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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

VERDADEIRA DEVOÇÃO À NOSSA MÃE DO CÉU... COMO A CONSTRUÍMOS?

A Aparição de La Salette e suas Profecias:

Posted: 19 Aug 2015 10:00 PM PDT
                                            Nossa Senhora em oração.
                                           Igreja dos Santos Filipe e Santiago, Oxford, Inglaterra.
Podemos tirar aplicações para nossa vida espiritual, tanto do fato de a oração de Nossa Senhora ter apressado a vinda do Messias, quanto de ter Ela recebido do Padre Eterno sua fecundidade.

Considerando Nossa Senhora capaz de, com a sua prece, apressar a vinda do Messias, que aplicações podemos tirar?

Devemos primeiramente considerar a Santíssima Virgem no seu zelo pela causa de Deus. Na oração que fazia, Ela certamente considerara – isto é de Fé – a situação, que atingira um ápice de miséria moral, em que tinha caído o povo eleito.

Nessa oração, portanto, Ela desejava ardentemente que Israel fosse reerguido à sua antiga condição. Considerava ainda a decadência da Humanidade, sabendo melhor que ninguém quantas almas estavam se perdendo naquela era pagã, e vendo a glória de Satanás a imperar sobre o mundo antigo.

Maria Santíssima fez então na Terra o papel de São Miguel Arcanjo no Céu. Sua oração, pedindo que Deus viesse à Terra, equivale ao “Quis ut Deus?” do Arcanjo.

É Ela que se levanta contra esse estado de coisas, é só Ela que tem a oração bastante poderosa para desferir um golpe que tudo transforma.

Então, a plenitude dos tempos que se encerram: Nosso Senhor Jesus Cristo nasce, e toda a humanidade é reconstruída, regenerada, elevada e santificada por Nossa Senhora.

As almas começam a se salvar em profusão, as portas do Céu abrem-se, o inferno é esmagado, a morte é destruída, a Igreja Católica floresce sobre toda a face da Terra. Tudo como produto da oração de Nossa Senhora.

Não é verdade que Nossa Senhora, também sob este aspecto, se apresenta a nós como um verdadeiro modelo?

Não devemos desejar em nossos dias a vitória de Nosso Senhor, como Maria Santíssima a desejou em sua época?
                                                         Nossa Senhora com o Menino Jesus.
                                                  Rottenbuch, Alemanha.
Não há uma analogia absoluta entre o ardor com que Ela desejou a instauração do reino de Cristo na Terra e o ardor com que o devemos desejar em nossos dias?

Não é verdade que, se a oração d'Ela foi necessária para a realização da Encarnação, é indispensável também para que consigamos em nossos dias a vitória de Jesus Cristo no mundo?

Quando nos esfalfamos na luta pela vitória de Jesus Cristo em nossos dias, lembramo-nos de rezar a Nossa Senhora?

Quando rezamos a Ela, lembramo-nos de pedir esta graça?

Não seria uma boa oração se, por exemplo, ao contemplarmos o mistério da Anunciação na primeira dezena do terço, tivéssemos em mente Nossa Senhora que pede a vinda do Salvador?

E muito apropriado seria pedirmos a Ela que Jesus Cristo novamente triunfe no mundo, e ainda contemplarmos a vinda do Salvador e a futura vitória da Igreja Católica.

Não temos aí uma boa aplicação desses Mistérios para a vida espiritual? Não é assim que ela deve ser vista, vivida e conduzida?

Isto não é muito mais sólido que um arrastado murmúrio piedoso?

É com essas verdades de Fé que se alimenta a piedade. Com verdades destas há nutrimento em quantidade para a vida espiritual.

Contemplemos Nossa Senhora apressando, com Sua oração, a vinda do Messias. Não é verdade que Nosso Senhor vem a nós também no momento da Comunhão?

Não é verdade que podemos e devemos pedir a Ela, quando nos preparamos para recebê-Lo, algo dos sentimentos com que Ela O recebeu quando Ele se encarnou?

Se desejamos conseguir para alguém a graça da comunhão diária, não será útil pedir a Nossa Senhora que consiga para aquela alma a vinda quotidiana de Nosso Senhor, lembrando-A da eficácia da prece com que obteve a vinda de Jesus Cristo para o mundo?

A participação de Nossa Senhora na fecundidade do Padre Eterno e nossa vida espiritual

Consideremos a participação de Nossa Senhora na fecundidade do Padre Eterno para gerar membros do Corpo Místico de Cristo.
Mãe de Deus com os anjos. Pere Serra (1357 - 1406).
                                         Mãe de Deus com os anjos. Pere Serra (1357 - 1406).
Todo fiel é um membro deste Corpo Místico. Quando passamos junto ao batistério, devemos nos lembrar de fazer uma oração rogando à Santíssima Virgem que Ela nos leve, até o momento da morte, na perseverança à graça que então recebemos, e que nos confirme nessa graça a vida inteira.

Junto a essa mesma pia batismal que nos viu entrar para o seio da Igreja Católica, lugar onde nascemos para a vida sobrenatural e onde, graças a uma prece de Nossa Senhora e à fecundidade de Deus Nosso Senhor, fomos gerados membros do Corpo Místico de Cristo, do qual Nossa Senhora é Mãe verdadeira.

Lembremo-nos de que fomos gerados para a vida da graça por Nossa Senhora, com a participação da própria fecundidade do Padre Eterno; e de que recebemos essa vida por meio d'Ela, de modo inteiramente gratuito, porque sem as orações e sem a participação d'Ela não a teríamos obtido.

Tudo isto nos permite, pois, pedir-Lhe que nos mantenha nessa graça, e que a cumule ainda com a virtude do senso católico – coroação dessa união extremamente íntima com Cristo – que recebemos pelo ministério d'Ela.

A piedade deve consistir em formar disposições de espírito que tenham base nessas verdades ensinadas pela Igreja e pela Teologia, e não em meros sentimentos.

Verdades como essas é que produzem uma devoção a Nossa Senhora muito boa, muito séria e muito sólida. Assim é que se constrói a verdadeira devoção a Nossa Senhora, e que se alicerça a verdadeira vida espiritual.
Fonte: Aparição la Salette

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