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domingo, 19 de fevereiro de 2017

DOIS CAMINHOS NOS SÃO OFERECIDOS E LIVREMENTE FAREMOS A ESCOLHA DOS MESMOS: A AUTO SUFICIÊNCIA OU DISCIPLINA E SUJEIÇÃO AOS PLANOS DE DEUS!

Dos diversos movimentos e corrupção da natureza e da eficácia da graça divina!
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ALGUNS PRINCÍPIOS DE ESPITUALIDADE 1 – Espiritualidade é viver o momento de graça - Deus pode e deseja de nós a entrega incondicional ao seu plano libertador!
Senhor, meu Deus, que nos criastes à vossa imagem e semelhança, concedei-nos a graça que declarastes ser tão importante e necessária à salvação da humanidade: com ela venceremos a péssima natureza, que nos arrasta para o pecado e para a perdição. Na nossa carne sentimos a lei do pecado, que luta contra a lei do espírito e que nos arrasta, como escravos dela, a obedecer à sensualidade não podendo resistir às paixões, se não nos assistir Vossa Santíssima Graça a inflamar o coração. É muito necessária a vossa graça e de Grande Graça, para vencer a natureza sempre inclinada para o mal, desde a infância!

Jesus:
Filho conserva diligentemente os movimentos da natureza e da graça: pois seguem direcções muito subtis e contrárias que só a custo se podem discernir, mesmo por um homem espiritual e interiormente iluminado.
 É certo que todos os homens desejam o Bem que com suas palavras e acções pretendem alcançar para si e para os outros; por isso, muitos se deixam enganar e enganam os incautos, com essa aparência de bem que desejam propagar, deixando-Me fora dos seus projectos sinistros!

 Escuta Filho:
A natureza é astuta; arrasta, enreda e engana a muitos e só a si mesma tem como fim!

 A graça procede com simplicidade: evita a sombra do mal, não arma intrigas, nem usa de enganos e tudo faz puramente por amor de  Deus, no qual descansa como em seu fim último. 

 A natureza tem horror à morte, não quer ser oprimida, nem vencida, nem estar sujeita, nem submeter-se voluntariamente a outrem.

A graça entrega-se à mortificação própria, resiste à sensualidade, quer sujeitar-se, deseja ser vencida; não quer gozar da sua liberdade; quer viver debaixo da disciplina, não cobiça dominar o seu semelhante e aspira a viver e permanecer sempre debaixo da dependência de Deus e estar pronta, para se submeter humildemente a toda criatura humana, por amor de Deus.

A natureza trabalha por seu próprio interesse e tem os olhos no proveito que lhe pode vir dos outros. Enfatua-se com as honras e considerações que lhe prestam, pois gosta de receber honras e homenagens.

A graça, porém, pondera não o que lhe seja útil ou cómodo, mas o que a muitos seja proveitoso, atribuindo a Deus fielmente toda a honra e toda a glória.

 A natureza teme a confusão e desprezo; e a  graça alegra-se de sofrer injúrias pelo nome de Jesus.

A natureza deleita-se na ociosidade e descanso do corpo; enquanto a graça não pode estar ociosa e abraça com prazer o trabalho.

A natureza gosta de possuir coisas curiosas e elegantes e tem horror às vis e grosseiras; enquanto a graça se deleita com as coisas simples e humildes, não despreza as grosseiras, nem foge de usar vestidos usados.

A natureza ambiciona os bens temporais, alegra-se por um lucro pequeno e mesquinho, entristece-se com os prejuízos e irrita-se com uma breve palavra injuriosa.

