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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A AMBIÇÃO E AS MÁS COMPANHIAS LEVAM O HOMEM À PERDIÇÃO!

SEGUNDA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2015

PARÁBOLA DAS DUAS VONTADES

                                    E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE

PARÁBOLA DAS DUAS VONTADES

 Diz Jesus:


“Pessoas de Keirot, ouvi a minha parábola de despedida. Daremos a ela o nome de “Parábola das duas vontades.”
Um pai cuidadoso tinha dois filhos, ambos por ele amados, com um amor igual e cheio de sabedoria. Ambos iam sendo encaminhados por bons caminhos. Não havia nenhuma diferença no modo de amá-los, nem no trato dado a eles. Mas havia uma sensível diferença entre os dois filhos. Um, o primogênito, era humilde, obediente, e, sem discutir, ia fazer a vontade do pai, sempre alegre e contente com o seu trabalho. O outro ainda que menor, estava quase sempre pensando, e discutia com o pai e consigo mesmo. Sempre ficava pensando com raciocínios muito humanos, sobre os conselhos e as ordens que recebia. E, em vez de ir cumpri-las, como haviam sido dadas, prometia a si mesmo modificá-las todas, ou em parte, como se aquele que lhe dera as ordens fosse algum tolo. O mais velho lhe dizia: “Não faças assim. Estás fazendo nosso pai sofrer!” Mas o outro respondia: “Tu és um bobo. Grandalhão e gordo como és, e, além disso, o primogênito, e já adulto, oh! Eu não gostaria de ficar nessas condições em que o pai te colocou. Eu gostaria de fazer outras coisas. Por exemplo, eu me imporia aos servos. Para que eles compreendessem que eu sou o patrão. Tu ficas parecendo ser um servo também, com essa tua mansidão sem limites. Será que não estás vendo como resultado teres que passar como sem ser visto em todos os teus direitos pela primogenitura? Vendo isso, qualquer pessoa até zomba de ti...” O segundo filho estava sendo tentado e mais do que tentado, ele era um aluno de Satanás, cujas insinuações ele com atenção punha em prática, ao procurar tentar o primogênito. Mas este fiel ao Senhor no respeito à Lei, conservava-se fiel ao seu pai, ao qual ele honrava com um procedimento correto.
Passaram os anos, e o segundo filho aborrecido porque não podia reinar como queria, depois de ter feito muitas vezes ao pai este pedido: “Dá-me a ordem de agir em teu nome, para a tua honra, em vez de ficar sustentando aquele bobalhão, que é mais manso do que uma ovelhinha”, e depois de ter tentado forçar o irmão a fazer coisas sem ordem do pai, para assim impor-se aos servos, aos cidadãos e aos confinantes, disse a si mesmo: “Oh! Já basta! Do modo como vão as coisas, está em jogo até o nosso bom nome! E, como ninguém quer fazer nada, eu vou fazer”. E começou a fazer coisas por sua cabeça, entregando-se à soberba e à mentira, e desobedecendo sem escrúpulos.
O pai lhe dizia: “Meu filho, obedece ao primogênito. Ele sabe o que faz.” E lhe dizia: “Disseram-me que fizeste tal coisa. É verdade?” E o segundo filho respondia com um escolher de ombros a cada uma das observações paternas.
“Sabe, ele é tímido demais e hesitante. Ele perde as ocasiões de ganhar.”E dizia: “Eu não fiz assim.” O pai lhe dizia: “Não fiques indo à procura de ajuda deste ou daquele. Quem queres tu que te ajude melhor do que nós, para tornar ilustre o teu nome? São os amigos falsos que te estão incitando, para depois se rirem às tuas custas.” E o segundo filho lhe respondia: “Estás com ciúme de ser eu quem toma as iniciativas? Afinal, eu tenho certeza de que farei tudo bem.”
Passou mais algum tempo. O primeiro ia sempre crescendo em justiça, e o outro continuava a nutrir as paixões más. Por fim, o pai lhe disse: “É tempo de acabar com isso. Ou aceitas o que te foi dito, ou perdes o meu amor.” O filho rebelde foi dizer isso aos seus falsos amigos. “E tu ficas atado só por isso? Nada disso! Há um modo de pôr o teu pai na impossibilidade de preferir um filho ao outro, Deixa o assunto conosco, e nós vamos pensar nele. Tu ficarás sem culpa material, e a posse dos bens se tornará florescente, porque, posto para fora o teu irmão que é bom demais, tu poderás dar a ela um grande crescimento. Não sabes tu que é melhor tomar uma atitude forte, ainda que dolorosa, do que ficar na inércia, que faz que se perca o que já se possui?, foi o que lhe responderam. E o segundo filho, já saturado de má vontade, aderiu, sem mais, aquela indigna tramóia.
Agora dizei-me. Por acaso, pode-se culpar o pai por ter dado dois sistemas de educação aos dois filhos? Poder-se-á dizer que ele foi cúmplice? A vontade do homem, por acaso, lhe foi dada antecipadamente de dois modos? Não. Ela lhe foi dada de um só modo. Mas o homem por sua conta a muda, e, quem é bom faz a sua vontade boa, ao passo que o mau faz a sua vontade má.
Eu vos exorto, a vós de Keirot – e será esta a última vez que Eu vos exorto a seguir caminhos de sabedoria – a seguir somente a vontade boa. Já quase no fim do meu ministério, Eu vos digo as palavras que foram cantadas, quando Eu nasci:
“A paz é para os homens de boa vontade”.
Paz! Seja o êxito feliz, seja a vitória na terra e no Céu porque Deus está com quem tem boa vontade em obedecer-lhe. Deus não olha tanto as obras altissonantes, que o homem faz por sua iniciativa, mas a humilde obediência, pronta, fiel, às obras que Ele propõe.

(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pg.228, 229, 230)

OBS: Keirot, é a cidade onde nasceu Judas Isacariotes. E esta parábola mencionada por Jesus na sinagoga, me parece ter sido feita diretamente como um aviso ao traidor, que estava presente, junto com os apóstolos e os cidadãos da cidade.

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