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segunda-feira, 18 de maio de 2015

A SOCIEDADE MODERNA E O MACHISMO!?

Ciência & Saúde, Sociedade                              
Nas sociedades pré-históricas não havia desigualdade entre os sexos 

Um estudo revelou que as primeiras sociedades pré-históricas praticavam a igualdade entre os sexos, com figuras masculinas e femininas a ter o mesmo poder para decidir questões importantes.
 
Os resultados da investigação, realizada por antropólogos da Universidade College London, na Inglaterra, e publicada na revista “Science”, contestam a perceção de que a equidade sexual é uma invenção recente e as sociedades pré-históricas seriam dominadas por figuras masculinas. Porém, o que acontecia é que havia o mesmo nível de poder entre os sexos.
“A igualdade entre homens e mulheres é o único cenário em que poderiam ter surgido características humanas como a cooperação com outros indivíduos”, afirmou Andrea Migliano, uma das autoras do estudo.
Os investigadores chegaram a estas conclusões ao recolher dados, durante dois anos, em duas comunidades de caçadores-coletores ainda preservadas, uma no Congo e outra nas Filipinas.
 
O grupo vive e com quem vive – homens e mulheres partilham tarefas no cuidado das crianças e contribuem com a mesma quantidade de alimentos.
As descobertas contrariam ainda a ideia de que a igualdade de género é uma invenção recente, sugerindo que tem sido a norma para os seres humanos durante a maior parte do tempo.
“Há esta perceção de que os caçadores-coletores são mais machos ou se trata de um grupo dominado pelo sexo masculino. Mas podemos dizer que foi apenas com o surgimento da agricultura, quando as pessoas começaram a acumular recursos, que a desigualdade começou”, explica Mark Dyble, o antropólogo responsável pelo estudo.
Os dados, sistematizados e confirmados através de um modelo matemático usado para simular a formação de redes de pessoas, mostram que quando as mulheres estão em pé de igualdade com os homens na decisão do sítio onde viver e com quem viver, as redes tendem a ser mais amplas e colaborativas.
“Quando são apenas os homens a decidir com quem viver, o núcleo de qualquer comunidade torna-se uma rede densa de homens, com as suas mulheres em posições periféricas”, referiu o investigador.
Fonte: Zap

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