São João: nasce um grande atrevido que enfrentará a hipocrisia de um governante
O nascimento e a missão do santo padroeiro dos injustiçados por causa da fé.
O nascimento
São João Batista era filho de Zacarias e Isabel e primo de Jesus. Ocorre que seus pais já eram idosos quando o arcanjo Gabriel se apresentou a Zacarias e lhe disse que suas orações tinham sido ouvidas: sua mulher, mesmo estéril e de idade avançada, conceberia e lhe daria um filho. (cf. Lc 1 e Mt 11).
“Tu lhe darás o nome de João e ele será para ti motivo de júbilo e alegria; muitos se regozijarão por seu nascimento, posto que será grande diante do Senhor”.
Mas Zacarias duvidou e, por sua pouca fé, perdeu a voz. Quando nasceu o menino, Zacarias escreveu num tabuinha: “Seu nome é João”. Nesse momento, ele recuperou a fala e entoou um esplêndido hino de amor e agradecimento a Deus, conhecido como “Benedictus”.
São João Batista foi concebido no pecado original, mas ficou purificado antes ainda de nascer, quando sua mãe, Santa Isabel, foi visitada pela Santíssima Virgem Maria, que, por sua vez, já portava em seu seio o Salvador, Jesus. Santo Agostinho observou que a Igreja sempre celebra a festa dos santos na dia de sua morte, mas, no caso de São João Batista, santificado já no ventre da mãe, ele é celebrado também no dia de seu nascimento.
A lenda e a fogueira
A propósito, as lendas e tradições que começaram a surgir desde o século IV em torno a São João Batista contam que, quando Maria foi visitar a prima Isabel, combinaram ambas que, ao nascer João, Zacarias acenderia uma fogueira para sinalizar a vinda do menino ao mundo.
Por isso é que teria começado a tradição das fogueiras de São João em junho, o mês do seu nascimento.
A missão
O próprio Jesus descreveu João como o último e o maior dos profetas:
“Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista. De fato, todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar” (Mt 11,11-14).
João precedeu Jesus como seu mensageiro, anunciando a vinda do Cristo e dedicando-se a preparar o povo para recebê-lo. Em sua pregação, ele batizava no Rio Jordão, e daí seu apelido de “Batista”, e combatia os vícios e as injustiças mediante o testemunho de uma vida austera. Sobre Jesus, João proclamava:
“Ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e Ele mesmo caminhará à sua frente” (Lc 1, 15).
O martírio
Impelido pela missão profética, João Batista denunciou os pecados do governador da Galileia, o rei Herodes, que tinha sequestrado sua cunhada Herodíades e vivia com ela como se fossem esposos. O Batista foi então preso em Maqueronte, na costa oriental do Mar Morto. Salomé, a filha de Herodíades, ganhou do rei o direito de pedir o que desejasse. Sua mãe vingativa a instigou a fazer um pedido assassino: “Quero que me dês imediatamente, numa bandeja, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25). O Santo Precursor sofreu então o martírio.
Oração a São João Batista
Deus, nosso Pai, celebramos hoje o nascimento de São João Batista. Pela força da vossa Palavra, convertei os nossos corações!
Doce, sonoro, ressoe o canto,
minha garganta faça o pregão.
Solta-me a língua, lava a culpa,
ó São João!
Anjo no templo, do céu descendo,
teu nascimento ao pai comunica,
de tua vida preclara fala,
teu nome explica.
Súbito mudo teu pai se torna,
pois da promessa, incréu, duvida:
apenas nasces, renascer fazes
a voz perdida.
Da mãe no seio, calado ainda,
o Rei pressentes num outro vulto.
E à mãe revelas o alto mistério
de Deus oculto.
Louvor ao Pai, ao Filho unigênito,
e a vós, Espírito, honra também:
dos dois provindes,
com eles sois um Deus. Amém.
Padroeiro
São João Batista é padroeiro dos injustiçados por causa da fé: uma situação particularmente atual em meio à grande onde de violência e martírio sofrida pelos cristãos do nosso tempo em todo o mundo.
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Fonte: Aleteia
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