São Tomás de Aquino nos lembra: Quem permanece na caridade, em Deus permanece, e Deus nele (I São João 4) Pois: A caridade de Deus foi derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5, 5)
23.01.2016 -
"Quem permanece na caridade em Deus permanece, e Deus nele". (I São João 4)
Assim também Deus perdoa os pecados dos que o amam: "A caridade encobre uma multidão de pecados". (I Pedro 4)
Mas, posto que São Pedro diga que encobre uma multidão, todavia Salomão diz em Provérbios 10, que: "A caridade encobre todos os delitos".
A caridade também torna o homem de grande dignidade. Com efeito, todas as criaturas servem à própria majestade divina, e por ela foram feitas, assim como as coisas artificiais servem ao artífice. Mas a caridade faz do servo um livre e um amigo. De onde diz o Senhor: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas Chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai". (São João 15, 14)
Deve-se considerar também, que ainda que todos os dons sejam do pai das luzes, todavia este dom, a saber, o da caridade, supera todos os demais dons. De fato, todos os outros podem ser possuídos sem a caridade e o Espírito Santo; com a caridade, porém, possui-se necessariamente o Espírito Santo: "A caridade de Deus foi derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". (Romanos 5, 5)
Quatro grandes vantagens para quem possui a caridade.
São Tomás de Aquino explica a beleza desta virtude.
Por Padre Angelo Bellon, O.P.
Caro Padre Angelo, São Tomás de Aquino fala da caridade somente na Suma Teológica?
Resposta do sacerdote
Sim, e ele fala também em outros lugares, como por exemplo no terceiro livro do Comentário às Sentenças de Pietro Lombardo. Mas eu quero relembrar também uma breve apresentação dos efeitos e das vantagens da caridade, que São Tomás escreveu.
Comentando os dois preceitos da caridade (amar a Deus e ao próximo), ele enumera quatro efeitos desta virtude, que a tornam muito agradável, aos quais acrescenta outros cinco. Exponho a síntese dos primeiros quatro (São Tomás, In duo praecepta caritatis et in decem legis praecepta expositio, nn. 1139-1154).
“1. Infunde no homem a vida espiritual (causat in eo spiritualem vitam)
É manifesto que o amado vive naturalmente no coração daquele que o ama. E por isso quem ama a Deus o possui dentro de si (qui diligit Deum, ipsum habet in se): ‘quem permanece na caridade, permanece em Deus, e Deus nele’ (1Jo 4,16).
Por seu dinamismo natural, o amor transforma o amante no amado; por isso, se amamos coisas sem valor e passageiras, tornamo-nos também nós sem valor e efêmeros, como diz o profeta Oseias: ‘tornaram-se abomináveis como aquilo que amaram’ (Os 9, 10). Se amamos a Deus, tornamo-nos divinos, porque ‘quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito’ (1Cor 6,17).
Mas como diz Santo Agostinho, ‘como a alma é a vida do corpo, assim Deus é a vida da alma’ (Confissões, X,1). E isto é obvio. De fato, digamos que o corpo vive graças à alma quando possui as atividades próprias da vida, aquilo que age e se move. Se a alma vai embora, o corpo não age e não se move mais. E assim, também a alma age virtuosae e perfeitamente quando age movida pela caridade, por meio da qual Deus habita nela. Sem caridade, porém, não age. De fato ‘quem não ama, permanece na morte’ (1Jo 3,14).
Deve-se considerar também que se uma pessoa tem todos os dons carismáticos do Espírito Santo, mas não tem a caridade, não tem a vida. O carisma das línguas, da fé e também qualquer outro carisma, sem a caridade, não comunica a vida. Um cadáver, se revestido de ouro e de pedras preciosas, permanece igualmente um cadáver. Isto é, portanto, o primeiro efeito do amor.
2. A caridade nos faz observar os mandamentos
São Gregório diz que ‘o amor de Deus nunca se encontra no ocioso; porque existe, faz coisas grandiosas. Se se recusasse a agir, não seria amor’. Ou seja, sinal evidente da caridade é a prontidão no observar os mandamentos divinos. Nós vemos, de fato, que o amante é capaz de coisas grandes e difíceis pelo amado: ‘se alguém me ama, guarda a minha palavra’ (Jo 14,23).
Gosto de lembrar que João Paulo II, na Encíclica Veritatis Splendor, parece se referir a este pensamento de São Tomás quando escreve: ‘Quem vive «segundo a carne» sente a lei de Deus como um peso, mais, como uma negação ou, pelo menos, uma restrição da própria liberdade. Ao contrário, quem é animado pelo amor e «caminha segundo o Espírito» (Gál 5, 16) e deseja servir os outros, encontra na lei de Deus o caminho fundamental e necessário para praticar o amor, livremente escolhido e vivido" (VS, 18).
3. A caridade é baluarte (praesidium) contra a adversidade
Quando uma pessoa possui a caridade, nenhum infortúnio ou dificuldade a prejudica, mas volta ao seu favor: isso porque “todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8, 28). Contrariedade e dificuldade parecem suaves a quem ama, como atesta a experiência.
4. A caridade conduz à felicidade
Somente a quem possui a caridade é prometida a bênção eterna. Sem a caridade, de fato, tudo é insuficiente: “resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição” (2Tm 4,8).
Fonte: .cristianismo.org.br e pt.aleteia.org
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Assim profetizou São Basílio de Kronstadt - Ano 1700, sobre o Fim dos Tempos...
"O homem ver-se-á rodeado de alimentos e de água, mas morrerá de fome e de sede, porque as plantas que crescerem e os frutos que amadurecerem serão veneno, como o próprio ar que respira porque será, nessa altura, o hálito de Satanás. O amor entre os homens não será mais do que uma palavra sem significado sobre a qual se farão mil floreados, na tentativa de descobrir os antigos valores. Quem possuir ainda o dom do amor será visto como um homem diferente, um sobrevivente de uma guerra travada por um povo de vista curta, contra o sentimento do amor. Não faltará a fé da palavra, mas faltará a fé do coração e será uma grande confusão entre o que floresce pelos lábios e o que morre no coração. Quando o Bispo de Roma tomar sobre si dois nomes, um império estará próximo de desmoronar. Faltará o pão também nos países ricos, as guerras rastejarão sobre a Terra como serpentes venenosas, tudo se arruinará,porque todos falarão de amor, mas já ninguém terá amor pelo próximo.
"PORQUE TODOS FALARÃO DE AMOR, MAS NINGUÉM TERÁ AMOR PELO PRÓXIMO"
Sim, verdadeiramente este é o retrato do Fim dos Tempos.
Conforme diz na Sagrada Escritura...
"E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos esfriará". (São Mateus 24, 12)
Fonte: Rainha Maria
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