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sábado, 10 de setembro de 2016

A ESCRAVATURA DE ONTEM E DE HOJE! UM SÓ objectivo: PODER E RIQUEZA!

S. Pedro Claver, protetor dos escravos de ontem e de hoje

 
«No nosso mundo de hoje, que proclama com insistência o respeito dos direitos humanos e tanto continua a necessitar da real observância dos mesmos em muito diversos campos, o exemplo de S. Pedro Claver oferece luminoso ponto de referência, como eminente defensor desses direitos e pelos meios nisso empregados», salientou S. João Paulo II.
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Apóstolo dos escravos, testemunha da esperança entre quem estava privado não só da liberdade mas também da dignidade, Pedro Claver é um santo que fala ainda hoje quando o ser humano é oprimido e acaba esmagado por “interesses superiores”.
Nascido em Verdú, Espanha, a 25 de junho de 1580, entrou na Companhia de Jesus após ter pronunciado os primeiros votos em 1604. No ano seguinte começou os estudos de filosofia em Palma de Maiorca, que terminou em 1608.
Foi ordenado padre em Cartagena, hoje na Colômbia, em 1616 e como missionário dedicou o seu ministério pastoral aos escravos negros deportados de África.
Ao litoral do continente americano chegavam milhares de escravos, quase todos jovens e condenados a uma morte precoce. Claver pronunciou o voto de ser «sempre escravo dos etíopes» (assim se chamavam à época todos os negros). Morreu em 1654, por causa da peste.
«Permiti-me que vos expresse antes de tudo a minha profunda admiração por este exemplar religioso da Companhia de Jesus, preclaro colombiano nascido na Espanha, de quem o meu predecessor Leão XIII disse: "Depois de Cristo é o homem que mais me impressionou na história», escreveu S. João Paulo II.
Na mensagem para o “Ano Claveriano”, que se assinalou em 1980, na Colômbia, por ocasião do quarto centenário do nascimento do sacerdote jesuíta, o papa polaco recordava que o missionário consagrou aos escravos «as suas melhores energias, em defesa dos seus direitos como pessoas e como filhos de Deus consumou a sua existência, e, numa prova heroica de amor fraterno, entregou a vida».
«S. Pedro Claver não limitou o horizonte do seu trabalho aos escravos, estendeu-o com prodigiosa vitalidade a todos os grupos étnicos ou religiosos que sofriam a marginalização. Quantos prisioneiros, estrangeiros, pobres e oprimidos além dos trabalhadores escravos na construção, nas minas e fazendas — receberam a sua visita, o seu alento e a sua consolação», assinala o texto.
S. João Paulo II sublinhou que «num ambiente duro e difícil, em que o direito do ser humano era violado sem escrúpulos, S. Pedro Claver bradou energicamente aos dominadores serem aqueles entes oprimidos, iguais a eles na dignidade, na alma e na vocação transcendente».
«No nosso mundo de hoje, que proclama com insistência o respeito dos direitos humanos e tanto continua a necessitar da real observância dos mesmos em muito diversos campos, o exemplo de S. Pedro Claver oferece luminoso ponto de referência, como eminente defensor desses direitos e pelos meios nisso empregados», vincou o papa polaco.
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E na encíclica “Sollicitudo rei socialis” (1987), S. João Paulo II acentuou que «muitos santos canonizados pela Igreja oferecem admiráveis testemunhos» da «solidariedade humana e cristã» perante os «mecanismos perversos» e as «estruturas de pecado», podendo «servir de exemplo nas difíceis circunstâncias atuais»; os dois exemplos apontados no texto são S. Pedro Claver e S. Maximiliano Kolbe.
 Matteo Liut 
Trad. / edição: Rui Jorge Martins 
 Fonte: Pastoral da cultura-Publicado em 09.09.2016


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