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sexta-feira, 10 de julho de 2015

QUÃO PERFEITAS SÃO AS OBRAS DO CRIADOR!

A perfeição da obra divina
Abelhas.jpg
   A chamada "teoria das abelhas" continua inspirando estudos científicos em temas tão
complexos como a distribuição de tarefas em entornos de computação em nuvem.
 
Observando as abelhas, os cientistas da NASA aprendem a reforçar suas naves espaciais e os técnicos de informática, a aperfeiçoar seus equipamentos.
Jonás Venero

Quanto mais observamos a natureza, mais se fortalece nossa convicção de nos encontrarmos diante de uma obra divina. Sua beleza, ordem e harmonia confirmam de forma indubitável essa persuasão. Há, porém, ocasiões em que tal constatação ultrapassa profundamente o entendimento humano para se transformar em prova incontrovertível da sublime perfeição com a qual Deus rege o universo.

Por mais que a ciência se afane em suas buscas para explicar o funcionamento intrínseco de nosso mundo, jamais poderá chegar a compreendê-lo inteiramente. Ela é capaz de predizer e descrever o movimento das marés, as estações do ano e muitos outros fenômenos, mas está muito longe de saber explicar com clareza suas causas mais profundas.
A ciência é incapaz de responder perguntas que qualquer criança faz: "Por que existe o universo? Por que somente os homens, no mundo material, têm inteligência?", e assim por diante. A causa final extrapola o âmbito científico. A ciência Abelhas_.jpgpode dar a composição de um bolo,  mas não consegue explicar para que ele foi feito... Aniversário, festa na escola?
 
Alvéolos construídos com impecável exatidão.
Exemplo revelador da insondável ordem posta por Deus no universo é o mundo das abelhas. Além de nos fornecer o mel - alimento saudável, que conta com mais de noventa propriedades curativas para nosso organismo -, elas são as principais agentes da polinização dos nossos cultivos.
Mas as qualidades desse maravilhoso inseto vão muito além. No século XVIII, o físico francês René-Antoine Ferchault de Réaumur observou atentamente um favo de mel e ficou admirado ao constatar a impecável exatidão de seus alvéolos. Perguntou-se de início o porquê da forma hexagonal e a resposta não se fez esperar. O triângulo equilátero, o hexágono e o quadrado são as únicas formas geométricas regulares que, unidas entre si, não deixam espaço vazio. Entretanto, o hexágono tem maior área para um mesmo perímetro e, portanto, proporciona maior espaço às suas moradoras, economizando-lhes material de construção.
Além do mais, as estruturas usadas em seus favos pelas abelhas contam-se entre as mais eficientes. Por sua leveza e robustez, elas têm sido utilizadas, por exemplo, nas naves espaciais, superando em cerca de 40% a resistência das anteriores, formadas de alvéolos quadrados, às deformações sofridas nas decolagens e aterrissagens. Hoje em dia, qualquer estrutura que precise combinar ligeireza e resistência segue os padrões dos hexágonos das colmeias.
 
As abelhas estavam certas...
 
Mas, voltemos para Réaumur. Avançando na sua análise, o famoso físico deu-se conta de que elas precisam rematar a parte inferior desses alvéolos com uma tampa de cera piramidal. Ela é feita com grande engenho, visando, ao que parece, ocupar o mínimo de espaço e gastar a menor quantidade de cera possível. E isso, naturalmente, sem ter conhecimentos de estereometria...
Intrigado, Réaumur pediu para um dos mais famosos matemáticos da época, o alemão Johann Samuel König, calcular quais deveriam ser as proporções dessa tampa. Depois de várias semanas ele apresentou a solução: para gastar a menor quantidade de cera, dever-se-ia criar uma pirâmide hexagonal composta de três losangos com ângulos obtusos de 109º 26' e agudos de 70º 34'.
O resultado obtido por König, entretanto, discrepava ligeiramente das conclusões tiradas em 1712 por Giacomo Filippo Maraldi, astrônomo do Observatório de Paris, quem, com base em numerosas medições de alvéolos, avaliara em 70º 32' os ângulos agudos desses losangos.
A diferença, de apenas 2 minutos de ângulo, era muito pequena e não parecia motivo de preocupação. Podia se dever tanto a uma imprecisão dos métodos de Maraldi, quanto ao fato das abelhas, por alguma razão desconhecida, nãoAbelhas_.jpgestarem optando pela estrutura mais eficiente.1
Algum tempo depois, porém, o matemático escocês Colin Mac Laurin refez os cálculos de König confirmando as observações empíricas de Maraldi. As abelhas estavam certas, e haviam dado ao ilustre professor uma importante lição...
Aperfeiçoando equipamentos de informática
Mas há mais. Só recentemente conseguiram os cientistas aprofundar-se na "linguagem" usada pelas abelhas para se comunicarem e organizarem o trabalho de abastecimento de uma complexa colmeia.
A famosa "dança das abelhas" serve-lhes para indicar, por meio de elementos visuais, a distância e posição exatas de uma fonte de pólen recém-descoberta. Esse bailado comunicativo permite-lhes enviar as coletoras mais adequadas em função de sua vitalidade e da distância a percorrer, pois do contrário não conseguiriam retornar. Deve-se recordar que as abelhas operárias vivem, em média, dois meses; portanto, podem tornar-se anciãs em poucas semanas.
Além disso, uma operária precisa visitar nada menos de 4 mil flores para colher o material necessário à produção de uma simples colher de mel. É, pois, indispensável economizar energias e por isso é fundamental determinar exatamente o lugar aonde devem ir as operárias, e quais devem sair. 
Vemos, assim, como as abelhas se comportam à maneira de um super organismo, com perfeita organização, adaptadas ao meio onde vivem e regulando seus movimentos com toda precisão. Sob a aparente desordem de um enxame em plena ebulição matutina, ocultam-se profunda sabedoria e eficiência.
Pois bem, no ano 2007 um grupo de investigadores do Instituto de Tecnologia de Geórgia aplicou esses ensinamentos das abelhas na programação dos roteadores obtendo, em suas primeiras provas, ganhos de até 25%. E hoje a chamada "teoria das abelhas" continua inspirando estudos científicos em temas tão complexos como a distribuição de tarefas em entornos de computação em nuvem.
                                                       
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Tudo quanto foi visto acima é apenas uma pequena prova de como é grandioso nosso universo, e nos permite apreciar a perfeição com a qual Deus faz as coisas, tanto no Céu quanto na Terra. O intelecto humano nunca atingirá sua insondável sabedoria, e é por isso que, à imitação do Salmista, só nos cabe exclamar admirados: "Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a Terra!" (Sl 8, 1).
  (Revista Arautos do Evangelho, Maio/2013, n. 137, p. 24-25)
Fonte: Arautos 

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