A NASA tem agora novas imagens do clima espacial, em alta resolução
As imagens do clima espacial deram agora um grande salto: são Ultra HD. As primeiras imagens de alta resolução do satélite meteorológico mais recente, o GOES-16, foram agora mostradas pela NASA.
GOES-16 não só tem uma resolução quatro vezes maior do que os antigos satélites, como também é cinco vezes mais rápido no registo de imagens
As imagens do espaço, e do clima espacial, deram agora um grande salto: são Ultra HD. As primeiras imagens de alta resolução do satélite meteorológico mais recente, o GOES-16 (anteriormente chamado de GOES-R) foram apresentados pela NASA, na segunda-feira. Ainda que “o público em geral” não consiga identificar rapidamente as diferenças destas novas imagens, os fotógrafos profissionais e tecnológicos estão entusiasmados com a resolução das imagens, conta a CNN.
O GOES-16 foi lançado em novembro e o feedback é bastante positivo: não só tem uma resolução quatro vezes maior do que os antigos satélites, como também é cinco vezes mais rápido no registo de imagens. As tais imagens que os meteorologistas esperavam há anos por ter e, eis que já as têm.
A resolução das novas imagens é tão boa, que irá permitir aos meteorologistas não só que identifiquem o clima severo com maior precisão, como também (esperam) que possam identificar muito mais cedo tempestades perigosas que formam tornados e, por isso, que o possam alertam também mais cedo.
Primeiro ponto: melhores previsões meteorológicas
Atualmente, as previsões do tempo eram feitas através dos satélites meteorológicos já existentes no espaço, que os cientistas chamam de “dados iniciais”, como conta a CNN. Estes dados entram num computador específico que identifica quais os sítios mais prováveis de existir tempestades. Agora, em vez de suposições de locais prováveis, espera-se conseguir ser mais preciso na localização das tempestades.
Quanto melhores os “dados iniciais”, melhores e mais específicas serão as previsões. Estas imagens, então, são mais do meras “imagens de alta resolução”, mas trazem, sim, consigo, uma panóplia de imagens nunca antes coletadas, a partir do espaço. O GOES-16 tem três vezes mais canais espectrais do que as antigas gerações de GOES. As imagens que capta da terra são exatamente iguais àquelas que um astronauta vê, se estiver no espaço.
Os cientistas, no entanto, afirmam que ainda não sabem como é que os modelos de previsão do tempo vão interpretar este novo conjunto de dados, mas acreditam que as imagens vão ajudar a diferenciar nuvens de vapor de água, ou de fumo, gelo ou cinzas vulcânicas.
Segundo ponto: ainda não está 100% operacional
Só em maio é que será anunciado qual o local permanente do GOES-16, no espaço. Existem duas hipótese: ou vai substituir o GOES-East, ou o GOES-West, os dois satélites que, atualmente, monitorizam os Estados Unidos. A perspetiva é que o teste do satélite termine em novembro e que, depois disso, se torne 100% operacional.
Espera-se ainda que, na primavera de 2018, o GOES-S entre também em órbita, para se juntar ao resto das “constelações de satélites GOES”, como lhe chama a NASA.