A VERDADE DA AMIZADE
Erigleisson Alves de Almeida
Todos nós somos merecedores da felicidade. Os sentimentos que carregamos, sejam eles bons ou ruins, são frutos de um plantio laborioso, que vingará constantemente na horta de nossa vida. Porém, todo e qualquer sentimento é selecionado pelas nossas atitudes.
Quando dizem “a gente planta aquilo que colhe”, essa assertiva é de grande valia. A amizade que brota do coração puro de uma pessoa é um baú que preserva as suas principais características: ser companheira, amigável, fiel, prestativa, saber escutar, estar presente e tantas outras qualidades. Mas encontrar pessoas valiosas assim é um pouco raro nos dias de hoje, pois a inveja, a concorrência, a ganância, a idolatria, o egoísmo e várias outras tendências destrutivas também são um baú que transforma o coração de carne, puro e repleto de sentimentos bons para ser compartilhados e semeados, num coração de pedra, empoeirado, fechado.
Muitas vezes, quando vamos resgatar uma amizade, inclusive algumas que foram cultivadas desde a infância, temos a impressão de que pode ser tarde. Ainda assim, a perseverança e a paciência são as melhores armas de quem sabe lutar, não para se vingar, mas para proteger quem é importante para nós! Este desafio, que toma o nosso tempo e nos compromete, também nos deixa tentados a desistir. Mas não! Atitude de um bom lutador é aquela de não poder perder a batalha. Mesmo que se diga "eu tentei", a imperatividade é a de dizer “vou tentar de novo”!
A verdade da amizade nos chama para uma reflexão: somos capazes de usar dos bons sentimentos, como o perdão e o amor, para reconquistar as nossas amizades? Aquelas que nascem nos becos das nossas ruas, que perduram ao longo de anos, mas que deixam de existir por meros conflitos em torno de bens, desentendimentos entre vizinhos ou ciúmes que são a causa maior da violência em nossas cidades e bairros... Essa amizades são facilmente derrubadas pelos maus sentimentos que deixamos nascer em nosso coração?
A paz é fruto da justiça, como a Igreja sempre disse e como Dom Helder nos lembrava. Sendo assim, precisamos nos dar a oportunidade de nascer de novo, para plantar melhor o presente e colher no futuro bons e frutuosos alimentos da alma e do corpo. Só assim a geração futura saberá que fomos capazes de amar, perdoar e ser amados. Sejamos felizes!
Fonte: Aleteia
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