A graça cuida dos bens eternos, não se prende aos temporais; e não se perturba com a sua perda, resignada perante os ultrajes, posto que tem o seu tesouro e sua glória no Céu onde nada perece.
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DEUS MUDA "A LEI DA NATUREZADA"OU A VIDA DE UM SER HUMANO EM FRAÇÃO DE SEGUNDOS(seja para o Bem ou Mal,só vai depender da reação ...
A natureza é avarenta,
recebe com mais gosto do que dá;  ama as coisas próprias e inveja  as alheias; inclina-se para as criaturas, para as vaidades e a exibição.
A graça é generosa e caritativa, evita as coisas singularidades, contenta-se com pouco e julga que há "maior felicidade o dar que o receber"( At 20,35).  Conduz-nos a Deus e à virtude, renuncia às criaturas, foge do mundo, aborrece os desejos carnais, corta pelas saídas inúteis e tem vergonha de aparecer em público, sem necessidade.

 A natureza recebe com alegria as distrações exteriores que recreiam os sentidos; tem sempre em vista o interesse e conveniência própria, não faz nada gratuitamente, pois espera sempre tirar do bem que faz uma vantagem  igual ou melhor ou então  em louvores  ou favores e deseja que dêem grande importância às suas acções  e dádivas.
A graça só em Deus procura sua consolação e elevando-se acima das coisas visíveis, só em Deus se quer recrear, não procura interesses temporais, nem ambiciona outra recompensa , fora de Deus  e o que de temporal possa existir só o deseja na medida que possa  servir para alcançar a vida eterna. 

A natureza preza ter muitos amigos e parentes, gloria-se de ter posição elevada e uma ascendência nobre, adula os poderosos, lisonjeia os ricos e aplaude os da sua classe.

A graça ama até os próprios inimigos, não se desvanece com a multidão dos seus amigos; não dá importância à  posição e nobreza, nem à família em que nasceu a não ser que lhe seja   unida em maior virtude. Favorece mais ao pobre que o rico; tem mais compaixão do inocente do que do poderoso; procura os sinceros, foge dos enganadores. Exorta sempre os bons a aspirarem sempre a maior perfeição e a tornarem-se semelhantes, pelas virtudes, ao Filho de Deus. Não atribui a si bem algum, atribui tudo a Deus, como fonte de onde tudo dimana; não questiona, nem prefere a sua opinião à dos outros, mas submete todas as suas ideias e sentimentos, em todo o juízo e parecer se sujeita à sabedoria eterna e ao juízo de Deus. É indiferente a novidades e curiosidades, porque sabe que tudo isso nasce da corrupção antiga, visto não haver  nada de novo e durável sobre a terra.

A natureza atribui tudo a si, por si combate e porfia. Anda à procura de segredos e de novidades: quer exibir-se em público e experimentar muitas coisas pelos sentidos; deseja ser conhecida e procede com intuito de conquistar louvores e admiração.
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  Finalmente, a graça ensina a refrear os sentidos, a  fugir  da vã complacência e ostentação, a furtar-se  humildemente aos louvores de uma justa admiração e a  buscar em todas as coisas e ciências, proveito espiritual e a procurar em tudo o que sabe a honra, o louvor e glória de Deus. Não pretende que a elogiem, nem às suas obras, mas que Deus seja louvado em seus dons que Ele dá a todos por Caridade.

 A graça é pois uma luz sobrenatural e um dom especial de Deus; é, sobretudo, o sinal dos escolhidos e o penhor da salvação eterna que eleva o homem das coisas terrenas ao amor das celestiais, e de o homem humano, o torna espiritual. Porquanto mais a natureza for dominada e vencida, tanto maior serão as graças e mais o ser humano se irá reformando de Deus.
Mesmo seguindo este caminho, filho, Deus é Eterno, Omnipotente e infinitamente Poderoso, opera prodígios admiráveis e incompreensíveis no Céu, na Terra e nas Profundezas dos Abismos e nenhum ser humano pode compreender as suas Obras!   Resultado de imagem para os mistérios de deus
 Se as obras de Deus fossem facilmente compreendidas pela razão humana, então não seriam admiráveis, nem mistérios divinos!
Fonte: Adapt do cap: 54, 55 de livro III da Imitação de Cristo


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