Escravidão sexual: Estado Islâmico prossegue a prática sem ser muito incomodado nem sequer pela mídia
Mulheres cristãs e yazidis continuam usadas como coisas pelos monstros fanáticos
"Eu fui estuprada TRINTA VEZES e ainda não é nem meio-dia. Eu não tenho condições de ir ao banheiro. POR FAVOR, BOMBARDEIEM-NOS".
John Burger (42)
John Burger
Aleteia
Author
03.08.2015
Aleteia
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03.08.2015
"Eu fui estuprada TRINTA VEZES e ainda não é nem meio-dia. Eu não tenho condições de ir ao banheiro. POR FAVOR, BOMBARDEIEM-NOS".
Esta aberração em forma de palavras foi proferida por uma jovem yazidi durante conversa via celular com ativistas do Compassion4Kurdistan. Segundo artigo de Nina Shea no The American Interest, aquela jovem está longe de estar sozinha. Meninas e mulheres continuam sendo vendidas para encher os cofres da abominação autoproclamada “Estado Islâmico” e para atrair homens jovens à barbárie da jihad no Iraque e na Síria.
Nina Shea é diretora sênior do Departamento do Instituto Hudson para a Liberdade Religiosa. Enquanto o mundo recorda nesta semana o primeiro aniversário da expulsão de milhares de cristãos do norte do Iraque, ela afirma que a escravidão sexual de mulheres cristãs e yazidis nas mãos dos militantes do Estado Islâmico permanece largamente ignorada.
O diretor do Wilson Center Middle East, Haleh Esfandiari, observa que "os governos árabes e muçulmanos, embora falem alto ao condenarem o EI como uma organização terrorista, calam a boca sobre o tratamento às mulheres". A reação da Casa Branca também é de espantoso silêncio. O relatório 2015 do Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico sexual, lançado em 27 de julho, dedica dois parágrafos, em 380 páginas, à institucionalização da escravidão sexual pelo Estado Islâmico no ano passado.
"Em agosto do ano passado, pouco depois de o EI estabelecer seu ‘califado’, eles começaram a capturar mulheres e meninas não sunitas e a dá-las como prêmio ou vendê-las como escravas sexuais. Na grande maioria, elas eram yazidis, mas, de acordo com relatórios da ONU, também havia cristãs", escreve Shea, entre cujos relatos angustiantes há os de meninas de 9 anos violentadas pelos seus “donos”.
Frank Wolf, ex-deputado norte-americano que entrevistou refugiados no Curdistão em janeiro, ouviu o relato de Du'a, uma adolescente yazidi mantida presa em Mossul com outras 700 meninas da mesma etnia. As reféns eram separadas por cor dos olhos e os membros do EI as escolhiam para si como produtos. O “resto” era separado entre “bonitas” e “feias”. As mais bonitas eram dadas aos membros de alto escalão do EI.
Neste mês, o SITE Intelligence Group, que monitora atividades on-line dos extremistas, descobriu no Twitter um panfleto do EI anunciando que meninas capturadas em batalha seriam os três primeiros prêmios de um concurso de recitação do alcorão realizado em duas mesquitas sírias durante o ramadã. A cobertura do escândalo se limitou a mensagens na internet.
No entanto, o fenômeno é tão inegável que “juristas islâmicos” tiveram de fazer pronunciamentos teológicos sobre ele: o Departamento da Fatwa do Estado Islâmico “esclareceu” que “as fêmeas dos Povos do Livro”, incluindo as cristãs, também podem ser escravizadas para fins de sexo, mas “muçulmanas apóstatas” não podem.
O número de escravas sexuais cristãs é desconhecido. Em março, 135 mulheres e crianças estavam os sequestrados de 35 aldeias cristãs da região do rio Khabour, na Síria. O EI pediu 23 milhões de dólares pelo resgate, que, obviamente, as famílias eram incapazes de pagar. "Elas agora pertencem a nós", finalizaram os fanáticos. As mais velhas foram liberadas; as mais jovens não. Embora ainda não haja confirmação, o mais provável é que elas tenham sido escravizadas.
Esta prática, escreve Shea, "precisa ser vigorosamente condenada como parte de um genocídio religioso tanto quanto as horríveis decapitações".
Photo/Asaad Mouhsin
"Eu fui estuprada TRINTA VEZES e ainda não é nem meio-dia. Eu não tenho condições de ir ao banheiro. POR FAVOR, BOMBARDEIEM-NOS".
Esta aberração em forma de palavras foi proferida por uma jovem yazidi durante conversa via celular com ativistas do Compassion4Kurdistan. Segundo artigo de Nina Shea no The American Interest, aquela jovem está longe de estar sozinha. Meninas e mulheres continuam sendo vendidas para encher os cofres da abominação autoproclamada “Estado Islâmico” e para atrair homens jovens à barbárie da jihad no Iraque e na Síria.
