Quando tomamos os remos nas mãos e nos lançamos às águas a emoção é eletrizante. Estamos nos projetando para longe e nos distanciando da terra firme, do porto seguro, mas também de tudo que é parado e estático.
Como conhecer novos ares sem se aventurar? Como adquirir profundidade sem mergulhar? Então embicamos mar adentro e remamos, remamos até que não mais é possível ver a costa; definitivamente estamos em alto mar.
No oceano da Fé, o velho homem morre na praia e dela nos distanciamos a fim de saber mais sobre o Espírito que paira sobre todas aquelas águas. Somos abraçados pela brisa, o cheiro do sal nos faz esquecer de uma vida antes insossa. No horizonte, o Criador sorri e nos aguarda, então para lá navegamos.
Anos passam e os braços cansam, longe das praias, dos portos, a vontade de atracar traz a procura por um cais e também a sensação de estar perdido. Não há mapas nessa jornada, a bússola que apenas aponta o norte, sem qualquer outro tipo de indicador ou ajuda.
É o caminho certo? Outrora haviam sinais no céu, agora nuvens escuras ofuscam até mesmo as estrelas e a dúvida nasce: – é assim que a jornada se dá?
Remar na Fé é seguir sem mapa
Sentado, com os remos em riste, parado, uma nova brisa acaricia seu rosto e, com ela, a certeza que fora esquecida: remar na Fé é seguir sem mapa.
REMAR NAS ÁGUAS PROFUNDAS SEM REMOS!Vamos remando sem parar, Em nossa longa vida sofrida. Nas ondas do audaz alto mar. Todas as águas vêem de Deus,impulsionadas na profundeza da FÉ, nos levam até ELE! |
Apenas o norte, pra cima, pro alto e quanto mais fundo na Fé, menos sinais. Mas quanto mais fundo na Fé, maior a correnteza, maior o impulso, mais perto se chega.
Mais perto de onde?
De onde for para estar.
Fonte: Aleteia(via Catavento)
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