A Nova Era (New Age) tende a conceber a salvação como “auto-salvação”: em vez de nos salvarmos mediante a livre aceitação da graça obtida pelos méritos de Cristo, nos salvaríamos pelos nossos próprios méritos, segundo os moldes do neognosticismo, conjunto de doutrinas e ideias não estruturadas em que cada um se salva, grosso modo, à medida que cresce em “conhecimentos místicos e esotéricos”.
Nesse contexto confuso, reproduzimos alguns importantes pontos de atenção para os católicos, a partir de considerações publicadas pela Conferência Episcopal Italiana:
- A chamada “Nova Era” não é um grupo ou movimento religioso definido, dotado de estruturas e doutrinas próprias; é a propagação de uma visão de mundo que mistura e confunde aspectos do pensamento oriental, elementos cristãos, doutrinas esotéricas, cosmologias e teorias astrológicas, num sincretismo que tenta oferecer respostas para as mais diversas e até contrárias “exigências espirituais” da caótica sociedade contemporânea.
A Nova Era ignora o critério da verdade objetiva. Quem defende a necessidade de que exista uma verdade objetiva é tachado de “perigoso para a concórdia do mundo”. Afinal, na Nova Era não haveria nem certo nem errado, mas sim um relativismo absoluto (com toda a contradição e absurdo lógico que a própria ideia de um “relativismo absoluto” já envolve), a fim de acabar com divisões e disputas “ideológicas”.
- A nova fase cósmica do mundo e da humanidade, chamada “Era de Aquário”,
- O pensamento da Nova Era se espalha pela cultura contemporânea de modo quase imperceptível, por milhares de canais e com milhões de formatos, “ao gosto do freguês”.
- A proposta da Nova Era enfatiza o amor universal, a proteção da natureza, a harmonia entre homem e natureza, a consciência e o compromisso para tornar o mundo um lugar melhor, a mobilização em prol de um projeto unitário de vida. Trata-se, obviamente, de conceitos com os quais qualquer um concorda – o problema é como atingir esses ideais: algumas das técnicas propostas são boas e úteis, mas outras são violam a ética natural e o respeito pelo ser humano.
- A resposta cristã à Nova Era brota do mistério da Encarnação: o Filho de Deus nasceu da Virgem Maria “para nos salvar” – e não há salvação em nenhum outro nome (cf. At 4 , 12). Ninguém pode salvar a si mesmo com técnicas humanas.
- O cristão não crê num salvador humanamente inventado, mas no Jesus Cristo do Evangelho, que nos salva através da livre aceitação da cruz e mediante a vitória na ressurreição.
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