Nina Shea é diretora sênior do Departamento do Instituto Hudson para a Liberdade Religiosa. Enquanto o mundo recorda nesta semana o primeiro aniversário da expulsão de milhares de cristãos do norte do Iraque, ela afirma que a escravidão sexual de mulheres cristãs e yazidis nas mãos dos militantes do Estado Islâmico permanece largamente ignorada.
O diretor do Wilson Center Middle East, Haleh Esfandiari, observa que "os governos árabes e muçulmanos, embora falem alto ao condenarem o EI como uma organização terrorista, calam a boca sobre o tratamento às mulheres". A reação da Casa Branca também é de espantoso silêncio. O relatório 2015 do Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico sexual, lançado em 27 de julho, dedica dois parágrafos, em 380 páginas, à institucionalização da escravidão sexual pelo Estado Islâmico no ano passado.
"Em agosto do ano passado, pouco depois de o EI estabelecer seu ‘califado’, eles começaram a capturar mulheres e meninas não sunitas e a dá-las como prêmio ou vendê-las como escravas sexuais. Na grande maioria, elas eram yazidis, mas, de acordo com relatórios da ONU, também havia cristãs", escreve Shea, entre cujos relatos angustiantes há os de meninas de 9 anos violentadas pelos seus “donos”.
Frank Wolf, ex-deputado norte-americano que entrevistou refugiados no Curdistão em janeiro, ouviu o relato de Du'a, uma adolescente yazidi mantida presa em Mossul com outras 700 meninas da mesma etnia. As reféns eram separadas por cor dos olhos e os membros do EI as escolhiam para si como produtos. O “resto” era separado entre “bonitas” e “feias”. As mais bonitas eram dadas aos membros de alto escalão do EI.
Neste mês, o SITE Intelligence Group, que monitora atividades on-line dos extremistas, descobriu no Twitter um panfleto do EI anunciando que meninas capturadas em batalha seriam os três primeiros prêmios de um concurso de recitação do alcorão realizado em duas mesquitas sírias durante o ramadã. A cobertura do escândalo se limitou a mensagens na internet.
No entanto, o fenômeno é tão inegável que “juristas islâmicos” tiveram de fazer pronunciamentos teológicos sobre ele: o Departamento da Fatwa do Estado Islâmico “esclareceu” que “as fêmeas dos Povos do Livro”, incluindo as cristãs, também podem ser escravizadas para fins de sexo, mas “muçulmanas apóstatas” não podem.
O número de escravas sexuais cristãs é desconhecido. Em março, 135 mulheres e crianças estavam os sequestrados de 35 aldeias cristãs da região do rio Khabour, na Síria. O EI pediu 23 milhões de dólares pelo resgate, que, obviamente, as famílias eram incapazes de pagar. "Elas agora pertencem a nós", finalizaram os fanáticos. As mais velhas foram liberadas; as mais jovens não. Embora ainda não haja confirmação, o mais provável é que elas tenham sido escravizadas.
Esta prática, escreve Shea, "precisa ser vigorosamente condenada como parte de um genocídio religioso tanto quanto as horríveis decapitações".
Esta aberração em forma de palavras foi proferida por uma jovem yazidi durante conversa via celular com ativistas do Compassion4Kurdistan. Segundo artigo de Nina Shea no The American Interest, aquela jovem está longe de estar sozinha. Meninas e mulheres continuam sendo vendidas para encher os cofres da abominação autoproclamada “Estado Islâmico” e para atrair homens jovens à barbárie da jihad no Iraque e na Síria.
Nina Shea é diretora sênior do Departamento do Instituto Hudson para a Liberdade Religiosa. Enquanto o mundo recorda nesta semana o primeiro aniversário da expulsão de milhares de cristãos do norte do Iraque, ela afirma que a escravidão sexual de mulheres cristãs e yazidis nas mãos dos militantes do Estado Islâmico permanece largamente ignorada.
O diretor do Wilson Center Middle East, Haleh Esfandiari, observa que "os governos árabes e muçulmanos, embora falem alto ao condenarem o EI como uma organização terrorista, calam a boca sobre o tratamento às mulheres". A reação da Casa Branca também é de espantoso silêncio. O relatório 2015 do Departamento de Estado norte-americano sobre tráfico sexual, lançado em 27 de julho, dedica dois parágrafos, em 380 páginas, à institucionalização da escravidão sexual pelo Estado Islâmico no ano passado.
"Em agosto do ano passado, pouco depois de o EI estabelecer seu ‘califado’, eles começaram a capturar mulheres e meninas não sunitas e a dá-las como prêmio ou vendê-las como escravas sexuais. Na grande maioria, elas eram yazidis, mas, de acordo com relatórios da ONU, também havia cristãs", escreve Shea, entre cujos relatos angustiantes há os de meninas de 9 anos violentadas pelos seus “donos”.
