Continuação do
post:Aqui está o caminho
mais doce, ameno, seguro, em uma palavra, perfeito, para o Céu.
Maria preserva os seus servos das
tentações; ou, ao menos, ajuda a vencê-las.
Graças à sua terna
devoção à Santíssima Virgem, o bem-aventurado de Montfort passa o período da
juventude, tão funesto a tantos outros, sem conhecer sequer o que é uma tentação
contra a bela virtude da pureza.
O caminho de
Maria é um caminho doce e fácil, em que a gente corre, porque
tem-se o coração dilatado pela alegria das consolações celestes.
A Santíssima
Virgem age sempre como Mãe excelente. Ela conduz os seus filhos pela mão,
sustêm-nos, quando estão prestes a cair, levanta-os, após as suas quedas;
repreende-os, estimula-os, leva-os em seus braços.
Como se caminha depressa para Deus, nos
braços de Maria!
Não nos devemos
admirar se o bem-aventurado de Montfort nos afirma que por esse meio se faz mais
progresso, em pouco tempo, do que em anos inteiros, seguindo a vontade própria e
apoiando-se sobre si mesmo.
Faça-me, dizia
ele, um caminho novo para ir a Jesus Cristo, e que este caminho esteja atapetado
de todos os méritos dos bem-aventurados, ornado de todas as suas virtudes
heroicas, iluminado e embelezado com todas as luzes e belezas dos anjos; e que
todos os anjos e santos aí estejam, para conduzir, defender e
sustentar aqueles e aquelas queiram nele caminhar.
Em verdade, digo
ousadamente, e digo a verdade: preferiria a este caminho tão perfeito, o caminho
imaculado de Maria.
Digamos, pois,
cheios de confiança, com Santo Ambrósio: “Abri-nos, ó Maria, as portas do
paraíso, pois tendes as suas chaves”. Ou antes, como proclama a
Santa Igreja, vós mesma sois a porta do céu.
São Fulgêncio
chama a Maria, no mesmo sentido: “a escada do céu”. E São Bernardo: “a carruagem
que nos transporta ao céu”.
“Aquele que serve a Maria,
diz o Abade Guerico, e por quem Maria intercede, está tão seguro de ir ao
paraíso, como se já estivesse nele”.
“Escutai, pois, ó
povos que desejais ir ao o céu, exclama São Boaventura, servi, honrai Maria, e
obtereis seguramente a vida eterna”.
“Ah! Quantos
bem-aventurados há que hoje não estariam no céu, se ali Maria
não os tivesse introduzido, pela sua poderosa intercessão!”.
Uma revelação
feita à Irmã Serafina de Capri nos mostra o grande número de pecadores, para os
quais a Santíssima
Virgem é verdadeiramente a porta do céu.
Um dia, a serva de
Deus pediu à Santíssima Virgem que lhe concedesse a conversão de mil
pecadores. Como depois ela receasse ter pedido demais, Maria lhe
apareceu e, repreendendo-a de sua vã apreensão, lhe disse: “Não sou talvez
bastante poderosa para obter que o meu Filho te conceda a conversão de mil
pecadores?”.
Depois, conduzindo
em espírito ao paraíso, fez-lhe ver uma multidão de pecadores que haviam
merecido o inferno; mas que, por sua intercessão, se haviam salvo, depois – e já
gozavam da eterna beatitude.
Mas, para alcançar
esta porta, há um caminho a seguir.
Ah! Quanta razão
tinha a Santíssima Virgem de predizer que todas as nações iam
proclamá-la bem-aventurada, diz Santo Ildefonso, pois não há um só eleito, que
não lhe seja devedor da beatitude eterna.
Por que vos
inquietais em o saber, se estais, sim ou não, inscritos no “livro da
vida”?
Temos uma certeza quase
absoluta de ir ao céu, se amamos verdadeiramente a Maria. Portanto, nunca
desesperemos.
Qualquer que seja
o abismo em que o demônio nos tenha precipitado, elevemos o olhar e estendamos
as mãos para a Virgem
misericordiosa, e a imploremos com a Igreja:
“Salve Rainha, Mãe
de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos e
suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois,
advogada nossa, estes vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E, depois deste
desterro, nos mostrai Jesus, bendito fruto de vosso ventre. Ó clemente, ó
piedosa, ó doce Virgem Maria”.
* *
*
Fonte:
retirado do livro “Porque amo Maria” do Rev. Pe. Júlio Maria de
Lombaerde.
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