explica Sonia Antón, também ela do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Trocado por miúdos: os quasares são galáxias extremamente distantes, mas com um brilho muito forte, que têm no seu centro buracos negros muito grandes. O que o satélite Gaia fez foi mapear a posição exata dos pontos de luz do céu tendo por referência a posição desses quasares.
Este é um grande avanço das áreas da astronomia e da astrofísica.
Fonte: Observador

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