OS DIAS MINGUAM, AS HORAS REPETEM-SE A UMA VELOCIDADE SEM FREIO!

terça-feira, 14 de julho de 2015

QUANDO AS PALAVRAS SE PERDEM NA BRISA!


PALAVRAS PERDIDAS NO TEMPO, NUM TEMPO SEM TEMPO!
 
Queria oferecer-te alguma coisa,

Para guardares como recordação.

Para que te lembres

 Deste poeta artesão.


 

Mas não sei o que há-de ser.

Só se for o meu nome gravado no chão

Para ficares a saber!

Aqui te deixo o meu nome: Abílio Fontão!

 
FOI O PRIMEIRO ENCONTRO COM UM POVO
SIMPLES, ALEGRE E SOLIDÁRIO!
O MEU CANUDO DEIXOU DE TER VALOR
E PESAR CARRADAS DE SABEDORIA...
NESTE AMBIENTE SÓ A SIMPLICIDADE DO EU
COLHE FRONDOSAS AMOSTRAS DE
CAMARADAGEM QUE SE TORNAM
EM BELA FRUTA MADURA: A AMIZADE!

O teu rosto belo e sereno,

Esconde qualquer coisa, faz-me pensar!

Mas, porque teimas em sofrer!

Porque continuas sem me falar!?

 Ainda és muito jovem

E uma vida à tua frente

Esquece o passado…Está bem?

E, goza e saboreia o presente.

 Se não é transmissão de pensamento…

São coisas em que não acredito!

Mas ao olhar-te estou lendo…

Teus olhos são um livro já escrito.

 

Esse alguém partiu para outro lado.

Ainda que teu pensamento tão forte

Seja um céu, não pode ser negado

E a mim me deixa encantado.

 Há que acreditar

Que Deus tudo pode

Tens de ter esperança

Porque essa nuca morre.

 

Não me condenes, sim!?

Sem me ouvires até ao fim!

 Muitas coisas me vêm à mente,

Mas, de repente tudo esqueço

Ou são coisas sem interesse,

Ou coisas…coisas… que não mereço!

 

 Eu bem tento por todos os meios,

Parecer que sou alguém

Mas por muito que eu tente,

Tu olhas-me com desdém!

 

Sabes, nasci com pouca sorte!

Por muito que tente, não consigo

Há por aí tanta gente feliz!!!

Para infeliz é cá comigo…
AS RODAS DO RIO NABÃO QUE NA ÉPOCA ERAM FEITAS PELO MEU PAI COM A MINHA AJUDA!

 Quando a roda da infelicidade anda,

Anda, anda sem parar,

Mas tenho a sensação que um dia

Talvez a sorte possa voltar!

 

Vou esperar-te com paciência

Que um dia me batas à porta.

Essa tua caminhada dolorosa

Terá fim e minha amizade te conforta.

 

A tua vida que a minha mudou

A infelicidade aos poucos se desfaz

Mas vou morrendo sem dar por tal

E, tu que me dizes afinal?

Consegues dar-me esse amor que tanto bem me faz?

Não me condenes! Abraça-me sem tempo, antes do fim!
A morte o levou, mas a escrita o mantém vivo! É a voz dos poetas a permanecer eternamente, onde o tempo deixou de o ser: TEMPO!

Nema, escrava de Maria (com poema personalizado, nos anos 80 do século XX, do artesão poeta e cantor.

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