PALAVRAS
PERDIDAS NO TEMPO, NUM TEMPO SEM TEMPO!
Para guardares como
recordação.
Para que te lembres
Deste poeta artesão.
Mas não sei o que há-de ser.
Só se for o meu nome gravado
no chão
Para ficares a saber!
Aqui te deixo o meu nome: Abílio
Fontão!
O teu rosto belo e sereno,
Esconde qualquer coisa,
faz-me pensar!
Mas, porque teimas em
sofrer!
Porque continuas sem me
falar!?
E uma vida à tua frente
Esquece o passado…Está bem?
E, goza e saboreia o
presente.
São coisas em que não
acredito!
Mas ao olhar-te estou lendo…
Teus olhos são um livro já
escrito.
Esse alguém partiu para
outro lado.
Ainda que teu pensamento tão
forte
Seja um céu, não pode ser
negado
E a mim me deixa encantado.
Que Deus tudo pode
Tens de ter esperança
Porque essa nuca morre.
Não me condenes, sim!?
Sem me ouvires até ao fim!
Mas, de repente tudo esqueço
Ou são coisas sem interesse,
Ou coisas…coisas… que não
mereço!
Parecer que sou alguém
Mas por muito que eu tente,
Tu olhas-me com desdém!
Sabes, nasci com pouca
sorte!
Por muito que tente, não
consigo
Há por aí tanta gente feliz!!!
Para infeliz é cá comigo…
AS RODAS DO RIO NABÃO QUE NA ÉPOCA ERAM FEITAS PELO MEU PAI COM A MINHA AJUDA! |
Anda, anda sem parar,
Mas tenho a sensação que um
dia
Talvez a sorte possa voltar!
Vou esperar-te com paciência
Que um dia me batas à porta.
Essa tua caminhada dolorosa
Terá fim e minha amizade te
conforta.
A tua vida que a minha mudou
A infelicidade aos poucos se
desfaz
Mas vou morrendo sem dar por
tal
E, tu que me dizes afinal?
Consegues dar-me esse amor
que tanto bem me faz?
Não me condenes! Abraça-me
sem tempo, antes do fim!
A morte o levou, mas a
escrita o mantém vivo! É a voz dos poetas a permanecer eternamente, onde o
tempo deixou de o ser: TEMPO!
Nema, escrava de Maria (com
poema personalizado, nos anos 80 do século XX, do artesão poeta e cantor.
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