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domingo, 13 de março de 2016

EM QUE É QUE FICAMOS? QUEM SÃO AFINAL OS CHORUDOS COMILÕES???

                   A Europol conclui que o tráfico de imigrantes ilegais é o setor criminoso em maior crescimento na UE -         
TELMO_FONSECATelmo Fonseca 04.03.2016 / 19:14

A Europol conclui que o tráfico de imigrantes ilegais é o setor criminoso em maior crescimento na UE
A escala crescente dos fluxos migratórios irregulares observados desde 2014 não mostra sinais de querer abrandar. Mais de um milhão de pessoas atravessou as fronteiras comunitárias por mar, terra e ar, oriundos do Médio Oriente, África e Ásia, embora estes últimos em menor número. Os principais destinos são a Alemanha, a Suécia e o Reino Unido. 
A rota que atravessa o Mar Egeu ou o Mar Mediterrâneo desde a Turquia em direção à Grécia é a mais saturada. Daqui, os imigrantes separam-se por três rotas diferentes, através dos Balcãs, Hungria, ou novamente por via marítima em direção a Itália. - 
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A segunda rota mais utilizada atravessa o Mediterrâneo central desde o norte de África, em direção ao sul de Itália. A partir de Milão, o fluxo divide-se para oriente através da Suíça e da Áustria, e para ocidente via a França. - 
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A rota pelo Mediterrâneo ocidental através de Espanha também é significativa, embora em números menores que as duas anteriores. As redes criminosas adaptaram-se rapidamente a este ciclo, e estão agora envolvidas de alguma forma nas travessias de mais de 90% dos imigrantes, explorando o desespero e a vulnerabilidade das pessoas que tentam chegar à Europa, através da facilitação de transporte, alojamento, orientação e documentação, a troco de quantias avultadas de dinheiro, muitas vezes pagas com trabalho ilegal. - 
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O tráfico de pessoas é o mercado criminoso em maior expansão na Europa e regiões adjacentes, gerando receitas multimilionárias, e não dando sinais de abrandamento, o que coloca às autoridades europeias um desafio complexo para resolver. -
Dentro e fora da Europa, estão identificadas cerca de 230 localizações chave (“hotspots”) ao longo das rotas principais de imigrantes, que servem como “checkpoints” onde criminosos oferecem os seus serviços ilegais de facilitação aos imigrantes que lá se juntam. Sejam áreas urbanas onde os imigrantes são obrigados a trabalhar para pagar a fase seguinte da viagem, ou infraestruturas de transportes que facilitam o fluxo de pessoas, é nestes locais que se gere a passagem de pessoas, dinheiro e outros serviços como alojamento, documentação fraudulenta e informações.
                              
Estão referenciadas cerca de 40 mil pessoas suspeitas da prática de tráfico de pessoas, a maior parte das quais a operar dentro de uma complexa rede criminosa internacional.
As dimensões das redes criminosas variam. Pequenas redes regionais operam de forma autónoma, recorrendo a criminosos “freelancers” que atuam como condutores, recrutadores, falsificadores de documentos e organizadores, e que muitas vezes trabalham de forma autónoma para várias redes ao mesmo tempo. Já as redes criminosas maiores operam a nível internacional, oferecendo “pacotes” completos de viagem desde a origem até ao destino, providenciando todos os serviços pelo caminho. Tipicamente, existem vários níveis hierárquicos de coordenação da rede criminosa: 
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Os laços étnicos ou relacionados com a naturalidade dos imigrantes em trânsito são também explorados pelos traficantes, aproveitando o facto de os imigrantes geralmente escolherem destinos onde sabem que vão encontrar comunidades que partilham quer a língua quer a cultura. Alguns membros dessas comunidades fazem parte da rede criminosa. As redes sociais são também aproveitadas para publicitar serviços, recrutar guias, partilhar informações ou desenvolvimentos ao longo das rotas, incluindo atividades policiais e restrições à passagem de pessoas, permitindo aos criminosos adaptar as rotas ou mesmo os preços, conforme as dificuldades em fazer passar os imigrantes. - 
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Foram encontradas ligações a outras atividades criminosas em alguns dos suspeitos de pertencerem às redes de tráfico de imigrantes, tais como tráfico de droga, falsificação de documentos, crime contra a propriedade e tráfico de seres humanos para trabalho ilegal, exploração sexual ou casamentos de conveniência. -
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Pior do que isso, existem ainda evidências de ligações a terrorismo e extremismo violento, quer através da infiltração de potenciais terroristas dentro das fronteiras do espaço comunitário, quer utilizando verbas do tráfico para financiar atividades terroristas. As autoridades europeias identificaram alguns casos isolados de utilização de rotas de imigração por terroristas, embora a maioria dos membros de grupos extremistas não confie nestas redes nem nos serviços por elas facilitados. Ainda assim, é de referir que pelo menos dois suspeitos envolvidos nos ataques de 13 de novembro em Paris viajaram para a UE disfarçados de simples imigrantes ilegais. - 

Fonte: Dinheiro Vivo
Vejamaisem:http://www.dinheirovivo.pt/economia/refugiados-um-negocio-multimilionario/#sthash.6qbfMXrX.dpuf

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