MORREREMOS DEFENDENDO A FAMÍLIA!
O MUNDO MODERNO NÃO TEM DEMONSTRADO MUITA SIMPATIA POR VIRTUDES, COMO A CASTIDADE E A FIDELIDADE CONJUGAL!
Mas o Matrimônio é uma criação de Deus, e a Igreja deve estar disposta a sacrificar-se por isso.
A doutrina moral católica sobre o Matrimônio já rendeu muitas controvérsias para a Igreja, especialmente nos últimos anos. Apesar de o Concílio Vaticano II ter declarado que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes, n. 1), o mundo moderno não tem demonstrado muita simpatia por virtudes como a castidade e a fidelidade conjugal.
Pense-se, por exemplo, na encíclica Humanae Vitae, publicada pelo Papa Paulo VI meio século atrás. Talvez seja o documento mais odiado da Igreja até hoje. E a razão desse ódio é que, para os laicistas, a religião não deveria emitir juízos sobre assuntos da esfera privada, porque tal intervenção constituiria um ataque à liberdade de consciência. No fundo, o mundo moderno não quer aprender do Papa o que um casal de namorados pode ou não fazer entre quatro paredes. Ao contrário, os casais querem viver sua sexualidade o mais livre possível: livres de compromisso, de filhos, da biologia, de tudo.
A dificuldade do mundo atual é que lhe falta justamente (:::) perceber a natureza de cada uma dessas realidades.. Depois de anos de doutrinação laicista e incentivo à imoralidade, o homem moderno não consegue mais distinguir o certo do errado. O vício, vale lembrar, incapacita o homem para perceber os bens concretos que estão em jogo no seu agir moral. E, como ensina Santo Tomás, a lei natural pode tornar-se obscura ao homem, “seja por más persuasões, como se dão erros relativos às conclusões necessárias na ordem especulativa, seja por maus costumes e hábitos corruptos, assim como se deu com alguns que não consideravam pecado os roubos ou os vícios contra a natureza” (S. Th.I-II, q. 94, a. 6).
Com efeito, a instituição do Matrimônio precisa ser protegida de todo e qualquer ataque, seja ideológico, seja político. Um discernimento razoável sobre os frutos negativos da desconstrução da família leva-nos a crer que estamos voltando exatamente para a mesma situação da Grécia Antiga e de Roma. Os homens não querem saber de ser pais, as mulheres aceitam ser tratadas como objeto, e os filhos, coitados, terminam nas mãos da pátria educadora.
É por essa razão que a Igreja não se vai calar. “O preceito da hora presente”, como dizia Pio XII, “não é lamento, mas ação”, e a defesa da família “pertence aos membros melhores e mais escolhidos da cristandade, penetrados por um entusiasmo de cruzados, ao grito de ‘Deus o quer’, prontos a servir, a sacrificar-se, como os antigos cruzados” (Radiomensagem de Natal, n. 29) Se no passado os cruzados deram a vida pela Terra Santa, hoje devemos estar dispostos a “uma nova travessia, superando o mar dos erros do dia e do tempo, para libertar a terra santa espiritual”, isto é, as nossas santas famílias.
Fonte:
Rodney Stark, O crescimento do cristianismo. São Paulo: Paulinas, 2006
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