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quarta-feira, 25 de maio de 2016

VER E SENTIR A FELICIDADE ATRAVÉS DO OUTRO!

A felicidade dos outros

 
«Quem deseja o bem dos outros descobre que a felicidade deles é a fonte mais generosa para a própria felicidade. A sua existência, livre do egoísmo, da vilania e da avidez, torna-se intrépida, audaz, capaz de qualquer desafio. O seu ânimo inflama-se, enche-se de zelo e esquece as preocupações pessoais que estão na base das penosas ansiedades, medo, ciúme e inveja.»
        
«Quem deseja o bem dos outros descobre que a felicidade deles é a fonte mais generosa para a própria felicidade. A sua existência, livre do egoísmo, da vilania e da avidez, torna-se intrépida, audaz, capaz de qualquer desafio. O seu ânimo inflama-se, enche-se de zelo e esquece as preocupações pessoais que estão na base das penosas ansiedades, medo, ciúme e inveja.»
Há uma frase de João Batista que sempre apreciei: «Ele (Cristo) deve crescer, e eu diminuir» (João 3, 30). Deveria ser o lema de quem ama verdadeiramente outra pessoa, do pai e do educador ou do amigo.
Regozijar-se com a felicidade dos outros, com efeito, contribui para a alegria e a glória do outro. Se se tem esta liberdade e generosidade interior, então é-se verdadeiramente uma grande pessoa, como referia o sociólogo e historiador escocês Adam Ferguson (1723-1816) nos seus "Princípios de ciência política e moral", acima citados.
Como é diferente, ao contrário, o nosso comportamento mais comum: somos invejosos, ciumentos, com o temor de que o outro nos ultrapasse e coloque na sombra. Foi o que aconteceu aos discípulos de João Batista: muitos não aceitaram seguir o astro nascente indicado pelo seu mestre e enclausuram-se na tacanhez de uma seita que durou uns escassos séculos.
São poucos aqueles que sabem compreender aquela frase de Cristo, ignota aos Evangelhos mas citada por Paulo, segundo a qual há «mais alegria no dar do que no receber» (Atos 20, 35).                            
São poucos aqueles que podem confessar com verdade aquilo que escrevia o romancista católico francês Georges Bernanos: «O segredo da felicidade é encontrar a própria alegria na alegria do outro». Mas não faltam aqueles que sabem saborear essa felicidade, e o voluntariado, por exemplo, é disso um testemunho concreto nos dias de hoje.
 P. (Card.) Gianfranco Ravasi 
In "Avvenire" 
Trad.: Rui Jorge Martins 
Publicado em 24.05.2016

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