Buracos negros são ainda mais violentos do que se pensava
ZAP NASA / JPL-Caltech
Ilustração de artista que mostra uma estrela a ser devorada por um buraco negro supermassivo
Um novo estudo da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, revela que os buracos negros maciços desfazem as estrelas e engolem os seus restos com uma frequência 100 vezes maior do que se pensava.
Os cientistas tinham calculado que este “canibalismo cósmico” era extremamente raro e que só ocorria uma vez em cada 10 mil ou 100 mil anos por galáxia. Estes fenómenos chamados de eventos de ruptura de marés (“Tidal Disruption Event”) só tinham sido testemunhados em investigações que envolveram dezenas de milhares de galáxias.
No entanto, os especialistas da Universidade de Sheffield analisaram 15 galáxias e conseguiram observar um evento de ruptura de marés em cada uma delas. Isto significa que tais fenómenos podem acontecer uma vez em “apenas” mil anos e até uma vez em cada 100 anos.
“As nossas descobertas surpreendentes mostram que o ritmo dos TDI aumenta dramaticamente quando as galáxias colidem umas com as outras. Isto poderá dever-se ao facto de as colisões levarem à formação de grandes números de estrelas nas imediações dos buracos negros gigantes no centro das galáxias quando estas se unem”, adiantou James Mullaney, da Universidade de Sheffield, em Inglaterra.
Segundo o estudo publicado na Nature, os cientistas sugerem que um buraco negro supermassivo “habita” o centro da maioria das grandes galáxias, e o seu peso é milhões ou até mil milhões de vezes maior do que o do Sol.
Uma parte destes buracos negros é vista quase sempre quando estes engolem gás e pó espaciais em grandes quantidades, sendo que o clarão chega a durar meses. Após isso, o buraco negro “adormece”.
No início de fevereiro, um grupo de cientistas conseguiu detetar o buraco negro mais “esfomeado” de sempre que devorou uma estrela durante uma década. Esta duração é mais de dez vezes superior a qualquer episódio observado da morte de uma estrela por um buraco negro.
Fonte:ZAP // Sputnik News
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