Vaticano: Grupo de refugiados acompanhou Papa na audiência geral
Francisco desafiou católicos a «tocar» o sofrimento dos mais necessitados
O Papa fez-se acompanhar hoje na audiência geral por um grupo de refugiados acolhido pela Cáritas de Florença (Itália), com o lema ‘Por um futuro em conjunto’.
“Hoje acompanham-me estes rapazes. Muitos pensam que seria melhor que tivessem ficado na sua terra, mas ali sofriam tanto. São os nossos refugiados, mas muitos consideram-nos como excluídos. Por favor, são os nossos irmãos. O cristão não exclui ninguém, dá lugar a todos, deixa vir todos”, disse, no decorrer do encontro com peregrinos de todo o mundo.
Os 13 refugiados de origem africana foram ao encontro de Francisco no final do percurso do papamóvel pela Praça de São Pedro, no Vaticano, caminhando depois com o pontífice, para sentar-se diante da cadeira desde a qual o Papa apresentou a sua tradicional catequese semanal.
A intervenção papal sublinhou a importância de “tocar” o sofrimento dos mais necessitados, partindo do exemplo de Jesus Cristo que foi ao encontro dos leprosos do seu tempo, “excluídos” pela sociedade, “longe de Deus e longe dos homens”.
“Quantas vezes encontramos um pobre que vem ao nosso encontro. Podemos ser generosos, podemos ter compaixão, mas por norma não lhe tocamos. Oferecemos-lhe a moeda, mas evitamos tocar a mão, deitamo-la lá. Por favor, são nossos irmãos”, apelou.
O papa Francisco convidou hoje a "encontrar, acolher e ouvir" os refugiados, numa mensagem na audiência Geral.
O Papa confessou que repete em oração a frase que o Evangelho atribui a um leproso que se dirigiu a Jesus: ‘Senhor, se quiseres, podes purificar-me’.
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“Tocar o pobre pode purificar-nos da hipocrisia e levar-nos a preocupar-nos com a sua condição”, assinalou, convidando os presentes a pensar nas suas próprias “misérias”.
No final da audiência, Francisco saudou os peregrinos e visitantes de língua portuguesa, em particular um grupo de Escuteiros de Leiria, encorajando-os a “apostar em ideais grandes de serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos” os talentos.
Após a catequese, o Papa saudou pessoalmente cada um dos refugiados que o acompanharam na audiência, oferecendo-lhes um pequeno presente.
Fonte: Ecclesia-OC
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