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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O PANETONE... E O NATAL

Poucas iguarias se identificaram tanto com
 uma festa quanto o panetone com o Natal.
Uma bela lenda italiana conta-nos a origem desse
 pão tão simples e tão saboroso.


 



Era noite de Natal, em Milão, governado
 pelo Duque Ludovico Sforza, famoso por
ter uma das mais requintadas cortes da época.
 Sobretudo sua cozinha era muito
renomada.
 Desde a tarde, suas chaminés exalavam perfumes maravilhosos,

 que estimulavam o apetite de toda a vizinhança.
 Desejando fazer uma ceia
inesquecível, o cozinheiro-mor decidira preparar uma sobremesa especial:
um fabuloso doce cuja receita os venezianos haviam trazido do longínquo Oriente.
Afanava-se o mestre na elaboração de sua obra-prima e, ao mesmo tempo,
 orientava e fiscalizava os demais cozinheiros que se dedicavam a aprontar
 os inúmeros pratos do lauto banquete. Na grande cozinha, todos estavam tomados
 pela característica alegria do Natal italiano.
Todos não... Isolado num canto, um jovem ajudante recém-chegado da Lombardia
 suspirava de saudades da casa paterna, recordando-se das festas natalinas
 realizadas nos lares camponeses de sua região, pouco favorecidos de recursos
 econômicos, mas ricos de vida familiar e amor ao maravilhoso.
Levado por esses sentimentos nostálgicos, resolveu ele preparar um pão especial,
 como os que eram feitos por sua mãe na véspera de Natal. Não dispondo, porém,
 de todos os ingredientes necessários, teve de contentar-se com as sobras do
 material utilizado pelo cozinheiro-mor na elaboração da misteriosa sobremesa.
Qual seria o resultado? Nem ele mesmo sabia...
Uma vez iniciada a ceia de Natal, intensificou-se a atividade na cozinha,
 e o mestre cozinheiro esqueceu no forno o seu belo e misterioso doce...
 Enorme foi sua consternação ao constatar que ele havia queimado.
 Seu dourado sonho de um grande sucesso estava transformado na dura
 realidade de um vexatório fracasso, pois, como preparar em tão pouco
 tempo outra sobremesa especial? À vista desse desastre, não conseguiu conter
 algumas lágrimas.
Tomado de compaixão, o jovem lombardo aproximou-se dele e lhe ofereceu
os três grandes bolos que acabava de tirar do forno. Num piscar de olhos,
 o experiente cozinheiro notou a elegância de sua forma cilíndrica e percebeu
 que seu delicioso perfume deveria corresponder a um requintado
 sabor.
Quem estava à mesa era o Duque Sforza com sua corte, ou seja,
 os mais exigentes comensais da Itália. Porém, não restava
 outra saída senão correr o risco. Tomou, pois, a decisão de servir
 como sobremesa aquela curiosa iguaria. Ele próprio se incumbiu
de cortá-los caprichadamente em fatias e dispô- las de forma
artística em bandejas de prata.
Surpreenderam-se o Duque e seus convivas, ao verem aquele exótico
 bolo enfeitado por frutas cristalizadas e do qual se desprendia
 um convidativo perfume. Instintivamente, começaram a aplaudir
, e num instante seu requintado sabor lhes havia conquistado o
 paladar. Sucesso completo!
O Duque mandou vir à sua presença o autor daquela obra maravilhosa. Para surpresa
 de todos, não apareceu o afamado mestre, mas um tímido ajudante de cozinha.
- Qual é teu nome? - Eu me chamo Toni...
- Ora, então este é o Pane Toni! (o Pão do Toni).
Deste modo, o Duque Ludovico Sforza batizou aquele curioso pão doce com o nome
 de Toni, seu criador. E determinou-lhe que preparasse outros iguais, em maior
 quantidade, no Natal do ano seguinte. Assim nasceu o panetone, por obra do acaso, aliás,
 como tantas maravilhas da arte culinária.
Em pouco tempo, o "Pão do Toni" conquistou os lares italianos, e se espalhou
 pelo mundo inteiro, a ponto de ficar indissociavelmente ligado às festas natalinas.
 
A mesa de Natal reflexo de alegria e piedade
 
O arranjo da mesa natalina exige um especial esmero e imaginação. Aproveite a
 ocasião para usar cores em profusão, pois o Natal é, por excelência, uma festa
 colorida.
A combinação de elementos simples pode dar um elevado toque de esplendor:
 fitas vermelhas,mesa de natal.jpg douradas ou verdes, pinhas e galhos de pinheiro, velas, bolas de
 cristal colorido ou flores de bico de papagaio, e um pequeno cartão com o nome
de cada pessoa no seu lugar à mesa, cada um iluminado por uma velinha.
Além da mesa, enfeite também a sala, o hall de entrada e outros locais.
 Uma boa idéia é trocar lâmpadas por velas.
 Como? Muito simples: guarde as lâmpadas queimadas, retire delas
 o globo de vidro, coloque velas nas roscas metálicas e troque-as pelas lâmpadas
 dos lustres. (Na hora de colocá-las é preciso tomar cuidado para evitar choques.)
 Você obterá assim uma iluminação natalina toda original e muito apropriada para o dia.
O principal objetivo de tanto cuidado com a decoração, procurando em tudo
 a beleza através da harmonia de cores e adornos, deve ser criar um ambiente
 que ajude os corações a se elevarem e transmita a todos essa alegria especial
 que sentimos por sermos filhos de Deus.!
(Revista Arautos do Evangelho, Dez/2002 e Dez/2004, n. 12 e n. 36)
 
NOTA: tive o prazer de experimentar o sabor deste bolo
 que no Brasil, neste tempo é tão anunciado...
 é bom de facto!
 Mas o nosso Bolo Rei! hum, hum, que maravilha!
Nema, escrava de Maria

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