HOJE CELEBRA-SE A MEMÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA.
Plinio Corrêa de
Oliveira – grande líder católico do Século XX
Chamo a atenção para os principais traços
do homem retratado nesse quadro.
É bem evidente que
não é um sueco. É um europeu do Mediterrâneo. Notem que está com uma batina
preta como trajavam os padres do século XVI, muito ampla, mas adaptada ao corpo.
Um pequeno
colarinho branco como usavam os eclesiásticos até o momento em que infelizmente
tal costume foi abandonado.
É ainda digno de
menção o barrete, que também quase todo o clero abandonou. Barrete preto,
dividido em três gomos, representando a unidade na trindade de Deus.
A cabeça é de um
homem magro sem ser magérrimo, com as maçãs do rosto muito salientes. Nariz
aquilino, em forma de bico de águia e comprido. Cabelo preto, barba e
sobrancelhas escuras. Olhos pequenos, negros e profundamente
encovados.
A fisionomia‚
muito pensativa, não exprime nem alegria nem tristeza; revela pensamento,
meditação e uma enorme segurança.
Em outras palavras, é um
homem que está inteiramente seguro da verdade que medita e da fé que abraça. O
domínio que exerce sobre si manifesta-se, em larga medida, pela impassibilidade
do rosto.
Santo Inácio de Loyola é o
homem retratado
O grande fundador
da Companhia de Jesus, ao qual se deve, em boa medida, a mais gloriosa e eficaz
das Contra-Revoluções, que foi a Contra-Reforma Católica.
O autor do quadro
– o pintor Jacopino del Conte (nascido em Florença em 1510, e morto em Roma em
1598) – foi o único artista que pintou o santo em vida.
Santo Inácio tornou-se famoso por seu espírito pugnaz, sua
penetração política, sua psicologia finíssima e exímia capacidade que tinha de
pregar seus famosos Exercícios Espirituais.
Podem-se notar vários
traços dessa obra do santo retratados em sua fisionomia: homem capaz de guardar
segredos; capaz de fazer no silêncio uma longa e complexa trama política;
Competente para
pregar os Exercícios Espirituais de modo incomparável; homem com
espírito dotado de autoridade invulgar, e que exercia sobre seus religiosos um
mando total, transformando a Companhia de Jesus no próprio símbolo da
obediência.
Parece-me que ver
esse quadro de Santo Inácio enriquece a idéia que se tem do santo. Mais:
aprimora a própria idéia de santidade.
E, mais a fundo, como é um
santo da Igreja Católica Apostólica Romana. Enriquece a idéia da santidade da
Igreja e da santidade do próprio Deus!
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Excertos da
conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em 17 de janeiro de
1986. Sem revisão do autor.
Fonte: http://catolicismo.com.br/
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