Papa: viver em harmonia e não em “tranquilidade”
05 de abril de 2016 • 11h49
Terça-feira, 5 de abril –
Na Missa em Santa Marta o Papa Francisco exortou os cristãos a viverem em harmonia e não em “tranquilidade”.
O Santo Padre afirmou na sua homilia que não é possível confundir a harmonia que reina numa comunidade cristã, fruto do Espírito Santo, com a “tranquilidade” negociada que, muitas vezes, cobre, de maneira hipócrita, divergências e divisões internas.
A liturgia do dia apresenta uma leitura dos Atos dos Apóstolos e Francisco retira-lhe como sumo uma palavra: a harmonia – que sintetiza os sentimentos e o estilo de vida da primeira comunidade cristã.
Segundo o Santo Padre até se podem fazer “acordos” que geram uma “certa paz”, “mas a harmonia é uma graça interior que apenas pode fazê-la o Espírito Santo”.
A harmonia que se vivia nas comunidades cristãs era baseada no facto de que ninguém tinha necessidades, porque “tudo era comum” – disse o Papa – “tinham um só coração e uma só alma e ninguém considerava sua propriedade aquilo que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum.”
Assim, a harmonia – esclareceu Francisco – não se trata de “tranquilidade”:
“Uma comunidade pode ser muito tranquila, em que tudo vai bem: tudo funciona… Mas não está em harmonia. Uma vez, ouvi dizer a um bispo algo muito sábio: ‘Na diocese há tranquilidade. Mas se tu tocas um problema, ou este ou aquele problema, logo começa a guerra’. Esta seria uma harmonia negociada, e esta não é a do Espírito Santo. É uma harmonia – digamos – hipócrita, como aquela de Ananias e Safira com aquilo que fizeram”.
O Papa Francisco concluiu a sua homilia afirmando que “quando há harmonia na Igreja, na comunidade, há coragem, a coragem de dar testemunho do Senhor Ressuscitado”.
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