AS CINCO
CHAGAS DO SENHOR
O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto
é, das principais feridas que Jesus Cristo sofreu na Cruz e manifestou aos Apóstolos,
depois de Ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os Portugueses.
Nos Lusíadas, Luís de Camões, Príncipe dos poetas Portugueses, do século XVI, (n.
1524/25 e m.1580) refere-se a Portugal como terra muito amada de Cristo: “na
qual vos deu por armas e deixou as que
Ele para Si na Cruz tomou”. «Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que
tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de
Cristo»
As chagas de Jesus Cristo serviram de
testemunho aos Apóstolos, nomeadamente a Tomé que tendo-se deixado abater pela
Crucifixão do Mestre, não acreditava na Ressurreição e só a atitude de Jesus
Ressuscitado, quando apareceu no meio deles numa sala com as portas fechadas, convenceu-o,
ao mostrar-lhe as Suas Chagas, dizendo:” Olha as minhas mãos: chega cá o teu
dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.”
(Jo 21,27), convidando o Apóstolo a meter o dedo nas Chagas das mãos e a mão na
Chaga do lado.
Camões em sua mais conhecida obra, Os Lusíadas, faz uma breve dissertação sobre a relação das Chagas com as armas portuguesas, da seguinte forma:
"Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)"
(Os Lusíadas. Canto I, 7)
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Assim os papas a partir de Bento XIV,
concederam a Portugal esta Festa particular, que ultimamente veio a ser fixada
a 07-02. Esta festa para os portugueses é de grande devoção às Cinco Chagas de
Cristo. Até porque esta devoção reflete-se de uma forma simbólica na própria
bandeira actual de Portugal que conserva um escudo com as cinco quinas, escudo
das armas nacionais, que existem desde o nascimento do Reino de Portugal, por
decisão do próprio Rei, D. Afonso Henriques. Que nem o Liberalismo, nem a fúria
anticlerical da República ousou retirar, até mesmo a mudança das cores decidida
em 1910,para cortar com o passado, o fim da monarquia e implantação da
República, inclui esse brasão que sempre se manteve em todas as bandeiras ao
longo dos nove séculos da vida deste país a ocidente do velho continente
europeu.
Esta devoção originária em S. bernardo,
cujo culto manifesta uma dimensão marcadamente cristológica, uma vez que as
Chagas simbolizam a totalidade da Paixão de Cristo e da Sua Ressurreição. Esta festa
faz recordar-nos o Mistério da Redenção do Senhor em nosso favor.
A sua actualidade reside essencialmente neste
fundamento:
É para Jesus Cristo que se deve dirigir
a nossa adoração, lembrando nesta celebração que ELE nos amou infinitamente e
nos manifestou o Seu Amor através da Crucifixão que originou as Suas Santas
Chagas.
Fonte: Maria F. Barroca
Adaptado por Nema escrava de Maria
Camões em sua mais conhecida obra, Os Lusíadas, faz uma breve dissertação sobre a relação das Chagas com as armas portuguesas, da seguinte forma:
"Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)"
(Os Lusíadas. Canto I, 7)
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)"
(Os Lusíadas. Canto I, 7)
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