Frank Wolf, ex-deputado norte-americano que entrevistou refugiados no Curdistão em janeiro, ouviu o relato de Du'a, uma adolescente yazidi mantida presa em Mossul com outras 700 meninas da mesma etnia. As reféns eram separadas por cor dos olhos e os membros do EI as escolhiam para si como produtos. O “resto” era separado entre “bonitas” e “feias”. As mais bonitas eram dadas aos membros de alto escalão do EI.
Neste mês, o SITE Intelligence Group, que monitora atividades on-line dos extremistas, descobriu no Twitter um panfleto do EI anunciando que meninas capturadas em batalha seriam os três primeiros prêmios de um concurso de recitação do alcorão realizado em duas mesquitas sírias durante o ramadã. A cobertura do escândalo se limitou a mensagens na internet.
No entanto, o fenômeno é tão inegável que “juristas islâmicos” tiveram de fazer pronunciamentos teológicos sobre ele: o Departamento da Fatwa do Estado Islâmico “esclareceu” que “as fêmeas dos Povos do Livro”, incluindo as cristãs, também podem ser escravizadas para fins de sexo, mas “muçulmanas apóstatas” não podem.
O número de escravas sexuais cristãs é desconhecido. Em março, 135 mulheres e crianças estavam os sequestrados de 35 aldeias cristãs da região do rio Khabour, na Síria. O EI pediu 23 milhões de dólares pelo resgate, que, obviamente, as famílias eram incapazes de pagar. "Elas agora pertencem a nós", finalizaram os fanáticos. As mais velhas foram liberadas; as mais jovens não. Embora ainda não haja confirmação, o mais provável é que elas tenham sido escravizadas.
Esta prática, escreve Shea, "precisa ser vigorosamente condenada como parte de um genocídio religioso tanto quanto as horríveis decapitações".
Photo/Asaad Mouhsin
Religião 03.08.2015
Um ano após a expulsão dos cristãos do norte do Iraque, uma oração de súplica a Deus Pai por eles
"Transforma a nossa morte em vida, como o teu Filho transformou a água em vinho"
Creative Commons
Aleteia
03.08.2015
Aleteia
03.08.2015
Na noite trágica de 6 para 7 de agosto de 2014, a abominação autoproclamada Estado Islâmico devastou os vilarejos cristãos da Planície de Nínive, região norte do Iraque. Os fanáticos obrigaram milhares de pessoas a abandonar tudo e fugir - a menos que se convertessem à força à vertente do islã imposta pelos terroristas. Dom Louis Raphael Sako, o patriarca da Babilônia dos Caldeus e presidente da Conferência Episcopal do Iraque, compôs uma oração para pedir que o mundo inteiro se una aos cristãos perseguidos neste doloroso aniversário. Vamos orar com ele:
Senhor Jesus Cristo,
Tu nos ensinaste a orar ao Pai em teu nome
e nos garantiste que tudo o que pedíssemos, receberíamos.
Por isso, nós nos voltamos a ti com plena confiança
para pedir-te a graça e a força de perseverar nesta tempestade,
para alcançar a paz e a segurança antes que seja tarde demais.
Esta é a nossa oração e, mesmo que nos pareça impossível,
confiamos nós mesmos a ti para que nos dês tudo de que precisamos
para a nossa sobrevivência e para o nosso futuro.
Ajuda-nos, Pai, em nome do teu Filho crucificado e ressuscitado, Jesus,
a continuar trabalhando juntos,
a ser livres, responsáveis e amorosos,
a cumprir a tua vontade com alegria, atenção e coragem.
Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a notar que faltava o vinho.
Por intercessão dela, ó Pai, nós te pedimos
que transformes a nossa situação da morte para a vida,
assim como o teu Filho transformou a água em vinho.
Amém.
sources: ALETEIA
e nos garantiste que tudo o que pedíssemos, receberíamos.
Por isso, nós nos voltamos a ti com plena confiança
para pedir-te a graça e a força de perseverar nesta tempestade,
para alcançar a paz e a segurança antes que seja tarde demais.
Esta é a nossa oração e, mesmo que nos pareça impossível,
confiamos nós mesmos a ti para que nos dês tudo de que precisamos
para a nossa sobrevivência e para o nosso futuro.
Ajuda-nos, Pai, em nome do teu Filho crucificado e ressuscitado, Jesus,
a continuar trabalhando juntos,
a ser livres, responsáveis e amorosos,
a cumprir a tua vontade com alegria, atenção e coragem.
Em Caná, a Mãe de Jesus foi a primeira a notar que faltava o vinho.
Por intercessão dela, ó Pai, nós te pedimos
que transformes a nossa situação da morte para a vida,
assim como o teu Filho transformou a água em vinho.
Amém.
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