Donny Pauling: de produtor pornográfico a pregador e missionário católico
“A pornografia está devorando o nosso mundo”, conta Donny Pauling. “E a juventude é o alvo mais atingido por ela”.
A melhor forma de ajudar as pessoas dependentes da pornografia a abandonar este vício terrível é rasgar a máscara bonita que o encobre e exibir toda a sua podridão, sem meias palavras.
É essa a opinião de Donny Pauling, que, depois de trabalhar como produtor de filmes pornográficos por nove anos, teve um encontro pessoal com Deus e decidiu renunciar à sua vida de pecado. Hoje, pregador e blogueiro católico, Pauling viaja por todos os Estados Unidos, compartilhando a sua edificante história e alertando principalmente a juventude para a grande ameaça da pornografia.
Assim como São Paulo, antes de sua conversão, Pauling não simpatizava nenhum pouco com a fé cristã. Criado em um lar protestante, Deus parecia para ele “uma lista de regras e normas, ao invés de alguém com quem se tem um relacionamento”. “Ele era a razão pela qual eu não podia ir às danças da escola ou a um encontro, ou mesmo passar a noite com os meus amigos”, conta Donny. Observando o comportamento daqueles que simplesmente o ameaçavam com o inferno, ele decidiu que “não queria nada com aquilo” e começou a “ter ódio de Deus”.
Com o passar do tempo, o rapaz foi se envolvendo com o mundo da pornografia e, por conta disso, acabou destruindo até mesmo o seu casamento. “Eu amava o dinheiro. Eu amava o estilo de vida. Eu amava ser o ‘cara’ na cidade”, diz. Em discussões na Internet, chamava os cristãos de “hipócritas” e “reprimidos sexuais”, em uma tentativa patética de legitimar o seu trabalho.
A verdade é que o seu sucesso profissional era bancado pela exploração cruel e impiedosa das mulheres. Nem os seus lucrativos contratos, nem os milhares de dólares que fazia por dia podiam trazer-lhe paz à consciência. “Eu recebia telefonemas de garotas chorando e me implorando para remover o conteúdo que tínhamos produzido delas, porque estava destruindo suas vidas”, revela Donny. “Você via essas garotas com brilho nos olhos que vinham para fazer um trabalho que elas pensavam ser legal. Nossa sociedade hoje diz para elas que isso está certo. Mas, com o passar do tempo, você vê o brilho sumindo de seus olhos. (...) Os olhos brilhantes se turvam, porque essa é a realidade da pornografia”.
Depois de conhecer um corajoso projeto cristão para restaurar pessoas imersas na pornografia, Donny decidiu mudar de vida e, em 2006, abandonou tudo para se tornar cristão. Na Vigília Pascal deste ano, ele deu mais um passo em direção a Cristo e, após conhecer a fé católica, recebeu o Sacramento da Confirmação, entrando em plena comunhão com a Igreja de Roma.
Donny Pauling gerencia um ótimo blog na página pró-vida Life Site News, no qual compartilha tanto suas “confissões de ex-produtor pornográfico”, quanto suas preocupações como pregador do Evangelho. Ele alerta que “a pornografia está devorando o nosso mundo, e a juventude é o alvo mais atingido por ela”. “De todos os jovens com que conversei acima da idade de 12 anos, eu consigo lembrar apenas um que me disse nunca ter visto pornografia”.
Para convencer os jovens da maldade da pornografia, ele recorre a uma parábola:
“Imaginem, por um momento, que vocês estão profundamente apaixonados por uma garota e que fariam qualquer coisa por ela. (...) Agora, imagine que, nessa mesma escola, há um outro jovem que, para atingir você, decide que vai seduzir a garota que você ama, usá-la, abusar dela e destruí-la, até que se reduza a nada. Ele conta a você que vai fazer tudo isso, deixando claro que tudo não tem nada a ver com a garota, mas só com você.” “Você se dirige à sua amada e a avisa dos planos do outro rapaz. Adverte que ele vai fingir se preocupar com ela, apenas para subjugá-la. Mas, não importa o quanto você tente alertar e insistir com ela para não o escutar, ela, de fato, cai em suas seduções e as coisas se desenrolam exatamente como o seu inimigo disse que aconteceriam. No fim, ela termina destruída e usada.” “Isso é exatamente o que Satanás faz em relação à pornografia e à sexualidade. Deus concebeu o sexo para ser uma experiência bela e gratificante. Uma forma de Satanás distorcere perverter isso é através da pornografia. (...) Ele zomba de Deus, dizendo que somos alvos fáceis e que, não importa o quanto tenhamos sido avisados, cairemos na mentira que a pornografia apresenta em relação à sexualidade. Nós estupidamente permitimos que Satanás faça exatamente o que tinha planejado fazer, destruindo o belo presente que o sexo deveria ser, substituindo-o por uma asquerosa falsificação e ‘jogando na cara’ de Deus o fato de que ele pode facilmente nos extraviar do Seu caminho.”
“Assim como partiria o seu coração ver a garota do meu exemplo destruída, do mesmo modo parte o coração de Deus ver que permitimos a beleza desse dom que é a intimidade sexual ser pervertida de modo tão terrível pela pornografia.”
Ele também insiste no fato de que “somos chamados a ter um relacionamento com nosso Criador” e que “não há nada que façamos que pode fazer o Seu amor por nós diminuir”, nem as nossas quedas. Para ilustrar essa verdade, Pauling faz outra comparação:
“Estou certo de que todos já vimos uma criança aprendendo a andar. Quando ela dá aquele primeiro passo, os pais, orgulhosos, divulgam nas redes sociais, ligam para os amigos e agem como se fosse o primeiro passo do homem na lua. Mas você já ouviu falar de algum pai que, depois de levantar o seu filho, após mais uma queda no chão, diz a ele: ‘Sabe... essa é a terceira ou quarta vez que você cai hoje. Eu não acho que esse negócio de andar seja para você. Talvez você deva ficar aí mesmo, no chão!’? É claro que não. Isso é absurdo.”
Do mesmo modo, Deus, porque nos ama, não nos quer ver caídos no pecado. Por isso, está sempre estendendo a mão para nos levantar e nos colocar de novo no caminho da graça. A vida de Donny Pauling é mais um fruto da misericórdia divina, assim como a de tantos de nós, que muito ofendemos a Deus, mas, justamente porque muito fomos perdoados, devemos a Ele amor maior (cf. Lc 7, 47).
Por Equipe Christo Nihil
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