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terça-feira, 20 de junho de 2017

TODO O SER É FÍSICO E ESPÍRITO!

( APÓS UM FIM DE SEMANA TRÁGICO, PARA MUITOS DOS MEUS CONTERRÂNEOS, NÃO PENSEI NEM TRABALHEI, APENAS ME SENTIA EU COLADA AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ONLINE. HOJE, EMBORA, AS VIDAS CONTINUEM EM RISCO NA REGIÃO CENTRO DO MEU PAÍS, ESPERO QUE O PIOR JÁ TENHA PASSADO!)
 Aleteia Brasil | Jun 20, 2017

ALETEIA BRASIL

O céu é um “lugar” ou é apenas um “estado”?

A fé católica nos diz que o céu é um lugar. Saiba por quê.

Há quem opine que o Céu, ou Paraíso, não seja um “lugar” em sentido físico, mas sim um “estado da alma”.
Este seria o caso se nós, humanos, fôssemos apenas espírito, como os anjos ou como o próprio Deus.
Mas não somos puro espírito: somos uma unidade de corpo físico e alma imortal – e essa unidade não é acidental, mas essencial; ela não é “passageira”, mas inerente à nossa humanidade; por isso mesmo, essa integração de corpo físico e alma imortal não pode ser “truncada” após a nossa morte física, já que, sem o corpo, deixaríamos de ser nós mesmos. Não somos almas “aprisionadas” num corpo, como hereticamente se chega a dizer de quando em quando ao longo da história do pensamento. “Somos” corpo – mas corpo e alma, juntos, em unidade. Faz parte da nossa natureza humana ser essa unidade de corpo e alma.
É por isso que, após o término da nossa vida terrena e fisicamente mortal, seremos ressuscitados para a vida eterna. O nosso corpo, misteriosamente, será tornado glorioso por Deus de uma forma que desconhecemos, mas que é necessária para continuarmos a ser nós mesmos na plenitude da vida definitiva. O nosso corpo não é “descartável”. Não é um “acessório”. O nosso corpo faz parte da nossa identidade, da nossa pessoalidade, do nosso ser. Ele é parte de quem somos – não apenas uma “circunstância” na qual “estamos”.
Subbotina Anna
O termo “Céu”, no sentido de “Paraíso”, significa para o católico o lugar e a condição da suprema bem-aventurança, da suprema felicidade. Se Deus não tivesse nos dotado de corpo físico, mas nos criado apenas como puros espíritos, então o Céu não “precisaria” ser um lugar: seria apenas como o estado dos anjos, que se regozijam na Presença de Deus, o Puro Bem, a Pura Felicidade, a Plenitude do Ser.
Mas acontece que o Céu é também um lugar porque nele estaremos de corpo e alma, na integridade do nosso ser. Lá encontramos a humanidade de Jesus, a bem-aventurada Virgem Maria, os anjos e as almas dos santos. Embora não saibamos dizer onde “fica” esse lugar, ou qual é a sua relação com o Universo, a Revelação não nos permite duvidar da sua existência.
Um puro espírito pode estar num lugar enquanto exerce uma ação sobre um corpo naquele lugar, mas, em si mesmo, o espírito vive numa ordem superior à do espaço. Já um ser “de fronteira”, feito ao mesmo tempo de corpo e de alma, está em um lugar devido à sua realidade que é também corpórea, física. É o caso específico do ser humano.
Ao falar do assunto em sua obra “L’Éternelle vie et la profondeur de l’âme” (1949), o teólogo e filósofo pe. Reginald Garrigou-Lagrange, O.P., nos recorda a doutrina confirmada pelo Papa Bento XII:
“As almas de todos os santos estão no Céu antes da ressurreição dos corpos e do julgamento final. Eles veem a Essência Divina por uma visão que é intuitiva e facial, sem a intermediação de qualquer criatura. Por causa desta visão, na qual desfrutam da Essência Divina, eles são verdadeiramente bem-aventurados: têm a vida eterna e o repouso eterno” (Denzinger, nº 530).
Concílio de Florença (cf. Denzinger, nº 693) reafirma que as almas em estado de graça, depois de purificadas, entram no Céu e veem o Deus Trino como Ele É em Si mesmo, mas com um grau maior ou menor de perfeição conforme os seus méritos durante a vida terrena.
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 Fonte: Aleteia

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